Saldo Extra |
Títulos Públicos (Tesouro Direto) Posted: 03 Nov 2011 05:20 PM PDT
A segurança é dada pela capacidade do governo de pagar suas dívidas. Como essa credibilidade pode ser afetada por uma crise, fique atento. Assim como a segurança, a rentabilidade dependerá da época em que o título for comprado e do período pelo qual o investidor mantiver o papel. OBS.: VEJA O VÍDEO NO LINK ABAIXO!!! http://novotempo.com/saldoextra/2011/11/03/titulos-publicos-tesouro-direto-2/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+SaldoExtra+%28Saldo+Extra%29 Esses títulos são os papéis usados pelo governo para captação de recursos além da arrecadação de impostos. Não é uma inovação brasileira, mas mundial, onde, com base em cálculos econômicos, financeiros e políticos, o governo estabelece um limite ao qual se compromete para fazer dívidas. Neste limite emite títulos que são vendidos no mercado financeiro, com o compromisso de resgate ou pagamento num período pré-estabelecido. É o caso da disputa entre o congresso norte-americano e o presidente Barak Obama, para que esse limite de endividamento possa ser aumentado. De positivo – e o que atrai os investidores mais conservadores – é que esses títulos são garantidos pelo Tesouro Nacional. Mas existe também um ponto negativo: Se a situação financeira do país se deteriora, há uma corrida de investidores para vender os títulos antes do prazo marcado para resgate. Assim, os compradores exigem deságio, ou seja, compram por valores inferiores ao declarado no papel. É nesse momento que existe o perigo de perdas, que podem ser grandes. Os principais títulos Vamos analisar os títulos mais negociados no mercado financeiro: 1- Títulos pré-fixados: Taxa de rentabilidade definida no momento da aplicação.
Rendimentos pagos no vencimento. De positivo tem a rentabilidade garantida. Mas é pouco atraente em períodos de elevação da Selic.
Cupons pagos semestralmente e o principal pago no vencimento. A rentabilidade garantida e você ainda recebe juros semestrais. Mas é pouco atraente em períodos de elevação da Selic. 2- Pós-Fixados: Títulos com rentabilidade diária vinculada a Selic.
Rendimentos pagos no vencimento. Acompanha a elevação da Selic. No entanto, é pouco atraente em períodos de redução da Selic. 3- Indexados à Inflação: Título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescido de juros definidos no momento da compra.
Cupons pagos semestralmente e o principal pago no vencimento. Tem proteção contra altas da inflação e recebimento de juros semestrais. Porém é pouco atraente em momentos de queda da inflação.
Paga juros semestrais. Tem proteção contra altas da inflação e recebimento de juros semestrais. Também é pouco atraente em momentos de queda da inflação. Em qualquer caso, os títulos podem ser vendidos antes do prazo de resgate. O mercado desses títulos é bastante movimentado. É claro que os títulos vendidos nessas condições sofrem alteração de valor. Se as perspectivas forem boas é possível se obter um bom lucro, isto é, um valor superior ao do resgate, ou nominal, que é o valor marcado no título. Mas, se a previsão é de dificuldades de resgate no futuro, é possível que a cotação de mercado esteja com deságio, ou seja, com valor abaixo do nominal. Existem também os Títulos Públicos Estaduais e Municipais, que da mesma forma que os Títulos Públicos Federais, são emitidos para financiar as dívidas, mas dos Tesouros Estaduais e Municipais. Porém, tais títulos têm mais riscos, pois ao contrário da União Federal, os Estados e Municípios não têm o poder de emitir moeda. Por isso, entre outras razões, tais títulos são bem menos populares entre os investidores. Desde janeiro de 2002, você pode comprar os títulos federais diretamente, sem precisar adquirir uma cota de um fundo. É simples, você não precisa de muito dinheiro para investir e nem precisa nem sair de casa, pois as transações podem ser feitas pela Internet. Isso não quer dizer que não pode usar intermediários, como corretores, bancos ou outras instituições financeiras. Esta opção dada pelo Governo, através do Tesouro Direto, de você poder atuar por conta própria, tem o objetivo de reduzir a dependência dos bancos. Hoje, a dívida do governo está praticamente toda nas mãos dos bancos. Por isto, é mais uma tentativa de diminuir essa dependência. Para usar o Sistema Tesouro Direto, consulte o site www.tesourodireto.gov.br. Para iniciar usar o tesouro direto, basta ter CPF, conta corrente e morar no Brasil. A operação será sempre intermediada por um agente de custódia, que será o responsável pela guarda dos títulos junto à CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), mais os repasses dos pagamentos dos juros e dos resgates ao investidor e o recolhimento dos impostos. Eu tenho aplicações no tesouro direto e o meu banco me auxiliou na questão do agente de custódia. Portanto fica minha sugestão de você também procurar o gerente de seu banco. Uma dúvida frequente do investidor com perfil mais conservador é se deve investir em um fundo DI – ou mesmo em um fundo de renda fixa – ou se opta pela compra de títulos públicos, que mencionamos no primeiro bloco. Economistas têm acompanhado e feito comparações práticas nos últimos anos e concluem que os títulos públicos continuam sendo a melhor opção, com destaque para os pós-fixados, que são mais seguros contra perdas. As tendências para o curto e médio prazo ainda não estão muito bem definidas no momento atual da economia brasileira, para saber se vale mais a pena optar por aplicações prefixadas. Por isto, uma boa opção continua sendo os LFT, que vêm tendo rendimentos superiores aos fundos DI. CDBs e RDBs Outros tipos de títulos são os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e os Recibos de Depósito Bancário (RDBs). O CDB e o RDB são títulos de renda fixa, representativos de depósitos a prazo, utilizados pelos bancos comerciais como mecanismos de captação de recursos. São semelhantes aos títulos públicos em vários aspectos, mas diferem na origem. Quem garante são os bancos. Estes tipos de investimento envolvem uma promessa de pagamento futuro do valor investido, acrescido da taxa pactuada no momento da transação. Ao comprar um CDB, você está emprestando dinheiro para o Banco e recebendo juros em troca. Ao final do prazo contratado, o banco deve lhe pagar o valor aplicado (principal), acrescido da remuneração prevista quando da aplicação. Esta remuneração nunca é negativa. A diferença entre os CDBs e os RDBs é que os CDBs podem ser negociados antes do vencimento, enquanto os RDBs são inegociáveis e intransferíveis. Porém, no caso do CDB, negociar o título antes do prazo mínimo implica em perda de parte da remuneração, o que significa devolução com deságio. É importante lembrar que tanto o CDB quanto o RDB podem ser resgatados junto à instituição emissora, antes do prazo contratado, desde que decorrido o prazo mínimo de aplicação. Antes do prazo mínimo não são auferidos rendimentos. As taxas podem ser prefixadas, pós-fixadas ou flutuantes e podem ter mais de uma base de remuneração, desde que prevaleça a mais vantajosa para o cliente. No Portal do Investidor (www.portaldoinvestidor.gov.br) você obterá mais esclarecimentos. Fique atento quanto aos seguintes detalhes: Negocie com seu gerente Geralmente, as taxas são proporcionais aos volumes aplicados, isto é, quanto mais recursos você investe em um CDB do banco, melhor a taxa de remuneração. Prazo Os prazos mínimos para aplicação e resgate de CDBs e RDBs variam de 1 dia a 12 meses, dependendo do tipo de remuneração contratada. Risco O risco é baixo por se tratar de renda fixa, estando associado o recebimento do principal à solidez da instituição. Mas cuidado, se o banco quebrar você pode não receber aquilo que aplicou. |