Libertação dos vícios
Sábado à tarde | Ano Bíblico: Dt 26–28 |
Verso para Memorizar: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (Jo 8:36).
Leituras da semana: Pv 23:29-35; 1Co 7:2-5; Mt 25:15-30; Mc 10:17-27; 1Pe 3:3, 4
Nos últimos anos, muitos povos se libertaram da tirania e escravidão política. Mas existe outro tipo de escravidão, que pode ser tão ruim ou pior que sua contraparte política – a escravidão do vício. Álcool, tabaco e outras substâncias têm escravizado milhões. Além disso, poderosos vícios não químicos também estão em alta: sexo, pornografia, jogo (ou investimentos arriscados), e a acumulação de dinheiro e bens.
Todos os vícios criam dependência (a pessoa se sente muito incomodada até que a substância seja tomada ou o ato praticado) e certo grau de tolerância (a pessoa precisa cada vez mais dele para alcançar o mesmo efeito das vezes anteriores). Desse modo, as pessoas sentem cada vez mais dificuldade para escapar do ciclo que as capturou. Por essa razão, os que foram apanhados por essas armadilhas precisam do apoio da família, da igreja e dos amigos. Eles também podem precisar de cuidados profissionais e, acima de tudo, do poder de Deus, que opera em sua vida para lhes dar a liberdade que lhes é prometida em Cristo, o Senhor.
Ano Bíblico: Dt 29–31 |
Bebidas alcoólicas
No mundo ocidental, a cerveja, o vinho ou outras bebidas alcoólicas têm sido associadas a eventos memoráveis, ocasiões felizes, feriados e importantes transações comerciais. Aparentemente, existe um aspecto limpo e bonito das bebidas alcoólicas. Elas não só se tornaram socialmente aceitáveis mas, também, uma "necessidade" em certas circunstâncias. Infelizmente, existe outro lado do álcool que aqueles que ganham a vida de seu comércio não querem que seus clientes em potencial vejam.
1. Que diz a Bíblia sobre os efeitos prejudiciais do álcool? Pv 23:29-35. Por sua própria experiência, que efeitos devastadores do uso desse veneno você viu?
A bela imagem do vinho picando como uma serpente e envenenando como uma víbora é poderosa. A composição química do álcool é tratada pelo corpo humano não como alimento, mas como uma substância tóxica. Bastam alguns minutos para ser absorvido no estômago e transportado pela circulação sanguínea para o cérebro, pulmões, rins e coração. O fígado é especialmente sobrecarregado a fim de processar uma substância que requer horas de muito trabalho para quebrar. Quando a presença do álcool é crônica e prolongada significativamente, os órgãos se deterioram e a pessoa sofre de uma ou mais enfermidades.
Infelizmente, os efeitos do álcool vão além do bebedor. O consumo do álcool traz consigo um custo social terrível. Metade de todos os acidentes de automóvel e no local de trabalho estão relacionados com o álcool. Muitos crimes são cometidos sob o efeito do álcool. Muito dinheiro público e privado é consumido para prover cuidados de saúde a fim de curar doenças provocadas diretamente pelo álcool. E, chegando mais perto da família, frequentemente, os pais, o cônjuge e os filhos do viciado são vítimas de abuso verbal e físico.
O álcool, assim como qualquer outra substância psicoativa, afeta nossa habilidade de fazer as escolhas morais corretas; sob sua influência, as pessoas tendem a escorregar cada vez mais e mais fundo no pecado.
Os que estão presos a qualquer tipo de abuso de substâncias precisam perceber seu problema e sua necessidade da ajuda de um poder maior que eles mesmos – e isso inclui a graça de Deus, o apoio da família ou de uma comunidade religiosa atenciosa e o tratamento prescrito por profissionais qualificados (se possível).
Como adventistas do sétimo dia, adotamos uma linha muito forte contra o consumo do álcool. Sem os julgar nem condenar, como podemos ajudar aqueles entre nós que estão lutando com esse problema?
Ano Bíblico: Dt 32–34 |
Vício de sexo
2. Que diz a Bíblia sobre o sexo como fonte de prazer e fortalecimento das relações matrimoniais? Pv 5:18, 19; 1Co 7:2-5
O sexo é um dos muitos dons agradáveis que Deus concedeu a homens e mulheres. Deus o designou não apenas para procriação mas para ser também uma fonte de alegria, proximidade e unidade – mas somente no contexto do casamento entre um homem e uma mulher (Gn 1:27, 28; 1Co 7:2). Quando removido dessa moldura e desse propósito ordenados por Deus, o dom se torna pecado – frequentemente, trazendo consequências devastadoras (veja 1Co 6:18, 19). Só Deus conhece toda a destruição que a imoralidade sexual trouxe à família humana.
