quarta-feira, 20 de abril de 2011

Lição 05 - As vestes sacerdotais da graça - Lição da Escola Sabatina - Casa Publicadora Brasileira

Lição 5

23 a 30 de abril

 


 

As vestes sacerdotais da graça

 

Casa Publicadora Brasileira – Lição 5222011

 


 

Sábado à tarde

Ano Bíblico: 2Rs 6–8

 

VERSO PARA MEMORIZAR: "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz" (1Pe 2:9).

 

Leitura para o estudo desta semana: Êx 32:1-6Lv 21:7-2422:1-8Êx 28Ap 21:12-14Hb 4:14, 15

 

Um tema importante da Reforma Protestante é o que tem sido chamado de "o sacerdócio de todos os crentes", uma ideia derivada especialmente (mas não exclusivamente) do texto acima. O conceito diz que todos os cristãos atuam como "sacerdotes" diante de Deus, e que, visto que eles têm Jesus, não precisam de mediadores terrestres entre eles e o Senhor (como em alguns sistemas religiosos). "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (1Tm 2:5).


Depois da vida, morte, ressurreição e ministério sumo sacerdotal de Jesus, o antigo sistema hebreu introduzido por Deus foi cumprido em Cristo. O sacerdócio levítico foi substituído, e uma nova ordem foi estabelecida, na qual todos somos parte do "sacerdócio real".


Nesta semana, ao estudarmos as vestes usadas pelos sacerdotes no antigo sistema, podemos aprender um pouco sobre o que significa ser "sacerdotes" no novo sistema.

 


 

Domingo

Ano Bíblico: 2Rs 9–11


A antiga aliança da graça

 

Jesus declarou de forma tão clara quanto a linguagem humana poderia expressar: "A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido" (Lc 12:48, NVI). Como adventistas, com tudo que recebemos (e recebemos muito!), faríamos bem em levar a sério esse princípio poderoso. Basta comparar as verdades que recebemos com algumas das outras doutrinas que estão por aí (tormento eterno no inferno, mudança do sábado para o domingo, 144 mil judeus virgens pregando o evangelho, quando a igreja é arrebatada secretamente durante o reinado do anticristo), para compreender tudo o que nos foi confiado.


Por causa desse princípio, o pecado de Arão e o bezerro de ouro se tornaram muito piores.

 

1. Leia Êxodo 32:1-6. Que possível desculpa Arão poderia ter dado para participar dessa vergonhosa apostasia?

A apostasia em si foi muito ruim, mas que Arão a aceitasse parece ainda mais incrível. Pense em todos os privilégios que Arão havia recebido. Ele estava com Moisés desde o início (Êx 4:27-30) e foi o porta-voz de Moisés diante de Faraó (Êx 7:1); Arão lançou o bordão que se tornou em serpente (v. 10); ele feriu as águas que se transformaram em sangue (v. 20); e fez parte do grupo de escolhidos que puderam se aproximar do Senhor de modo muito especial (Êx 24:9, 10). Em suma, ele teve privilégios que poucos na história tiveram, e quando veio um grande teste, ele falhou de forma miserável!


No entanto, aqui está algo maravilhoso: Deus não só perdoou o pecado de Arão, mas permitiu finalmente que Arão usasse as vestes sagradas como primeiro sumo sacerdote da nação da aliança, um tipo do ministério sumo sacerdotal do próprio Jesus (Hb 8:1). Em outras palavras, embora Arão fosse culpado de um pecado terrível, ele também foi beneficiado com a divina graça redentora, graça tão grande que não apenas o perdoou, mas permitiu que Arão assumisse um ofício sagrado que, na sua essência, se relaciona totalmente com a graça, misericórdia e perdão divinos. Assim, a vida de Arão é um exemplo especial da misericórdia e redenção que, em Cristo, se acha à disposição de todos.

 

Você já falhou, de forma lastimável, em viver à altura do que tem recebido? A partir do exemplo de Arão, como você pode obter esperança de que nem tudo está perdido, apesar de seus erros?

 


 

Segunda

Ano Bíblico: 2Rs 12–14


O sacerdócio

 

Faze também vir para junto de ti Arão, teu irmão, e seus filhos com ele, dentre os filhos de Israel, para Me oficiarem como sacerdotes, a saber, Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar" (Êx 28:1).


O sacerdócio levítico foi estabelecido durante as peregrinações dos filhos de Israel pelo deserto e deveria durar mais de mil e quinhentos anos. Embora o conceito de sacerdócio ao Senhor já existisse havia muito tempo (Gn 14:18), o estabelecimento do sacerdócio levítico proporcionou uma visão mais clara de seu papel.


Como vimos ontem, apesar da enormidade de seu pecado, Arão foi escolhido pelo Senhor para se tornar o primeiro chefe desse novo sacerdócio. Isso mostra que os sacerdotes necessitavam estar aptos a se relacionar com as pessoas que eles representavam diante de Deus, porque era exatamente isso que eles estavam fazendo: agindo como representantes, mediadores entre a humanidade caída e um Deus santo. Arão, como um ser humano caído, poderia facilmente se relacionar com os seres humanos caídos a quem ele devia representar. Quem seria ele para julgar os outros no pecado deles, quando ele mesmo não era inocente?


