terça-feira, 14 de setembro de 2010

Lição 12 – AMOR E LEI - Lição da Escola Sabatina - Casa Publicadora Brasileira

Lição 12
11 a 18 de setembro

 


 

Amor e lei

 

Lição 1232010

 


 

Sábado à tarde

Ano Bíblico: Ez 45–48

 

Verso para Memorizar: "Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12:2).


Leituras da semana: Romanos 1213

 

Por mais que Paulo buscasse tirar dos romanos as falsas noções da lei, ele também chamava todos os cristãos a um padrão elevado de obediência. Essa obediência provém da mudança interior de nosso coração e mente, possível apenas pelo poder de Deus, que opera em quem se submete a Ele.


A epístola aos Romanos não contém nenhuma sugestão de que essa obediência sobrevenha automaticamente. O cristão precisa ser iluminado quanto a quais são esses requisitos; deve estar disposto a obedecer-lhes; e, finalmente, o cristão deve buscar o poder sem o qual essa obediência é impossível.


O que isso significa é que as obras são parte da fé cristã. Nunca foi intenção de Paulo depreciar as obras. Nos capítulos 13 a 15, ele dá uma forte ênfase às obras. Essa não representa qualquer negação do que ele havia dito anteriormente sobre a justificação pela fé. Ao contrário, as obras são a verdadeira expressão do que significa viver pela fé. Pode-se até dizer que, pela revelação acrescentada depois da vinda de Jesus, os requisitos do Novo Testamento são ainda mais difíceis de cumprir do que os do Antigo. Os crentes do Novo Testamento receberam um exemplo do apropriado comportamento moral em Jesus Cristo. Ele e ninguém mais é o padrão que devemos seguir. "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em" – não Moisés, não Daniel, não Davi, não Salomão, não Enoque, não Débora, não Elias – mas "Cristo Jesus" (Fp 2:5).


O padrão não pode ser mais elevado que esse.

 



Domingo

Ano Bíblico: Dn 1–3


Sacrifícios vivos

 

Com o capítulo 11, termina a parte doutrinária do livro de Romanos. Os capítulos 12 a 16 apresentam instruções práticas e notas pessoais. Não obstante, esses capítulos finais são extremamente importantes, porque mostram como deve ser vivida a vida de fé.


Para os iniciantes, a fé não é um substituto da obediência, como se, de alguma forma, a fé invalidasse nossa obrigação de obedecer ao Senhor. Os preceitos morais ainda estão em vigor; eles são explicados e até ampliados no Novo Testamento.


E não nos é dada nenhuma indicação de que o cristão terá facilidade para regular a vida por esses preceitos morais. Ao contrário, somos informados de que, às vezes, pode ser difícil, pois a batalha contra o eu e o pecado é sempre difícil (1Pe 4:1). As boas-novas são que, se cairmos, se tropeçarmos, não seremos rejeitados, mas temos um Sumo Sacerdote que intercede por nós (Hb 7:25).

 

1. Que semelhanças Paulo destaca entre os sacrifícios do Antigo Testamento e do Novo? Que diferenças existem? Rm 12:1, 2

 

Em Romanos 12:1, Paulo se refere aos sacrifícios do Antigo Testamento. Assim como, antigamente, os animais eram sacrificados a Deus, agora, os cristãos devem render o corpo a Deus, não para ser morto, mas como sacrifício vivo dedicado a Seu serviço.


Nos tempos do antigo Israel, todas as ofertas levadas ao templo como sacrifício eram examinadas cuidadosamente. Se fosse descoberto qualquer defeito no animal, este era recusado; pois Deus havia ordenado que a oferta fosse sem mancha. Da mesma forma, os cristãos são convidados a apresentar seus corpos "por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". A fim de fazer isso, todas as suas faculdades devem ser preservadas na melhor condição possível. Embora nenhum de nós esteja sem defeito, a lição é que devemos buscar viver tão imaculada e fielmente quanto pudermos.

 



Segunda

Ano Bíblico: Dn 4–6


Pensando em si mesmo

 

Neste trimestre, falamos bastante sobre a perpetuidade da lei moral de Deus, e temos enfatizado vez após vez que a mensagem de Paulo no livro de Romanos não ensina que os Dez Mandamentos foram abolidos ou de alguma forma anulados pela fé.


