Inveja
Sábado à tarde | Ano Bíblico: Dt 4–7 |
Verso para Memorizar: "Cruel é o furor, e impetuosa, a ira, mas quem pode resistir à inveja?" (Provérbios 27:4).
Leituras da semana: Is 14:12-14; Tg 3:16, 17; Êx 20:17; Gn 37; 1Sm 18; Mt 12:14
Uma das emoções mais devastadoras é a inveja. É o tipo mais antigo de pecado (Is 14:14) e pode ferir não só as relações interpessoais (2Co 12:20) mas também a saúde física (Pv 14:30).
A inveja costuma ser pessoal; ela atinge aquele que é percebido como rival e ameaça. Como resultado, frequentemente, a inveja provoca violência, tanto psicológica (abuso verbal, calúnia, crítica) como física. Quem em determinado tempo, não sentiu a infelicidade que essa emoção provoca?
Esta lição fornece exemplos de pessoas que permitiram que a inveja afetasse seu comportamento: Satanás, os irmãos de José, o rei Saul e os principais dos sacerdotes dos tempos do Novo Testamento. O resultado sempre foi desastroso. O que surpreende, também, é que todos esses indivíduos invejosos desfrutavam elevados privilégios e posições. Mas todos caíram na armadilha do ódio à outra pessoa pelo que eram ou pelo que tinham.
O Senhor adverte a nos afastarmos desse caminho errôneo e deseja que Seus filhos amem o próximo a ponto de se alegrar com eles em seus dons, realizações e posses como se fossem nossos.
Ano Bíblico: Dt 8–10 |
Na raiz do mal
1. Qual foi a causa da expulsão de Satanás do Céu? Is 14:12-14. O que isso diz sobre a possibilidade de surgir essa característica terrível mesmo em um ambiente perfeito como o Céu?
A Lúcifer, a criatura mais magnífica saída das mãos de Deus, foi dado o lugar mais elevado no Céu, depois da Divindade. Sua honra, beleza e inteligência eram supremas, e, ainda assim, o pecado cresceu dentro dele (Ez 28:12-15). A perfeita paz e felicidade de todas as criaturas foram transtornadas por esse ato de exaltação própria e inveja em relação a Cristo.
"Serei semelhante ao Altíssimo" (Is 14:14) foi o pensamento que ativou dissensão, rebelião, violência e muita dor a todos os habitantes do Céu e, depois, para toda a família humana. "Satanás teve ciúmes de Jesus. Ele desejava ser consultado sobre o plano de criação do homem, e porque não o foi, encheu-se de inveja, ciúmes e ódio. Ele desejou receber no Céu a mais alta honra depois de Deus" (Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 145).
Em contraste, olhemos a Jesus. A concepção do pecado por meio de inveja e egoísmo é repelida pela disposição de Jesus de ser humilhado ao nível mais baixo da humanidade e ser morto, como um criminoso, para que cada um de nós pudesse ser salvo da total destruição provocada pelo pecado (2Ts 1:9).
2. Que contraste dá Tiago a respeito dos males provocados pela inveja? Tg 3:16, 17
Nossa natureza é tão pecaminosa que a primeira má ação torna mais fácil a seguinte. Quando o caminho errado é iniciado mediante inveja e ambição egoísta, o resultado parece ser uma ampla variedade de pecados: "confusão e toda espécie de coisas ruins" (v. 16), como Tiago descreve. A notícia maravilhosa é que há lugar para outra opção, que é "pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento" (v. 17). Essa opção é o amor.
Lúcifer não considerou o que tinha; ao contrário, escolheu cobiçar o que Cristo tinha. Com que frequência tendemos a fazer algo semelhante? Quanta inveja e ciúmes você abriga pelos que têm "mais" que você? Como você pode vencer essa emoção perigosa?
Ano Bíblico: Dt 11–13 |
Os irmãos de José
Com muita frequência, surgem inveja e ciúmes entre aqueles com quem somos muito íntimos, e isso torna ainda mais devastador o potencial para graves consequências. Realmente, uma grande quantidade de agressões (físicas ou psicológicas) e inveja existe hoje dentro do círculo familiar e, frequentemente, na raiz desse problema está a rivalidade entre os membros da família.
