Sábado, 18/9/2010 - › INTRODUÇÃO "Você, por que julga seu irmão? E por que desprezas seu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de Deus". – Rm 14:10.
No encerramento do estudo sobre a carta aos Romanos, é interessante colocar em destaque alguns pontos: O objetivo da carta visa prevenir, combater e sanar um problema específico surgido entre os crentes da Galácia e que ameaçava a igreja de Roma. Este ponto é básico, fundamental, para a perfeita compreensão da Epístola, sem impedir a aplicação de seus ensinamentos gerais a todas as épocas. Muitas vezes complica-se a compreensão de um texto bíblico por desconsiderar as circunstâncias que lhe deram origem e visando um objetivo definido. Nas cartas aos Romanos e aos Gálatas, esta negligência gera complicações doutrinárias desastrosas. Quando escritas, as cartas foram dirigidas a determinadas igrejas visando problemas específicos como alvo: 1. Esclarecer sobre o que Jesus fez em favor do pecador quando morreu sobre a cruz. 2. Desfazer as dúvidas em relação às cerimônias simbólicas depois da morte de Jesus. 3. Demonstrar que as cerimônias desempenharam o seu papel até a vinda "do Descendente", Cristo o Redentor. 4. A justificação e a salvação são uma dádiva da graça de Deus, que se tornam reais para o pecador que as aceita pela fé. A religião verdadeira não é um sentimentalismo apaixonante, uma emoção repentina, momentânea. É sim, o desenvolvimento progressivo das faculdades espirituais e intelectuais, alargando e aclarando a visão à medida que avança, pelo estudo, nos grandes planos de Deus. As emoções têm o seu lugar no relacionamento com Deus, mas sempre devem permanecer sob o domínio da razão. Pense: "Mas não Se limitou a dar-lhes os preceitos do Decálogo... Ordenou-se a Moisés escrever, conforme Deus lhe mandasse, juízos e leis que davam minuciosas instruções quanto ao que era requerido". – Patriarcas e Profetas, pág. 364. Desafio: "Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo". - Gl 6:14 – Almeida Revista e Atualizada.
Domingo, 19/9/2010 - › O IRMÃO FRACO "Aquele que come de tudo não deve desprezar o que não come". – Rm 14:3 – Nova Versão Internacional.
Essa declaração de Paulo é usada para justificar o consumo de carnes biblicamente declaradas imundas. O Concílio de Jerusalém, que deliberou sobre pontos controvertidos que surgiram na Igreja apostólica, não considerou a questão de carnes limpas e imundas. Isto era ponto pacífico entre a liderança e membros. Pedro, que havia recebido a visão do lençol com todo tipo de animais e recebeu ordem para comer, não o fez, porque as suas convicções sobre o assunto eram definidas. Perante o Concílio, declarou que Deus que conhece os corações, demonstrou que o evangelho da salvação é para todos os povos, e que Ele não faz acepção de pessoas. Se pela fé aceitam a dádiva substituta, são justificadas e salvas. O problema que surgiu na Igreja apostólica era sobre o uso ou não das carnes oferecidas aos ídolos antes de serem colocadas à venda nos açougues. O Concílio recomendou que os membros deviam abster-se desse tipo de carnes. No entanto, alguns membros que tinham convicções que o ídolo é coisa morta, não davam importância a este detalhe e usavam as carnes sem encontrar problemas. Paulo encontrou um bom argumento para orientar os membros no sentido do respeito mútuo. No entanto, coloca maior responsabilidade sobre aqueles que se julgam fortes em questões espirituais. Estes devem aceitar e respeitar os mais fracos. É este um princípio aplicável em todas as questões que não são fundamentais em relação à salvação. Pense: "Nós que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos".– Rm 15:1 - Nova Versão Internacional.
Desafio: "Quem é você para julgar o servo alheio?" – Rm 14:4 – Nova Versão Internacional
Segunda-Feira, 20/9/2010 - › A MEDIDA QUE VOCÊS USAREM A natureza pecaminosa humana é muito inclinada em julgar os atos dos outros. De alguma forma procura-se tirar vantagens do julgamento, no sentido de parecer melhores que os outros. É esquecido o fato de que da maneira como julgamos, os outros, eles nos julgam. Logo, o melhor modo de agir é não formar julgamentos. Todos nós temos as nossas lutas e problemas. Paulo introduz o argumento do profeta Isaías de que no dia determinado todos deverão comparecer perante o tribunal de Deus e dar contas de seus próprios atos perante o Juiz do universo.