O sexo é um impulso muito forte e, assim, está prontamente aberto ao abuso. Pode se tornar facilmente uma obsessão absorvente, muito difícil de controlar. Pior, quanto mais a pessoa cede a ele, de cada vez mais sexo a pessoa precisa para alcançar o nível de satisfação alcançado anteriormente.
A prostituição e o adultério são caminhos tradicionais para a imoralidade e o vício sexual (veja Pv 5:3-14, 9:13-18). Além disso, outras formas de vício de sexo estão disponíveis hoje, como pornografia e sexo cibernético. A pornografia da internet criou um problema surpreendente porque, com os meros cliques de um mouse, pode-se colocar os atos mais vis e degradantes em nossos lares e escritórios. Essas práticas são altamente capazes de criar vício, compulsão e deterioração do casamento e laços de família. É impossível calcular o dano, por exemplo, que o adultério criou no mundo.
A imoralidade sexual é fácil de começar, e os que não caíram em sua armadilha bem farão em se manter longe dela. Por esse motivo, é importante que cada pessoa, ao se confrontar com as tentações sexuais fora dos laços sagrados do matrimônio, aja segundo o exemplo de José (veja Gn 39:7-12).
Deus está disposto a conceder perdão e plena libertação a todo aquele que for apanhado pelos vícios do sexo. A submissão a Ele é fundamental (Tg 4:7). Mas o mecanismo do vício é tão complicado que pode ser necessária ajuda profissional. Se estiverem disponíveis, os grupos de apoio que incorporam Deus como a maior de todas as fontes de ajuda e incluem habilidades especializadas para tratar o problema podem ser de grande benefício.
Como você pode ajudar alguém que, embora seja culpado de pecado nessa área, esteja buscando o perdão e a cura de Deus? Suponha que você esteja com problemas nessa área. Como saber que não perdeu toda esperança, enquanto você não perder a esperança em si mesmo? Jesus perdoa – e cura.
Ano Bíblico: Js 1–4 |
Jogo
Embora a Bíblia não se manifeste nem proíba o jogo em si, é difícil imaginar Jesus ou Paulo assentado às mesas de jogo em um cassino, não é verdade?
Ao mesmo tempo, Paulo adverte contra o amor ao dinheiro, classificando-o como a raiz de todos os males e o motivo de as pessoas abandonarem a fé (1Tm 6:10). Para alguns, no desejo de adquirir riquezas, o jogo se torna a armadilha que Satanás usa para destruí-los.
3. Que princípio da parábola dos talentos pode ser aplicado ao problema do jogo, especialmente quando a grande maioria dos jogadores sai perdendo? Mt 25:15-30
Jogar é para perdedores. A indústria prospera porque se perde muito mais dinheiro do que se ganha. Por exemplo: quais são as chances de ganhar na loteria? São mínimas. Você tem mais possibilidades de ser atingido por um raio do que ganhar um prêmio da loteria.
Basta um pouco de lógica para nos advertir contra gastar dinheiro e tempo com o jogo (afinal, a indústria do jogo só pode existir quando as pessoas perdem mais do que os patrocinadores). As pessoas jogam, a princípio, só por diversão, porém, mais tarde, alguns se tornam jogadores compulsivos.
Por quê? A autoestima parece estar no cerne. Muitos encontram satisfação especial em fantasiar sobre o prêmio. Quando não ganham, ficam cada vez mais esperançosos de ganhar na vez seguinte. Então, jogam outra vez. Quando todo o dinheiro se vai, eles tomam emprestado, mentem e podem roubar para tomar outra "dose" dessa "droga" não-química.
Podemos achar que o vício do jogo não ocorre em nossa igreja, mas Ellen White escreveu sobre ele em seu tempo, pois era um problema naquela época. Não existe razão para acreditar que hoje (quando o jogo é onipresente) nossos membros da igreja estejam livres desse problema, especialmente quando o jogo on-line pode trazer o cassino diretamente para nossos lares.