3. Pense na história de José. Que atitude de seus irmãos os levou a cometer esse crime tão grave? Qual foi o papel da inveja? Gn 37:1-36
É difícil acreditar que esses irmãos pudessem ter sido tão cruéis. Eles também não pensaram no que suas ações fariam a seu pai. Sua inveja se tornou tão poderosa que prevaleceu não apenas sobre o bom senso, mas também sobre a decência e moralidade. Que lição poderosa deve ser para todos nós quanto ao perigo potencial dessa emoção! Não é de estranhar que haja um mandamento inteiro dedicado a nos advertir contra ela (veja Êx 20:17).
Além de toda a dor que suas ações provocaram sobre si mesmos e sobre seu pai, eles também temeram o que José lhes faria depois da morte de seu pai, Jacó (Gn 50:15).
Mas a atitude de José não podia ter sido mais nobre, pois ele disse: "Não tenham medo. Estaria eu no lugar de Deus?" (v. 19). José entendeu que seu dever era perdoar os ofensores e confiar na misericórdia e justiça de Deus.
A vida de José tem sido comparada com a vida de Jesus Cristo. A inveja moveu seus irmãos a vendê-lo como escravo; alguns sacerdotes e anciãos tinham inveja de Jesus, e essa inveja alimentou suas ações contra Ele. José foi vendido aos pagãos; Jesus foi vendido a Seus inimigos. José foi acusado falsamente e enviado para a prisão por causa de sua virtude; Jesus foi acusado falsamente e rejeitado por causa de Sua justiça. José demonstrou nobre benevolência para com seus irmãos; Jesus, também, perdoou Seus inimigos. As más ações contra José, por fim, levaram para o bem; a mesma coisa aconteceu a Jesus, no sentido de que o mal feito contra Ele foi igualmente transformado em bem.
Que dor e sofrimento a inveja e os ciúmes – seus ou de outra pessoa — provocaram à sua vida? Que lições você aprendeu dessas experiências? Com que frequência você também sentiu inveja a respeito de coisas que hoje parecem triviais e sem sentido? Que lição você deve aprender desses fatos?
Ano Bíblico: Dt 14–17 |
A inveja de Saul contra Davi – I
Um caso clássico da atuação da inveja pode ser visto na história de Saul e Davi. Saul era rei, governante de uma nação. Tudo corria a seu favor, mas veio a inveja, e tudo pareceu mudar para ele. Ou a inveja só fez aparecer o que já estava lá dentro de Saul?
4. Qual foi a atitude inicial de Saul em relação a Davi? 1Sm 18:1-5
As ações de Saul mostram que ele teve uma atitude muito positiva em relação a Davi, a quem ele deu uma posição elevada no exército. Considerando também a atitude de seu próprio filho para com Davi, está claro que Davi teve o favor real.
5. O que mudou a atitude de Saul? 1Sm 18:6-9. Por que a atitude de Saul é uma resposta humana tão comum?
O restante do capítulo 18 de 1 Samuel mostra quão prejudicial se tornou a inveja de Saul sobre Davi. Esse sentimento o levou a toda sorte de desvios e artifícios, mas nenhum deles funcionou. As próprias coisas que ele temia em Davi se tornaram cada vez mais evidentes!
A inveja gera uma série de emoções negativas: baixa autoestima, ódio, suspeita, medo, culpa e ira. Saul tinha medo de Davi, como o capítulo menciona várias vezes. Ele pode ter sentido medo de perder sua posição real ou medo de que Davi se tornasse o herói absoluto de Israel. Mas sua principal fonte de medo era "porque o Senhor era com [Davi] e Se tinha retirado de Saul" (1Sm 18:12).
Ser abandonado por Deus é motivo suficiente para ter medo. Mas o medo de Saul foi agravado pelo fato de que "o Senhor... estava com Davi" (v. 12, NVI). Saul estava impossibilitado de aplicar â situação a lógica simples de Gamaliel: "Se [isso] for de origem humana, fracassará; se proceder de Deus, vocês não serão capazes de impedi-los" (At 5:38, 39). Quando o Senhor abençoa as pessoas, não há motivo para alimentar inveja ou buscar sua destruição. Deus continuará a abençoá-las.