Ao mesmo tempo, o sacerdócio era uma honra sagrada, e os sacerdotes deviam demonstrar santidade e pureza. Afinal, eram eles que se apresentavam diante do Senhor, em lugar do povo. Eles tinham que ser "santos"; caso contrário, qual seria a finalidade de um sacerdócio? Embora reconhecessem sua relação com aqueles a quem representavam, eles tinham que ser diferentes, não de forma arbitrária (diferentes apenas para ser diferentes), mas diferentes no sentido sagrado, que iria distingui-los claramente das massas como um todo.

 

2. O que era exigido dos sacerdotes, e o que essas coisas deveriam representar? Lv 21:7-2422:1-8

Por mais difícil que seja compreendermos alguns desses conceitos hoje, a ideia, todavia, deve estar clara: o sacerdócio deveria ser algo diferente, sagrado, especial. Os sacerdotes eram símbolos de Jesus, e seu trabalho deveria simbolizar, em sombras e tipos, o que Jesus faria em nosso favor.

 

Deveríamos ser diferentes do mundo que nos rodeia? Se sim, por que e de que forma?

 


 

Terça

Ano Bíblico: 2Rs 15–17

 

Vestes sacerdotais

 

As vestes, pois, que farão são estas: um peitoral, uma estola sacerdotal, uma sobrepeliz, uma túnica bordada, mitra e cinto. Farão vestes sagradas para Arão, teu irmão, e para seus filhos, para Me oficiarem como sacerdotes" (Êx 28:4).


Quando se estuda o modelo do santuário terrestre, deveria ficar claro que nada foi deixado ao acaso. Deus deu instruções explícitas aos sacerdotes sobre o que devia ser feito. Isso também é evidente quando se trata das vestes que os sacerdotes deveriam usar. Tudo foi feito de acordo com instruções exatas.

 

3. Sem nos demorarmos em detalhes complicados, que lições espirituais podemos encontrar em Êxodo 28, na descrição da roupa que deveria ser feita para Arão, o sumo sacerdote, e para os sacerdotes em geral?

"O modelo das vestes sacerdotais foi dado a conhecer a Moisés no monte. Cada artigo que o sumo sacerdote devia usar, e a forma como deveria ser feito, foram especificados. Essas vestes eram consagradas a um propósito muito solene. Por meio delas era representado o caráter do grande Antítipo, Jesus Cristo. Elas cobriam o sacerdote com glória e beleza, e manifestavam a dignidade do seu ofício. Quando vestido com elas, o sacerdote se apresentava como representante de Israel, mostrando por suas vestes a glória que Israel deveria revelar ao mundo como o povo escolhido de Deus" (Ellen G. White, The Youth's Instructor, 7 de junho de 1900).


Ao longo dos séculos, muito tem sido escrito sobre o suposto significado e simbolismo das cores, tecidos, pedras, correntes e outras coisas. Sejam quais forem seus significados individuais, juntos eles representavam a perfeição, santidade, beleza e dignidade do "grande Antítipo", Jesus, nosso verdadeiro sumo sacerdote, que ministra no santuário celestial (Hb 8:1, 2).


Observe também, nos textos, a descrição dos sacerdotes levando várias coisas (Êx 28:1229, 303842). Isto, certamente, é um tema crucial em todo o plano da salvação, que o sacerdócio e o santuário simbolizavam: a ideia de Jesus, nosso Substituto, carregando sobre Si os nossos pecados e assumindo a punição deles. Tudo isso foi prefigurado por meio das cerimônias do santuário e das vestes dos sacerdotes, cheias de simbolismo que representavam o caráter e a obra de Jesus em nosso favor.

 


 

Quarta

Ano Bíblico: 2Rs 18, 19


O peitoral do juízo

 

De todos os ornamentos usados pelos sacerdotes, o mais elaborado e intrincado deveria ser o peitoral do juízo (Êx 28:15), usado pelo sumo sacerdote. As outras vestes eram como um pano de fundo para essa parte sagrada do traje sacerdotal. Para descrever a fabricação desse ornamento sagrado, é gasto cerca de um terço do capítulo (Êx 28:15-30). Isso deve mostrar um pouco da sua importância e centralidade para o ministério dos sacerdotes no santuário.

 

4. Qual é o significado das pedras diferentes? O que significa o fato de que o sacerdote devia levar "os nomes dos filhos de Israel... sobre o seu coração" (v. 29)? Êx 28:15-30Ap 21:12-14

 

Aqui, de forma única, vemos novamente o tema do sacerdote, símbolo de Jesus, levando Seu povo. A palavra hebraica para "levar", é muito usada no Antigo Testamento para se referir ao ato de levar o pecado, algo que os sacerdotes fariam como parte de seu ministério (Lv 10:17Êx 28:38Nm 18:122). Agora, porém, é usada no contexto do sacerdote "levando" os nomes de Israel. Embora o contexto imediato seja um pouco diferente, a ideia ainda está ali: o povo de Deus deve ser totalmente dependente do Senhor, que lhes perdoa, sustenta, e que lhes oferece o poder de viver a vida santa que Ele exige de Seu povo (Fp 4:13).


