A Lição em resumo
Texto-chave: 1 Pedro 2:9
O aluno deverá...
Saber: Reconhecer aspectos das disposições de Deus para nós e a ilustração de Seu caráter na função sacerdotal de Arão e nas roupas de seu ofício.
Sentir: Nutrir o sentimento de santidade e pureza que Deus nos chama a ter como Seu sacerdócio real, nação santa.
Fazer: Aceitar Cristo como nosso Sumo Sacerdote e fazer uso das disposições para nos perdoar, purificar e que nos permitem viver em santidade.
Esboço
I. Conhecer: Nos passos da realeza sacerdotal
A. Como a função sacerdotal de Arão hoje reflete para nós Jesus e Seu real ministério sacerdotal?
B. Como as vestes e o peitoral de Arão ilustram a função de Deus para Israel como Seu representante entre as nações, bem como a função de Cristo como Sumo Sacerdote?
II. Sentir: Puro e santo
A. Como Arão devia representar a glória e beleza de Deus?
B. Que emoções eram despertadas pela riqueza e esplendor de suas vestes sacerdotais?
III. Fazer: Cristo, nosso Sumo Sacerdote
A. Que somos chamados a fazer em resposta ao ministério de Cristo como Sumo Sacerdote?
B. Em que devemos depender do que Cristo faz por nós?
C. Visto que somos sacerdotes reais e nação santa, como devemos representar a glória, santidade e perfeição de Deus hoje?
Resumo: A função sacerdotal de Arão e de suas vestes ilustra a função que Cristo tem exercido como alguém que foi tentado como nós, levando nossos pecados, mas também nos conectando à perfeição pura e santa de Deus.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Os sacerdotes da época do Antigo Testamento eram uma classe diferente de pessoas especialmente dedicada a Deus. Eles poderiam facilmente ser identificados por suas roupas exclusivas, simbólicas. Como cristãos, também somos sacerdotes em um sentido muito real, e devemos ser reconhecidos pelo trabalho de Cristo dentro de nós.
Só para o professor: Enfatize o paralelo entre as vestes especiais usadas pelos sacerdotes para servir a Deus e as vestes figurativas da justiça de Cristo, que nos permitem chegar diante de Deus em nosso estado como seres humanos pecadores.
Em 1972, o jornalista David Halberstam publicou The Best and the Brightest (Os Melhores e Mais Brilhantes), um livro sobre os arquitetos da política dos Estados Unidos no Vietnã na década de 1960. O título de Halberstam se refere ao fato de que essas pessoas receberam a melhor educação nas melhores instituições de ensino superior e, antes de participar da estratégia dos Estados Unidos que se iniciava no Vietnã, a maioria tinha conseguido notáveis sucessos e triunfos nos negócios, no governo e na área acadêmica. Então – perguntou Halberstam – por que se revelaram desastrosas as políticas que formularam e puseram em prática?
Se você olhar para a história bíblica, Deus raramente escolheu "os melhores e mais brilhantes". E quando "os melhores e mais brilhantes" aparecem na história sagrada, muitas vezes não se revelam tão brilhantes nem tão bons, afinal. Exemplos: Saul, Judas e Salomão. Seus melhores servos muitas vezes não começam tão bem. Moisés cometeu um assassinato por impulso, fugiu para o deserto e tentou escapar de sua missão. Jonas fugiu na direção oposta para evitar o confronto com seu próprio medo e intolerância. Paulo foi um perseguidor e facilitador da violência da multidão.
Ninguém de nós é "o melhor e mais brilhante". E se o somos, é apenas porque o padrão é bem baixo. O sacerdócio real de Deus é composto de pecadores arrependidos e recuperados "melhores e mais brilhantes" que percebem que precisam das vestes da graça e da justiça de Cristo.
Comente com a classe: O que significa o fato de que nós, os cristãos, em sentido muito real, somos sacerdotes de Deus? Como isso deve afetar nossa autoestima e nosso lugar no mundo?