Embora a atitude de Saul fosse errada, por que é relativamente fácil entender? Qual é sua atitude imediata para com alguém que você julga ser uma ameaça à sua posição? Você entrega tudo ao Senhor, ou começa a conspirar uma estratégia contrária?
Ano Bíblico: Dt 18–20 |
A inveja de Saul contra Davi – II
6. Como a inveja de Saul se acentuou? Veja a história em 1 Samuel 19. Que lições existem aqui para nós?
Inicialmente, Saul agiu com alguma cautela e sutileza na tentativa de remover a ameaça representada por Davi. Quando isso não funcionou, ele passou a agir abertamente com seus planos assassinos. Provavelmente, a princípio, ele nunca houvesse sonhado em ir tão longe. Porém, uma que vez as comportas do pecado são abertas, nenhum de nós percebe quão longe esse caminho pode nos levar.
Matar Davi se tornou uma obsessão. Os sentimentos negativos de Saul, abrigados a princípio quando as mulheres cantaram e dançaram em homenagem a Davi, logo alcançaram o ponto de cometer atentados assassinos contra sua vida. Somente nos capítulos 18 e 19encontramos oito tentativas específicas, ordenadas ou realizadas pelo próprio Saul, para assassinar Davi.
O restante da história é muito triste, conforme as coisas pioraram para Saul. À medida que seu ódio e inveja cresciam, ele foi ficando cada vez mais irracionalmente suspeitoso de Davi, obcecado para matá-lo e assustado com os filisteus ao redor. Com a desculpa de que haviam apoiado Davi, ele matou 85 sacerdotes do Senhor e muitos homens, mulheres, crianças, bebês e gado na cidade sacerdotal de Nobe (1Sm 22:17-19). Veja aonde ele estava sendo levado!
Cheio de terror por causa da incursão dos filisteus, ele perguntou ao Senhor o que fazer. Mas Saul havia ido muito longe de Deus, ignorando muitas vezes o conselho divino, pelo que não obteve resposta. Então, ele decidiu consultar um espírito mau por meio de uma feiticeira, prática que ele mesmo havia proibido. Ele até se curvou e se prostrou com a face em terra diante do espírito mau que personificava o falecido Samuel (1Sm 28:14). Esse foi o início de seu fim, pois, no dia seguinte, ele e seus filhos perderam a vida diante dos filisteus (1Sm 31), como o mau espírito o avisou, obviamente, uma manifestação demoníaca.
Deixando a inveja germinar, Saul seguiu um caminho de completa apostasia e ruína. Pior ainda, seu pecado trouxe sofrimento não só a ele mesmo, mas a toda sua família. O pecado já é mau quando nos atinge como indivíduos. No entanto, raramente o dano e a dor são tão localizados. Na maioria dos casos, nossas ações erradas também afetam negativamente os outros.
Pense em todos os casos que vimos até agora. Em cada exemplo, a inveja e seus resultados tiveram consequências de longo alcance, provavelmente não imaginadas pela pessoa que primeiramente abrigou a emoção. Então, é importante, pela graça de Deus, buscar morrer para o eu no momento em que essa horrível emoção surge em nosso coração.
Ano Bíblico: Dt 21–23 |
Inveja contra Jesus
"Porque sabia que, por inveja, O tinham entregado" (Mt 27:18). Dê uma rápida olhada nos primeiros onze capítulos de Mateus, destacando especificamente as coisas que Jesus fez. Então, leia Mateus 12:14.
7. O que Jesus disse e fez que pudesse ter levado os líderes a responder desse modo? O que suas ações revelam sobre seu coração? Ao pensar em sua resposta, pense em como teria respondido se fosse você que estivesse nessa situação.
Os sacerdotes e principais dos anciãos eram educados e exatos na observância da lei. Mas sua análise da vida religiosa era tão microscópica que perdiam de vista o objetivo da religião. Jesus trouxe uma visão nova de devoção, e o povo de Israel (inclusive líderes religiosos) ouviam as boas-novas de salvação. No entanto, em lugar de agradecer a Jesus por alertá-los quanto a seu caminho de destruição própria, eles procuraram destruí-Lo.