Mas é tão fácil ser apanhado pela letra da lei que nos esquecemos do espírito por trás dela, e esse espírito é o amor – amor de Deus e amor de uns para com os outros. Embora todos possam professar amor, a revelação desse amor na vida diária pode ser um assunto completamente diferente.

 

2. Como devemos revelar esse amor aos outros? Rm 12:3-21

Como em 1 Coríntios 12 e 13, depois de lidar com os dons do Espírito, Paulo exalta o amor. Amor (grego agape) é o caminho mais excelente. "Deus é amor" (1Jo 4:8). Então, o amor descreve o caráter de Deus. Amar é agir com relação aos outros como Deus age e tratá-los como Deus os trata.


Paulo mostra nesse texto como esse amor precisa ser expresso de maneira prática. Um princípio importante se sobressai, e esse é a humildade pessoal, a disposição do indivíduo de "não [pensar] de si mesmo além do que convém" (Rm 12:3), disposição de preferir-se "em honra uns aos outros" (v. 10), e disposição de não ser "sábios aos... próprios olhos" (v. 16). As palavras de Cristo sobre Si mesmo: "Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração" (Mt 11:29) expressam a essência dessa disposição.


Entre todos os povos, os cristãos devem ser os mais humildes. Afinal, veja como somos impotentes, veja quão pecadores somos, veja quão dependentes somos, não só de uma justiça exterior a nós mesmos para a salvação mas de um poder que opera em nós a fim de nos transformar em uma medida que nunca poderíamos transformar a nós mesmos. O que temos de que nos envaidecer, o que temos de que nos gabar, o que temos em nós mesmos para nos orgulhar? Nada! Sob o ponto de partida dessa humildade pessoal, não só diante de Deus mas diante de outros, devemos viver como Paulo nos aconselha nos versos a seguir.

 

Como você está aplicando à sua própria vida a advertência de Paulo em Romanos 12:18? Você precisa de alguns ajustes de atitude a fim de fazer o que a Palavra nos diz aqui?

 



Terça

Ano Bíblico: Dn 7–9


Relacionamento com o governo

 

3. Que princípios básicos podemos tirar sobre nosso relacionamento como cristãos com o poder civil? Rm 13:1-7

O que torna tão interessantes as palavras de Paulo é que ele escreveu em um tempo em que governava o mundo um império pagão, que podia ser incrivelmente brutal, corrupto em seu cerne, que não conhecia nada sobre o Deus verdadeiro e, dentro de alguns anos, iria começar uma perseguição sangrenta contra os que quisessem adorar esse Deus. De fato, Paulo foi morto por esse governo! Mas, apesar de tudo isso, Paulo defendeu que os cristãos devem ser bons cidadãos, mesmo sob um governo assim!


Sim. E isso porque a ideia de governo em si é encontrada em toda a Bíblia. O conceito, o princípio de governo, é ordenado por Deus. Os seres humanos precisam viver em uma comunidade com regras, regulamentos e padrões. A anarquia não é um conceito bíblico.


Isso significa que Deus aprova todas as formas de governo ou como estes governos são dirigidos? Ao contrário! Não é preciso ir muito longe, na história ou no mundo de hoje, para ver alguns regimes brutais. Mas, mesmo em situações como essas, tanto quanto possível, os cristãos devem obedecer às leis da Terra. Os cristãos devem dar apoio leal ao governo, na medida em que suas reivindicações não estejam em conflito com as reivindicações de Deus. A pessoa deve considerar com muita oração e cuidado, e com o conselho de outros, antes de iniciar um caminho que o ponha em conflito com os poderes constituídos. Sabemos pela profecia que, um dia, todos os fiéis seguidores de Deus sofrerão a oposição dos poderes políticos que estiverem no controle do mundo (Ap 13). Mas, antes disso, devemos fazer tudo o que pudermos, diante de Deus, para ser bons cidadãos em qualquer país em que vivermos.


"Cumpre-nos reconhecer o governo humano como instituição designada por Deus, e ensinar obediência a essa instituição como um dever sagrado, dentro de sua legítima esfera. Mas, quando suas exigências se chocam com as reivindicações de Deus, temos que obedecer a Deus de preferência aos homens. A Palavra de Deus precisa ser reconhecida como estando acima de toda a legislação humana. ...


