terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Por que algumas pessoas se suicidam?

Por que algumas pessoas se suicidam?

Há alguns meses, fiquei sabendo que uma jovem mãe, membro de uma de nossas igrejas no interior da Paraíba, cometeu suicídio. Como esta moça havia dado à luz recentemente (cerca de 4 meses), as suspeitas dos médicos foram de que ela tenha sofrido de DEPRESSÃO PÓS-PARTO.

Um outro caso de suicídio que repercutiu grandemente na época em João Pessoa foi o de um conhecido político paraibano, ex-Deputado e então prefeito de uma cidade do interior do Estado. Os amigos diziam que ele era uma pessoa alegre, altruísta, bondosa e que nunca deu sinais de que estava pensando em tirar a própria vida. Em sua "carta de despedida", ele disse que não suportava mais viver, pois tinha feito o bem para tanta gente mas tinha esquecido de si mesmo e da família. Este foi o motivo que ele apresentou para explicar seu ATO EXTREMO.

Mas, por que pessoas assim se suicidam? Por que membros da Igreja, que assistem aos cultos a cada semana e são aparentemente felizes e participativos, chegam a cometer um ato tão desesperado? O que nós podemos aprender sobre o suicídio, que nos ajude a detectar quando alguém (talvez até nós mesmos) esteja pensando em tirar a própria vida?

O Suicídio e a Bíblia
Por Angel Manuel Rodriguez

O suicídio é normalmente definido como o ato de tirar a própria vida. As cicatrizes emocionais deixadas na família e amigos são profundas e produzem não apenas sentimentos de solidão, mas particularmente senso de culpa e desnorteamento. No provimento de uma resposta, terei de limitar meus comentários a algumas sucintas observações.

Temos primeiro de distinguir entre suicídio e martírio, que é a disposição de dar a própria vida por convicções fundamentais consideradas inegociáveis, e atos heróicos de auto-sacrifício que resultam na preservação de outras vidas (por exemplo, um soldado lançando-se sobre uma granada para salvar outros). Conquanto o suicídio seja essencialmente uma negação do valor da vida presente e a solução extrema para uma existência tida como insuportável, os demais casos são expressões de respeito e amor à vida.

Vou relacionar os casos ou tentativas de suicídio registrados na Bíblia, extrair algumas conclusões e então fazer comentários gerais.

1. Casos de suicídio na Bíblia: Abimeleque, ferido mortalmente por uma pedra de moinho lançada contra ele por uma mulher, pediu ao seu escudeiro que o matasse para evitar a vergonha (Juízes 9:54). Saul, depois de haver sido gravemente ferido em batalha, tirou a própria vida (I Samuel 31:4). Vendo o que o rei fizera, seu escudeiro "jogou-se também sobre sua espada e morreu com ele" (verso 5, NVI). Essas mortes foram motivadas pelo temor daquilo que o inimigo lhes poderia fazer. Aitofel, um dos conselheiros de Absalão, enforcou-se depois de saber que o rei rejeitara seu conselho (II Samuel 17:23). Zinri tornou-se rei depois de um golpe de Estado, mas ao perceber que o povo não o apoiava, foi "à cidadela do palácio real e incendiou o palácio em torno de si e morreu" (I Reis 16:18, NVI). Judas ficou tão desorientado emocionalmente depois de haver traído Jesus, que acabou se enforcando (Mateus 27:5). Sansão tirou a própria vida e a de muitos proeminentes inimigos ao fazer com que um edifício todo ruísse (Juízes 16:29-30). Depois do terremoto, o carcereiro de Filipos pensou que os prisioneiros haviam fugido e tentou se matar por temor, mas Paulo convenceu-o a não fazê-lo (Atos 16:26-28).

2. Conclusões sobre os incidentes bíblicos: Nos incidentes mencionados acima, notamos muitas coisas. Primeiro, a maioria dos suicídios aconteceu no contexto de guerra, no qual tirar a própria vida foi o resultado de temor ou vergonha.

Segundo, os outros casos são mais pessoais e, além do medo, refletem uma auto-imagem demasiadamente pobre ou baixa auto-estima. Todas as mortes tiveram lugar quando o indivíduo estava num estado mental altamente emocional.

Terceiro, o suicídio é mencionado sem que haja qualquer juízo quanto à moralidade da ação. Isso não significa que ele seja moralmente correto; apenas indica que o escritor bíblico está simplesmente descrevendo o que aconteceu.

O impacto moral do suicídio deve ser avaliado segundo a compreensão bíblica da vida humana: Deus criou a vida, e nós não a possuímos para usá-la e descartá-la como bem entendermos. O sexto mandamento também tem alguma coisa a dizer sobre o assunto. Um cristão, portanto, não deveria considerar o suicídio como solução moralmente válida para o infortúnio de viver num mundo onde existe dor física e moral.

3. Comentários e sugestões: Como devemos reagir diante do suicídio de alguém a quem amamos?
- Primeiro, a psicologia e a psiquiatria têm revelado que o suicídio geralmente é o resultado de um profundo transtorno emocional ou desequilíbrio bioquímico associado a um profundo estado de depressão e medo. Não deveríamos julgar as pessoas que optaram pelo suicídio sob tais circunstâncias.

- Segundo, a perfeita justiça de Deus leva em consideração o impacto que nossa mente perturbada tenha eventualmente sobre nós; Ele nos compreende melhor que do que qualquer ser. Devemos colocar o futuro de nossos queridos em Suas mãos de amor.
- Terceiro, com a ajuda de Deus, podemos encarar a culpa de uma maneira construtiva, tendo em mente que muitas vezes aqueles que cometeram suicídio necessitavam de ajuda profissional que nós mesmos fomos incapazes de proporcionar.
- Finalmente, se você alguma vez for tentado a cometer suicídio, saiba que há profissionais disponíveis, medicamentos que podem ajudá-lo a superar a depressão, amigos que o amam e fariam todo o possível para ampará-lo, e um Deus que está disposto a trabalhar por você e, por meio de outros, dar-lhe forças quando caminhar pelo vale da sombra da morte. Nunca perca a esperança!

Para saber mais sobre o Suicídio, suas causas, prevenção e efeitos, clique aqui.

Por: Gilson Medeiros 5 comentários http://img1.blogblog.com/img/icon18_email.gif Links para esta postagem

Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Google Buzz

Marcadores: suicídio

 

FONTE: http://prgilsonmedeiros.blogspot.com/