Compreensão
Só para o professor: Procure estabelecer um paralelo entre os direitos e as funções dos sacerdotes do Antigo Testamento e do nosso papel e função como membros da igreja.
Comentário Bíblico
I. "Sacerdote do Deus Altíssimo..."
(Recapitule com a classe Gn 14:18-20.)
O episódio relatado em Gênesis 14:18-20 é um dos mais intrigantes do Antigo Testamento. Quem era Melquisedeque? De onde tinha vindo? Qual era a natureza do sacerdócio que ele aparentemente representava, anterior ao sacerdócio levítico, com o qual estamos mais ocupados?
O nome de Melquisedeque nos diz muito sobre ele. Sua raiz semita significa literalmente "rei sagrado [ou justo]". Ele é descrito como rei bem como sacerdote, e reinava em Salém, que a maioria dos estudiosos identifica com Jerusalém. Os cristãos, do autor de Hebreus (7:1-3) em diante, costumam identificá-lo implicitamente com Cristo. Afinal, só Cristo é verdadeiramente digno de ser descrito como rei santo ou sagrado. Entre os israelitas, a realeza se destinava a ser exercida sob a autoridade de Deus, mas raramente isso acontecia. Na tradição bíblica, não há paralelo a respeito de rei humano como um semideus, como havia entre os povos vizinhos do mundo antigo. Mesmo Davi, que foi considerado um tipo do Messias, não poderia ter sido descrito como particularmente sagrado. No entanto, Melquisedeque, assim como Cristo, foi um rei "sagrado".
Além disso, Melquisedeque era "rei [da cidade] de Salém", que, literalmente, significa "rei de paz." Esse é um paralelo muito apropriado com o "príncipe da paz", outra denominação de Cristo.
Também é interessante notar o seguinte: embora normalmente consideremos que, naquela época, o culto do verdadeiro Deus não exista além de Abraão, a presença de Melquisedeque refuta essa hipótese. Melquisedeque não tinha nada que ver com Abraão ou sua linhagem, mas, de algum modo, Abraão sabia quem era ele e reconhecia sua autoridade.
Pense nisto: Em Hebreus 7:3, Melquisedeque é descrito como não possuindo relacionamentos humanos. Não havia nada nele que pudesse ser atribuído à linhagem, origem ou realizações humanas. O que isso nos diz sobre nossa salvação e nossa incorporação ao sacerdócio real de Cristo, conhecido como a igreja?
II. Urim e Tumim
(Recapitule com a classe Êx 28:15-30.)
Em Êxodo, a palavra que traduzimos como "peitoral" significa, na realidade, bolsa ou recipiente, provavelmente porque seu principal objetivo fosse conter o Urim e Tumim. Não sabemos qual era a forma exata do Urim e Tumim, mas sabemos que eram dispositivos oraculares, designados para responder a questões importantes dos negócios do povo de Israel.
Os termos Urim e Tumim são tradicionalmente traduzidos comos "luzes" e "perfeições". Curiosamente, as raízes dessas palavras parecem dizer respeito aos conceitos de culpado e inocente. Outros possíveis significados são, respectivamente: amaldiçoado ou sem defeito, no que diz respeito à própria posição diante de Deus. À medida em que as palavras se referem à luz, parece ser luz com uma qualidade de investigação ou pesquisa, a luz que dissipa as trevas e expulsa o mal, como mencionado em João 3:19. Sua função era analisar e pesquisar as pessoas ou situações e determinar sua verdadeira natureza. Muitos povos antigos tinham seus oráculos, dispositivos oraculares e meios de adivinhação. Quase sem exceção, eles tinham a intenção de responder a perguntas sobre a conveniência ou probabilidade de sucesso de determinado curso de ação. O Urim e o Tumim diferiam no sentido de que a orientação dada tinha também uma dimensão moral.