A recuperação desse vício requer uma frente multidisciplinar: Primeiramente, é preciso admitir que você tem um problema sério. Então, você precisa deixar de uma vez o jogo, mas encontrar refúgio em um grupo (se disponível) a fim de evitar a recaída. Esteja alerta e fique longe de qualquer incentivo que possa atraí-lo para jogar. O aumento da autoestima também é necessário para evitar a recaída. Mas o mais importante é a constante comunhão com Deus e o apego a Suas promessas de cura, como ocorre quando lutamos com qualquer tentação.
Ano Bíblico: Js 5–8 |
O amor do dinheiro
Afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, Te negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus" (Pv 30:8, 9).
A Bíblia não limita a quantia de dinheiro que cada pessoa deve procurar ter, mas adverte contra a atitude errônea quanto ao dinheiro e às posses — como avareza e cobiça. Uma perspectiva errada poderia tornar as pessoas obsessivas, compulsivas e viciadas em fazer dinheiro (mesmo ganho honestamente) ou no acúmulo de posses. Esses temas podem ocupar tanto tempo e esforço que se tornam falsos deuses.
A tecnologia de informações tornou tudo mais fácil, mas, ao mesmo tempo, mais arriscado para os propensos ao vício. Por exemplo, agora, os investidores privados na bolsa de valores podem executar suas operações imediatamente pela internet. Nesse ambiente, alguns são apanhados facilmente por horas infinitas à frente do computador, a fim de ganhar dinheiro; no entanto, isso não é o mesmo de alguém ser um bom mordomo mediante o investimento sábio e cuidadoso do dinheiro.
4. Que advertência fez Jesus a respeito do acúmulo de riquezas? Mc 10:17-27; Veja também 1Tm 6:10 e Lc 12:15
As expressões "contrariado" e "retirou-se triste" (Mc 10:22) nos dizem que, para o jovem rico, seu amor pelas riquezas era maior que seu amor pelo Mestre. A acumulação de dinheiro ou de posses materiais, em si, não é boa nem má. Tudo depende de onde está o coração (Mt 6:21). Mas se torna perigosa quando interfere no que deveria ser o primeiro objetivo: buscar o reino de Deus e Sua justiça (v. 33).
A caminho de Liverpool até a América, o navio Chanunga teve uma colisão violenta com uma pequena embarcação de Hamburgo. Lotado com mais de duzentos passageiros, o navio afundou meia hora depois do impacto. Os barcos salva-vidas do Chanunga foram baixados a fim de alcançar os náufragos, mas só 34 foram salvos. Por que essa proporção foi tão pequena? Quase todos prenderam seus cintos de ouro e prata e os amarraram na cintura. Recusando-se a perder o dinheiro, eles perderam a vida (e também o dinheiro).
Quem não gosta de dinheiro? No entanto, a pergunta que você precisa fazer a si mesmo é: "Tenho controle sobre meu desejo de ganhar dinheiro, ou o dinheiro me controla?
Ano Bíblico: Js 9–13 |
Imagem pessoal
5. Faça o contraste entre o que a Bíblia ensina e o que a sociedade secular demanda sobre a aparência pessoal. 1Pe 3:3, 4
A sociedade atribuiu um valor excessivo sobre a imagem pessoal. Essa é uma fraqueza que acompanha os seres humanos ao longo de toda a sua história. Em nossos dias, essa ênfase na beleza e nos cuidados pessoais alcançou proporções opressivas. Só a indústria mundial de cosméticos representa mais da metade do mercado global de alimentos no varejo. Além dos cosméticos, muitos gastam recursos infinitos modelando o corpo, fazendo plásticas faciais, transplantes de cabelo, cirurgias plásticas, alimentações especiais, e assim por diante, tudo a fim de melhorar a aparência.
Esse desejo intensivo de ficar mais bonito também tem o risco de provocar o vício. Alguns adquirem o vício dos exercícios; outros, o vício de comer cada vez um pouco menos, a ponto de arriscar a vida. Outros podem ficar obcecados com a beleza do cabelo ou da pele, submetendo-se a tratamentos sofisticados, caros e intermináveis.