"Não se exige que desafiemos as autoridades. Nossas palavras, quer faladas, quer escritas, devem ser cuidadosamente consideradas, para que não sejamos tidos na conta de proferir coisas que nos façam parecer contrários à lei e à ordem. Não devemos dizer nem fazer coisa alguma que nos venha desnecessariamente impedir o caminho" (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 69).

 



Quarta

Ano Bíblico: Dn 10–12


Relações com os outros

 

4. "A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei" (Rm 13:8). Como devemos entender este texto? Significa que, se tivermos amor, não teremos a obrigação de obedecer à lei de Deus?


Assim como Jesus, no Sermão do Monte, Paulo amplia neste texto os preceitos da lei, mostrando que o amor deve ser o poder motivador por trás de tudo que fizermos. Sendo a lei uma expressão do caráter de Deus, e Deus é amor, segue-se que o amor é o cumprimento da lei. Mas Paulo não substitui os preceitos detalhados com precisão pela lei por um padrão vago de amor, como alegam alguns cristãos. A lei moral ainda está em vigor, porque, novamente, é ela que assinala o pecado – e quem vai negar a realidade do pecado? Porém, a lei só pode ser obedecida verdadeiramente no contexto do amor. Lembre-se: alguns dos que levaram Cristo para a cruz correram em seguida para casa a fim de guardar a lei!

 

5. Que mandamentos Paulo cita para ilustrar o princípio do amor na guarda da lei? Por que ele menciona esses em particular? Rm 13:9, 10


Curiosamente, o amor não foi um princípio introduzido recentemente. Citando Levítico 19:18: "Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo", Paulo mostra que o princípio era parte integrante do sistema do Antigo Testamento. Paulo apela para o Antigo Testamento a fim de apoiar sua pregação evangélica. Com base nesses textos, alguns argumentam que Paulo ensina que só os poucos mandamentos mencionados aqui estão em vigor. Nesse caso, isto significa que os cristãos podem desonrar os pais, adorar os ídolos e outros deuses diante de Deus? Claro que não!


Veja o contexto. Paulo está lidando com o relacionamento entre os cristãos. Ele trata de relações pessoais, e é por isso que especifica os mandamentos que se concentram nessas relações. Seu argumento certamente não deve ser interpretado como se invalidasse o restante da lei (Veja At 15:201Ts 1:91Jo 5:21). Além disso, como os escritores do Novo Testamento assinalam, quando demonstramos amor aos outros, mostramos também amor a Deus (Mt 25:401Jo 4:20, 21).

 

Pense em seu relacionamento com Deus e como este se reflete em suas relações com os outros. Qual é o papel do amor nessas relações? Como você pode aprender a amar aos outros do modo como Deus nos ama? O que o impede de fazer assim?

 



Quinta

Ano Bíblico: Os 1–4


Mais próxima do que quando cremos

 

Façam isso, compreendendo o tempo em que vivemos. Chegou a hora de vocês despertarem do sono, porque agora a nossa salvação está mais próxima do que quando cremos" (Rm 13:11, NVI).


Como declaramos ao longo de todo o trimestre, Paulo tinha um enfoque muito específico nesta carta aos Romanos, e que devia esclarecer à igreja de Roma, especialmente ao cristãos judeus de lá, o papel da fé e das obras no contexto da Nova Aliança. O assunto era a salvação e como um pecador é considerado justo e santo diante do Senhor. Para ajudar aqueles que mantinham toda a ênfase na lei, Paulo pôs a lei em seu papel e contexto apropriado. Embora, idealmente, o judaísmo, mesmo nos tempos do Antigo Testamento, fosse uma religião de graça, o legalismo havia surgido e feito muito dano. Quão cuidadosos precisamos ser, como igreja, para não cometer o mesmo engano!

 

6. Leia Romanos 13:11-14. De que evento Paulo está falando aqui, e como devemos agir na sua expectativa?

De que evento fascinante Paulo estava falando com os crentes, dizendo-lhes que despertassem e se aprontassem porque Jesus estava voltando! O fato de que isso foi escrito quase dois mil anos atrás não tem importância. Devemos viver sempre na antecipação da proximidade da vinda de Cristo. Até onde interessa a todos, mesmo até onde vão nossas experiências pessoais, a segunda vinda está tão próxima quanto o potencial de nossa própria morte. Seja na próxima semana, seja daqui a 40 anos, fecharemos os olhos na morte, e quer durmamos só quatro dias ou por 400 anos – não fará nenhuma diferença para nós. A próxima coisa de que teremos consciência é a segunda vinda de Jesus. Com a morte potencialmente sempre na próxima esquina para alguns de nós, o tempo é realmente breve, e nossa salvação está mais próxima do que quando cremos.


