sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Lição 09 - Liberdade em CRISTO - Lição da Escola Sabatina - Casa Publicadora Brasileira

Lição 9
21 a 28 de agosto

 


 

Liberdade em Cristo

 

Lição 932010

 


 

Sábado à tarde

Ano Bíblico: Jr 36–38


Verso para Memorizar: "Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito" (Romanos 8:1, RC).


Leituras da semana: Rm 8:1-17

 

Romanos 8 é a resposta de Paulo a Romanos 7. Em Romanos 7, Paulo fala de frustração, fracasso e condenação. Em Romanos 8, a condenação está anulada, substituída pela liberdade e vitória provida por Jesus Cristo.


Em Romanos 7, Paulo disse que se você se recusar a aceitar Jesus Cristo, terá a experiência infeliz ali descrita. Você será escravo do pecado, impossibilitado de fazer o que preferir. Em Romanos 8, ele diz que Cristo Jesus lhe oferece libertação do pecado e liberdade para fazer o bem que desejar fazer mas que sua natureza pecaminosa não permite.


Paulo continua explicando que essa liberdade foi adquirida a um custo infinito. Cristo, o Filho de Deus, que assumiu a humanidade – a única maneira de Ele Se relacionar conosco – Se tornou nosso exemplo perfeito e o substituto que morreu em nosso lugar. Ele veio "em semelhança de carne pecaminosa" (v. 3). Como resultado, os requisitos justos da lei podem ser cumpridos em nós (v. 4). Em outras palavras, Cristo tornou possível a vitória sobre o pecado, bem como o atendimento aos reclamos positivos da lei.


Devido a limitações de espaço, só vamos cobrir os primeiros 17 versos de Romanos 8. Conforme o tempo que tiver, leia o restante do capítulo, que está pleno das maravilhosas garantias do amor de Deus. Esses versos nos apontam poderosamente a esperança que devemos ter como cristãos que são "mais que vencedores, por meio daquele que nos amou" (v. 37) e que, por amor, Ele "não poupou o Seu próprio Filho, antes, por todos nós O entregou" (v. 32).

 



Domingo

Ano Bíblico: Jr 39–41

 

Liberdade da condenação

 

1. "Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito" (Rm 8:1, RC). Que significa "nenhuma condenação"? Nenhuma condenação de quê? E por que essa notícia é tão boa?

Em Cristo Jesus" é uma frase comum nos escritos de Paulo. Estar alguém "em" Cristo Jesus significa que aceitou Cristo como seu Salvador. Aquele que nEle confia implicitamente decide fazer do modo de vida de Cristo o seu próprio modo. O resultado é uma união íntima e pessoal com Cristo.


"Em Cristo Jesus" está em contraste com "na carne". Também está em contraste com a experiência detalhada no capítulo 7, em que Paulo descreve como sendo carnal a pessoa que está sob condenação, antes de se render a Cristo, significando que é escrava do pecado. A pessoa está sob a condenação da morte (v. 11, 13, 24). Serve à "lei do pecado" (v. 23, 25). Essa pessoa está em uma terrível condição de desgraça (v. 24).


Mas, então, a pessoa se rende a Jesus, e ocorre uma imediata mudança em sua condição diante de Deus. Condenada no passado como transgressora da lei, essa pessoa agora está perfeita à vista de Deus, como se nunca houvesse pecado, porque a justiça de Jesus Cristo a cobre completamente. Não mais existe condenação, não porque essa pessoa não tenha defeitos, esteja sem pecados, ou que seja digna da vida eterna (porque não é!), mas porque o registro da vida perfeita de Jesus toma o lugar da pessoa; Assim, não existe condenação.


Mas a boa notícia não termina aí.