Observe, também, onde o sacerdote leva os nomes das pessoas. No seu coração. O texto menciona especificamente esse local, símbolo comum na Bíblia (e em muitas culturas), que revela o amor e o carinho que o Senhor dedica a Seus filhos.


Outro ponto importante é que cada tribo tinha uma pedra preciosa diferente, cada uma com qualidades diferentes, para simbolizar o caráter distintivo de cada tribo (veja Gn 49). Os comentaristas têm visto esse ponto como uma forma de apontar as diferenças e traços característicos, não apenas nas doze tribos, nem nos doze apóstolos (Ap 21:14), mas da igreja como um todo, que é feita de várias "pedras que vivem" (1Pe 2:5). Não importando o quanto todos nós sejamos diferentes em personalidade, caráter e dons, devemos ainda ser unidos em propósito, sob a graça e soberania de nosso grande Sumo Sacerdote, Jesus.

 

De que maneiras você tem, pessoalmente, experimentado o amor de Deus? Como Ele tem mostrado que você está perto de Seu coração? Por que é importante refletir sobre essas experiências, e como você pode extrair força delas, especialmente em momentos de aflição?

 


 

Quinta

Ano Bíblico: 2Rs 20, 21

 

Jesus, nosso Sumo sacerdote

 

Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os Céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos Sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado" (Hb 4:14, 15).

 

5. Que esperança e promessa esses dois versos trazem à sua própria vida e à sua luta contra a tentação?

 

Visto que Cristo habita hoje, como nosso Sacerdote, no santuário celestial, em certo sentido, Ele também usa o peitoral em Seu coração. E porque Ele vive "sempre para interceder" (Hb 7:25) por nós, deveríamos encontrar conforto no conhecimento de que nosso Sumo sacerdote é tocado com o sentimento de nossos problemas, dores e tentações. Como Arão, Jesus foi um ser humano que conheceu as provações, tribulações e tentações de toda a humanidade. Ao contrário de Arão, porém, Jesus foi "sem pecado", uma distinção crucial, pois de Sua pureza podemos clamar duas promessas maravilhosas: (1) o manto de Sua justiça pode ser nosso pela fé, e assim sabemos que estamos perfeitos diante de Deus; (2) podemos ter o poder para vencer a tentação, assim como Jesus teve.

 

6. Que promessas há para nós em Hebreus 8:10-13, e como essas promessas deveriam se manifestar em nossa vida?

 

Podemos ver aqui dois aspectos do que significa ter a salvação em Cristo, e ser coberto na Sua justiça. Quão maravilhosa é esta promessa do Senhor: "Pois, para com as suas iniquidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais Me lembrarei" (v. 12). Ele está falando sobre aqueles que, pela fé, se renderam a Jesus e têm reclamado Suas promessas da nova aliança, aqueles que têm Sua lei escrita no coração e assim obedecem a ela, não para alcançar a salvação, mas porque já a alcançaram. Cobertos com as vestes de Sua justiça, eles passam a praticar essa justiça em sua própria vida. Isso é o coração e a alma da Nova Aliança.

 


 

Sexta

Ano Bíblico: 2Rs 22, 23


Estudo adicional

 

Leia de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 347, 348,"O Tabernáculo e Suas Cerimônias"; Parábolas de Jesus, p. 288, "Por que Vem a Ruína"; Profetas e Reis, p. 293, 294, "Destruído Porque lhe Faltou o Conhecimento", Primeiros Escritos, p. 250-253, "O Santuário"; O Grande Conflito, p. 415, 416, "O Santuário Celestial, Centro de Nossa Esperança"; e p. 645, 646, "O Livramento dos Justos".

 

Cristo é o ministro do verdadeiro tabernáculo, o Sumo sacerdote de todos os que nEle creem como Salvador pessoal; e Seu ofício nenhum outro pode tomar. Ele é o Sumo sacerdote da igreja..." (Ellen G. White, Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 74).


"Devemos exercer fé todos os dias; e essa fé deve crescer diariamente à medida que é exercida, ao compreendermos que Ele não somente nos redimiu, mas nos amou, e nos lavou de nossos pecados em Seu próprio sangue, e nos fez reis e sacerdotes para Deus o Pai" (Ellen G. White, Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 287).

 

Perguntas para reflexão:
1. Leia Apocalipse 1:5, 6, onde Jesus apresenta a descrição do Seu trabalho e, em seguida, dá-nos o que poderíamos chamar de "promessa ansiosamente esperada". Comente o que significa a afirmação no verso 6, de que Ele nos constituiu para ser "reis e sacerdotes", para servi-Lo eternamente.
2. Examine algumas das outras vestes usadas pelos sacerdotes, conforme mostradas em Êxodo 28. Que lições espirituais e verdades podem ser encontradas ali também?
3. Temos sido advertidos sobre o perigo de fingir que usamos as vestes de justiça, mas não viver realmente de forma justa. Fale sobre maneiras de avaliar nossos próprios motivos e ações. Quais são as maneiras de saber se estamos cobertos ou se, na verdade, estamos andando na vergonha de nossa nudez?
4. Arão não conseguiu viver à altura de sua responsabilidade, e como resultado aconteceu uma tragédia. No entanto, Arão finalmente recebeu uma responsabilidade ainda maior. Que lição podemos tirar dessa história, como igreja?