6. Como você interpretaria Mateus 6:19-21 no contexto do que estamos estudando? Como se aplicam os mesmos princípios?
Não existe nada de errado em ser sadio, limpo e ter boa aparência. É a ênfase constante nessas coisas que pode atrair nosso coração a elas a ponto de permitir que se tornem ídolos. Jesus falou sobre a necessidade de acumular tesouros no Céu, não na Terra, onde as coisas não duram e podem afastar nossa atenção do reino de Deus. Realmente, existe uma coisa sobre a boa aparência de que você pode estar certo: mais cedo ou mais tarde, o tempo e a gravidade a levarão.
Como os recursos materiais, nosso corpo é um tesouro confiado a nós, mas corremos o sério risco de torná-lo um ídolo quando nossa devoção a ele se torna excessiva. Nem sempre é fácil saber quando uma linha foi cruzada; consequentemente, todos nós precisamos ser cuidadosos nessa consideração.
Que mensagens estamos criando para nossos jovens na igreja com respeito a essa área? O que estamos enfatizando? De que maneiras sutis podemos estar enviando mensagens erradas? Leve sua resposta à classe no sábado.
Ano Bíblico: Js 14–17 |
Estudo adicional
Palavras e atos testemunham claramente do que há no coração. Se vaidade, orgulho, amor ao eu e ao vestuário encherem o coração, a conversação será sobre modas, vestuário, aparência, mas não sobre Cristo nem o reino do Céu. Se houver inveja no coração, ela se manifestará em palavras e atos. Aqueles que se medem pelos outros, que fazem o que os outros fazem, que não se propõem a altas consecuções desculpando-se por causa das faltas e erros de outros, estão se nutrindo de cascas, e permanecerão anões espirituais enquanto agradam Satanás pela condescendência com sentimentos ímpios. Alguns se demoram sobre o que comerão ou beberão e com que se vestirão. Esses pensamentos fluem da abundância do que há no coração, como se as coisas temporais fossem o grande objetivo da vida, seu mais alto propósito. Essas pessoas se esquecem das palavras de Cristo: 'Buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas'" (Mt 6:33; Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 500).
Perguntas para reflexão
1. Examine em classe cuidadosamente sua resposta à pergunta final de quinta-feira.
2. Por que é tão importante não ser crítico quanto aos que têm problemas com algum tipo de vício? É fácil ser crítico, evidentemente, mas por que devemos ser muito cuidadosos a esse respeito?
3. Alguns vícios são considerados mais aceitáveis, socialmente, que outros, que só podem aumentar a decepção. Afinal, quantos fazem tratamento para o vício em riqueza ou poder? Como podemos aprender a não permitir que os valores da sociedade afetem nossa maneira de ver essas coisas?
4. Por mais forte que seja o vício em sua vida ou na vida de alguém que você conhece, existe alguma coisa de que o Senhor não possa nos livrar? Isto é, por que nunca devemos nos render ao vício como se fosse impossível nos livrarmos dele? Qual é a chave para permitir que Cristo trabalhe em nossa vida de forma que alcancemos essa vitória? Veja Lc 9:23.
5. Que programas sua igreja local tem para ajudar as pessoas que têm problemas com o vício? De que modo programas como esses podem ser também ferramentas poderosas de evangelismo?
Respostas sugestivas:
Pergunta 1: Traz todos os tipos de males.
Pergunta 2: O sexo dentro do matrimônio é designado por Deus.
Pergunta 3: O ganho deve ser resultado do trabalho honesto.
Pergunta 4: O dinheiro deve ser um meio de obtenção de conforto, não um fim em si mesmo.
Pergunta 5: Ao cristão interessa muito mais desenvolver um caráter nobre que uma aparência pessoal artificial e passageira.
Pergunta 6: Não devemos investir demasiado tempo e dinheiro na aparência pessoal.
Resumo da Lição
Texto-chave: João 8:36
O ALUNO DEVERÁ...
Saber: Comparar e contrastar os efeitos do vício e da liberdade em Cristo para fazer a vontade de Deus.
Sentir: A escravidão que vem com os vícios e, em lugar disso, a necessidade que temos de depender da graça de Deus nos momentos de tentação.
Fazer: Parar de focalizar os efeitos negativos causados pela satisfação de desejos humanos destrutivos e, em lugar disso, viver para Deus e Sua vontade para nossa vida.
Esboço do aprendizado
I. Saber: Os males do vício
A. Quais são alguns diferentes tipos de vícios?
B. Alguns vícios são prejudiciais, mesmo em pequena quantidade, como o consumo de heroína. Outros não são intrinsecamente maus, tais como comida, sexo ou dinheiro. O que faz a diferença? Quais são as semelhanças? Que efeitos têm os vícios na nossa maneira de viver?