Com que frequência as pessoas permitem que sua inveja os cegue para o que deveria ser óbvio! Depois de tudo o que Jesus estava fazendo, milagres, curas, expulsões de demônios, é difícil imaginar alguém O interrogando como se fosse algo diferente de Deus. A evidência que Ele dera deveria ter sido mais que convincente (veja Mt 11:4, 5).
Talvez por estarem mais cientes de sua própria necessidade, as pessoas comuns estavam mais abertas a Jesus que muitos dos líderes religiosos, que temiam que Jesus mudasse o status quo e, assim, pusesse em risco sua posição. De muitas formas, o ensino de Jesus era tão diferente dos deles, e Sua mensagem era tão mais atraente que eles tinham bons motivos para temer Sua influência. Infelizmente, eles estavam mais preocupados em preservar o próprio poder e influência do que em conhecer e seguir a verdade.
O fato de que a inveja os estava motivando não era segredo. De acordo com Mateus 27:18, até o líder romano Pilatos sabia quais eram seus motivos, de tão evidente que se tornou. Infelizmente, esses líderes estavam tão completamente cegos por sua inveja que achavam estar defendendo a fé contra algum impostor que desviava o povo. Se eles se houvessem rendido em humildade e fé diante do Senhor em vez de deixar que seu pensamento invejoso predominasse sobre sua razão, eles teriam evitado o curso trágico que seguramente os levou à ruína eterna. Em nosso contexto, qualquer que seja, bem faríamos em aprender de seus erros.
Ano Bíblico: Dt 24, 25 |
Estudo adicional
Satanás foi outrora um honrado anjo no Céu, o primeiro depois de Cristo. Seu semblante, como o dos outros anjos, era suave e exprimia felicidade. Sua testa era alta e larga, demonstrando grande inteligência. Sua forma era perfeita, seu porte, nobre e majestoso. Mas quando Deus disse a Seu Filho: "Façamos o homem à Nossa imagem" (Gn 1:26), Satanás teve ciúmes de Jesus. Ele desejava ter sido consultado sobre a criação do homem, e porque não o foi, se encheu de inveja, ciúmes e ódio. Ele desejou receber no Céu a mais alta honra depois de Deus (Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 145).
"Um grande defeito no caráter de Saul era seu amor à aprovação. Essa característica tivera uma influência preponderante em suas ações e pensamentos; tudo se assinalava pelo seu desejo de louvor e exaltação própria. ... Era a aspiração de Saul ser o primeiro na estima dos homens; e, quando foi entoado o cântico de louvor a Davi, uma firme convicção entrou na mente do rei, de que Davi ganharia o coração do povo, e reinaria em seu lugar. Saul abriu o coração ao espírito de inveja de que sua mente estava envenenada" (Ellen G. White,Patriarcas e Profetas, p. 650).
Perguntas para reflexão
1. Por quantas coisas você é grato? Por que é tão importante se demorar nessas coisas, em vez de em seus problemas?
2. Pense em alguns dos personagens da Bíblia que demonstraram inveja na lição desta semana: o anjo superior no Céu, o rei de Israel, os líderes religiosos em Israel. Todos esses estavam em posições exaltadas; todos tinham muito. Mas permitiram que a inveja invadisse os sentimentos e provocassem desolação. A inveja é um problema interior, do coração, e não apenas algo que provém de condições externas. Por que alguém podia ter tanto do que este mundo oferece e ainda ser contaminado pelo veneno odioso da inveja?
3. Ellen White escreveu em Patriarcas e Profetas (veja a citação acima) que "o grande defeito" no caráter de Saul foi "seu amor à aprovação". Só um "pequeno" defeito, e veja o que aconteceu! O que esse fato deveria nos dizer sobre o perigo de não buscar vencer todas as falhas de nosso caráter antes que elas nos vençam? Que promessa da Bíblia você pode reivindicar para ter a esperança e encorajamento para vencer esses defeitos de caráter?
Respostas sugestivas:
Pergunta 1: O orgulho
Pergunta 2: A inveja provoca todos os tipos de males; a sabedoria de Deus traz somente o bem.
