domingo, 10 de abril de 2011

Comentário da Lição 03 - Vestes de Inocência - Escola no Ar

2º Trimestre de 2011 - Vestes da Graça

Comentário da Lição 03 - Vestes de Inocência

 

 

Sábado, 9/4/2011 - › INTRODUÇÃO 

"Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, a imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou". – Gn 1:27.

Deus explica de modo claro, sucinto, simples, mas convincente, como o homem veio à existência. Em Gênesis, primeiro livro que faz parte do conjunto da Palavra de Deus, encontramos este relato bem definido. (Leia em Pense) 

Como Criador, Deus explica sem argumentos rebuscados a origem do homem. Ele o criou por inteira iniciativa Sua. E enfatiza um fato importante em relação ao homem: foi criado à imagem e semelhança de seu Criador.

Alguém quer questionar esta origem? Pode questionar. Se queremos questionar, questionamos qualquer coisa. Como aceito a verdade de minha filiação divina, é muito mais fácil e simples questionar outra origem qualquer. 

Por que nestes últimos seis mil anos, nenhum casal de macacos gerou um ser humano? Ora, se as mutações começaram a suceder em algum momento no passado, por que não continuaram? Por que o processo não está em pleno desenvolvimento e acontecendo a cada dia? 

O Deus criador do homem e da mulher autorizou-os: "Sede fecundos e prolíficos, enchei a terra e dominai-a". – Gn 1:28 – Tradução Ecumênica da Bíblia. 

Quem ousa questionar o poder procriador concedido ao homem e a mulher? Esse poder foi concedido a todas as criaturas existentes em nosso mundo. Ele é uma dádiva de Deus com a qual nos deparamos a cada momento em nossa existência. Como questioná-lo?

Por esta razão, as verdades da Escritura Sagrada, questionadas ou não, permanecem de pé: Deus é eterno e é o criador, nós somos criaturas Suas, somos filhos de Deus. 

Pense: "Então disse Deus: 'Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…'. Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente". – Gn 1:26 e 2:7 – Nova Versão Internacional.

Desafio: "Onde estavas, quando fundei a terra… ao canto coral das estrelas matutinas e a aclamação dos Filhos de Deus?" - Jó 38:7 – Tradução Ecumênica da Bíblia.



Domingo, 10/4/2011 - › OS PRIMEIROS DIAS

Quando penso em Adão e Eva no jardim do Éden, o quadro é tocante. Parece que os vejo: Jesus ao centro, Eva de um lado e Adão do outro, ora caminhando entre os arvoredos e flores do jardim, ora sentados na relva verde e macia, conversando. Afinal, Jesus despede-se. Adão e Eva continuam naquele colóquio de enlevo e amor, fundindo suas vidas em uma só! É o que afirma Gênesis 2:24 - "E de tal maneira se unem os dois, que se tornam uma só pessoa!" Os dois sentem um ao outro e compreendem que são uma só carne, uma só vida. Unidos no verdadeiro amor são puros, transparentes, leais e honestos um para o outro. Não há reservas entre os dois porque não há necessidade para isso. Os dois são uma só vida.

Para que a glória de Deus possa iluminar o mundo, Jesus orou em favor de Seus discípulos e de Sua Igreja: "Para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste". E ensinou: "Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros". - Jo 17:21 e 13:34 e 35 – Nova Versão Internacional.

A experiência de Paulo com Cristo é significativa para compreender o poder transformador do amor de Deus: "Porque somos dominados pelo amor que Cristo tem por nós." - 1Co 5:14 – Bíblia na Linguagem de Hoje.

"É o amor um dom precioso, que recebemos de Jesus. A afeição pura e santa não é sentimento, mas principio." – Lar Adventista, pág. 50

Pense: "O amor não pode viver sem ação, e cada ato o aumenta, fortalece e amplia... Genuíno amor é um precioso atributo de origem celeste, que aumenta o perfume à proporção que é dispensado aos outros." – Mente, Caráter e Personalidade. págs. 210 e 211.

Desafio: "Completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude". – Fp 2:2 – Nova Versão Internacional. 



Segunda-Feira, 11/4/2011 - › DESPIDOS, MAS NÃO ENVERGONHADOS

"Não sentiam vergonha" - pode ser interpretado que seus sentimentos de santidade, pureza, inocência, não admitiam pensamentos maliciosos, indecentes. Não é possível permitir que sugestões de indecorosidade pudessem vaguear na mente de quem não conhecia o mal. Mas é mais amplamente compreendido quando entendemos esta expressão de que eram transparentes um para o outro em sua lealdade, honestidade, sinceridade e veracidade. No estado santo em que viviam era impossível que fossem maliciosos, desleais, falsos ou maldosos.