C. Como Cristo pode nos dar a liberdade de viver para Deus, e não para nossos desejos destrutivos?
II. Sentir: Dependência
A. Como nos sentimos quando somos escravos? Qual a semelhança entre os vícios e a escravidão?
B. Como a dependência do poder salvador de Deus pode nos libertar?
C. Dependência de Deus pode ser viciante? Por quê?
III. Fazer: Viver para Deus
Se coisas como o trabalho, dinheiro, poder e beleza podem ser viciantes, o que precisamos fazer para viver para Deus em lugar dessas coisas, boas como possam ser em si mesmas?
Resumo: Quando algo se torna um desejo obsessivo, incontrolável e destrutivo, torna-se um vício. No entanto, Deus prometeu a liberdade dos desejos destrutivos.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Somente o poder de Deus pode nos libertar das garras de um comportamento viciante.
Só para os professores: 1. Peça que cada aluno pense (não mencione em público) em algum hábito prejudicial que gostaria de vencer. 2. Peça que identifique as pessoas afetadas pelo hábito nocivo (no trabalho, na família e na igreja). 3. Peça que os alunos pensem no que Deus sente a respeito desse hábito. 4. Peça que tomem uma decisão a esse respeito.
Kaye (pseudônimo) serviu durante anos como coordenador de cozinha para um acampamento cristão. Ali, ela havia presenciado o encontro de muitos jovens com Cristo incluindo dois de seus próprios filhos. Ela era parte integrante da equipe, preparando refeições não apenas nutritivas, mas também saborosas. Ela havia consagrado a vida a Cristo bem pouco tempo antes de começar a trabalhar para o acampamento, mas Kaye tinha um segredo que ela guardava escondido do pastor e da maioria dos membros da igreja.
Ela era viciada em álcool. Isso aconteceu de forma bastante inocente. Enquanto estava no ensino médio, alguém a desafiou a beber. "Uma vez" certamente era aceitável. Suas amigas cediam aparentemente sem sofrer os efeitos a longo prazo. Os que experimentam uma vez não deveriam ser comparados com os alcoólatras, ou deveriam? Como ela podia saber que os pesquisadores estimam que o equivalente a um sétimo da população (14,2%) pode ter predisposição para o alcoolismo, ou seja, para esses, mesmo um único encontro com o álcool pode se transformar em escravidão por toda a vida? Aquele "desafio inofensivo" a mergulhou de cabeça para baixo em direção ao alcoolismo, uma luta em sua vida e que continuou mesmo depois do batismo. Embora Deus a tivesse libertado do vício meses antes de sua morte, as consequências foram inevitáveis. Foram deixadas para trás aquelas lindas crianças, inteligentes, ainda na primeira infância.
Lloyd (pseudônimo) lutou com vícios sexuais. Sem o conhecimento da liderança da igreja, esse diretor de Clube de Desbravadores secretamente molestava suas enteadas até que a esposa descobriu suas atividades destrutivas. Embora ele tivesse desaparecido da vida delas logo depois disso, a esposa, dominada pela vergonha, inquietação e culpa, cometeu suicídio. O planeta Terra precisa desesperadamente de que seja cumprida hoje a promessa divina de "libertação para os prisioneiros".
Atividade de abertura: Esconda pequenos objetos metálicos magnéticos debaixo de arroz cru em um recipiente opaco. Usando um eletroímã potente retire do arroz os objetos metálicos ocultos.
Pense nisto: Como o eletroímã descobriu os objetos ocultos dentro do arroz? Como as tentações podem revelar falhas de caráter e vícios invisíveis sob a fachada chamada "igreja/envolvimento cívico"? Considerando a metáfora do eletroímã, como os cristãos "desativam" o poder da tentação?
Compreensão
Só para os professores: A proclamação de libertação de Isaías (Is 61:1, 2), cumprida na manifestação de Cristo na Terra (Lc 4:18), é essencialmente o evangelho. Liberdade da opressão, liberdade estendida aos cativos, é a força que impulsiona a mensagem cristã. O pecado é viciante por natureza. A mente desviante de Satanás nunca está satisfeita com a rendição intermitente. Seja dependência química, escravidão emocional, ou cativeiro psicológico, os vícios progressivamente acorrentam suas vítimas, arrancando todo fragmento de vida. Emoções ocasionais são gradualmente substituídas pelas compulsões involuntárias. Cada exposição adicional a práticas viciantes se torna outro fio, firmando a escravidão da vítima. Raramente um único fio incomoda, no entanto, múltiplos fios formam rapidamente uma corda inquebrável. A humanidade desesperada anseia por uma invasão divina que destrua as prisões e garanta libertação incondicional. Louvemos nosso Pai celeste por esta promessa: "Se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres" (João 8:36, NVI).