 

2. O que livra uma pessoa da escravidão do pecado? Rm 8:2

"A lei do Espírito da vida", aqui, significa o plano de Cristo para salvar a humanidade, em contraste com "a lei do pecado e da morte", que foi descrita no capítulo 7 como a lei pela qual o pecado governa, e cujo fim é a morte. Ao contrário, a lei de Cristo traz vida e liberdade.

 

"Todo aquele que se recusa a se entregar a Deus acha-se sob o domínio de outro poder. Não pertence a si mesmo. Pode falar de liberdade, mas está na mais vil servidão. ... Enquanto se lisonjeia de seguir os ditames de seu próprio discernimento, obedece à vontade do príncipe das trevas. Cristo veio quebrar as algemas da escravidão do pecado" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 466). Você é escravo, ou você é livre em Cristo? Como você pode saber com certeza?

 



Segunda

Ano Bíblico: Jr 42–44

 

O que a lei não pode fazer

 

Embora seja boa, a "lei" (a lei cerimonial, a lei moral, ou mesmo ambas) não pode fazer por nós o que mais precisamos, isto é, nos prover os meios de salvação, de modo a nos salvar da condenação e da morte que o pecado traz. Para isso, precisamos de Jesus.

 

3. O que Cristo fez e que a lei, por sua própria natureza, não pode fazer? Rm 8:3, 4

Deus proveu um remédio "enviando o Seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa", e "condenou... , na carne, o pecado". A encarnação de Cristo foi um passo importante do plano de salvação. É apropriado exaltar a cruz, mas, no resultado do plano de salvação, a vida de Cristo "em semelhança de carne pecaminosa" também é extremamente importante.


Como resultado do que Deus fez ao enviar Cristo, agora é possível atendermos aos justos requisitos da lei; isto é, fazer as coisas certas que a lei exige. "Debaixo da lei" (Rm 6:14), isso era impossível; agora, "em Cristo", é possível.


Mas devemos nos lembrar de que fazer o que a lei exige não significa guardar a lei para obter a salvação. Essa não é uma opção – nunca foi. Significa simplesmente viver como Deus nos habilita a viver; significa uma vida de obediência, em que crucificamos "a carne, com as suas paixões e os seus desejos" (Gl 5:24), vida em que refletimos o caráter de Cristo.


No verso 4, andar é uma expressão idiomática que significa "conduzir-se".


A palavra carne, aqui, é uma referência à pessoa não regenerada, antes ou depois da condenação. Andar segundo a carne é ser controlado por desejos egoístas.


Em contraste, andar segundo o Espírito é cumprir os justos requisitos da lei. Só mediante a ajuda do Espírito Santo podemos atender a esse requisito. Só em Cristo Jesus existe liberdade para fazer o que a lei exige. À parte de Cristo, não existe essa liberdade. A pessoa escravizada ao pecado acha impossível fazer o bem que escolhe fazer (veja Rm 7:15, 18).

 



Terça

Ano Bíblico: Jr 45–48


A carne contra o Espírito

 

4. "Os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz" (Rm 8:5, 6). Pense nesses versos. Que mensagem básica eles trazem? O que eles lhe dizem sobre sua vida?

"Inclinar-se", aqui, é usado no sentido de agir "de acordo com" (grego kata) alguma coisa. Cogitar significa fixar a mente em alguma coisa. Um grupo de pessoas deixa que sua mente siga os desejos naturais; o outro deixa a mente nas coisas do Espírito, para seguir às Suas ordens. Porque a mente determina as ações, os dois grupos vivem e agem diferentemente.

 

5. O que a mente carnal não pode fazer? Rm 8:7, 8

Ter a mente fixa em cumprir os desejos da carne, em realidade, é colocar-se em inimizade contra Deus. Alguém que tem a mente assim não tem interesse de fazer a vontade de Deus. Pode até estar em rebelião contra Ele, desconsiderando abertamente Sua lei.


Paulo deseja enfatizar especialmente isto: separados de Cristo, é impossível guardar a lei de Deus. Novamente, Paulo volta a este tema: não importa quanto o indivíduo tente, separado de Cristo, ele não pode obedecer à lei.


