quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Saúde Está No Campo

A Saúde Está No Campo

     Não se pode negar que as inovações tecnológicas e sociais associadas à Revolução Industrial, a partir da segunda metade do século XVIII, aceleraram a produção, o consumo e o ritmo de vida das pessoas. E a partir de então que se começa a perceber a crescente agressão ao equilíbrio da vida. Como afirmou o historiador Arnold Toynbee, "todas as espécies haviam vivido, até então, à mercê da biosfera. A Revolução Industrial expôs a biosfera ao risco de ser extinta pelo homem".1 

 

     A globalização, o crescimento de grandes cidades e o grande avanço das indústrias estão possibilitando uma grande destruição do caráter moral, do fator espiritual e físico do ser humano. De forma planejada a atual potência mundial contribuiu para esta degeneração quando tornou-se uma referência global, até de maus exemplos. A partir da década de 50 o analista de vendas do presidente Norte Americano Eisenhower, Victor Lebow alegou: "Nossa enorme economia, produtiva exige que façamos do consumo a nossa forma de vida. Que tornamos a compra e o uso de bens em rituais, que procuremos a nossa satisfação espiritual e a satisfação do nosso ego no consumo. Precisamos que as coisas sejam consumidas, destruídas, substituídas e descartadas a um ritmo cada vez maior.".2

 

     Tomada esta decisão os designer desta década planejaram como produzir algo destrutivo e substituível, rapidamente. Hoje o americano assiste 3 mil anúncios publicitários por dia, assistem mais publicidade por ano do que as pessoas assistiam durante toda vida a 50 anos atrás, como resultado disso o nível de felicidade e satisfação americana decaio estrondosamente nos últimos 50 anos.3
 

     Em um ritmo cada vez mais acelerado o consumismo tornou-se um novo estilo de vida. Compras e uso de bens tidos como "rituais" e a satisfação espiritual e do ego humano no "consumo" foi um padrão que alastrou-se por todo o mundo. O fator religioso direcionou-se para o materialismo e a atenção atribuída a Deus foi automaticamente descartada, pelo menos do foco central. O homem, criado à imagem de Seu criador e possuidor do dever e prazer de satisfazer-se com Ele em Suas bençãos atribuídas, volte-se à satisfazer-se com "coisas" que, muitas das vezes são desnecessárias, quase sempre de pouca durabilidade e as vezes maléficas a saúde.
 

     Resultado disto, é que a saúde mental dos urbanos e consumistas comparada a saúde do agricultor que possui uma vida simples e tranquila, decaiu segundo a pesquisa realizada pela Escola de Medicina de Warwick em conjunto com as Universidades de Bristol e de Porthsmouth onde foram analisados dados referentes a 7.659 adultos que vivem na Inglaterra, no País de Gales e na Escócia.4
 

     O ambiente material das cidades constitui muitas vezes um perigo para a saúde. Estar constantemente sujeito ao contato com doenças, a prevalência de ar poluído, água e alimento impuros, as habitações apinhadas, obscuras e insalubres, são alguns dos males a enfrentar.5 Visto que grande parte das doenças que afligem a humanidade tem sua origem na mente,6 um estilo de vida que contribui aceleradamente para a degeneração mental, espiritual e física do ser humano provocadas pela moderna ociosidade longe de qualquer esforço vigoroso e fútil materialismo, a solução para a extinção de doenças tais como depressão, transtorno bipolar, autos níveis stress, entre tantas outras como até mesmo câncer é adotar o simples viver no campo.
 

     Não era desígnio de Deus que o homem se aglomerasse nas cidades. Deus em Sua infinita sabedoria colocou Adão e Eva, o primeiro casal, em um belo jardim, entre os belos quadros e sons da perfeita natureza. Tal é ainda hoje o desejo de Deus para o homem e quanto mais chegarmos a estar em harmonia com o plano original de Deus, mais favorável será nossa posição para o restabelecimento e preservação da saúde.7 Morar no campo possibilita muito benéfico; a vida ativa ao ar livre desenvolveria tanto a saúde da mente como a do corpo.8 Dar incremento à capacidade do solo requer pensamento e inteligência. Isto não somente desenvolverá os músculos, mas também as aptidões para o estudo, porque há igualdade de ação da parte do cérebro e dos músculos.9
 

     Longe de qualquer monotonia e influencias negativas tanto visíveis como áudio visuais e pessoais, o morar no campo torna-se um estilo de vida de alto padrão moral, espiritual e físico. O viver simples promove o seno de humildade, o trabalho útil a paciência e a resistência física e com a ausência de "bombardeios" publicitários o consumismo e o amor pelo material será gradativamente extinto.
 

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1- Agenda 21 Catarinense, 2008;
2- A História das Coisas, Por Tides Foundation, Funders Workgroup for Sustainable Production and Consumption;
3- Ibidem;
4- BBC Brasil;
5- Vida no Campo, págs. 10 e 11;
6- Mente Caráter e Personalidade, vol. I, pág. 63;
7- A Ciência do Bom Viver, págs. 363-365;
8- Vida no Campo, pág. 24;
9- Fundamentos da Educação Cristã, pág. 323;

Postado por Jean R. Habkost 0 comentários http://img1.blogblog.com/img/icon18_email.gif

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FONTE: http://literalmenteverdade.blogspot.com/