Sábado, 20/11/2010 - › Introdução " Ele o cobrirá com as Suas penas, e sob as Suas asas você encontrará refúgio; a fidelidade dEle será o seu escudo protetor" (Salmo 91:4, NVI).
Rispa é uma personagem que participa da história do reinado de Davi, e esta é a última lição deste trimestre que trata de personagens deste contexto. As três primeiras lições trataram de personagens anteriores ao período de Davi e as quatro últimas são referentes ao período posterior, ainda no Antigo Testamento. Como uma das esposas do rei Saul, agora morto, Rispa ainda teve participação na história do povo de Israel por duas ocasiões em que é mencionada. Em uma delas, quando se tentava restabelecer o reinado para a casa de Saul, e a outra, quando ela aparece como uma mãe que se destaca pela dedicada atenção e apego a seus filhos, Armoni e Mefibosete, mesmo depois da morte deles. De todos estes personagens e episódios, temos muitas lições valiosas, baseada em erros e acertos que contribuem para a formação de uma conduta sábia, equilibrada e isenta de preconceitos.
Pense: "Escolhi o caminho da fidelidade e decidi-me pelos teus juízos."Salmo 119:30 Desafio: "Assim, andai no temor do SENHOR, com fidelidade e inteireza de coração."2 Crônicas 19:9
Domingo, 21/11/2010 - › A concubina do rei O termo concubina não é o mesmo que esposa. Nos tempos passados, a poligamia era uma prática muito comum. Nunca foi a vontade de Deus para o seu povo, e, em várias ocasiões, essa prática significou motivo de sérios prejuízos. Uma evidência de que Deus nunca aprovou esta prática está, ainda antes do dilúvio, na história de Noé. Ellen White escreve a este respeito, referindo-se a Noé: "O Senhor disse de Noé e sua família, os que foram salvos na arca: "Porque te hei visto justo diante de Mim nesta geração." Gên. 7:1. Noé tinha apenas uma esposa e a disciplina que ambos ministravam à família foi abençoada por Deus. Porque os filhos de Noé eram justos, foram preservados na arca com seu justo pai. Deus não sancionou a poligamia num único exemplo sequer. Ela é contrária a Sua vontade. Ele sabia que a felicidade do homem seria destruída por ela." História da Redenção, pág. 76 Outro caso bastante grave foi o de Abraão. A respeito dele também Ellen White escreve: "A paz de Abraão foi grandemente turbada por seu infeliz casamento com Hagar. ... Se Deus tivesse sancionado a poligamia, Ele não teria levado Abraão a despedir Hagar e seu filho. Nisto Ele queria ensinar a todos a lição de que os direitos e felicidade de uma relação matrimonial devem ser sempre respeitados e guardados, mesmo com grande sacrifício. Sara era a primeira e única verdadeira esposa de Abraão. Ela estava habilitada, como esposa e mãe, a direitos que nenhuma outra podia ter na família. Ela reverenciava o marido, chamando-o senhor, mas tinha ciúme de que suas afeições fossem divididas com Hagar. Deus não a censurou pela conduta que estava seguindo. Abraão foi reprovado pelos anjos por duvidar do poder de Deus, o que o levou a tomar Hagar como sua esposa, pensando que mediante ela a promessa seria cumprida." História da Redenção, pág. 76 e 80. Alguns destes graves prejuízos se estendem até hoje nas guerras entre a descendência de Isaque (hebreus) e a descendência de Ismael (palestinos).*
Rispa foi mencionada pela primeira vez na Bíblia como no episódio em que, depois da morte de Saul e do reconhecimento de Davi como rei de Israel, Abner, o general que comandava o exército de Saul, colocou |sbosete no trono para recolocar a família de Saul no trono. Pense: "A poligamia foi praticada em época primitiva. Foi um dos pecados que acarretaram a ira de Deus sobre o mundo antediluviano. Todavia, depois do dilúvio, tornou-se novamente muito espalhada. Era o esforço calculado de Satanás perverter a instituição do casamento, a fim de enfraquecer as obrigações próprias à mesma, e diminuir a sua santidade; pois de nenhuma outra maneira poderia ele com maior certeza desfigurar a imagem de Deus no homem, e abrir as portas à miséria e ao vício."Patriarcas e Profetas, 338. Desafio: Qual a principal problema do adultério? Isso se aplica também à poligamia?