 

Respostas sugestivas:
1: O povo pediu que ele fizesse deuses no lugar de Moisés, que demorava para voltar. Isso não justificou a rebelião de Arão.
2: Pureza das filhas e esposa; pureza cerimonial; ficar no santuário; perfeição física; refletir a perfeição de Cristo.
3: Devemos ter caráter perfeito; habilidade humana unida à divina; o exterior reflete o interior; ser "santos ao Senhor".
4: Nossas habilidades e ministérios são diferentes; devemos levar os nomes dos perdidos no coração e na oração.
5: Jesus não pecou; suas vestes eram puras; por isso Ele teve acesso ao Céu para interceder; podemos confiar nEle.
6: Deus imprimirá Suas leis em nossa mente; Ele será nosso Deus; conheceremos a Deus; perdão dos pecados.

 


 

FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2011/li522011.html

Lição 05 - As vestes sacerdotais da graça - Auxiliar Para Lição da Escola Sabatina - Casa Publicadora Brasileira

A Lição em resumo


Texto-chave: 1 Pedro 2:9


O aluno deverá...
Saber:
 Reconhecer aspectos das disposições de Deus para nós e a ilustração de Seu caráter na função sacerdotal de Arão e nas roupas de seu ofício.
Sentir: Nutrir o sentimento de santidade e pureza que Deus nos chama a ter como Seu sacerdócio real, nação santa.
Fazer: Aceitar Cristo como nosso Sumo Sacerdote e fazer uso das disposições para nos perdoar, purificar e que nos permitem viver em santidade.

 

Esboço
I. Conhecer: Nos passos da realeza sacerdotal

A. Como a função sacerdotal de Arão hoje reflete para nós Jesus e Seu real ministério sacerdotal?
B. Como as vestes e o peitoral de Arão ilustram a função de Deus para Israel como Seu representante entre as nações, bem como a função de Cristo como Sumo Sacerdote?


II. Sentir: Puro e santo
A. Como Arão devia representar a glória e beleza de Deus?
B. Que emoções eram despertadas pela riqueza e esplendor de suas vestes sacerdotais?


III. Fazer: Cristo, nosso Sumo Sacerdote
A. Que somos chamados a fazer em resposta ao ministério de Cristo como Sumo Sacerdote?
B. Em que devemos depender do que Cristo faz por nós?
C. Visto que somos sacerdotes reais e nação santa, como devemos representar a glória, santidade e perfeição de Deus hoje?


Resumo: A função sacerdotal de Arão e de suas vestes ilustra a função que Cristo tem exercido como alguém que foi tentado como nós, levando nossos pecados, mas também nos conectando à perfeição pura e santa de Deus.

 

Ciclo do aprendizado


Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Os sacerdotes da época do Antigo Testamento eram uma classe diferente de pessoas especialmente dedicada a Deus. Eles poderiam facilmente ser identificados por suas roupas exclusivas, simbólicas. Como cristãos, também somos sacerdotes em um sentido muito real, e devemos ser reconhecidos pelo trabalho de Cristo dentro de nós.
Só para o professor: Enfatize o paralelo entre as vestes especiais usadas pelos sacerdotes para servir a Deus e as vestes figurativas da justiça de Cristo, que nos permitem chegar diante de Deus em nosso estado como seres humanos pecadores.


Em 1972, o jornalista David Halberstam publicou The Best and the Brightest (Os Melhores e Mais Brilhantes), um livro sobre os arquitetos da política dos Estados Unidos no Vietnã na década de 1960. O título de Halberstam se refere ao fato de que essas pessoas receberam a melhor educação nas melhores instituições de ensino superior e, antes de participar da estratégia dos Estados Unidos que se iniciava no Vietnã, a maioria tinha conseguido notáveis sucessos e triunfos nos negócios, no governo e na área acadêmica. Então – perguntou Halberstam – por que se revelaram desastrosas as políticas que formularam e puseram em prática?


Se você olhar para a história bíblica, Deus raramente escolheu "os melhores e mais brilhantes". E quando "os melhores e mais brilhantes" aparecem na história sagrada, muitas vezes não se revelam tão brilhantes nem tão bons, afinal. Exemplos: Saul, Judas e Salomão. Seus melhores servos muitas vezes não começam tão bem. Moisés cometeu um assassinato por impulso, fugiu para o deserto e tentou escapar de sua missão. Jonas fugiu na direção oposta para evitar o confronto com seu próprio medo e intolerância. Paulo foi um perseguidor e facilitador da violência da multidão.


Ninguém de nós é "o melhor e mais brilhante". E se o somos, é apenas porque o padrão é bem baixo. O sacerdócio real de Deus é composto de pecadores arrependidos e recuperados "melhores e mais brilhantes" que percebem que precisam das vestes da graça e da justiça de Cristo.