Embora, na carta aos Romanos, Paulo não trate muito da segunda vinda, nas epístolas aos Tessalonicenses e aos Coríntios ele trata disso com muito mais detalhes. Afinal, este é um tema fundamental na Bíblia, especialmente no Novo Testamento. Sem esse tema, e a esperança que oferece, realmente, nossa fé é sem sentido. Afinal, que significa "justificação pela fé" sem a segunda vinda para trazer essa verdade maravilhosa à plena realidade?

 

Se você soubesse com certeza que Jesus viria no mês que vem, o que você mudaria em sua vida, e por quê? Agora, se você crê que precisa mudar essas coisas um mês antes de Jesus vir, por que não mudá-las agora? Qual é a diferença?

 

 



Sexta

Ano Bíblico: Os 5–9


Estudo adicional

 

Leia Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 66-69: "Explicação de Antigas Declarações"; Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 540, 541: "Religiosidade Prática"; v. 6, p. 394, 395: "Nossa Atitude Para com as Autoridades Civis"; Patriarcas e Profetas, p. 352, 353: "O Tabernáculo e Suas Cerimônias"; O Maior Discurso de Cristo, p. 49-51: "A Espiritualidade da Lei".


Na Bíblia, está revelada a vontade de Deus. As verdades da Palavra de Deus são proferidas pelo Altíssimo. Quem faz dessas verdades parte de sua vida, em todo sentido, torna-se nova criatura. Não lhe são concedidas novas faculdades mentais, mas é removida a escuridão, que pela ignorância e pecado, nublava a compreensão. As palavras: '... vos darei um coração novo' significam 'porei dentro de vós um espírito novo' (Ez 36:26). A mudança de coração é sempre seguida da visão clara do dever cristão, e da compreensão da verdade. Aquele que dá atenção fiel às Escrituras, acompanhada de oração, alcançará compreensão nítida e julgamento seguro, como se, ao voltar-se para Deus, houvesse alcançado nível mais elevado de inteligência" (Ellen G. White, Minha Consagração Hoje [MM 1989], p. 24).


"O Senhor voltará em breve, e precisamos estar preparados para encontrá-Lo em paz. Estejamos resolvidos a fazer tudo quanto estiver ao nosso alcance para comunicar luz aos que nos cercam. Não devemos estar tristes, mas animados, e ter o Senhor Jesus sempre perante nós. Ele virá logo, e devemos estar prontos e aguardando Seu aparecimento. Quão glorioso será vê-Lo e receber as boas-vindas como remidos Seus! Por muito tempo, estamos esperando; mas nossa esperança não deve diminuir. Se pudermos tão-somente ver o Rei em Sua formosura, seremos para sempre benditos. Tenho a sensação de que devesse exclamar alto: 'Rumo ao lar!' Estamos nos aproximando do tempo em que Cristo virá com poder e grande glória para levar Seus resgatados ao lar eterno" (Ellen G. White,Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 253).

 

Perguntas para consideração


1. Examine cuidadosamente em classe a pergunta no fim da lição de quinta-feira. Que respostas as pessoas deram, e como as justificaram?
2. A questão de como devemos ser bons cidadãos e bons cristãos pode, às vezes, ser muito complicada. Se alguém o procurasse buscando conselho sobre como agir conforme a vontade de Deus, embora entrasse em conflito com o governo, o que você diria? Que conselho você daria? Que princípios você deveria seguir? Por que esse assunto é algo em que devemos agir com extrema cautela, seriedade e oração? (Afinal, nem todos os que foram lançados na cova dos leões saíram incólumes.)
3. O que você acha que é mais difícil de fazer: manter rígida obediência à letra da lei ou amar incondicionalmente a Deus e os outros? Você diria que essa pergunta apresenta uma falsa dicotomia? Neste caso, por quê?



 

FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2010/li1232010.html