Agindo sob o poder de Seus atributos de onipotência, onisciência e onipresença, Deus conhece as mais íntimas intenções do coração humano e somente Ele pode julgar com total imparcialidade. Em verdade, Deus determinou que todos os homens conheçam o plano da salvação e prevê também todas as escaramuças de Satanás para desviar a mente dos homens de Sua superabundante graça, de Seu incomensurável amor e da Sua infinita justiça. Desviando a sua atenção desse grande objetivo que confere sentido à curta passagem por este mundo, o homem volta-se para o semelhante procurando nas falhas dos outros compensar as suas. Por esta razão não consegue perceber o grande objetivo de sua existência: o plano da salvação do homem por meio da morte substituta de Jesus e a restauração do planeta Terra ao tempo eterno com o glorioso acontecimento de Sua segunda vinda como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Pense: "Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão". – Rm 14:13 – Nova Versão Internacional. Desafio: "Somente no Senhor está a justiça e a força". - Is. 45:24 – Nova Versão Internacional.
Terça-Feira, 21/9/2010 - › NÃO DANDO MOTIVO PARA ESCÂNDALO Podemos considerar a experiência cristã em três áreas: Doutrinas, princípios e costumes. As três áreas são importantes e estão ligadas ao nosso desenvolvimento espiritual. Mas cada área tem as suas características. As doutrinas são fundamentais para manter a unidade do corpo de Cristo, a Igreja. Se interpretarmos as doutrinas de maneira diferente, com toda a certeza logo teremos discordâncias e divisões."Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo". – Ef 4:5 – Nova Versão Internacional. Os princípios são importantes, mas não têm o peso das doutrinas. Comer carnes declaradas limpas, ou ser vegetariano, são princípios. Nessa questão cada um deve tratar seu irmão com respeito e com amor."Não destrua a obra de Deus por causa de comida". – Rm 14:20 – Nova Versão Internacional. Os costumes variam de um povo para outro. A maneira de vestir, de usar o cabelo, de despender as horas de lazer, não serão as mesmas em todos os lugares. O que deve reger os costumes é o conceito de moralidade. Quando os costumes ou a cultura de um povo afrontam as claras orientações de Deus e permitem o liberalismo moral, não devem ser aceitos. Para Israel, Deus declarou: "Não façais o que se faz na terra do Egito, onde habitastes; não façais o que se faz na terra de Canaã, onde vou fazer-vos entrar; não sigais as suas leis; ponde em prática os meus costumes e cuidai de seguir as minhas leis. Eu sou o Senhor, vosso Deus". – Lv 18:3 de 4 – Tradução Ecumênica da Bíblia. Em todas estas questões há uma responsabilidade pessoal, porque o nosso modo de agir, influencia os outros.'Nenhum de nós vive apenas para si". – Rm 14:7 – Nova Versão Internacional.
Pense: "Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua". – Nova Versão Internacional. Desafio: "Aquele que assim serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens". - Rm 14:18 – Nova Versão Internacional.
Quarta-Feira, 22/9/2010 - › OBSERVÂNCIA DE DIAS Para os Gálatas, Paulo escreveu:"Guardais dias, e meses, e tempos, e anos". – Gl 4:10 – Almeida Revista e Atualizada.
Os crentes gálatas em sua grande maioria haviam vindo do mundo gentílico. Em suas práticas espirituais estavam apegados aos ritos do paganismo. Quando Paulo lhes anunciou o Evangelho, foram desafiados a abandonar seus rituais e trocá-los pela excelência do conhecimento e amor ao Salvador, vivo e presente no íntimo de cada crente na pessoa do Espírito Santo. Regozijaram-se na esperança de salvação em Cristo e abandonaram as suas heranças pagãs. No entanto, dos judeus que se converteram ao cristianismo, os mais nacionalistas passaram a insistir na obrigatoriedade da observância destes dias de festas e outras cerimônias. Estas, no passado tiveram um profundo significado espiritual como"sombra dos bens vindouros", - Cl 2:17, Hb 10:1, mas agora tornavam-se uma prática legalista de salvação por obras, contrário à justiça pela fé em Cristo. Lucas uniu-se a Paulo quando este chegou com Silas a Trôade, em sua segunda viagem evangelística no ano 50 ou 51 depois de Cristo. Conviveram, portanto, cerca de 17 anos em íntimo companheirismo de pregadores da mensagem de salvação em Cristo. É inconcebível de que os dois, como líderes da Igreja apostólica, não discutissem a importante questão da mudança do dia sagrado. Considerando que Lucas veio do paganismo grego, deveria tomar conhecimento desta mudança e incluí-la em seus escritos. Mas não foi isto o que aconteceu. Lucas, tanto em seu Evangelho como no relato histórico dos Atos, confirma a perpetuidade do sábado como dia sagrado de adoração e comunhão com o Criador. Pense: "Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As festas fixas do Senhor, que proclamareis, serão santas convocações; são estas as minhas festas. Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o sábado do descanso solene, santa convocação; nenhuma obra fareis; é sábado do Senhor em todas as vossas moradas. São estas as festas fixas do Senhor, as santas convocações, que proclamareis no seu tempo determinado". - Lv 23:2-4 – Almeida Revista e Atualizada. Desafio: "Estejam unidos em caridade, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus - Cristo".– Cl 2:2 – Almeida Revista e Corrigida.