Comentário bíblico
I. "O amor ao dinheiro"
(Recapitule com a classe Pv 30:8, 9.)
Ao considerar comportamentos viciantes, os cristãos geralmente condenam as dependências químicas, pornografia e outros tabus. Outros vícios, muitas vezes escapam de reprovações tão rigorosas, embora não sejam menos pecaminosos. De fato, alguns parecem peculiares a organizações cristãs. Amar o dinheiro é certamente um daqueles vícios do "colarinho branco", geralmente escapando da condenação e muitas vezes disfarçados na "aceitabilidade".
Ironicamente, o apóstolo Paulo identificou o amor ao dinheiro como a raiz do mal. Naturalmente, o dinheiro representa apenas o que pode ser conseguido por sua posse. As pessoas adoram o dinheiro pelo poder que ele lhes proporciona. Seguindo o amor do poder, há muitos caminhos – político, organizacional e financeiro. No fim, todos remontam ao amor-próprio, por exemplo, o egocentrismo. Por extensão, o mal está enraizado no egocentrismo que assumiu a forma de "amor ao dinheiro". Curiosamente, a versão New Living Translation, em 1 Timóteo 6:10 usa a linguagem do vício – "suspirar por dinheiro" – para descrever "pessoas que desejam ser ricas" e aqueles que "caem em tentação e são presos por muitos desejos loucos e nocivos, que os mergulham na ruína e perdição"(v. 9).
Pense nisto: Se a adoração ao dinheiro é apenas um caminho para a usurpação do poder, como o apóstolo Paulo podia ter avaliado outras formas de obter poder? Amar o dinheiro com a finalidade de conseguir poder é mais pecaminoso do que os outros meios de crescer em poder, por exemplo, disputas políticas, meios usados para subir na escala organizacional, ou trair os colegas? Por que os cristãos estariam satisfeitos condenando bêbados, viciados em cocaína e produtores de pornografia, mas evitariam condenar a usurpação do poder e companheiros de fé famintos por dinheiro? Ou como os líderes religiosos sedentos de poder comprometeram a pureza do evangelho durante a Idade Média? Que papel a busca de poder desempenhou no grande conflito entre Cristo e Satanás?
II. Imagem pessoal
(Recapitule com a classe 1Pe 3:3, 4.)
Entre os cristãos em geral, a moda também pode ser classificada como vício do "colarinho branco". Essa ideia não é muito popular, mas isso só mostra a natureza insidiosa desse vício. A negação se torna um obstáculo quase intransponível para superar qualquer vício. Para avaliar, faça o seguinte teste: Quanto tempo gasto com minha aparência: comprando roupas (em lojas, na Internet ou por catálogos), estudando e criando penteados, comparando técnicas de cirurgia plástica, aplicando maquiagem, lendo revistas de musculação, etc? Quanto tempo passo lendo a Bíblia e orando? Se respondermos honesta e afirmativamente, devemos agora, pela graça de Deus, reordenar nossas prioridades. Isso é menos uma questão do que se usa do que uma questão do quanto é importante a aparência, em comparação com os assuntos espirituais.
Cristo veio para resgatar o que somos (essência), não o que parecemos ser. O que importa para nosso Criador é quem somos em relação a Ele. Toda moda, conservadora ou bizarra, quando adorada, em lugar do Criador, torna-se ídolo, uma forma de egolatria, mas cada coração, completamente submisso a Deus, se torna um canal de luz em um mundo escuro, permitindo que Jesus brilhe.
Pense nisto: Por que os cristãos permitem que a aparência exterior influencie indevidamente seu discernimento? Por que os cristãos são tentados a dar mais atenção a questões superficiais em detrimento da transformação interna? Como Tiago 2:1-9 influencia nossa abordagem a esses assuntos?
Aplicação
Só para os professores: Peça que os membros da classe ou os jovens da igreja apresentem o seguinte diálogo. Comente as conclusões sobre a maneira de obter libertação dos vícios e comportamentos compulsivos.
