quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A viúva de Sarepta - Código Aberto

A viúva de Sarepta

"Pois eu estou certo de que Deus, que começou esse bom trabalho na vida de vocês, vai continuá-lo até que ele esteja completo no Dia de Cristo Jesus" (Fp 1:6).
Leitura adicional: Profetas e Reis, p. 128–132; O Desejado de Todas as Nações, p. 238, 239.

Em minha imaginação, posso vê-la exatamente como penso que devia ser sua aparência. Posso ouvir sua doce voz e os tons queixosos de seu filho.

"Mamãe, minha barriga está doendo". As lágrimas parecem estar a ponto de transbordar, embora ele não as deixe cair. Em vez disso, está em pé junto da mãe. Ela olha para ele com tristeza nos olhos ao notar novamente seus braços e pernas, magros de fazer dó, a barriga protuberante, os olhos fundos.

"Você bebeu um pouquinho de água?" ela pergunta. O menino responde que sim, com um leve aceno de cabeça, chegando ainda mais perto da mãe, como que em busca de conforto. "Faz muito tempo desde a última vez que comemos" – o pensamento está lá, mas ele não o expressa em palavras.

A mãe dá um ligeiro empurrãozinho no filho em direção à jarra de água. "Tome um golinho ou dois, meu filho. Vai aliviar a sua dor de estômago, e então você vai sair para procurar alguns gravetos. Vou fazer para cada um de nós um bolo de óleo e farinha. Não vai ser bom?" A criança olha para cima, ansiosamente. "Tá, mamãe, tô indo!"

A mãe o contempla enquanto ele se move lentamente em direção à jarra. Enquanto isso, pensa: "Vamos morrer, meu querido filho… Se seu pai não tivesse morrido, ele não nos deixaria morrer de fome". Então, ela joga para trás os cachos de seu cabelo escuro, antes de cobri-los com o véu. Em seguida ela emenda outro pensamento: "Pensando bem, nem mesmo seu maravilhoso pai poderia ter feito o cereal crescer durante este tempo de fome. Eu deveria estar agradecida por ele não ter vivido para ver sua família sofrer tanto."

A mulher sente a pequenina mão da criança se encaixar na sua. Sorri para o pequeno, quando chegam à porta e sentem o sol no rosto. "Nosso Pai", ela ora, "não peço para compreender Seus caminhos. Só sei que o Senhor vê a nossa aflição… Amém." Sorrindo novamente para o filho ansioso, atravessa em fé a soleira da porta.

E, assim, a viúva de Sarepta saiu para fazer o que podia, enquanto colocava sua fé no Pai celestial. Ela não sabia que se encontraria com Elias. Não sabia que seria chamada a preparar comida para ele antes de prepará-la para seu filho. Mas uma coisa ela sabia. Deus era seu Abba, seu pai pessoal, e ela colocava sua fé nEle. Ao estudar a lição desta semana, que essa fé se torne sua

FONTE: http://novotempo.com/codigoaberto/2010/12/07/a-viuva-de-sarepta/