Comente com a classe: O que significa o fato de que nós, os cristãos, em sentido muito real, somos sacerdotes de Deus? Como isso deve afetar nossa autoestima e nosso lugar no mundo?

 

Compreensão
Só para o professor: Procure estabelecer um paralelo entre os direitos e as funções dos sacerdotes do Antigo Testamento e do nosso papel e função como membros da igreja.

 

Comentário Bíblico


I. "Sacerdote do Deus Altíssimo..."
(Recapitule com a classe Gn 14:18-20.)


O episódio relatado em Gênesis 14:18-20 é um dos mais intrigantes do Antigo Testamento. Quem era Melquisedeque? De onde tinha vindo? Qual era a natureza do sacerdócio que ele aparentemente representava, anterior ao sacerdócio levítico, com o qual estamos mais ocupados?


O nome de Melquisedeque nos diz muito sobre ele. Sua raiz semita significa literalmente "rei sagrado [ou justo]". Ele é descrito como rei bem como sacerdote, e reinava em Salém, que a maioria dos estudiosos identifica com Jerusalém. Os cristãos, do autor de Hebreus (7:1-3) em diante, costumam identificá-lo implicitamente com Cristo. Afinal, só Cristo é verdadeiramente digno de ser descrito como rei santo ou sagrado. Entre os israelitas, a realeza se destinava a ser exercida sob a autoridade de Deus, mas raramente isso acontecia. Na tradição bíblica, não há paralelo a respeito de rei humano como um semideus, como havia entre os povos vizinhos do mundo antigo. Mesmo Davi, que foi considerado um tipo do Messias, não poderia ter sido descrito como particularmente sagrado. No entanto, Melquisedeque, assim como Cristo, foi um rei "sagrado".


Além disso, Melquisedeque era "rei [da cidade] de Salém", que, literalmente, significa "rei de paz." Esse é um paralelo muito apropriado com o "príncipe da paz", outra denominação de Cristo.


Também é interessante notar o seguinte: embora normalmente consideremos que, naquela época, o culto do verdadeiro Deus não exista além de Abraão, a presença de Melquisedeque refuta essa hipótese. Melquisedeque não tinha nada que ver com Abraão ou sua linhagem, mas, de algum modo, Abraão sabia quem era ele e reconhecia sua autoridade.


Pense nisto: Em Hebreus 7:3, Melquisedeque é descrito como não possuindo relacionamentos humanos. Não havia nada nele que pudesse ser atribuído à linhagem, origem ou realizações humanas. O que isso nos diz sobre nossa salvação e nossa incorporação ao sacerdócio real de Cristo, conhecido como a igreja?

 

II. Urim e Tumim
(Recapitule com a classe Êx 28:15-30.)


Em Êxodo, a palavra que traduzimos como "peitoral" significa, na realidade, bolsa ou recipiente, provavelmente porque seu principal objetivo fosse conter o Urim e Tumim. Não sabemos qual era a forma exata do Urim e Tumim, mas sabemos que eram dispositivos oraculares, designados para responder a questões importantes dos negócios do povo de Israel.


Os termos Urim e Tumim são tradicionalmente traduzidos comos "luzes" e "perfeições". Curiosamente, as raízes dessas palavras parecem dizer respeito aos conceitos de culpado e inocente. Outros possíveis significados são, respectivamente: amaldiçoado ou sem defeito, no que diz respeito à própria posição diante de Deus. À medida em que as palavras se referem à luz, parece ser luz com uma qualidade de investigação ou pesquisa, a luz que dissipa as trevas e expulsa o mal, como mencionado em João 3:19. Sua função era analisar e pesquisar as pessoas ou situações e determinar sua verdadeira natureza. Muitos povos antigos tinham seus oráculos, dispositivos oraculares e meios de adivinhação. Quase sem exceção, eles tinham a intenção de responder a perguntas sobre a conveniência ou probabilidade de sucesso de determinado curso de ação. O Urim e o Tumim diferiam no sentido de que a orientação dada tinha também uma dimensão moral.


O único exemplo do uso do Urim e Tumim na Bíblia ocorre em 1 Samuel 14:41, em que é usado para determinar culpa ou inocência. Saul havia decretado um jejum (v. 24), e ele invocou a ira de Deus sobre quem comesse antes que ele derrotasse os filisteus na batalha. Seu filho, Jônatas, em um momento de fraqueza, provou o mel. A explosão de ira de Saul fez com que Deus não respondesse quando ele solicitou informação adicional. Assim, o Urim e o Tumim revelaram a culpa de Jônatas, mas, de alguma forma, Jônatas foi salvo da sentença de morte (v. 45).


A partir de tudo isso, podemos determinar que uma das principais funções do Urim e Tumim era literalmente trazer à luz culpa ou inocência. Podemos ver como isso é relevante para a função de Jesus como nosso Sumo Sacerdote e juiz escatológico do mundo. Também se espera dos cristãos juízo ou onde é dito que "os santos", ou seja, aqueles que pertencem à igreja, julgarão o mundo e, finalmente, os anjos.