Segunda-Feira, 22/11/2010 - › A menção de seu nome Apesar de ter sido mencionada apenas depois da morte de Saul, e, ainda assim apenas duas vezes, Rispa teve uma contribuição importante para o fim da guerra entre o reino de Judá e o reino de Israel, o que representava a guerra entre a casa de Davi e a casa de Saul. Embora de forma não intencional, Rispa foi a peça central que desencadeara a dissidência de Abner. Em um momento decisivo, em que prevaleceram a falta de competência de Isbosete, e conseqüente dependência dele da atuação e da influência de Abner para manter-se no trono, foi colocado um ponto final na parceria para manter o trono na sua família, pois ele era primo-irmão de Saul. Assim também acabou a guerra entre irmãos hebreus. Depois que Davi subiu ao trono, houve vários incidentes marcados pela tentativa de usurpar o trono através do casamento. Veja dois exemplos:
• Depois da morte da Davi, Adonias, após ter sido perdoado por Salomão pela tentativa de ocupar o trono antes dele, embora soubesse da intenção de Davi dar o trono a Salomão, ele tentou novamente através do artifício do casamento com a bela Abisaque, aquela que tinha sido escolhida para viver com Davi em seus últimos dias; • Depois da morte de Josafá, rei de Judá, seu filho Jeorão assumiu o trono de Judá no lugar do pai mas, como casou-se com a filha de Acabe e Jezabel, os dois reinos ficaram bem aproximados e teve como consequência a derrocada espiritual do reino de Judá, a exemplo do que acontecia com Israel, contaminando o espírito de adoração ao Deus único com associação à adoração e sacrifícios a Baal. Pense: Cristo utilizou o casamento para ilustrar.o Seu vínculo com a igreja. O mo para deixar bem claro também o compromisso dessa instituição sagrada, a família. A nossa associação com Ele, pessoal e como Igreja, caracteriza o nosso vínculo com Aquele que reina eternamente e, através do seu sangue, somos herdeiros igualmente com Ele, por herança, e não por artimanhas. Desafio: Podemos contribuir para que essa bênção não seja exclusiva nossa.
Terça-Feira, 23/11/2010 - › Olho por olho ou uma solução conveniente? A ênfase do estudo de hoje está sobre um assunto que levanta muitas discussões. O assunto aqui é a forma como Saul desprezou uma aliança feita por Josué (Josué 9). Vale a pena ler o capítulo 9 de Josué para entender exatamente do que se trata e com que seriedade Deus considera os acordos e promessas feitas, mesmo em condições especiais, como foi este caso. O povo de Israel tinha sido vitorioso em batalhas em que claramente se viu a mão de Deus ajudando o exército israelita. Josué tinha sido vitorioso na conquista de Jericó e de Ai. Então os reis " que estavam daquém do Jordão", se reuniram para guerrear contra os israelitas. Porém, os moradores de Gibeão ficaram aterrorizados e resolveram render-se ao povo de Israel antes que fossem atacados. Porém, utilizando uma estratégia enganosa, para fazer parecer que eram de uma terra distante, disseram a Josué: "Chegamos de uma terra distante; fazei, pois, agora, aliança conosco. ... Josué concedeu-lhes paz e fez com eles a aliança de lhes conservar a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento. ... Depois de três dias, "depois de terem feito a aliança com eles, ouviram que eram seus vizinhos e que moravam no meio deles ... Nós lhes juramos pelo SENHOR, Deus de Israel; por isso, não podemos tocar-lhes. Isto, porém, lhes faremos: Conservar-lhes-emos a vida, para que não haja grande ira sobre nós, por causa do juramento que já lhes fizemos" (Josué 9:6, 15, 16, 19-20). Portanto, Josué e os príncipes de Israel fizeram esta aliança com os Gibeonitas, e, apesar de descobrirem que eles usaram de engano para conseguirem a paz, o povo de Israel assimilou a sua imprudência, de fazer uma aliança sem consultar a Deus, e manteve a sua palavra. Porém, Saul não honrou essa aliança, pelo que Davi, agora sabendo que estavam sendo castigados por isso, entregou os sete descendentes de Saul, dentre os quais estavam os dois filhos de Rispa. Pense: " E, se bem que o juramento fosse conseguido pelo engano, não deveria ser desrespeitado. O dever a que fica empenhada a palavra de qualquer pessoa, deve ser considerado sagrado, caso não a obrigue à prática de um ato mau. Nenhuma consideração de lucro, desforra, ou de interesse próprio, pode de qualquer maneira afetar a inviolabilidade de um juramento ou compromisso. 'Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor.' Prov. 12:22.. Patriarcas e Profetas, pág. 506 Desafio: "Aquele que 'subirá ao monte do Senhor', e 'estará no Seu lugar santo', é 'aquele que, mesmo que jure com dano seu, não muda'. Sal. 24:3; 15:4" Patriarcas e Profetas, pág. 506