Pergunta 3: Além da inveja, eles se ressentiam da fidelidade de José a seu pai.
Pergunta 4: Saul confiava nele.
Pergunta 5: A inveja o levou a odiar Davi.
Pergunta 6: Pelos sucessos militares de Davi.
Pergunta 7: Jesus Se tornara popular e os líderes judeus temiam perder a liderança sobre o povo.
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2011/li1012011.html
Texto-chave: Provérbios 27:4
O ALUNO DEVERÁ...
Saber: A grande destruição que se segue como resultado da inveja.
Sentir: Abominação até pelo início do sentimento de inveja.
Fazer: Encher a mente e o coração com a humildade altruísta de Cristo, como antídoto para a inveja.
Esboço do aprendizado
I. Saber: O terreno escorregadio da inveja
A. Que exemplos de inveja no Antigo Testamento demonstram o progresso do mal associado com a inveja contínua?
B. Como as histórias de José, Saul e Davi, e de Jesus ilustram como a inveja pode destruir famílias e comunidades?
C. Como devemos responder aos que estão com inveja de nós?
D. Quanto tempo está levando para Deus resolver o problema de Lúcifer com Cristo? O que isso deve nos ensinar em relação à paciência, enquanto Deus realiza Seus planos?
II. Sentir: A origem do pecado
Muitas vezes a inveja pode surgir no coração de alguém que tem abundância e não tem motivo para invejar ninguém, como no caso de Lúcifer. Por que é tão importante entregar a Deus os primeiros sentimentos de inveja e ciúme?
III. Fazer: O antídoto para inveja
Como focalizar nossa mente em Cristo ajuda a proteger o coração contra os males da inveja?
Resumo: Condescender com a inveja resulta no mais horrível dos males, como ilustrado na vida de Lúcifer e Saul. Mas a submissão ao Pai e humildade de Jesus, ao esperar que seja realizado o plano de Deus em todo o Universo, ilustra uma resposta positiva à inveja.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A inveja é uma emoção que não pode, em nenhuma medida, coexistir com a paz e a alegria que caracterizam a verdadeira vida cristã.
Só para os professores: Qual é a melhor maneira de lidar com a inveja? Marque "F" (falso) e "V" (verdadeiro) para as respostas: Eliminar as pessoas que nos causam inveja ( ). Competir com as pessoas de quem temos inveja, provando que podemos superá-las ( ). Reconhecer e agradecer pelas coisas boas que existem em nós e nos outros ( ). Perceber que Deus ama e aceita cada pessoa, e trata a todos como filhos queridos. Por isso cada um tem seu lugar especial no coração do Pai ( ). Pedir que Deus tire a inveja de nosso coração e coloque em seu lugar amor pelos que nos rodeiam ( ). É uma insensatez imaginar que o sucesso dos outros seja a causa da nossa infelicidade. Com essa atitude a inveja nunca seria vencida dentro de nós, porque estaríamos sempre tentando vencer um suposto inimigo exterior. E mesmo que superássemos essa pessoa, surgiriam muitos outras em nosso caminho. A vitória será uma realidade quando entendermos que o verdadeiro inimigo é a inveja, que está dentro de nós. E Deus tem poder para eliminá-la.
Se você viajar no Extremo Sul dos Estados Unidos, verá em muitos lugares, formas vagas cobertas por uma espessa camada de folhas e cipós. Algumas delas parecem ter sido árvores algum dia. Outras podem ter sido até construções.
Tudo isso é obra de uma pequena planta conhecida como kudzu. A kudzu foi levada do Japão para os Estados Unidos em 1876 e apresentada na Exposição do Centenário em Filadélfia. Os proponentes a elogiavam muito como a solução para uma série de problemas, não percebendo que ela própria se tornaria um problema. Onde ela era plantada, crescia à custa de tudo o mais. Se você tivesse kudzu, não poderia ter mais nada.
Seria possível dizer que a inveja e o ciúme são a kudzu das emoções humanas, exceto que a kudzu realmente tem propriedades benéficas. Não é assim com inveja. Onde há inveja, não há paz, alegria, amor nem paciência. Você não pode ter nem um pouquinho de inveja. Eventualmente, ela irá cobrir e sufocar tudo o mais. Para o cristão, arrancar a inveja é literalmente uma questão de vida ou morte.
