Sábado, 28/8/2010 - › INTRODUÇÃO – " Logo, tem Ele misericórdia de quem quer e também endurece quem Lhe apraz". – Rm 9:18
Uma coisa é chamar homens para realizar o trabalho como mensageiros de Deus, outra coisa é apresentar o plano de salvação para todos os homens. Deus chamou Abraão para, a partir dele, formar um povo Seu. Chamou Moisés para libertar Seu povo da escravidão egípcia. Separou a tribo de Levi para atuar nos serviços do santuário. Ao longo dos séculos chamou homens e mulheres para o ministério profético. São escolhas de inteira competência de Deus. Através do profeta Jeremias, Deus pronuncia Seu direito de escolha: "Eu vou lhes dar pastores verdadeiros, que pensam e sentem como Eu. Eles vão guiar todos vocês com sabedoria e inteligência." - Jr 3:15 – Bíblia Viva. O verdadeiro mensageiro de Deus não é uma escolha própria, mas é um chamado divino. Em algum momento, o homem sente o chamado para a tarefa do ministério para a causa de Deus. Escolhido e chamado por Deus, passa a ser controlado e instruído pelo Espírito Santo para o desempenho de sua tarefa como atalaia e guia do rebanho, desempenhando seu trabalho "com sabedoria e inteligência", segundo o coração de Deus. A oportunidade de salvação é oferecida gratuitamente a todos os homens e mulheres. Todos pecaram e caíram sob a escravidão do inimigo de Deus. Mas, Deus, que criou o homem para a Sua glória, (Is 43:7), tanto amou este homem que proveu Seu plano de amor, justiça e graça, para resgatá-lo da escravidão do pecado. A dádiva é oferecida a todos, a decisão de aceitá-la é da escolha de cada um."Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus". – Gl 3:28 – Nova Versão Internacional. Pense: "Deles é a adoção de filhos; deles é a glória divina, as alianças, a concessão da Lei, a adoração no templo e as promessas. Deles são os patriarcas, e a partir deles se traça a linhagem humana de Cristo, que é Deus acima de todos, bendito para sempre! Amém". – Rm 9:4 e 5 – Nova Versão Internacional. Desafio: "Então o Senhor disse a Abrão: 'Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei '".– Gn 12:1 – Nova Versão Internacional.
Domingo, 29/8/2010 - › A PREOCUPAÇÃO DE PAULO Deus em Sua aliança, fez as promessas a Abraão e ao seu descendente que é Cristo. Prometeu para Abraão, "De ti farei uma grande nação". Gn 12:2. Acrescentou ainda: "Em ti serão benditas todas as famílias da terra".- v. 3. O plano de Deus com Abraão era estabelecer um povo que de tal modo vivesse os princípios do caráter divino, que todas as nações seriam atraídas a Ele. Para isto colocou-os no centro do mundo conhecido naquele tempo. "Eu a havia situado no meio das nações, com outras terras em torno dela". - Ez. 5:5 – Tradução Ecumênica da Bíblia. As boas novas da salvação deviam espalhar-se como as ondas do mar, atingindo os seus limites. No entanto, Israel em vez de irradiar a beleza da santidade de Deus, foi influenciado pelas práticas abomináveis dos outros povos. Foi durante os reinados de Davi e Salomão que Israel viveu o período mais glorioso das mensagens dos símbolos. O plano da salvação como uma dádiva da graça de Deus, inundava o coração dos israelitas e o brilho dessa glória deslumbrava a todos os povos. A rainha de Sabá quando compreendeu o significado da mensagem do "holocausto que oferecia na casa do Senhor ficou como fora de si". – 1Rs 10:5 – Almeida Revista e Atualizada. "Que Deus é tão grande como o nosso Deus?" – Sl 77:13 – Almeida Revista e Corrigida. A comunicação da mensagem de um Deus que perdoa por amor, oferecendo graça, justificação e reconciliação na gloriosa promessa de um substituto inocente, em contraste com a busca do favor de deuses irados, por meio de obras penitentes e angustiantes, tocava profundamente o pensamento pagão. Pense: "Noutras palavras, não são os filhos naturais que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa é que são considerados descendência de Abraão". – Nova Versão Internacional.