"A Luz"
Proprietário: Eu desisto! Nunca encontrarei o caminho para sair desta armadilha!
Amigo: Armadilha? Esta é sua casa! Você a construiu. Você investiu sua renda de anos para conseguir este lugar. Agora você quer sair?
Proprietário: Num piscar de olhos. Mas isso não vai acontecer, não é? Sinto-me traído e enganado!
Amigo: O quê?
Proprietário: Você me ouviu! Foi-me dito que esta era a grande aventura.
Amigo: O que é esta aventura?
Proprietário: A ausência de luz. Inicialmente foi uma novidade. Foi um verdadeiro pontapé achar o caminho de volta, no escuro – Um tanto escondido como brincar de esconde-esconde, como as crianças. Então, tropecei em alguma coisa e caí com o rosto no chão. Posso ter quebrado minhas costas caindo pelos degraus, dos quais ninguém me havia falado. Tentei apalpar em torno das paredes em busca de uma tomada para conectar a luz e recebi um choque. Odeio a escuridão!
Amigo: Então, deixe a luz entrar
Proprietário: Você não está ouvindo? Tenho tentado tanto que até fiquei com o rosto azul. . . isto é, se você pudesse ver meu rosto. A luz eterna foi prometida para mim... do tipo fluorescente, que nunca se apaga. . . eu só não conseguia ver onde rosqueá-la; eu caí sobre ela. Cortei minhas mãos em pedaços. Disseram que eu apenas desse partida no gerador de eletricidade, mas a corda se rompeu. Fiz tudo o que sei para colocar alguma luz neste calabouço. Nada, realmente nada funciona! Estou condenado à escuridão.
Amigo: É, você que não está escutando. Eu não disse: "Produza luz". Eu não disse: "Gere eletricidade". Eu apenas disse: "Deixe a luz entrar".
Proprietário: Hein?
Amigo: Já existe muita luz no outro lado de suas cortinas. Você não tem que produzi-la. Você só precisa deixá-la entrar.
Perguntas para reflexão
Para superar as trevas dos vícios, somos capazes de gerar o poder para vencer a tentação? É humanamente possível gerar luz (compreensão, sabedoria e força de vontade)?
Essa luz já existe acima de nós mesmos? Se esse poder existe, como introduzir essa luz em nossa vida? Que papel os amigos podem desempenhar ao ajudar os outros a lidar com sua dor, enquanto afastam as trevas?
Criatividade
Só para os professores: Os vícios do "colarinho branco", prontamente aceitos pela maioria dos cristãos, são os mais perigosos. Embora a atividade de encerramento seja aplicável a todos os vícios, não permita que a classe esqueça como isso se aplica aos seus vícios socialmente aceitáveis.
Atividade: (1) identifique o que constitui um vício. (2) Comente sobre o que têm em comum os vícios citados nesta semana (álcool, jogos, ganância, moda e sexo). (3) Criar um plano de libertação com base nas Escrituras para os que estão presos nessas armadilhas.
Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: A Bíblia e as Emoções Humanas
Estudo nº 11 – Libertação dos Vícios
Semana de 05 a 12 de março
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8:36).
Introdução de sábado à tarde
Vício, que vem da palavra latina "vitium", significa "falha", "deformidade", "imperfeição" ou "defeito", que gerou um hábito repetitivo que causa algum mal ao viciado, aos que com ele convivem, ou à sociedade. É algo costumeiro, do qual a pessoa viciada se tornou dependente. A pessoa pode gostar do vício ou não, mas encontra dificuldades de se livrar dele. Às vezes sem ajuda isso é até impossível. Um vício é uma mistura do sentimento de amor à necessidade e ao prazer. É um hábito nocivo. O oposto de vício é a virtude, qualidade moral particular que predispõe a pessoa a praticar o bem, uma verdadeira inclinação para ser correto.
Os vícios podem se formar por hábito ou repetição de qualquer coisa, por dependência psicológica, por dependência química e outras formas. A dependência química está vinculada a qualquer substância psicoativa, droga que altere o comportamento e que cause dependência (álcool, chimarrão, café, maconha, cocaína, crack, medicamentos para emagrecer à base de anfetaminas, calmantes indutores de dependência ou "faixa preta", etc.). A dependência se caracteriza por o indivíduo sentir que a droga é tão necessária (ou mais!) em sua vida quanto alimento, água, repouso e segurança.