O propósito especial de Paulo era persuadir os judeus de que eles precisavam de algo mais que sua Torah (lei). Por sua conduta, eles mostravam que, apesar de ter a revelação divina, eram culpados dos mesmos pecados dos quais os gentios eram culpados (Rm 2). A lição de tudo isso era que eles precisavam do Messias. Sem Ele, os gentios seriam escravos do pecado, incapazes de escapar de seu domínio.


Essa era a resposta de Paulo àqueles judeus que não podiam entender por que aquilo que Deus lhes dera no Antigo Testamento não mais era suficiente para a salvação. Paulo admitiu que o que eles haviam feito era tudo bom, mas eles também precisavam aceitar o Messias.

 

Pense em suas últimas 24 horas. Suas ações foram do Espírito ou da carne? O que sua resposta lhe diz sobre você mesmo? Se foram da carne, que mudanças você precisa fazer, e como pode fazê-las?

 



Quarta

Ano Bíblico: Jr 49, 50


O Espírito em nós

 

Paulo continua seu tema, contrastando as duas possibilidades que as pessoas enfrentam em seu viver: Ou de acordo com o Espírito; isto é, o Espírito Santo de Deus, que nos é prometido, ou de acordo com sua natureza pecaminosa e carnal. Uma leva para a vida eterna; a outra, para morte eterna. Não existe meio-termo. Ou, como o próprio Jesus disse: "Quem não é por Mim é contra Mim; e quem comigo não ajunta espalha" (Mt 12:30). É difícil deixar mais claro, ou mais preto no branco, do que isso.

 

6. Que promessa têm os que se rendem completamente a Cristo? Rm 8:9-14

A vida "na carne" é contrastada com a vida "no Espírito". A vida "no Espírito" é controlada pelo Espírito de Deus, o Espírito Santo. Neste capítulo, Ele é chamado de Espírito de Cristo, talvez no sentido de que é representante de Cristo, e por meio dEle Cristo habita no cristão (v. 9, 10).


Nestes versos, Paulo volta a uma figura que usou em Romanos 6:1-11. Figurativamente, no batismo "o corpo do pecado"; isto é, o corpo que servia ao pecado, é destruído. O "velho homem" é crucificado com Ele" (v. 6). Como no batismo, não existe um sepultamente, apenas, mas também uma ressurreição; portanto, a pessoa batizada ressurge para andar em novidade de vida. Isto significa matar o velho eu, uma escolha que temos que fazer por nós mesmos, cada dia, momento a momento. Deus não destrói a liberdade humana. Mesmo depois que o velho homem do pecado é destruído, ainda é possível pecar. Aos colossenses, Paulo escreveu: "Façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês" (Cl 3:5, NVI).


Deste modo, depois da conversão, ainda existe uma luta contra o pecado. A diferença é que a pessoa em quem habita o Espírito tem agora o poder divino para a vitória. Além disso, se a pessoa foi tão miraculosamente liberta do domínio da escravidão do pecado, ela é obrigada a nunca mais servir ao pecado.

 

Pense nesta ideia de que o Espírito de Deus, que ressuscitou Jesus dos mortos, é o mesmo que habita em nós, se o permitirmos. Pense no poder que está à nossa disposição! O que nos impede de fazer uso dEle tanto quanto deveríamos?

 


 

Quinta

Ano Bíblico: Jr 51, 52


Adoção contra escravidão

 

7. Como Paulo descreve a nova relação com Cristo? Rm 8:15. Que esperança existe para nós nessa promessa? Como podemos tornar isso real em nossa vida?


A nova relação é descrita como libertação do medo. Um escravo está em sujeição. Vive em constante medo de seu senhor. E não ganha nada por seus longos anos de serviço.


