sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Novidades - Reavivamento e Reforma


Novidades - Reavivamento e Reforma


Experimentando a graça de Deus

Posted: 26 Jan 2012 03:30 AM PST

A graça divina atua quando as obras e os méritos humanos não resolvem mais nada
Precisamos compreender a graça de Deus para abrir o coração a ela, que é a razão da existência da cruz e do maior presente de Deus para nós. Ao mesmo tempo, necessitamos de equilíbrio para aceitar a graça genuína e não ser seduzidos pela graça barata que circula tão amplamente no meio religioso.
 
Uma das maneiras mais simples de entender a graça de Deus é trazê-la para a realidade de nossos dias. Por isso, quero convidá-lo a experimentar essa graça pela ótica de um homem endividado – situação muito comum em nossos dias.
 
Faz algum tempo, certo trabalhador sonhava com um carro novo. Com os financiamentos mais fáceis, ele pensou: "Este é o momento!" Então, comprou um modelo simples e barato, mas com longo financiamento. Com sacrifício, ele pagava as prestações a cada mês. Um dia, ao sair do trabalho, não encontrou o carro no estacionamento. Procurou informações sobre o que poderia ter acontecido, mas simplesmente ninguém sabia nada a respeito. Ele foi para casa desolado, pensando como administrar aquela situação. O carro não tinha seguro e, das 60 parcelas do financiamento, ele havia pago apenas três.
Mas o pior ainda estava por acontecer. Dois meses depois, por causa da recessão pela qual passava o país, a empresa em que ele trabalhava teve que reduzir o número de funcionários e ele foi um dos demitidos. A situação era ainda mais desoladora: sem carro e sem emprego, com prestações a pagar, escola dos filhos para manter e a casa para sustentar.
 
Parecia impossível controlar aquela situação, que se afigurava muito maior que ele. Os dias passaram e o dinheiro recebido na demissão acabou. A partir de então, as contas começaram a se acumular. As primeiras cobranças começaram a chegar pelo correio. O cartão de crédito foi suspenso, a escola começou a insistir nos pagamentos e a financeira do carro ameaçou tomar algum bem como pagamento da dívida. Seu único patrimônio era a casa em que ele vivia com a família.
 
Não foi fácil lidar com os cobradores. As desculpas já não mais convenciam. Depois de meses orando a Deus, tentando encontrar um novo emprego e pedindo misericórdia aos credores, foi-lhe dado o prazo de 40 dias para pagar a maior das dívidas: o carro. Caso contrário, eles iriam executar a dívida e tomar a casa dele como pagamento. O fato é que o prazo se esgotou sem que ele encontrasse uma solução para o problema. Depois de muitas tentativas sem sucesso, das últimas opções de emprego ou algum empréstimo com amigos ou familiares, ele voltou para casa completamente desanimado e com pensamentos perigosos. Como dizer à esposa e aos filhos que, a partir do dia seguinte, não mais teriam onde morar? Tarde da noite, ele se sentou para conversar com a esposa. O que fazer? Que outra alternativa buscar? Depois de orar mais uma vez, decidiram dormir. Na manhã seguinte, eles deveriam preparar as roupas e alguns pertences para abandonar a casa. Afinal, todas as tentativas haviam fracassado.
 
O dia começou com a família esperando desoladamente a execução da ordem de despejo. Às 10 horas, a campainha tocou. Depois de ajeitarem o cabelo e as roupas (para manter a dignidade), eles atenderam à porta. Um homem apenas lhes entregou um envelope e saiu. Já preparado para mais cobranças, e sem entender nada, o pai começou a abrir lentamente o envelope.
 
Primeiramente, ele viu um papel de cor verde, com algumas palavras escritas a mão: "Soube do drama que vocês estão vivendo e decidi ajudá-los. Fiz um levantamento de todas as suas dívidas e paguei cada uma delas. Os comprovantes estão dentro deste envelope. Além disso, em sua conta bancária, o saldo está positivo agora. A vida vai recomeçar."
 
Por essa simples ilustração, você consegue entender melhor o que é a graça salvadora de Deus. Sua graça atua quando as obras e os méritos humanos não resolvem mais nada, quando não podemos comprar a salvação nem recompensar a bondade de Deus. Afinal, nossas obras são "como trapo da imundícia" (Is 64:6). Não merecemos, mas a graça de Cristo nos basta (2Co 12:9). Por isso, "acheguemo-nos… confiadamente… ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça" (Hb 4:16).
 
Erton Köhler é presidente da Divisão Sul-Americana.