Quinta-Feira, 23/9/2010 - › BÊNÇÃO DE CONCLUSÃO É importante observar que Paulo, o bandeirante da justiça pela fé, relaciona a graça de Deus e a justiça pela fé com a obediência. Enfatiza de modo muito claro na introdução e na conclusão de sua carta aos Romanos, que foi comissionado apóstolo, enviado por Deus, aos gentios pagãos para conduzi-los"à obediência da fé". – Rm 1:5 e 16:26 - Tradução Ecumênica da Bíblia. Todos aqueles que pela fé aceitam a oferta da graça de Deus, que oferece salvação para os condenados vencidos pelo pecado, são desafiados a testemunhar por sua conduta de que a graça operou profunda transformação em seu caráter e vida. Para que a fé determine a obediência, é preciso que tenha parâmetros para colocá-los diante do pecador arrependido, contrito e submisso. Os princípios para orientar a conduta são os mesmos que orientavam o homem não caído e vivendo pela graça eterna. A graça não alterou os princípios de conduta para o homem depois da queda, apenas revelou a provisão de resgate, que é a morte de Jesus em lugar do culpado. No capítulo 2:5-11 aos Romanos, a argumentação é muito definida: se não houver mudança de conduta com a aceitação da graça, é porque em verdade este acontecimento não teve lugar na vida do pecador. A conduta se refletirá pelas obras em harmonia com o bem, a verdade e a justiça e a rejeição do mal e da injustiça. Naturalmente entende-se que estas obras não constituem apresentação de méritos para obter a salvação, mas é a frutificação natural que somente a graça de Deus pode produzir em vidas que Lhe rendem a vontade. Pense: "Por teu endurecimento, por teu coração impenitente, acumulas contra ti um tesouro de cólera para o dia da cólera, no qual se revelará o justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo as suas obras: vida eterna para aqueles que, por sua perseverança em praticar o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade, mas cólera e indignação para aqueles que, por rebeldia, revoltam-se contra a verdade e se submetem à injustiça". – Rm 2:5-8 Tradução Ecumênica da Bíblia. Desafio: "Por ele nós recebemos a graça de ser apóstolo, a fim de conduzir à obediência da fé, para a glória de seu nome, todos os povos pagãos". – Rm 1:5 – Tradução Ecumênica da Bíblia.
Sexta-Feira, 24/9/2010 - › ESTUDO ADICIONAL Paulo em sua segunda carta para o jovem pastor Timóteo informa:"Só Lucas está comigo". – 2Tm 4:11 – Tradução Ecumênica da Bíblia.
Eruditos compreendem que o Evangelho de Lucas foi escrito entre os anos 60 a 80 depois de Cristo. Isto significa que o médico Lucas teve um mínimo de dez anos, depois de sua conversão, cerca de 50 ou 51 a.D., para assimilar o ensino de Jesus sobre a importante mudança do dia santo para adoração, do sétimo dia da semana, o sábado, para o primeiro dia, o domingo, como memorial da ressurreição e apagando por este ato o memorial da criação. Pela maneira de Lucas descrever os acontecimentos daquela dramática sexta-feira do sacrifício de Jesus, pelo menos trinta anos depois do acontecimento, é preciso aceitar sinceramente que Jesus nunca proferiu uma palavra sobre tal ensino. Escreve Lucas, converso vindo do mundo pagão:"voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos; e no sábado repousaram conforme o mandamento". – Luc. 23:56. Outro ponto importante em relação à conversão de Lucas e às suas convicções espirituais encontram-se na Igreja apostólica onde encontrou a verdade da graça salvadora em Cristo. Ele mesmo declara de que naquela igreja os encontros espirituais para a observância do dia sagrado eram celebrados no sábado:"Desde muitas gerações, com efeito, Moisés dispõe de pregadores em cada cidade, visto que o lêem todos os sábados nas sinagogas".Para acrescentar em seguida:"Os apóstolos, os anciãos e os irmãos saúdam os irmãos de origem pagã que se acham em Antioquia". – At 15:21 e 23 – Tradução Ecumênica da Bíblia. Pense: Lucas defende a seriedade de seu Evangelho, declarando que ouviu "testemunhas oculares", e de ter-se "cuidadosamente informado de tudo a partir das origens", para que seu amigo Teófilo pudesse"verificar a solidez dos ensinamentos recebidos". – Lc 12:1-4 – Tradução Ecumênica da Bíblia. Desafio: "Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler". - Lc 4:16 – Almeida Revista e Atualizada. Lucas relata que Jesus respeitava a santidade do sábado como dia de adoração.
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Conheça o autor |  | Pr. Albino Marks Especialista em aconselhamento familiar e profundo estudioso da Bíblia, o pastor Albino Marks já atuou como preceptor (IAP, IACS, IAE-SP); capelão (IACS e Hospital do Pênfigo); diretor geral do IAP; departamental em várias associações e na UCB. |
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