No plano de Deus, não somente entre os casais esta forma de relacionamento deveria existir, mas deveria caracterizar o relacionamento entre todos os semelhantes. Todos deviam relacionar-se sem malícia ou indecência. Em todo o seu relacionamento, a conduta deveria ser tal que sempre pudessem olhar-se nos olhos sem ter qualquer pensamento desabonador. A transparência em todos os seus atos e palavras era outro aspecto importante para promover a felicidade mútua e da sociedade. O pecado corrompeu todos esses aspectos do relacionamento, e hoje vivemos em uma sociedade onde a maldade domina em todas as suas formas.

Como filhos de Deus, é nos imposta a sagrada responsabilidade de viver estes conceitos em seu mais alto grau possível e transmiti-los por preceito e exemplo para os nossos semelhantes. Somos incumbidos do dever, de em nosso comportamento, revelar para os outros a imagem da beleza e santidade do caráter de Deus.

Pense: "Os homens são tão persistentes em excluir a Deus da soberania do universo, que degradam ao homem, e o despojam da dignidade de sua origem". . Patriarcas e Profetas pág, 28.

Desafio: "Deus fez o ser humano reto, mas eles procuraram maquinações sem conta". – Ec 7:29 – Tradução Ecumênica da Bíblia.



Terça-Feira, 12/4/2011 - › O TESTE

"O Pai consultou Seu Filho com respeito à imediata execução de Seu propósito de fazer o homem para habitar a Terra. Colocaria o homem sob prova a fim de testar sua lealdade antes que pudesse ser posto eternamente fora de perigo. Se ele suportasse ao teste com o qual Deus considerava conveniente prová-lo, seria finalmente igual aos anjos...". - História da Redenção, pág. 19.

Desde a eternidade a vida das criaturas de Deus é condicional, dependente da vida emanada do único que tem vida em Si mesmo - o Deus-Trino. "… até a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo… Rei dos reis e Senhor dos senhores, o único que possui a imortalidade". – I Tim. 6:15 e 16 – TEB.

No entanto, dentro do contexto da dependência, Deus não excluiu a liberdade de escolha e a decisão de servir e relacionar-se movido pelo amor. Para caracterizar a liberdade de escolha e o serviço por amor, algo teria que existir para servir de parâmetro. Deus colocou uma árvore frutífera, que determinaria o espírito de lealdade e amor. Não comer de seu fruto era a declaração de obediência e serviço amoroso. O resultado, na vida dos habitantes dos mundos já habitados, era a retratação da "expressa imagem de Jesus, e seu semblante irradiava santa alegria, que era a expressão da liberdade e felicidade do lugar". – Primeiros Escritos, pág. 40. 

A escolha e decisão de independer-se resultaria em separação de Deus e morte, por separar-se da fonte de vida. 

Adão e Eva receberam a evidência visível da existência do Bem e do Mal na forma da "árvore do conhecimento do bem e do mal", - Gn 2:9, - produzindo seus frutos. Receberam instruções e a ordem para deles não comer, pois ali estava o teste de sua lealdade e amor ao amoroso Pai e Criador e a rejeição ao enganador e ao pecado. 

Pense: "Nossos primeiros pais não foram deixados sem avisos do perigo que os ameaçava. Mensageiros celestiais expuseram-lhes a história da queda de Satanás,...". - Patriarcas e Profetas pág. 24.

Desafio: "A lei de Deus é tão sagrada como Ele próprio. É uma revelação de Sua vontade, uma transcrição de Seu caráter, expressão de amor e sabedoria divinos". – Patriarcas e Profetas, pág. 44.



Quarta-Feira, 13/4/2011 - › ROUPAS NOVAS

Quando Adão e Eva pecaram e quebraram o seu relacionamento de amor, harmonia e confiança com Deus, "a veste de luz que os rodeara, agora desapareceu". – Patriarcas e Profetas, págs. 49 e 51. 

As vestes da justiça com que Deus vestira Adão e Eva, comunicavam os sentimentos de santidade, justiça, amor, pureza e inocência, tornando impossível qualquer sentimento de impureza, indecência e nudez moral. Adão, ao encontrar-se com Eva, já no estado de transgressora da lei de Deus, não percebeu a sua nudez espiritual e moral, porque ele ainda vivia em plena santidade e pureza. No entanto. "Adão compreendeu que sua companheira transgrediu a ordem de Deus, desrespeitara a única proibição a eles imposta como prova de sua fidelidade e amor". - Patriarcas e Profetas, pág. 49. 

Mesmo com essas convicções claras em sua mente, Adão, consciente das consequências decidiu comer do fruto. Declara Paulo que "Adão não foi enganado". – 1Tm 2:14. Ele pecou por decisão de escolha sua entre Deus e Eva, por extensão, Satanás.

Quando os dois pecaram, seus olhos foram abertos, e "percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira, e fizeram cintos para si". - Gn 3:7. O pecado fez desaparecer a veste de luz. 