Desafio: "Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo". – Gl 3?:16 – Almeida Revista e Atualizada.
Segunda-Feira, 30/8/2010 - › ELEITOS Falhou Deus com o Seu plano de uma nação-igreja para alcançar todos os povos? Certamente não. Mas, lamentavelmente a seqüência dos acontecimentos demonstra que a nação-igreja falhou nesta gloriosa tarefa. Os poderes das trevas atuaram com tal força sedutora sobre os depositários das boas novas, que envolvidos pelos sofismas do engano deixaram de cumprir a grande missão de proclamar o plano redentor de Deus. O concerto feito com Abraão tinha por base a firme e decidida fé nas promessas divinas: "Abrão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado como justiça". - Gn 15:6 – Nova Versão Internacional.
Também foi firmado sobre a fidelidade na observância da lei de Deus: "Farei uma aliança entre Mim e ti, e te multiplicarei extraordinariamente... Porque Abraão obedeceu a Minha palavra, e guardou os Meus mandados, os Meus preceitos, os Meus estatutos e as Minhas leis". - Gn 17:2 e 26:5 – Almeida Revista e Atualizada. Esta é a base que gera filhos espirituais a Abraão. Assim aconteceu enquanto a nação-igreja viveu e proclamou o plano divino de salvar pecadores por amor e por graça. Assim acontece com a igreja-nações, enquanto permanece leal em viver e proclamar a mesma verdade. Quando o instrumento chamado para cumprir a missão em proclamar o plano redentor de Deus, falha, Ele tem todo o direito de rejeitar esse instrumento. É Deus injusto nesse modo de agir? Certamente não. Ele chama e capacita. Não havendo a resposta adequada, a missão é transferida para outro. Assim aconteceu com o dom profético na Igreja remanescente. Em relação ao plano da salvação, é para todos. Em havendo a rejeição da oferta de Deus, o próprio convidado desqualifica-se a si mesmo para receber a dádiva.
Pense: "Todavia, antes que os gêmeos nascessem ou fizessem qualquer coisa boa ou má – a fim de que o propósito de Deus conforme a eleição permanecesse, não por obras, mas por aquele que chama – foi dito: 'O mais velho servirá ao mais novo'". – Rm 9:11 e 12 – Nova Versão Internacional. Desafio: "Maldito o que faz com negligência o trabalho do Senhor!" – Jr 48:10 – Nova Versão Internacional.
Terça-Feira, 31/8/2010 - › MISTÉRIOS "Teria eu algum prazer na morte do ímpio? Palavra do Soberano, o Senhor. Ao contrário, acaso não me agrada vê-los desviar-se dos seus caminhos e viver?" – Ez 18:23 – Nova Versão Internacional.
Se Deus não tem prazer na morte de ninguém, entendamos, morte de condenação, como entender a argumentação de Paulo nos versos do tema de hoje? Paulo esclarece no verso 22:"E se Deus, querendo mostrar a sua ira e tornar conhecido o seu poder, suportou com grande paciência os vasos de sua ira, preparados para a destruição". – Nova Versão Internacional. Deus enviou José para o Egito como seu mensageiro para influenciar Faraó e toda a nação no sentido de abandonar a confiança no falso sistema de adoração. Operou maravilhas em favor do Egito sob a liderança de José. Ainda que por algum tempo reconhecessem a grandeza do Deus Criador e Mantenedor, não se submeteram a Ele. Depois da morte de José, viram em seus beneficiários, inimigos perigosos e os submeteram a mais cruel escravidão. O Faraó e seus súditos estavam agindo sob a liderança de Satanás. Que mais Deus poderia esperar? Quando a rejeição de Deus é um ato concreto e definido, Ele passa a"realizar sua obra, obra muito estranha, e cumprir sua tarefa, tarefa misteriosa". – Is 28:21 – Nova Versão Internacional;. Por outro lado, Deus faz isto"para tornar conhecidas as riquezas de sua glória aos vasos de sua misericórdia, que preparou de antemão para glória". – Rm 9:23 – Nova Versão Internacional.
