Novidades - Reavivamento e Reforma |
Experimentando a graça de Deus Posted: 26 Jan 2012 03:30 AM PST ![]() Precisamos compreender a graça de Deus para abrir o coração a ela, que é a razão da existência da cruz e do maior presente de Deus para nós. Ao mesmo tempo, necessitamos de equilíbrio para aceitar a graça genuína e não ser seduzidos pela graça barata que circula tão amplamente no meio religioso. Uma das maneiras mais simples de entender a graça de Deus é trazê-la para a realidade de nossos dias. Por isso, quero convidá-lo a experimentar essa graça pela ótica de um homem endividado – situação muito comum em nossos dias. Faz algum tempo, certo trabalhador sonhava com um carro novo. Com os financiamentos mais fáceis, ele pensou: "Este é o momento!" Então, comprou um modelo simples e barato, mas com longo financiamento. Com sacrifício, ele pagava as prestações a cada mês. Um dia, ao sair do trabalho, não encontrou o carro no estacionamento. Procurou informações sobre o que poderia ter acontecido, mas simplesmente ninguém sabia nada a respeito. Ele foi para casa desolado, pensando como administrar aquela situação. O carro não tinha seguro e, das 60 parcelas do financiamento, ele havia pago apenas três. Mas o pior ainda estava por acontecer. Dois meses depois, por causa da recessão pela qual passava o país, a empresa em que ele trabalhava teve que reduzir o número de funcionários e ele foi um dos demitidos. A situação era ainda mais desoladora: sem carro e sem emprego, com prestações a pagar, escola dos filhos para manter e a casa para sustentar. Parecia impossível controlar aquela situação, que se afigurava muito maior que ele. Os dias passaram e o dinheiro recebido na demissão acabou. A partir de então, as contas começaram a se acumular. As primeiras cobranças começaram a chegar pelo correio. O cartão de crédito foi suspenso, a escola começou a insistir nos pagamentos e a financeira do carro ameaçou tomar algum bem como pagamento da dívida. Seu único patrimônio era a casa em que ele vivia com a família. Não foi fácil lidar com os cobradores. As desculpas já não mais convenciam. Depois de meses orando a Deus, tentando encontrar um novo emprego e pedindo misericórdia aos credores, foi-lhe dado o prazo de 40 dias para pagar a maior das dívidas: o carro. Caso contrário, eles iriam executar a dívida e tomar a casa dele como pagamento. O fato é que o prazo se esgotou sem que ele encontrasse uma solução para o problema. Depois de muitas tentativas sem sucesso, das últimas opções de emprego ou algum empréstimo com amigos ou familiares, ele voltou para casa completamente desanimado e com pensamentos perigosos. Como dizer à esposa e aos filhos que, a partir do dia seguinte, não mais teriam onde morar? Tarde da noite, ele se sentou para conversar com a esposa. O que fazer? Que outra alternativa buscar? Depois de orar mais uma vez, decidiram dormir. Na manhã seguinte, eles deveriam preparar as roupas e alguns pertences para abandonar a casa. Afinal, todas as tentativas haviam fracassado. O dia começou com a família esperando desoladamente a execução da ordem de despejo. Às 10 horas, a campainha tocou. Depois de ajeitarem o cabelo e as roupas (para manter a dignidade), eles atenderam à porta. Um homem apenas lhes entregou um envelope e saiu. Já preparado para mais cobranças, e sem entender nada, o pai começou a abrir lentamente o envelope. Primeiramente, ele viu um papel de cor verde, com algumas palavras escritas a mão: "Soube do drama que vocês estão vivendo e decidi ajudá-los. Fiz um levantamento de todas as suas dívidas e paguei cada uma delas. Os comprovantes estão dentro deste envelope. Além disso, em sua conta bancária, o saldo está positivo agora. A vida vai recomeçar." Por essa simples ilustração, você consegue entender melhor o que é a graça salvadora de Deus. Sua graça atua quando as obras e os méritos humanos não resolvem mais nada, quando não podemos comprar a salvação nem recompensar a bondade de Deus. Afinal, nossas obras são "como trapo da imundícia" (Is 64:6). Não merecemos, mas a graça de Cristo nos basta (2Co 12:9). Por isso, "acheguemo-nos… confiadamente… ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça" (Hb 4:16). Erton Köhler é presidente da Divisão Sul-Americana. |