Pense nisto: Existem raros exemplos de uso do Urim e Tumim no mundo do Antigo Testamento, e é fácil ver como um item tão poderoso poderia ter sido mal utilizado ou abusado. Como podemos buscar a orientação de Deus e nos apoderar de Sua sabedoria e discernimento enquanto tentamos viver como cristãos no mundo?

 

Aplicação
Só para o professor: Use as seguintes questões e exercícios para ajudar seus alunos a entender o que significa fazer parte do sacerdócio real de Deus no mundo de hoje.


Perguntas para consideração
1. A principal função do sacerdote era a de ser representante do mundo dos humanos diante de Deus, um intermediário. Como o ministério do sacerdócio araônico reflete o de Cristo? Como era diferente? Leia Hebreus 7.
2. Como o simbolismo das vestes sacerdotais e o mobiliário do santuário contam a história do Novo Testamento no Antigo? Pode-se dizer que esses elementos ajudam a esclarecer e unir os elementos aparentemente díspares na antiga e na nova aliança, e mostrar que são essencialmente idênticas? Explique.


Perguntas de aplicação
1. Nas descrições bíblicas das vestes sacerdotais, costuma-se dar muita importância ao peitoral e ao fato de que ele continha, na forma de pedras preciosas, a representação do povo de Israel, o povo de Deus na época. Assim, o sacerdote conservava literalmente sobre o coração o povo a quem e por quem ele ministrava. O que isso revela sobre a atitude que devemos ter ao servir às pessoas, seja como pastores profissionais, como oficiais da igreja, seja como amigos?
2. Como cristãos, somos intermediários entre Deus e as pessoas que não O conhecem. Essa posição intermediária tem uma função sacerdotal. Como essa percepção deve afetar nosso comportamento?


Criatividade
Só para o professor: A graça de Deus é uma constante. As formas em que se manifesta, a cada ocasião, são visivelmente diferentes, ao menos, superficialmente. Na época do Antigo Testamento, Deus concedia graça e perdão dos pecados por meio do sacerdócio araônico. Inevitavelmente, os ornamentos desse sistema podem parecer estranhos ao observador contemporâneo. As seguintes atividades devem ajudar os membros da classe a se relacionar com os rituais e insígnias do sacerdócio no templo para o plano da salvação, como pode ser visto na vida, morte e ressurreição de Cristo.


Construa ou desenhe um diagrama do santuário celestial (Você pode encontrar alguma ajuda aqui:http://www.sdanet.org/atissue/books/27/27-23.htm). Anote cada item com a explicação do seu significado e como se relaciona com a história da salvação.


Na semana anterior a esta lição, incentive seus alunos a descobrirem fatos sobre a natureza em sua área imediata. Por exemplo, que tipos de árvores podem ser encontradas em seus quintais ou bairros? Que cursos ou corpos d'água existem próximos? Que plantas e vegetais crescem melhor nesse clima e solo em particular? Incentive os alunos a relatar o que descobriram. Como Deus veste Suas verdades da graça e da salvação no mundo natural que nos rodeia?

 


 

Lição 5 – AS VESTES SACERDOTAIS DA GRAÇA - Comentários do Pr. Márcio Nastrini - Casa Publicadora Brasileira

 

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Lição 5 – AS VESTES SACERDOTAIS DA GRAÇA


Pr. Márcio Nastrini

 

Introdução
As lições deste trimestre têm como objetivo abordar, através de diversos episódios bíblicos, o simbolismo das "vestes" ou "vestuário" de seus protagonistas.


Tempos atrás, livros como "Dress for Success" (Vista-se para o Sucesso) ou "How to Dress for Success" (Como se Vestir para o Sucesso) tiveram incrível aceitação mundial. Os autores apresentavam conceitos, dicas e orientações para alcançar sucesso na vida profissional. Hoje, esse "modismo" domina vários sites e até mesmo empresas de assessoria para as várias áreas da vida: profissional, relacional, sentimental, religiosa, etc.


A Bíblia é um livro composto de literalidades e símbolos. O perigo está em literalizar os símbolos ou simbologizar as literalidades. No decorrer destes meses, estamos nos atendo à questão do simbolismo bíblico das vestes e seus significados.


Assim, ao estudarmos estas lições não nos esqueçamos de que Deus Se valeu de várias formas, símbolos e linguagens para, no fim, revelar ao ser humano pecador o magnífico plano da salvação.


A lição desta semana apresenta um interessante estudo das vestes sacerdotais, focalizando principalmente o chamado de Aarão, seus filhos e dos levitas para o ofício tão sagrado. Faz também um paralelo, por extensão, classificando todos os crentes como sacerdotes e representantes do grande Sumo sacerdote Jesus, "a fim de proclamar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz" (1Pe 2:9).

 

A lição tem como palavras-chave: privilégios e responsabilidades, e pode ser apresentada através de três partes inter-relacionadas:         

 

I. O sacerdócio araônico
Deus havia dado Sua Lei ao povo de Israel. No monte Sinai, deu também instruções específicas a Moisés sobre a edificação do santuário (tabernáculo ou tenda da congregação).


"Um espaço de tempo, de aproximadamente meio ano, foi ocupado na construção do tabernáculo" (EGW, Patriarcas e Profetas, p. 349).


