Escolha ou acaso
POSTADO EM: LIÇÕES 4° TEMPORADA 2010
Resistir às provas (Gn 39:6-12). Todos nós respondemos de maneira muito particular às variadas experiências da vida. A questão é se respondemos a nossas experiências por escolha ou por instinto. José poderia ter desenvolvido uma atitude negativa, se pensasse na tragédia de ter sido vendido como escravo pelos próprios irmãos. Esta atitude poderia ter se estendido para a relação escravo/senhor, uma vez que ele estaria acostumado à liberdade quando estava com a família. Contudo, depois da rasteira, José se levantou e "sacudiu a poeira". Ele escolheu manter uma atitude positiva, mesmo diante das piores circunstâncias. Tanto, que Potifar o encarregou de todas as suas propriedades.
Mesmo na escravidão, José foi colocado como responsável por tudo. Até esse momento crítico de sua vida, porém, ele teve de enfrentar outro desafio: a esposa de Potifar. Ela o tentou, mas ele se recusou a desonrar seu senhor, nem a Deus (Gn 39:8-10). E não foi por um dia apenas. A esposa de Potifar o perseguiu José com persistência, mas esse jovem rejeitou os propostas dela. Agora pense: como resultado de ter sido fiel, José foi para a prisão. Ao contrário dele, Sansão caiu duas vezes em situações semelhantes (ver Juízes 14; 16). Foi por escolha ou por acaso?
Liderar um povo (Js 3:9-17). Josué é posto numa posição de autoridade sobre o povo de Deus antes da travessia do Rio Jordão. Em Josué 3:9-13, o vemos falando com ousadia e clareza sobre a maneira pela qual os israelitas deveriam entrar na Terra Prometida. Poderia ter havido uma pessoa mais experiente e madura para realizar essa missão tremenda? Alguém com doutorado em liderança? A disponibilidade de Josué estava baseada simplesmente no acaso, ou se devia a uma decisão deliberada de sua parte? Podemos dizer que Deus desempenhou uma parte importante na colocação desse jovem nessa posição de influência?
Poupar o inimigo (1Sm 24:1-7). Após a vitoriosa campanha de Davi contra os filisteus, vemo-lo sendo perseguido por Saul e se escondendo nas montanhas. Quando Saul, inconsciente da presença de Davi, buscou alívio para suas necessidades na mesma caverna, Davi "se arrastou de mansinho até onde estava Saul e cortou um pedaço da capa dele, sem que ele percebesse" (verso 4). Mas, contrariamente à inclinação humana natural, Davi escolheu honrar a Deus. Ao chamar Saul de "ungido do Senhor", ele permaneceu fiel ao seu rei. Davi sabia que um dia estaria sentado no trono. Contudo, não procurou apressar aquele dia, pois também sabia que "não era certo abater o homem que Deus havia colocado no trono. Se ele assassinasse Saul, estaria estabelecendo um precedente para que seus próprios oponentes o removessem um dia".1
Ouvir o mau conselho (1Rs 12:1-15). Quando o povo foi a Roboão, recém-entronizado rei de Israel, para pedir um alívio no trabalho imposto por Salomão, o jovem rei pediu um prazo de três dias. Primeiramente, Roboão foi aos antigos conselheiros de seu pai. Eles lhe disseram para ouvir o povo. Isso teria sido bom tanto para Roboão quanto para Israel. No entanto, o rei imaturo escolheu ouvir a sugestão daqueles que haviam crescido com ele. Anuncia ao povo que seria mais duro do que seu pai. A referência a escorpiões ("açoites dotados de ganchos afiados nas pontas, que provocavam lesões notavelmente severas"2) salienta quão mais exigente Roboão seria. Assim como as exigências governamentais seriam mais duras para a população, o mesmo se aplicaria às punições sobre os que não se adequassem às novas exigências.
O resultado final desse anúncio? A divisão do reino. A pergunta que cabe aqui é se as declarações de Roboão foram casuais ou parte de um plano divino. Este último está subentendido no contexto de que há uma punição anteriormente mencionada para a dinastia de Davi, devido à idolatria de Salomão e sua quebra da aliança com Deus (1Rs 11:9-13; 12:15). No entanto, devemos lembrar que Deus antevê o futuro e as consequências dos atos das pessoas. A divisão do reino de Israel não aconteceu somente como um juízo divino sobre a dinastia de Davi, mas porque Ele sabia a priori o que Roboão iria provocar no contexto político da nação. A dureza do jovem rei levaria à divisão do reino.
Não deixar de confiar em Deus (Jó 1:1-12). A história de Jó ensina como as escolhas podem afetar nosso destino eterno. Em Jó 1:1-5, seu caráter e as bênçãos resultantes armaram o palco para o ataque de Satanás. De importância fundamental é o fato de que Deus acreditava em Jó e permitiu que Satanás o atacasse até certo ponto (verso 12). Ao lermos essa história, devemos nos lembrar de que Jó temia a Deus (verso 1) e de que Deus se referia a Jó como "Meu servo" (verso 8), o que significa que Deus reconhecia ter um relacionamento especial com ele.3 No fim do livro, percebemos que Jó permaneceu fiel a Deus, mesmo não compreendendo as razões de seu sofrimento. Isso foi por acaso? O que levaria você a permanecer confiante em Deus, mesmo com uma doença ou com problemas sem solução?
FONTE: http://novotempo.com/codigoaberto/2010/10/05/escolha-ou-acaso/
NOTA: VEJA O VÍDEO NO LINK ACIMA!!!