Paulo termina seu argumento para dizer que Deus exerce Sua Soberania para chamar mensageiros tanto dentre os judeus como dentre os gentios. A salvação não é privilégio de um povo, mas de todos os povos. Entre os povos Ele está em busca de mensageiros que glorifiquem Seu nome cumprindo a missão confiada. Pense: "Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que toldos cheguem ao arrependimento". – 2Pe 3:9 Almeida Revista e Atualizada. Desafio: "Ou seja, a nós, a quem também chamou, não apenas dentre os judeus, mas também dentre os gentios". – Rm 9:24 – Nova Versão Internacional.
Quarta-Feira, 1/9/2010 - › AMMI: "MEU POVO" Não podemos esquecer que Paulo está escrevendo uma mensagem para os membros da igreja nascente, estabelecida por Jesus, começando com os Seus discípulos.
A visão espiritual do escolhido povo de Deus, estava completamente obscurecida e mergulharam em um formalismo religioso, despojado do poder de Deus. Julgando-se os únicos amados de Deus, não compreendiam que ao rejeitar a Cristo como o Messias prometido, perderam sua posição de filhos favorecidos. Não compreendendo as grandes verdades ensinadas pelos serviços do santuário, o formalismo religioso vedara-lhe os olhos da fé. "Veio para o que era Seu, e os seus não O receberam". - Jo 1:11. Não houvera isto acontecido e a vinda do Messias teria sido recebida e aclamada na mais indescritível explosão de alegria. Paulo, demonstrando a Soberania de Deus, declara com base na mensagem do profeta Oséias, que Deus pode chamar filhos de onde Ele queira fazê-lo. João Batista fizera declaração semelhante:"Não pensem que vocês podem dizer a si mesmos: 'Abraão é nosso pai'. Pois eu lhes digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão". – Mt 3:9 – Nova Versão Internacional. Paulo encerra sua argumentação sobre a Soberania e eleição de Deus: "Qual a conclusão? Esta: pagãos que não procuravam a justiça a obtiveram,... enquanto Israel,... não acertou com a lei... Eis que Eu ponho em Sião uma pedra de tropeço, um rochedo que faz cair; mas quem crer nele não será confundido". - Rm 9:30-33 – Tradução Ecumênica da Bíblia. Aquele que se tornou a esperança da glória dos pagãos, tornou-se a pedra de tropeço dos israelitas.
Pense: "Como ele diz em Oséias: 'Chamarei 'meu povo' a quem não é meu povo; e chamarei 'minha amada' a quem não é minha amada'". – Rm 9:25 – Nova Versão Internacional. Desafio: "E este evangelho do Reino será, pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim". – Mt 24:14 - Nova Versão Internacional.
Quinta-Feira, 2/9/2010 - › TROPEÇANDO Fizeram os líderes dos israelitas, da lei das cerimônias o grande justificador e disto temos evidências claras e sobejas. Notemos este argumento em Atos 13:39: "... não pudestes ser justificados pela lei de Moisés". Encontramos Paulo em Antioquia discutindo com os judeus e provando-lhes não haver justificação nas práticas rituais em si, sem exercer fé no Único justificador. Apresenta a Cristo como único e supremo justificador: "E, por meio dEle, todo o que crê é justificado...". - At 13:39 – Almeida Revista e Atualizada. Aos Hebreus Paulo declara que as cerimônias típicas praticadas depois da cruz, são obras mortas ou cerimônias que não adiantam nada. Não justificam a ninguém. No entanto, o Justificador já assumiu o lugar do pecador e tornou-se o centro vivo em Quem se centraliza a fé. A fé dos que viveram antes da cruz e necessitaram das cerimônias. A fé dos que vivem depois da cruz e não precisam das cerimônias. Em sua carta aos Romanos, Paulo coloca em confronto a busca da justificação pela prática de ritos que se tornaram vazios e a fé no Único e real justificador: (Leia em Pense)