Pense nisto: Comente com a classe: Todos nós gostaríamos de ser mais ricos, mais inteligentes, mais atraentes ou mais atléticos do que somos. Na melhor das hipóteses, isso pode nos motivar a trabalhar para melhorar a nós mesmos. Como podemos impedir que esses pensamentos se enraízem a ponto de odiarmos e invejarmos outras pessoas que parecem ter essas qualidades desejadas?
Compreensão
Só para os professores: Peça que os alunos comparem a atitude de inveja de Satanás em relação a Deus, com os sentimentos deles em relação às outras pessoas. Dê oportunidade para que eles comentem sua opinião.
I. "Em busca do pecado original "
(Recapitule com a classe Is 14:12-14.)
Embora seja difícil de ver, a inveja tem algo de bom, porém desfigurado e pervertido. Oscar Wilde escreveu que a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude. Da mesma forma, pode-se dizer que a inveja é um tributo prestado ao bom e ao bonito, pelo que é mau e feio. A pessoa que tem inveja de alguém reconhece a presença de boas qualidades na outra pessoa, mas em vez de apreciá-las e ser grato por sua presença, ou trabalhar para imitar essas qualidades, ela deseja egoisticamente tomá-las para si mesma, em detrimento do outro.
Isso nos leva a Lúcifer. É dito que Lúcifer foi o querubim cobridor. Supõe-se que ele tenha sido o comandante dos coros angélicos. Admitindo que isso seja verdade, em outras palavras e em termos da igreja contemporânea, ele foi o líder de louvor ou até mesmo o ministro de música. Era sua função chamar a atenção para os atributos louváveis de Deus, adorá-los, e incentivar seus companheiros a adorá-los também. Aparentemente, ele se destacou nisso, até o dia em que parou de desfrutar e apreciar os atributos divinos e começou a se perguntar por que ele não podia ter também esses atributos, e acima de tudo ser adorado por causa deles. Em suma, o pecado original foi ter inveja de Deus.
Pense nisto: Mesmo em um contexto religioso ou espiritual, a inveja e o ciúme podem aparecer. A maioria de nós provavelmente tenha observado pessoas que parecem ser espiritualmente mais avançadas do que nós, e talvez, por um breve momento, desejamos ser tão bons quanto elas, ou até mesmo nutrimos o pensamento de que elas são falsas ou hipócritas. Por que, então, é seguro seguir os outros apenas quando eles seguem a Cristo? (1Co 11:1).
II. A inveja, o vírus da alma. . .
(Recapitule com a classe Gn 3:5.)
Vimos na passagem anterior que Lúcifer passou da admiração e apreciação dos atributos de Deus à crença de que a glória devida a Deus poderia e deveria ser devida a ele. Em seguida veio a crença de que Deus estava ativamente retendo dele essas honras, para seu prejuízo. O passo seguinte foi convencer os outros disso. Ele conseguiu: um terço dos anjos se rebelou contra Deus, ficando ao lado dele. O resultado foi seu confinamento em um planeta cercado de águas, o terceiro a partir de uma estrela bastante comum [o Sol], em algum lugar na galáxia Via Láctea. Mas havia outros ali, e talvez ele pudesse convencê-los a ver as coisas à sua maneira. . .
Adão e Eva tinham todo um planeta que foi criado para seu prazer e enriquecimento. Coisas bonitas para ver, coisas deliciosas para comer, animais majestosos, maravilhas naturais, e perpétua comunhão com Deus. Tudo era deles, exceto por uma árvore em um afastado canto da sua habitação, da qual não deviam comer. Uma coisa insignificante, realmente!
Talvez eles tenham até se perguntado sobre isso. Provavelmente eles estivessem curiosos. Talvez eles ocasionalmente seguissem a rota fascinante através do jardim para que tivessem uma desculpa para olhar para ela. Mas eles nunca teriam duvidado da sabedoria e das intenções divinas, sem aquele estímulo que Lúcifer, na forma de serpente, estava preparado para dar.