O único exemplo do uso do Urim e Tumim na Bíblia ocorre em 1 Samuel 14:41, em que é usado para determinar culpa ou inocência. Saul havia decretado um jejum (v. 24), e ele invocou a ira de Deus sobre quem comesse antes que ele derrotasse os filisteus na batalha. Seu filho, Jônatas, em um momento de fraqueza, provou o mel. A explosão de ira de Saul fez com que Deus não respondesse quando ele solicitou informação adicional. Assim, o Urim e o Tumim revelaram a culpa de Jônatas, mas, de alguma forma, Jônatas foi salvo da sentença de morte (v. 45).
A partir de tudo isso, podemos determinar que uma das principais funções do Urim e Tumim era literalmente trazer à luz culpa ou inocência. Podemos ver como isso é relevante para a função de Jesus como nosso Sumo Sacerdote e juiz escatológico do mundo. Também se espera dos cristãos juízo ou onde é dito que "os santos", ou seja, aqueles que pertencem à igreja, julgarão o mundo e, finalmente, os anjos.
Pense nisto: Existem raros exemplos de uso do Urim e Tumim no mundo do Antigo Testamento, e é fácil ver como um item tão poderoso poderia ter sido mal utilizado ou abusado. Como podemos buscar a orientação de Deus e nos apoderar de Sua sabedoria e discernimento enquanto tentamos viver como cristãos no mundo?
Aplicação
Só para o professor: Use as seguintes questões e exercícios para ajudar seus alunos a entender o que significa fazer parte do sacerdócio real de Deus no mundo de hoje.
Perguntas para consideração
1. A principal função do sacerdote era a de ser representante do mundo dos humanos diante de Deus, um intermediário. Como o ministério do sacerdócio araônico reflete o de Cristo? Como era diferente? Leia Hebreus 7.
2. Como o simbolismo das vestes sacerdotais e o mobiliário do santuário contam a história do Novo Testamento no Antigo? Pode-se dizer que esses elementos ajudam a esclarecer e unir os elementos aparentemente díspares na antiga e na nova aliança, e mostrar que são essencialmente idênticas? Explique.
Perguntas de aplicação
1. Nas descrições bíblicas das vestes sacerdotais, costuma-se dar muita importância ao peitoral e ao fato de que ele continha, na forma de pedras preciosas, a representação do povo de Israel, o povo de Deus na época. Assim, o sacerdote conservava literalmente sobre o coração o povo a quem e por quem ele ministrava. O que isso revela sobre a atitude que devemos ter ao servir às pessoas, seja como pastores profissionais, como oficiais da igreja, seja como amigos?
2. Como cristãos, somos intermediários entre Deus e as pessoas que não O conhecem. Essa posição intermediária tem uma função sacerdotal. Como essa percepção deve afetar nosso comportamento?
Criatividade
Só para o professor: A graça de Deus é uma constante. As formas em que se manifesta, a cada ocasião, são visivelmente diferentes, ao menos, superficialmente. Na época do Antigo Testamento, Deus concedia graça e perdão dos pecados por meio do sacerdócio araônico. Inevitavelmente, os ornamentos desse sistema podem parecer estranhos ao observador contemporâneo. As seguintes atividades devem ajudar os membros da classe a se relacionar com os rituais e insígnias do sacerdócio no templo para o plano da salvação, como pode ser visto na vida, morte e ressurreição de Cristo.
Construa ou desenhe um diagrama do santuário celestial (Você pode encontrar alguma ajuda aqui:http://www.sdanet.org/atissue/books/27/27-23.htm). Anote cada item com a explicação do seu significado e como se relaciona com a história da salvação.
Na semana anterior a esta lição, incentive seus alunos a descobrirem fatos sobre a natureza em sua área imediata. Por exemplo, que tipos de árvores podem ser encontradas em seus quintais ou bairros? Que cursos ou corpos d'água existem próximos? Que plantas e vegetais crescem melhor nesse clima e solo em particular? Incentive os alunos a relatar o que descobriram. Como Deus veste Suas verdades da graça e da salvação no mundo natural que nos rodeia?