Sábado, 26/2/2011 - › INTRODUÇÃO "Cruel é o furor, e impetuosa, a ira, mas quem pode resistir à inveja? - Pv 27:4. Todas as emoções negativas são perturbadoras e desestruturam o equilíbrio emocional. O sábio contrasta três: O furor, ou fúria que se manifesta de maneira incontrolável. A fúria pode ser contra outra pessoa, animal ou mesmo objeto. Se você é alvo da fúria de alguém, mantenha as suas emoções sob controle, o que geralmente acalma o furioso. A ira, também é uma emoção dirigida contra outra pessoa, animal ou objeto. Ela traz em si o desejo de vingança por uma ofensa ou ato recebido, mas tende a permanecer oculta. Em seu contraste o sábio faz a pergunta: "Mas quem pode resistir à inveja?" A inveja se manifesta por atitudes de ódio contra a prosperidade ou a felicidade de outra pessoa, ou por um ardente desejo de possuir o que outros desfrutam. O invejoso destrói amizades, quebra relacionamentos e o que é pior, põe a perder a sua própria felicidade porque sempre está focando as suas ambições além de seus próprios limites. O antídoto mais poderoso contra a inveja é o contentamento com aquilo que Deus nos concede mediante as suas bênçãos. O apóstolo Paulo recomenda: "Você quer ser verdadeiramente rico? Você já é, se for feliz e bondoso. Afinal de contas, não trouxemos nenhum dinheiro conosco quando viemos ao mundo, e não podemos levar nem mesmo um centavo quando morreremos. Portanto, devemos sentir-nos bem satisfeitos sem dinheiro, se tivermos alimento e roupa suficiente". – 1Tm 6:6-8 – Bíblia Viva. Pense: "O que está causando as discussões e as lutas entre vocês? Não é porque existe um exército inteiro de maus desejos dentro de vocês? Vocês querem o que não possuem, a tal ponto que matam para consegui-lo. Desejam o que os outros têm, e não podem adquirir, portanto começam a lutar para tomar deles. E contudo, a razão pela qual vocês não têm o que desejam é que não pedem a Deus". – Tg 4:1 e 2 – Bíblia Viva. Desafio: "Afastem-se do amor ao dinheiro; sintam-se satisfeitos com o que vocês têm. Porque Deus disse: 'Eu nunca, nunca abandonarei você, nem o desampararei". – Hb 13:5 – Bíblia Viva. Domingo, 27/2/2011 - › NA RAIZ DO MAL A inveja surgiu em um Universo perfeito e sem pecado. No entanto, dentro do contexto da dependência, Deus não excluiu a liberdade de escolha e a decisão de servir e relacionar-se movido pelo amor. Sem dúvida, Deus colocou a Si mesmo sob o risco, de Suas criaturas optarem por uma escolha errada. Foi o que aconteceu com Lúcifer. Era ele o mais poderoso dos anjos e com poder de liderança em suas mãos. Durante longo tempo esta posição foi ocupada em ambiente de harmonia e felicidade, pois o amor de Deus atuava sobre o caráter de Lúcifer e este prestava serviço submisso e amoroso ao Criador. O profeta Ezequiel assim descreve aqueles grandes momentos de perfeição e harmonia no domínio de Deus: "Tua conduta foi perfeita desde o dia de tua criação, até que se descobriu em ti a perversidade".– Ez 28:15 – Tradução Ecumênica da Bíblia. No entanto, de maneira inexplicável, o espírito de contestação e exaltação própria brotou no íntimo daquele caráter perfeito: "Pela amplidão do teu comércio, te encheste de violência… tu te orgulhaste de tua beleza, deixaste o esplendor corromper tua sabedoria". – Ez 28:16 e 17 – Tradução Ecumênica da Bíblia. Da pena de Ellen G. White temos alguns argumentos bem esclarecedores: "... Cristo, o amado Filho de Deus tinha preeminência sobre toda a hoste angélica. Ele era um com o Pai antes que os anjos fossem criados. Lúcifer invejou a Cristo, e gradualmente pretendeu o comando que pertencia a Cristo unicamente...". - História da Redenção, pág. 13. Foi nesse ambiente de amor, santidade e perfeição que o mal nasceu no íntimo de um ser perfeito pela inveja e contestação. Pense: "Pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de exaltação própria… Não contente com sua posição, embora fosse mais honrado do que a hoste celestial, arriscou-se a cobiçar a homenagem devida ùnicamente ao Criador… E, cobiçando a glória que o infinito Pai conferira a Seu filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder que era prerrogativa de Cristo apenas….". – Patriarcas e Profetas, pág. 15. Desafio: "Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva!" - Is 14:12 – Almeida Revista e Atualizada. Segunda-Feira, 28/2/2011 - › IRMÃOS DE JOSÉ Sob alguma circunstância, a inveja teria justificativa? Da conduta de Jacó em relação à sua família é dito: "Israel preferia José a todos os seus irmãos". - Gn 37:3 – Tradução Ecumênica da Bíblia. Este comportamento de Jacó, como pai, gerou uma conduta de hostilidade e conflito entre os irmãos e eles passaram a invejar José. A inveja deles poderia ser justificada? Caim foi advertido diretamente por Deus, porque invejou a aceitação do sacrifício de Abel. Deus disse para Caim: "Por que você está furioso?... Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta". – Gn 4:6 e 7 – Nova Versão Internacional. A inveja sempre é um ato pecaminoso. A inveja nasceu com Lúcifer, que sem justificativa desenvolveu este sentimento contra Cristo. A inveja traz em si o espírito de maldade. Portanto, ela nunca pode ser aceita e justificada. Se os irmãos de José praticassem o bem, nunca teriam permitido a inveja contra o irmão, os dominar."Testemunhando José a má conduta dos irmãos, ficou grandemente incomodado; ariscou-se delicadamente a chamar-lhes a atenção, mas isso apenas suscitou ainda mais o seu ódio e indignação. Não podia suportar vê-los pecar contra Deus...". – Patriarcas e Profetas, pág. 209 Os irmãos de José viviam vida pecaminosa e, portanto, a inveja para com o irmão foi apenas um passo a mais no caminho do mal. Se praticassem o bem, não teriam dado oportunidade para a inveja. Quando aprendemos a viver contentes dentro das circunstâncias que Deus nos concede, nunca iremos abrigar a inveja em nosso coração. Pense: "Não inveje o sucesso dos pecadores; ame e obedeça o Senhor com toda a confiança". – Pv 23:17 – Bíblia Viva. Desafio: "Já aprendi o segredo para viver contente em qualquer circunstância, quer com o estômago satisfeito, quer na fome, na fartura ou na necessidade". – Fp 4:12 – Bíblia Viva. Terça-Feira, 1/3/2011 - › A INVEJA DE SAUL CONTRA DAVI O exército de Israel estava em guerra contra os filisteus e o gigante Golias desafiava as tropas de Israel para que escolhessem um homem dentre eles e o mandassem para uma luta pessoal. Davi aceitou o desafio e matou o gigante. Esse ato de bravura de Davi despertou a simpatia de Saul por ele. No entanto, essa simpatia não durou muito tempo. O cântico das mulheres atribuindo milhares de mortos para Saul e dez milhares para Davi, mudou totalmente o modo de olhar o jovem guerreiro. A inveja despertou sentimentos antagônicos. Davi tornou-se um concorrente no terreno da fama e passou a ser olhado como pretendente ao trono. Logo, já não era alguém que merecia admiração e apoio, mas alguém que de alguma forma devia ser eliminado. "Quem pode resistir à inveja?" Esse é o grande problema e perigo da inveja. Ela não consegue olhar com simpatia a prosperidade de semelhantes e mesmo de amigos. Ela se manifesta de maneira sutil e insinua que você é tão capaz e merecedor de admiração e aplausos como aquele que está sendo guindado a uma posição de preeminência. A inveja cega os olhos e a mente para a percepção das boas qualidades de caráter dos outros. Pelo contrário, é capaz de pintá-las com as mais negras e horrendas cores. Os líderes espirituais de Israel, por inveja, instigaram o populacho para escolher Barrabás, concedendo-lhe a liberdade e condenassem a Jesus, em quem não podia ser encontrado crime algum. Pense: "Percebi que o que faz os homens correrem atrás do sucesso é a inveja! Mas isso também é Ilusão, é correr atrás do vento". – Ec 4:4 – Bíblia Viva. Desafio: "E evidentemente, não se gabem de serem sábios e bons se vocês forem amargados, invejosos e egoístas; esse é o pior tipo de mentira". – Tg 3:14 – Bíblia Viva. Quarta-Feira, 2/3/2011 - › A INVEJA DE SAUL CONTRA DAVI II Saul permitiu que a inveja contra Davi tomasse vulto a ponto de revelar os seus sentimentos amargos e de intenções homicidas para os seus conselheiros e para o filho Jonatas. Jonatas apelou para o bom senso de Saul, exaltando a lealdade de Davi para com ele e demonstrando que ele somente fazia coisas boas em favor do rei e de Israel. "Por que, então, farias mal a um inocente como Davi, matando-o sem motivo?" – 1Sm 19:5. Saul, aparentemente acordou e compreendeu que emoções malignas estavam alimentando a sua ira contra Davi. Prometeu sob juramento vencer o grande inimigo que estava dentro dele. No entanto, o autor da inveja não permitiu que as boas intenções de Saul pudessem crescer e sazonar em frutos de verdadeiro amor. Pouco tempo depois, ele mesmo decidiu executar o seu plano funesto, atirando sua lança contra Davi. Depois desta tentativa fracassada, passou a caçar Davi como uma pulga maldita. Assim é a inveja. O invejoso vê apenas os seus interesses e sempre encontra naqueles a quem inveja, inimigos mortais que precisam ser eliminados. Nem sempre a arma usada é uma lança, mas a língua ferina que procura destruir por todos os meios. "De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês? Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam". – Tg 4:1 e 2 – Nova Versão Internacional. Pense: "Um espírito manso e tranquilo prolonga a vida, mas a inveja acaba destruindo a saúde do homem". – Pv 14:30 – Bíblia Viva. Desafio: "Portanto, libertem-se dos seus sentimentos de ódio. Não se finjam de bons! Acabem com a falta de sinceridade e o ciúme, (inveja), e parem de falar dos outros por trás". – 1Pe 2:1 – Bíblia Viva. Quinta-Feira, 3/3/2011 - › INVEJA CONTRA JESUS O grande conflito cósmico entre o bem e o mal começou com uma atitude de inveja por parte de Lúcifer contra Cristo Jesus. "... Cristo, o amado Filho de Deus tinha preeminência sobre toda a hoste angélica. Ele era um com o Pai antes que os anjos fossem criados. Lúcifer invejou a Cristo, e gradualmente pretendeu o comando que pertencia a Cristo unicamente...". - História da Redenção, pág. 13. Com o conflito transferido para a Terra, Satanás instigou o espírito de inveja contra Jesus entre os líderes espirituais dos judeus. "Os próprios demônios, em forma humana, achavam-se na turba, e que se poderia esperar, senão a resposta: 'Seja crucificado?'... Satanás dirigia a cruel massa nos maus tratos ao Salvador". – Desejado de Todas as Nações, págs. 733 e 734. A presença de Satanás não foi apenas real nos momentos finais da vida de Jesus nesta terra. Desde o Seu nascimento Satanás atuou para destruí-lo. Colocou a inveja no coração de Herodes, e este matou mais de duas mil crianças em Belém. Todo o ministério de Jesus foi caracterizado por atos de amor e bondade em favor dos sofredores da opressão de Satanás. No entanto, este, semeou a inveja no coração dos líderes do povo que decidiram que Jesus devia ser morto. (IMt 12:14). É quase inacreditável que os guias espirituais, que deveriam ser os primeiros em reconhecer Jesus como o Salvador prometido, foram os primeiros em ser dominados pela inveja contra todo o Seu ministério. Esta atitude somente pode ser compreendida à luz do poder enganador de Satanás. Ainda hoje, multidões rejeitam a Jesus como Salvador, por razões idênticas. Pense: "Então os fariseus saíram e começaram a conspirar sobre como poderiam matar Jesus". – Mt 12:14 - Nova Versão Internacional. Desafio: "Uma mancha sobre Sua vida humana, uma falha de Sua humildade para resistir à terrível prova, e o Cordeiro de Deus teria sido uma oferta imperfeita, um fracasso para a redenção do homem". – Desejado de Todas as Nações, pág. 734. Sexta-Feira, 4/3/2011 - › ESTUDO ADICIONAL A inveja e o orgulho foram as emoções negativas que destruíram a perfeição do caráter de Lúcifer. A estas, juntaram-se outras emoções negativas, e elas o transformaram em Satanás: iniquidade, violência, orgulho, injustiça, profanação, corrupção. Iniquidade é a contestação da conduta espiritual em harmonia com a lei e por extensão a contestação da autoridade de Deus. Violência sempre traz o sentido de espírito de rebelião, de oposição à autoridade constituída. Orgulho é a característica que transmite a idéia de auto-suficiência e espírito de independência. A injustiça traz a marca da sutileza, apresentando a idéia de que no Universo tudo é relativo, não existindo nada perfeito. Profanação é assumir a atitude de que não existe nada distintivo, mas que tudo é igual e tem o mesmo valor. Corrupção é a atitude consciente e ousada em degradar, destruir a integridade de valores estabelecidos e aceitos como corretos e justos e adotar conduta contrária e ostensiva contra os mesmos. É alterar por escolha própria o modo de pensar e de agir, corrompendo a conduta pessoal. Todas essas emoções, contrárias à natureza divina, nasceram e foram desenvolvidas na mente de um ser criado perfeito - Lúcifer. Com o tempo transformaram-se em atitudes e culminaram em pecado –"e pecaste". A advertência vem através dos sábios: "Não tenhas inveja dos homens perversos! Não queira entrar no bando dos revoltados contra Deus... porque para eles o futuro é negro e sem esperança". – Pv 24:1 e 20 – Bíblia Viva. Pense: "Não inveje o sucesso dos pecadores; ame e obedeça o Senhor com toda a confiança". – Pv 23:17 – Bíblia Viva. Desafio: "O invejoso corre atrás das riquezas alheias mas acabará na miséria". – Pv 28:22 – Bíblia Viva. Aconteceu com Lúcifer. |