Um dia, quando Eva estava naquele canto do jardim, alguém mais estava lá, também, fazendo perguntas aparentemente inocentes: Não deveriam eles realmente comer da árvore? Por que não?
Descobriu-se que a serpente não tinha apenas dúvidas, ela também apresentava respostas: Deus proibiu a Adão e Eva essa árvore, porque Ele sabia que coisas boas aconteceriam aos primeiros seres humanos se comessem dela, e Ele queria reter tudo para Si! Todas as coisas boas que eles tinham eram apenas meras migalhas, jogadas para mantê-los abastecidos, felizes e tolos! Eles poderiam ser como Deus, argumentou a serpente, e deveriam ser como Deus.
Pense nisto: O que a experiência dos primeiros seres humanos nos diz sobre a inveja? Por que é tão perigoso até mesmo alimentar pensamentos de inveja em relação aos outros? Como Adão e Eva puderam duvidar e suspeitar das intenções de Deus?
III. "A inveja é assassina"
(Recapitule com a classe Gn 4:1-15 e 37:13-24; e 1Sm 18:6-9.)
Por mais comum que seja e por mais que algumas pessoas pareçam se deleitar nela, a inveja não é uma emoção agradável. Talvez seja por isso que ela pareça levar a tentativas de destruir as pessoas que são objetos da inveja.
Caim, o primeiro assassino, sentiu que Deus não o estimava suficientemente. Ele se sentiu menosprezado em relação a seu irmão Abel, que era (na sua cabeça) claramente menos merecedor. Quando isso ficou claro, Deus alertou Caim de que o pecado espreitava em sua porta, mas ele o ignorou. Irracionalmente, ele concluiu que a fonte de seu problema era Abel, e se Abel morresse, o problema também seria eliminado. Na verdade, isso foi apenas o começo de um padrão que continuaria ao longo da história.
Pense nisto: As três passagens acima mostram exemplos de como a inveja leva à violência. Sabemos que, na vida diária, não matamos literalmente as pessoas de quem temos inveja, mas de que maneira pode-se dizer que o fazemos no sentido emocional? (Veja Mt 5:21, 22).
Aplicação
Só para os professores: Peça que os alunos falem em voz alta, quais são as atitudes e ações que poderão ser praticadas durante a semana, para enfraquecer o sentimento de inveja em nossa comunidade.
Perguntas para reflexão
Atualmente, como vemos a inveja em ação em nossa sociedade e entre os indivíduos? Embora sejamos ensinados desde a infância de que a inveja é uma emoção feia e indigna, quais são as maneiras pelas quais nossa sociedade sutilmente a promove? Os exemplos poderiam incluir o foco nos bens materiais dos outros e a alegria que a mídia muitas vezes nos encoraja a sentir pela infelicidade dos outros.
Você concorda que a inveja é a raiz de muitos pecados e, possivelmente, do próprio pecado? Por que, ou por que não?
Perguntas de aplicação
Como se observa na lição, muito da oposição a Jesus entre os líderes religiosos da época foi motivado principalmente por inveja. Você já viu a inveja em ação na igreja atual, a ponto de atrapalhar nosso ministério? Como podemos nos guardar contra sua influência sobre nós mesmos ou sobre a atmosfera da igreja como um todo, com firmeza, mas com compaixão?
Um dos piores aspectos da inveja é que ela nos cega para o que está bem em frente dos nossos olhos – como aconteceu com os líderes religiosos do tempo de Jesus –e nos transmite conceitos distorcidos dos motivos e do caráter das outras pessoas. Se pensamos dessa forma, o que podemos fazer para voltarmos à realidade?
Criatividade
Só para os professores: A atividade a seguir é destinada a substituir a inveja por seus opostos: gratidão e autoestima.
Distribua folhas de papel com a seguinte frase no topo: "Sou grato a Deus por..." E três colunas, chamadas "Coisas que tenho", "Coisas que sou" e "Coisas que fiz". Peça que os alunos preencham as colunas individualmente, ou que eles comentem suas respostas em pequenos grupos de debate. Depois, reúna a classe e comente os resultados. Como suas respostas podem ajudar os membros da classe a cultivar uma atitude de gratidão em vez de inveja e ciúme?
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2011/aux1012011.html