Eis o grande problema espiritual de Israel: deturpou a compreensão dos ritos e símbolos, perdeu a fé na graça de Deus, para a qual os símbolos apontavam, e buscou alcançar justiça pela prática de obras, aparentemente boas em si, mas que não possuíam nenhum poder para perdoar e justificar. Os pagãos que não possuíam os ritos e símbolos para orientar a sua experiência espiritual, quando receberam a Boa Nova da justiça pela fé em Cristo, nEle creram e não foram confundidos. Sabiam em Quem estavam depositando a sua fé. Aquele que se tornou a esperança da glória dos pagãos, tornou-se a pedra de tropeço dos israelitas. Pense: "Qual a conclusão? Esta: pagãos que não procuravam a justiça a obtiveram - falo da justiça que vem da fé -, enquanto Israel, que procurava uma lei que pudesse alcançar-lhe a justiça, não acertou com a lei. Por quê? Porque esta justiça, eles não a esperavam da fé, mas pensavam obtê-la das obras. Esbarraram na pedra de tropeço, segundo o que está escrito: Eis que Eu ponho em Sião uma pedra de tropeço, um rochedo que faz cair; mas quem crer nele não será confundido". - Rm 9:30-33 – Tradução Ecumênica da Bíblia. Desafio: "Se isso é assim, imaginem então quanto maior ainda é o poder do sangue de Cristo! Por meio do Espírito eterno ele se ofereceu a si mesmo como sacrifício perfeito a Deus. E o seu sangue nos purifica por dentro, tirando as nossas culpas; assim podemos servir ao Deus vivo, pois já não praticamos cerimônias que não adiantam nada". Hb 9:14 – Bíblia na Linguagem de Hoje.
Sexta-Feira, 3/9/2010 - › ESTUDO ADICIONAL Paulo ainda continua descrevendo a falta de compreensão dos seus compatriotas do plano da salvação: (Leia em Pense).
Em verdade praticavam os ritos com o maior fervor e zelo mas, faltava-lhes o correto conhecimento de todas as práticas. Degenerando o serviço religioso em formalidades vazias, perderam de vista o centro do plano da salvação e o centro de todas as cerimônias - Cristo. O fim da lei é Cristo, declara Paulo, ou seja, todo o sistema ritual conduzia a Cristo, o único que tinha poder para justificar e justiça para comunicar "a todo homem que crê". A deturpação do plano da salvação pela graça de Deus mediante a fé em Cristo, através de símbolos, conduziu os judeus à busca da justificação nas mais variadas práticas que pudessem ser contabilizadas como mérito: dando esmolas (Mat. 6:2), fazendo orações públicas (v. 5), observando prolongados jejuns (v. 16), lavando as mãos freqüentemente (Mat. 15:2), detalhando obrigações do dia de sábado, praticando"todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens". - Mat. 23:5. Muitas destas obras que praticavam com o objetivo para obter méritos diante de Deus, nem mesmo constavam da lei das cerimônias. Como declara Paulo, "procuravam uma lei para estabelecer a sua própria justiça". Neste argumento de Paulo, além de condenar a prática de símbolos e ritos como meio de obter justiça, pode divisar-se uma referência ao Talmude, que trazia as mais desconcertantes normas em relação à conduta para apresentar méritos e recomendar-se como justo e digno da aceitação divina. Pense: "Pois eu sou testemunha, eles têm zelo por Deus, mas é um zelo que não é iluminado pelo conhecimento, desconhecendo a justiça que vem de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, eles não se submeteram à justiça de Deus. Pois o fim da lei é Cristo, para que seja dada a justiça a todo homem que crê".- Rm 10:2-4 – Tradução Ecumênica da Bíblia. Desafio: "Não há diferença entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente a todos os que o invocam, porque 'todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo". – Rm 10:12 e13 – Nova Versão Internacional.
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Conheça o autor |  | Pr. Albino Marks Especialista em aconselhamento familiar e profundo estudioso da Bíblia, o pastor Albino Marks já atuou como preceptor (IAP, IACS, IAE-SP); capelão (IACS e Hospital do Pênfigo); diretor geral do IAP; departamental em várias associações e na UCB. |
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