Posted: 26 Jan 2012 03:10 AM PST ![]() De acordo com o documento, é preciso renovação espiritual para que haja "mudança de práticas, hábitos, teorias e ideias". O objetivo final do apelo é convocar os verdadeiros adoradores a se unirem para pregar, com poder, a breve volta de Jesus. Mas o que precisamos fazer para que isso aconteça? Somos uma das igrejas com maior alcance mundial, presente em mais de 200 países. Nossas redes hospitalar e educacional estão entre as maiores e mais bem conceituadas do planeta. Os investimentos em mídia crescem a cada dia, sem contar a assistência social adventista, atuante em cerca de 120 países. Isto não é pouco! Muito me alegro em relatar tais avanços e não seria de outra forma. Mas parece que todos os louros dessas conquistas não puderam cobrir a maior necessidade que temos. E qual seria ela então? Cristo. Eis a resposta. O humilde e compassivo Salvador, de braços abertos, ainda é e seguirá sendo pela eternidade a maior necessidade de todas as pessoas em todos os lugares, em todos os mundos, galáxias, constelações e universos, o que inclui também os adventistas do sétimo dia, como uma igreja com uma necessidade especial: Cristo. E é esta necessidade, a de um Salvador, que une a raça humana. E é também o ponto de partida para um movimento que vai culminar na volta de Jesus a esta Terra. Movimento de "Reavivamento e Reforma". Mas, antes de prosseguir, vamos compreender a diferença entre um e outro. Segundo Ellen White, Reavivamento é a "renovação da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual", enquanto que "Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas ideias e teorias, hábitos e práticas". A escritora conclui o pensamento: "A reforma não trará o bom fruto da justiça a menos que seja ligada com o reavivamento do Espírito. Reavivamento e reforma devem efetuar a obra que lhes é designada, e no realizá-la, precisam fundir-se". Agora entendemos porque Cristo é tão imprescindível: só Ele é capaz de dar vida. "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá" (João 11:25). Só o Mestre pode ressuscitar a sua existência, querido leitor. Renovar o gosto pela leitura da Bíblia, pela oração, pela prática da piedade e do perdão, pela escolha do melhor alimento; ressuscitar o amor verdadeiro pelas pessoas por quem Jesus morreu. Só Ele é capaz de erguer das trevas morais o espírito duvidoso, cético, o casamento falido, os ideais perdidos. E se você não morreu espiritualmente, não se jacte disso, pois os méritos são de Cristo. Acompanhe a sequência do verso acima: "e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?" (verso 26). Somente pela graça de Cristo é que vivemos física, mental e espiritualmente. E se a chave-mestre é Cristo, apeguemo-nos a Ele como fizeram João, Tiago, Pedro, Paulo, Barnabé, Abraão, Noé, Isaque, Jacó e Daniel. Abel, Sete, Enoque, José, Isaías e Jeremias; Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Usemos o exemplo de Maria, que, debruçada a Seus pés, derramou toda a sua dor, acompanhada de um precioso perfume, e, com lágrimas, mais uma vez entregou a vida a Cristo. Leitor, o perfume que exala de tal experiência, a exemplo de Maria, vai inundar todo o seu lar, o seu ambiente de trabalho, suas relações, seu casamento, seus gostos. Que odor as pessoas sentem quando usamos os nossos talentos? Qual o cheiro dos nossos negócios? Cheiro de vida para vida ou de morte para morte? Permitamos que Cristo nos ressuscite. Busquemos a Ele com amor e alegria, de manhã, à tarde e à noite; imploremos o Seu favor e confiemos nEle de todo o nosso coração! Tenhamos fé, pois, como disse Paulo, podemos "todas as coisas em Cristo que nos fortalece". Concluindo: se houver renascimento, ressurreição, então a reforma virá naturalmente. Há muitos que querem reformar sem antes renascer. É impossível! E só quando há vida nova, é que há novas ideias, teorias, hábitos e práticas. Como humanos, temos ideias erradas sobre Deus, sobre as pessoas, sobre o mundo; hábitos os mais desastrosos e práticas as mais abomináveis. Apenas o novo nascimento nos fará gostar de alimentos saudáveis, de dormir cedo, de praticar os remédios de Deus, de amar Sua Igreja e Sua palavra, de chorar por aqueles que ainda não aceitaram a Cristo e contá-los a tão bela história da cruz. E tudo isso, por amor a Ele, ao próximo e a nós mesmos. Em resumo, se Cristo não for o Construtor-principal, o Mestre de Obras da nossa vida, não haverá verdadeira reforma; no máximo, uma pintura para esconder o que de mais pecaminoso há em cada um de nós! Márcio Basso Gomes é jornalista |