Não é assim com aquele que aceita Jesus Cristo. Primeiro, faz serviço voluntário. Segundo, serve sem medo, pois "o perfeito amor lança fora o medo" (1Jo 4:18). Terceiro, adotado como filho, ele recebe uma herança de valor infinito.


"O espírito de escravidão é produzido na busca de viver conforme a religião legal, esforçando-nos por nossa própria força para cumprir as reivindicações da lei. Só existe esperança para nós quando caímos sob a aliança de Abraão, que é a aliança da graça pela fé em Cristo Jesus" (Comentários de Ellen G. White, The SDA Bible Commentary, v. 6, p. 1.077).

 

8. O que nos dá a certeza de que Deus nos aceitou realmente como filhos? Rm 8:16


O testemunho interior do Espírito confirma que fomos aceitos. Embora não seja seguro andar unicamente pelo sentimento, aqueles que, no melhor de sua compreensão, seguiram a luz da Palavra ouvirão uma voz interior assegurando-lhes que foram aceitos como filhos de Deus.


Realmente, Romanos 8:17 diz que somos herdeiros; isto é, somos parte da família de Deus e, como herdeiros, como filhos, recebemos uma herança maravilhosa de nosso Pai.

 



Sexta

Ano Bíblico: Lamentações


Estudo adicional

 

Leia Ellen G. White: O Grande Conflito, p. 253-256: "Progressos na Inglaterra"; O Desejado de Todas as Nações, p. 113: "O Batismo"; p. 253-256: "Em Cafarnaum; p. 671, 672: "'Não se Turbe o Vosso Coração; Parábolas de Jesus, p. 95-98: "Um Poder que Transforma e Eleva"; Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 126-129: "Repousando no Amor de Deus".

 

O plano de salvação não oferece aos crentes uma vida livre de sofrimento e provações deste lado do reino. Pelo contrário, chama-os a seguir a Cristo pelo mesmo caminho de abnegação e renúncia. ... É por essas provações e perseguições que o caráter de Cristo é reproduzido e revelado em Seu povo. ... Partilhando os sofrimentos de Cristo, somos educados, disciplinados e preparados para compartilhar as glórias do além" (The SDA Bible Commentary, v. 6, p. 568, 569).


"A corrente que desce do trono de Deus é suficientemente longa para alcançar as maiores profundezas. Cristo é capaz de levantar de sua degradação os mais empedernidos pecadores e colocá-los onde possam ser reconhecidos como filhos de Deus, herdeiros com Cristo da herança imortal" (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 229).


"Alguém honrado por todo o Céu veio a este mundo para, revestido da natureza humana, postar-Se à cabeceira da humanidade, testificando aos anjos caídos e aos habitantes dos mundos não caídos que, pelo auxílio divino que foi provido, todos podem andar na vereda da obediência aos mandamentos de Deus. ...


"Nosso resgate foi pago por nosso Salvador. Ninguém precisa ser escravizado por Satanás. Cristo está presente, como nosso ajudador todo-poderoso" (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 309).

 

Perguntas para consideração
1. Leia novamente as citações de Ellen G. White acima. Que esperança podemos tirar nesses parágrafos? Mais importante, como podemos tornar reais essas promessas de vitória em nossa vida? Com tanto que nos foi oferecido em Cristo, por que permanecemos muito aquém do que realmente poderíamos ser?


2. De que maneiras práticas e diárias sua mente pode "cogitar... das coisas do Espírito" (Rm 8:5)? Que significa isso? Qual é o desejo do Espírito? Entre as coisas que você vê, lê ou pensa existem as que tornam difícil alcançar essa condição em sua vida?


3. Pense mais nessa ideia de que estamos de um lado ou de outro no grande conflito, sem meio-termo. Quais são as implicações desse fato? Como a percepção dessa grande verdade deve afetar nossa maneira de viver e as escolhas que fazemos, mesmo nas coisas "pequenas"?



 FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2010/li932010.html