Despidos da justiça de Cristo, recorreram à justiça própria para suprir a nudez espiritual e física. Todavia, como a justiça própria torna o homem "como o imundo, e todas as nossas justiças como trapos da imundícia," - Is 64:6, eles afastaram-se, e "esconderam-se da presença do Senhor Deus,... entre as árvores do jardim". - Gn 3:8. 

Pense: "O que quer que contradiga a Palavra de Deus, podemos estar certos de que procede de Satanás".– Patriarcas e Profetas, pág. 48.

Desafio: "Ele tenta os homens a desconfiarem do amor de Deus, e a duvidarem de Sua sabedoria". – Patriarcas e Profetas, pág. 47.



Quinta-Feira, 14/4/2011 - › VESTES DE PELE

Deus tomou a iniciativa procurando-os e, depois de confrontá-los com o pecado, apresentou o plano de Sua graça redentora. Para confirmar a oferta da graça, o primeiro cordeiro foi morto em sacrifício em favor do pecador. Não como iniciativa do homem, sentindo sua necessidade e apresentando algo para obter o favor divino. Mas, como iniciativa de Deus, revelando o Seu amor eterno, o Seu plano de graça e oferecendo ao homem caído a oportunidade de aceitar ou rejeitar a dádiva.

Do cordeiro morto e sacrificado "fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu". – Gn 3:21. A justiça própria, as folhas de figueira, foi lançada ao pó e a justiça de Cristo simbolicamente envolveu o pecador cobrindo a sua nudez espiritual e física. No sacrifício do cordeiro para prover as vestes de pele para Adão e Eva houve a necessidade de derramamento de sangue, que se constituiu na primeira demonstração de que Cristo viria para morrer em lugar do homem como a dádiva da graça divina.

No serviço típico cerimonial israelita esse primeiro cordeiro sacrificado como a dádiva de Deus em favor do pecador era representado pelos cordeiros do "Sacrifício Contínuo". Esse sacrifício ensina que toda a iniciativa para salvar parte de Deus. "Toda manhã e tarde, um cordeiro de um ano era queimado sobre o altar, com sua apropriada oferta de manjares, simbolizando assim a consagração diária da nação à Jeová, e sua constante necessidade do sangue expiatório de Cristo". – Patriarcas e Profetas, pág. 352. 

Pense: "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna". – Jo 3:16 – Nova Verão Internacional.

Desafio: "Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido". – Lc 19:10 – Nova Versão Internacional. 



Sexta-Feira, 15/4/2011 - › ESTUDO ADICIONAL

O plano da salvação mediante Cristo Jesus devolve para o homem a inocência perdida no Éden, vestindo-o pela graça com a Sua justiça. Tornamo-nos filhos de Deus pela fé e entramos para a família do Céu pelo batismo. No simbolismo do batismo, morremos para o pecado e nascemos para Deus. (Rm 6:1-8) Mortos para o mundo somos revestidos pela justiça de Cristo para viver para Deus. "Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo se entregou por mim". - Gl 2:20 - Almeida Revista e Atualizada. 

No entanto, apesar de a provisão ser ampla, para todos os homens, "pois todos pecaram", - Rm 3:23, a justiça de Cristo somente é imputada a todo o que crer. Isto é, todo o que manifesta fé no sacrifício. Logo, a justificação é fruto da fé. Mas a fé é morta, não é fé, se não tiver as obras. Portanto, somente é declarado justo aquele que aceita a oferta da graça pela fé e decide colocar sua vida sob o controle do Espírito Santo que o ensina a viver em harmonia com o padrão de justiça. 

Nessa manifestação da graça de Deus mediante Jesus, trazendo em Seu caráter a justiça de Deus, o pecador é perdoado por graça e recebe pela fé, em seu caráter a justiça de Deus. Como Deus está em perfeita harmonia com a transcrição de Seu caráter, o pecador justificado que recebe a justiça de Deus como um dom imputado, aceita a transcrição como norma para orientar a conduta. Assim, pela"obediência que vem pela fé", o pecador justificado recebe cada da e cada momento a justiça comunicada, que também é fruto da fé na graça redentora. 

Pense: "Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que Me ama, será amado por meu Pai, e Eu também o amarei e me manifestarei a ele... se alguém Me ama, guardará a Minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada". - Jo 14:21 e 23 – Almeida Revista e Atualizada. 

Desafio: "Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: 'O justo viverá pela fé'". – Rm 1:17 – Nova Versão internacional.


 

Conheça o autor

Pr. Albino Marks
Especialista em aconselhamento familiar e profundo estudioso da Bíblia, o pastor Albino Marks já atuou como preceptor (IAP, IACS, IAE-SP); capelão (IACS e Hospital do Pênfigo); diretor geral do IAP; departamental em várias associações e na UCB.

 

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FONTE: http://www.escolanoar.org.br/Novo/impressao.asp?nivel=adultos_pt&data=15/4/2011