Terminado o local da adoração, foi necessário escolher seus dirigentes. Por ordem divina, foi escolhida a tribo de Levi para os serviços do santuário. Anteriormente, os patriarcas (pais das famílias) e, por direito de primogenitura, o filho mais velho, é que exerciam o sacerdócio nos lares.


À tribo de Levi Deus outorgou distinção especial, separando-a para os serviços sagrados. Aceitou-a em lugar dos primogênitos de todo o Israel.


Mas o sacerdócio propriamente dito, ficou restrito à família de Aarão somente. Os sacerdotes eram todos levitas, mas nem todos os levitas eram sacerdotes. Somente Aarão, seus filhos e os futuros descendentes de seus filhos poderiam ministrar diante do Senhor.


Aos sacerdotes estavam designadas as responsabilidades de: "acender as lâmpadas; queimar incenso; oferecer os sacrifícios; espargir o sangue; preparar, acondicionar o pão da proposição e dele comer; preservar as instruções divinas e ensinar a Lei" (O Ritual do Santuário, p. 38). Os demais levitas ficavam responsáveis pelos trabalhos gerais e periféricos do santuário, tais como: limpeza, vigilância, manutenção, trazer lenha, etc.


O chamado de Aarão e seus quatro filhos (Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar) instituiu oficialmente o serviço sacerdotal eclesiástico. Aarão foi o primeiro sumo sacerdote (Êx 28 e Nm 3). E por que Deus o escolheu, sendo que ele consentiu com o tão aberrante ato de idolatria (bezerro de ouro) e liderou até mesmo o episódio? Em primeiro lugar, porque Moisés intercedeu por seu irmão; caso contrário, Aarão teria sido fulminado (Dt 9:20) por Deus. Segundo, está o fato de que Aarão era bisneto de Levi – Anrão seu pai era filho de Coate, o qual era filho de Levi. Assim, Aarão era um legítimo levita (Êx 6:16-20). Por último, sendo ele levita e o braço direito de seu irmão Moisés, o grande líder foi beneficiado pela imunidade espiritual da tribo de Levi, a qual não se prostrou para adorar o bezerro de ouro (Êx 32).


A lição faz referência às vestes sacerdotais. Abaixo, temos a descrição e significado das peças, conforme Êxodo 28:

 

Vestes do sumo sacerdote (materiais nobres e estilo peculiar)

— Túnica = vestido longo de linho

— Manto = capa ou 'jaleco' de linho azul sobre a túnica; ao redor, nas bordas, havia romãs decorativas e sinetes de ouro, entre elas:

— Éfode = colete em duas partes - todo trabalhado e bordado de vermelho escuro-bordô, com traços em azul, vermelho e ouro – unido pelas laterais e ombros, tendo dua pedras preciosas (sardônicas/ônix) uma em cada ombro

— Peitoral = também chamado 'peitoral do juízo', tipo de brasão sobre o peito; era do mesmo material do éfode, forma quadrada, media um palmo (Êx 28:16), tinha doze pedras preciosas engastadas com os nomes das doze tribos e estava suspenso dos ombros por cadeiazinhas (correntes), por meio de argolas de ouro. "À direita e à esquerda do peitoral havia duas grandes pedras preciosas: Urim e Tumim" (Patriarcas e Profetas, p. 351) *Embora a lição tenha mencionado que ficavam dentro da "bolsa do peitoral"

 — Cinto = do mesmo material e cores do éfode e belamente trabalhado. Colocado sobre o éfode (colete) pouco acima da cintura para prender a roupa e o peitoral

— Mitra/Turbante = de linho branco, um cordão azul que amarrava a lâmina de ouro (ou, arco) ao redor do turbante, na qual estava escrito: 'Santidade ao Senhor'
      

Vestes dos Sacerdotes

— Túnica = vestido longo de linho

— Cinto = de linho, bordado em azul, bordô e vermelho

— Turbante = de linho branco

 

Obs. Devido à santidade do ofício, Deus ordenou a Moisés que fossem também confeccionadas "roupas íntimas" (Êx 28:42), espécie de 'ceroulas' ou 'macacões' dos ombros até as coxas, para se usar debaixo das vestes.

 

As vestes dos sacerdotes com suas cores e adereços tinham significado simbólico; representavam pureza e santidade, como, aliás, tinha a maioria das coisas pertencentes ao santuário. Elas não foram escolhidas por Aarão e seus filhos, mas foram designadas por Deus. Eram "santas".


Até mesmo na cerimônia de consagração, e após, foi prescrito pelo Senhor qual deveria ser a ordem na colocação dessas vestes: "Então farás chegar Aarão e seus filhos à porta da tenda da congregação, e os lavarás com água; depois tomarás os vestidos, e vestirás a Aarão da túnica e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral: e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode.E a mitra porás sobre a sua cabeça: a coroa da santidade porás sobre a mitra;E tomarás o azeite da unção; e o derramarás sobre a sua cabeça: assim o ungirás" (Êx 29:4-7 ARC). Aarão não vestiu a si mesmo destas vestes. Foram-lhe vestidas. Eram vestes simbólicas da justiça de Cristo e ele não podia vestir a si mesmo. Assim, o pecador não pode se tornar justo por si mesmo, mas necessita da justiça de Cristo.