Quarta-Feira, 24/11/2010 - › Fidelidade é um estilo de vida Uma das principais características dos participantes do Reino dos Céus é a fidelidade. Este atributo se manifesta principalmente nos momentos em que as circunstâncias não são favoráveis. Em alguma situação em que alguém é colocado à prova, a mais rígida perseverança na defesa aos princípios e à conduta equilibrada em favor do bem e da lisura, a isso se dá o nome de fidelidade. Ela está relacionada com todas as outras virtudes que são reveladas como frutos do espírito: "amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio" (Gál. 5:22 e 23). Em algumas situações ela demanda a demonstração de algumas outras qualidades como a coragem, a constância e o equilíbrio. Ela não se manifesta apenas por um período ou por um momento especial. Saul foi infiel no trato aos gibeonitas, o que custou a vida aos seus descendentes. Davi entregou sete pessoas, conforme o pedido dos gibeonitas. Entre eles estavam Arnom e Mefibosete. Este não era Mefibosete filho de Jônatas, ao qual Davi fez questão de poupar, como um ato de fidelidade ao concerto que tinha feito quando se separou do amigo Jônatas. O mundo moderno tem conceitos distorcidos do que é a fidelidade. A racionalidade tem ocupado espaço e feito com que princípios sejam sacrificados por questões de racionalidade. O relativismo tem desviado a conduta ética em determinadas circunstâncias, pois tem sido um instrumento para negociar alguns princípios em ocasiões especiais, quando explicações ou justificativas são utilizadas para diminuir a culpa pela quebra das normas aceitas como justas. O fato importante é que o coração do homem não é confiável para discernir entre o justo e o injusto. Temos que ter uma referência segura que nos garante a validade das nossas ações, escolhas e decisões. A Bíblia e a expressa vontade de Deus revelada são a única fonte segura, pois Deus não muda. Pense: "A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus." Educação, págs. 56 e 57. Desafio: "...o êxito nesta vida, bem como em alcançar a vida futura, depende em alto grau da fidelidade nas coisas pequeninas. Os que anseiam maiores responsabilidades, devem-se mostrar fiéis no cumprimento dos deveres que têm justamente onde Deus os colocou." Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 589.
Quinta-Feira, 25/11/2010 - › Construindo uma nação A atitude de Rispa chamou a atenção de Davi. Não existe nenhuma outra referência a respeito de alguém que tenha agido da mesma forma que Rispa, na proteção dos restos mortais de seus familiares. Essa sua atitude pode estar baseada na crença dos antigos pagãos, de que os mortos passavam para uma outra dimensão de existência. De qualquer forma, Rispa se determinara a manter-se fielmente na guarda e proteção dos corpos dos seus familiares. Essa atitude despertou em Davi, além do respeito pelas pessoas da família real de Saul, o respeito cívico. Por isso, Ele determinou que, além de recolher adequadamente os restos mortais dos sete enforcados, também que se resgatassem os ossos de Saul e de Jônatas. Essa foi uma atitude que promoveu a aproximação e reconhecimento das outras tribos, fortalecendo dessa forma a nação israelita. Dois aspectos se destacam neste fato:
Primeiro, o resultado de uma atitude de fidelidade para com os seus familiares foi a aproximação de pessoas que estavam de lados opostos. O poder que tem uma atitude de respeito e devoção. Segundo, a sensibilidade do rei Davi que, de forma honrosa e digna percebeu a necessidade de demonstrar, a despeito da conduta de Saul, respeito e consideração por aquele que foi autoridade da sua nação. Essa sensibilidade é a capacidade de responder positivamente à sua consciência para a prática do bem. Essa é uma atitude que tem o poder de mudar a direção das coisas, quando existe um conflito. Davi ouviu o apelo do Espírito Santo. É assim que Deus dirige a vida dos seus filhos, e a resposta correta aos apelos do Espírito Santo é o que garante a segura ligação com os planos de Deus. Cada vez que recusamos ouvir a voz do Espírito de Deus, corremos o risco de ficar à deriva e diminuir as chances de chegarmos ao Porto Seguro que está reservado aos vencedores. Esta era uma característica do caráter de Davi, e o que fez dele um nobre e respeitado líder.