Sem Cristo não há reforma

Posted: 26 Jan 2012 03:10 AM PST

No dia 11 de outubro de 2010 foi votado, em Silver Spring, Maryland, EUA, sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, um documento intitulado "Apelo Urgente por Reavivamento, Reforma, Discipulado e Evangelismo". Em resumo, o texto faz um chamado ao comprometimento individual e coletivo dos adventistas.
De acordo com o documento, é preciso renovação espiritual para que haja "mudança de práticas, hábitos, teorias e ideias". O objetivo final do apelo é convocar os verdadeiros adoradores a se unirem para pregar, com poder, a breve volta de Jesus.
Mas o que precisamos fazer para que isso aconteça? Somos uma das igrejas com maior alcance mundial, presente em mais de 200 países. Nossas redes hospitalar e educacional estão entre as maiores e mais bem conceituadas do planeta.  Os investimentos em mídia crescem a cada dia, sem contar a assistência social adventista, atuante em cerca de 120 países. Isto não é pouco! Muito me alegro em relatar tais avanços e não seria de outra forma. Mas parece que todos os louros dessas conquistas não puderam cobrir a maior necessidade que temos. E qual seria ela então?
Cristo. Eis a resposta. O humilde e compassivo Salvador, de braços abertos, ainda é e seguirá sendo pela eternidade a maior necessidade de todas as pessoas em todos os lugares, em todos os mundos, galáxias, constelações e universos, o que inclui também os adventistas do sétimo dia, como uma igreja com uma necessidade especial: Cristo. E é esta necessidade, a de um Salvador, que une a raça humana.
E é também o ponto de partida para um movimento que vai culminar na volta de Jesus a esta Terra. Movimento de "Reavivamento e Reforma".  Mas, antes de prosseguir, vamos compreender a diferença entre um e outro.
Segundo Ellen White, Reavivamento é a "renovação da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual", enquanto que "Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas ideias e teorias, hábitos e práticas".
A escritora conclui o pensamento: "A reforma não trará o bom fruto da justiça a menos que seja ligada com o reavivamento do Espírito. Reavivamento e reforma devem efetuar a obra que lhes é designada, e no realizá-la, precisam fundir-se".
Agora entendemos porque Cristo é tão imprescindível: só Ele é capaz de dar vida. "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá" (João 11:25). Só o Mestre pode ressuscitar a sua existência, querido leitor. Renovar o gosto pela leitura da Bíblia, pela oração, pela prática da piedade e do perdão, pela escolha do melhor alimento; ressuscitar o amor verdadeiro pelas pessoas por quem Jesus morreu. Só Ele é capaz de erguer das trevas morais o espírito duvidoso, cético, o casamento falido, os ideais perdidos.
E se você não morreu espiritualmente, não se jacte disso, pois os méritos são de Cristo. Acompanhe a sequência do verso acima: "e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?" (verso 26). Somente pela graça de Cristo é que vivemos física, mental e espiritualmente.
E se a chave-mestre é Cristo, apeguemo-nos a Ele como fizeram João, Tiago, Pedro, Paulo, Barnabé, Abraão, Noé, Isaque, Jacó e Daniel. Abel, Sete, Enoque, José, Isaías e Jeremias; Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.
Usemos o exemplo de Maria, que, debruçada a Seus pés, derramou toda a sua dor, acompanhada de um precioso perfume, e, com lágrimas, mais uma vez entregou a vida a Cristo.
Leitor, o perfume que exala de tal experiência, a exemplo de Maria, vai inundar todo o seu lar, o seu ambiente de trabalho, suas relações, seu casamento, seus gostos. Que odor as pessoas sentem quando usamos os nossos talentos? Qual o cheiro dos nossos negócios? Cheiro de vida para vida ou de morte para morte?
Permitamos que Cristo nos ressuscite. Busquemos a Ele com amor e alegria, de manhã, à tarde e à noite; imploremos o Seu favor e confiemos nEle de todo o nosso coração! Tenhamos fé, pois, como disse Paulo, podemos "todas as coisas em Cristo que nos fortalece".
Concluindo: se houver renascimento, ressurreição, então a reforma virá naturalmente. Há muitos que querem reformar sem antes renascer. É impossível! E só quando há vida nova, é que há novas ideias, teorias, hábitos e práticas. Como humanos, temos ideias erradas sobre Deus, sobre as pessoas, sobre o mundo; hábitos os mais desastrosos e práticas as mais abomináveis.
Apenas o novo nascimento nos fará gostar de alimentos saudáveis, de dormir cedo, de praticar os remédios de Deus, de amar Sua Igreja e Sua palavra, de chorar por aqueles que ainda não aceitaram a Cristo e contá-los a tão bela história da cruz. E tudo isso, por amor a Ele, ao  próximo e a nós mesmos.
Em resumo, se Cristo não for o Construtor-principal, o Mestre de Obras da nossa vida, não haverá verdadeira reforma; no máximo, uma pintura para esconder o que de mais pecaminoso há em cada um de nós!
 
Márcio Basso Gomes é jornalista
 
FONTE: http://reavivamentoereforma.com/