Grandes eram os privilégios do sacerdócio. Todavia, suas responsabilidades eram ainda maiores. O sumo sacerdote não era simplesmente um homem. Era uma instituição: Israel. Era uma figura de Cristo. Devia agir pelos homens, ministrando pelo culpado. No serviço do sacerdócio, três coisas se destacavam: mediação, reconciliação e santificação. Isto resume o que Cristo fez por nós e faz em nós.


Lamentavelmente, o serviço sacerdotal no Antigo Testamento se corrompeu. Um comentário interessante que nos mostra a que ponto isso chegou é descrito em 1 Samuel 2. Assim, era necessário que um Sumo sacerdote 'superior', sem mácula e defeito, mediasse por nós no verdadeiro santuário – no Céu.

 

II. O sacerdócio de Cristo
Cristo foi ao mesmo tempo sacerdote e vítima, a oferta e o perdão, o sacrifício e a expiação. Ele era o santuário em pessoa, mas, também, seu Sumo sacerdote.


Cada peça da veste sacerdotal, suas cores e adereços, eram representações figuradas do Autor da graça. O branco, a justiça de Cristo; o vermelho, Seu sangue; o azul, Sua lealdade; o ouro, Seu amor; o púrpura (bordô), Sua realeza.


Aarão carregava junto ao peito o 'peitoral do juízo', significando que levava bem no coração os filhos de Israel. Da mesma forma, Jesus, hoje, no santuário celestial tem cada um de nós bem junto ao Seu coração! Ele conhece nossas lutas, pecados, temores, anseios e desejos. Ele é um Sumo sacerdote que pode interceder verdadeiramente por nós, pois "não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.  Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna" (Hb 4:15, 16). Aqui, podemos dizer, está o "Evangelho em Miniatura".


Cristo é nosso infalível advogado nas cortes celestiais. Quando Aarão fez o bezerro de ouro e condescendeu com o povo naquela idolatria geral da nação, Deus iria tirar-lhe a vida. Entretanto, Moisés intercedeu por seu irmão, e a vida de Aarão foi poupada e seu pecado, perdoado. Da mesma forma, Cristo hoje apresenta ao Pai Seu sacrifício por nós.
     
III. O sacerdócio dos cristãos
Quando Israel falhou em ser o "porta-voz" de Deus ao mundo e o serviço sacerdotal estava na mais completa corrupção, Jesus veio à Terra.


Por Sua morte, Ele estendeu a cada um a oportunidade de O aceitar e se tornar filho de Deus, através da adoção na videira abraâmica. Sendo Ele descendente de Abraão, raiz de Judá, todos os que aceitassem Seus méritos na cruz se tornariam "filhos de Abraão e herdeiros da promessa".


Jesus nos fez reis e sacerdotes para Deus. O apóstolo Pedro referindo-se a isso, diz: "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus" (1Pe 2:9). Pedro empresta de Êxodo 19:5 e 6 essas palavras. Elas foram proferidas por Deus ao povo de Israel após a libertação do Egito, assegurando-lhes a promessa de ser uma grande nação. Deviam levar a salvação àqueles que estavam nas trevas.


Somos hoje o "Israel espiritual de Deus", por isso, a Bíblia enfatiza o sacerdócio e ministério de "todos" os crentes. Como cristãos, temos o dever de interceder diante de Deus pelas pessoas que ainda não O conhecem. Essa posição tem uma função sacerdotal.


Essa função nos confere privilégios; todavia, por outro lado, cobra responsabilidades. O sacerdote no AT tinha o sagrado dever de ser puro e santo, ou seja, separado, diferente, do restante do povo. Não só era reconhecido pelas vestes, mas, acima de tudo, pelo comportamento. Não ser um entre muitos, mas entre muitos ser alguém! Pensar para agir, e agir para acertar.


Ao considerar todas essas questões, como você sente seu sacerdócio hoje? Coisa terrível é ser sepulcro caiado. Bonito por fora, porém, podre por dentro. Ter as vestes da justiça, mas não viver de forma justa.


O arminho é um animal próprio das regiões geladas do hemisfério norte. Ele tem uma pele bonita e preciosa. Ela é acinzentada no verão. Porém, quando chega o inverno torna-se branca como a neve. Conta-se que, certa vez, um grupo de caçadores encurralou um arminho. O pobre animalzinho se viu entre a lança mortal e o poço de lama. Encolhendo-se, esperou a morte chegar. Ele preferiu morrer a sujar-se na lama!

 

Conclusão


A Igreja de Deus precisa hoje de sacerdotes consagrados, leais e dedicados ao Mestre. É preciso determinação para servir nesta causa. Todos podem ser úteis se guiados pelo Espírito Santo.


A diversidade das cores nas vestes sacerdotais representam também os diversos dons dispensados a cada um de nós.


"Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo" (1Co 12:4).


Ministremos à humanidade perdida as boas-novas da salvação!

 


 

Editor da Adventist World (português);  Editor-associado da revista Ministério na Casa Publicadora Brasileira