A nossa conduta também deve ter o poder de influenciar as pessoas para o bem e despertar-lhes o interesse pelas virtudes próprias dos súditos do reino de Deus. Pense: " Uma inabalável fidelidade na manutenção da honra e da santidade da lei de Deus, despertará a atenção e admiração do mundo, e muitos, pelas boas obras que contemplarem, serão levados a glorificar nosso Pai celestial. Os que são leais e verdadeiros, são portadores de credenciais do Céu e não dos potentados da Terra."A Igreja Remanescente, pág. 13 Desafio: " Consagrai-vos a Deus pela manhã; fazei disto vossa primeira tarefa. Seja vossa oração: "Toma-me, Senhor, para ser Teu inteiramente. Aos Teus pés deponho todos os meus projetos. Usa-me hoje em Teu serviço. Permanece comigo, e permite que toda a minha obra se faça em Ti." Esta é uma questão diária. Cada manhã consagrai-vos a Deus para esse dia. Submetei-Lhe todos os vossos planos, para que se executem ou deixem de se executar, conforme o indique a Sua providência. Assim dia a dia podereis entregar às mãos de Deus a vossa vida, e assim ela se moldará mais e mais segundo a vida de Cristo." Caminho a Cristo, pág. 70
Sexta-Feira, 26/11/2010 - › Estudo Adicional O principal papel da religião é a religação. Religar, ou ligar novamente a criatura ao seu Criador. Promover a união das pessoas entre si e delas com o Criador. Isso é verdadeiramente religião. Cada vez que existe uma aproximação das pessoas entre si na direção do bem, da prática da bondade, do perdão, da tolerância e do amor, cria-se um ambiente de boa vontade e de cooperação. Essa é uma forma de levar as pessoas para Deus através da religião prática. Se a forma como praticamos a religião despertar nas pessoas má vontade e resistência, é necessário refletirmos sobre a nossa conduta. Apesar de que temos que exercer resistência contra o mal, isso não deve ser feito de uma forma que desperte nas pessoas um espírito de revolta e de afastamento. A religião prática que é conduzida pelos princípios da verdade, ou seja, orientado pelo Espírito Santo, exerce influência poderosa porque sua origem é divina. A verdadeira religião é pró-ativa, ela exerce influência sobre o ambiente. Não é dependente das circunstâncias. Essa é a característica de quem vive a religião, e não é apenas alguém que reproduz um conceito aprendido e que procura sempre acomodar-se às circunstâncias. É nesse sentido que temos que ser cabeça e não cauda. " Não por força, nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." Zac. 4:6 Pense: "Mas nossa fé deve centralizar-se em Jesus Cristo. Olhando para Ele, apegando-nos à Sua força como suficiente para toda emergência, nosso coração une-se ao Seu coração, nossa vida é ligada à Sua vida por elos ocultos, e porque Ele vive, nós também viveremos. Isto é religião prática; pois temos de ser guardados pelo poder de Deus para salvação, mediante a fé. Nenhum de nós pode estar seguro, a não ser que nos unamos ao Senhor num concerto perpétuo, que não seja esquecido por nós." Review and Herald, 14 de março de 1893. Desafio: "'Misericórdia quero, e não sacrifício' (Osé. 6:6), disse Ele [Deus]. Este é o teste que o Grande Autor da verdade usava para distinguir a verdadeira religião, da falsa." Mente, Caráter e Personalidade, pág. 85.
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Conheça o autor |  | Wanderley Gazeta É professor no UNASP desde 1982. Casado com Sônia M. M. Gazeta, tem dois filhos, Jean Marcel e Marcus Fernando. |
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