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Entendendo a dinâmica do mercado financeiro Posted: 22 Sep 2011 06:28 PM PDT
Todos os segmentos do mercado financeiro mantêm relação muito próxima com as políticas monetárias, fiscal, de rendas e de câmbio. Os mercados são afetados por elas e refletem diretamente os resultados dessas políticas, sejam eles positivos ou negativos. É por isso que se costuma dizer que tudo está intimamente ligado, como se fossem elos de uma corrente. Se um dos segmentos da economia fica desequilibrado, é melhor esperar, pois é possível que num piscar de olhos os ventos mudem de rumo completamente! Inflação é um fenômeno que resulta de um aumento constante nos preços dos produtos e dos serviços oferecidos no comércio. A inflação é computada em uma série de produtos adquiridos pelas famílias, a cada semana ou a cada mês e de acordo com a renda. Por isso, são conferidos pesos entre as diversas categorias de preços para aferir a taxa de inflação. Com o aumento do preço dos produtos, as pessoas passam a poder comprar menos coisas com a mesma quantidade de dinheiro, ou seja, a população perde o que chamados de poder aquisitivo, o poder de adquirir os produtos. O resultado disso? As empresas vendem menos, têm lucros menores. Como ninguém gosta de ter menos dinheiro no bolso, ou em caixa, as empresas reduzem seus gastos e, por isso, cortam despesas em geral, inclusive parte de seus funcionários, um prejuízo muito grave gerado indiretamente pela inflação. A taxa de juros representa, portanto, o custo do dinheiro no mercado e é o Banco Central que estabelece, periodicamente, a taxa de juros básica nacional. Quando essa taxa está alta, é sinônimo de falta de dinheiro no mercado ou que o governo quer que as pessoas deixem de comprar produtos. Se a inflação é alta, o governo pode aumentar os juros. As pessoas fogem do crediário e começam a comprar menos. As fábricas, para não perder clientes, evitam reajustar preços e ate concedem descontos, daí, a inflação tende a cair. Ao contrário, quando está baixa, é porque está "sobrando" dinheiro. A taxa de juros é uma das mais importantes ferramentas da política monetária. A política de rendas é a parte da economia que acompanha o comportamento dos salários e o poder aquisitivo. Isto significa o poder de compra do salário da população. Existem duas denominações para os salários: o salário nominal, que é o valor total do salário, e o real, que é aquilo que o salário será capaz de pagar depois de descontada a inflação do período.É por isso que o governo precisa ficar de olho na renda da população: a inflação do país tira o poder de compra dos trabalhadores. O salário mínimo, que serve de base para empregados e empregadores, é regulado pelo governo. Já a principal função da política fiscal é arrecadar dinheiro para oferecer serviços à população como Saúde, educação, transporte, limpeza, iluminação e assim por diante. Trata-se de um conjunto de regras utilizadas para administrar o dinheiro público. O governo, por meio do PIB que significa Produto Interno Bruto, calcula a soma de tudo o que é produzido no mercado de bens e serviços em certo período de tempo. Dessa forma, é possível medir a atividade econômica do país, isto é, sua riqueza. Quem faz esse cálculo é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que também mede a renda per capita, que é a quantia de dinheiro que "cabe" a cada cidadão naquele período. Mas esse cálculo de renda per capita não é totalmente correto, pois desconsidera o fato de que as pessoas têm rendas completamente diferentes. Por meio desse cálculo, é como se todos os habitantes do país tivessem direito à mesma fatia de riqueza, o que, todos nós sabemos, não é verdade: a riqueza é distribuída de forma muito desigual. Em países menos desenvolvidos, em que há má distribuição de renda, como o Brasil, esse erro é comum. Hoje aprendemos um pouco sobre a dinâmica do mercado financeiro. É importante estarmos por dentro do que os noticiários informam, de como o governo irá fixar as taxas, afetar a inflação, para que possamos na medida do possível ficar dentro do nosso orçamento planejado para que nossa renda não seja abalada.
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