Há hoje uma quantidade inumerável de possibilidades de vícios. Por exemplo: bebidas, álcool, drogas, cigarro, computador, internet, video-games, orkut e similares, futebol, coca cola, bebidas doces, masturbação, mascar chiclete, assistir a filmes pornográficos, ouvir som muito alto, tomar chimarrão e uma infinidade de outros vícios, todos nocivos. Há até o vício do trabalho, chamado workaholic, uma expressão em inglês que designa uma pessoa viciada em trabalho ou outra atividade. É uma variação da palavra alcoholic (alcoólatra). Existe o vício virtual, popular nerdismo – uma pessoa que exerce intensas atividades intelectuais inadequadas para a sua idade; fascínio por tecnologia em detrimento de outras atividades mais populares. Por essa razão, um nerd muitas vezes não participa de atividades físicas e é considerado um solitário pelos seus pares. Aliás, há vícios modernos vinculados à tecnologia. São vícios caracterizados pelo uso constante de computadores, mini-games, vídeo-games, fliperamas, Pumps, Brick Games, Tamagotchis entre outros, com o intuito de chapar o côco. O que no começo é apenas um lazer, depois de um tempo torna-se um vício mortal. Os lugares onde mais se traficam drogas virtuais são em Lan Houses, botecos de esquina (com fliperamas), Shopping Centers e em qualquer outro lugar que tiver drogas gamísticas.
A internet, segundo a revista científica britânica "New Scientist", cedeu espaço para uma nova onde de vícios, bem curiosos, mas escravizantes, como:
Ego-navegação: quando você checa seu nome e informações na internet com frequência em busca do número de ocorrências.
Indiscrição blogueira: revelar na internet segredos de informação pessoal que para o bem de todos seria melhor manter em caráter privado.
Blackberrymania: a maldição do executivo moderno de não conseguir parar de checar o blackberry, mesmo no funeral da avó. O blackberry é um popular aparelho que pode ser usado para tirar fotos, telefonar, enviar e-mails e navegar na internet.
Espionagem em buscadores: define-se como o ato de "espionar na internet antigos amigos, colegas e namorados".
Cibercondria: você está com dor de cabeça e uma erupção diferente ao mesmo tempo? Uma exaustiva pesquisa on-line diz que você pode estar com câncer.
Fotobisbilhotice: ato de vasculhar o álbum de fotos de alguém que nunca viu na vida.
Wikipedimania: excessiva dedicação a contribuir com a enciclopédia online colaborativa Wikipédia. A Wikipédia tem inclusive uma página onde o usuário pode verificar se já está viciado: http://en.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Are-You-a-Wikipediholic-Test.
Chicletepod: baixar uma canção "tão chiclete que seria possível envolvê-la em plástico e vendê-la numa loja de conveniência". As vítimas desta síndrome são especialmente vulneráveis aos maiores sucessos do soft-rock dos anos 1970.
Há alguns vícios bem bizarros, como os que seguem:
Tanorexia: vício em bronzeamento;
Nomophobia: medo de estar fora do alcance do celular;
Vício em branqueamento de dentes: exigência imposta pelos estereótipos modernos de beleza indicando a necessidade de dentes absolutamente brancos, praticamente azuis;
Vício em cirurgias estéticas (exemplo de Mickael Jackson);
Vigorexia: vício em exercícios físicos para ter músculos grandes.
O estudo dessa lição, portanto, é essencial. Só por um milagre você não seria viciado em ao menos uma ou duas coisas. E se não for, graças a DEUS, pois outro poder não há para livrar de tantas possibilidades. Esse estudo servirá para qualificá-lo na ajuda a outros, dependentes e escravos de satanás.
- Primeiro dia: Bebidas alcoólicas
A bebida alcoólica é perfeita para satanás dominar a sociedade. Ele vai conquistando as pessoas com pequenas doses, chamadas beber socialmente, ou com moderação. Mas esse é o início da história, pois em muitas pessoas ela segue adiante. Não são poucas as pessoas que se tornam alcoólatras, dependentes de álcool. E também não é desprezível o número daquelas pessoas que chegaram ao extremo, isto é, que irão beber até morrer, pois não podem mais largar esse vício. Ao contrário do cigarro, a dependência de álcool é vitalícia. Quem quiser parar de beber álcool deverá manter-se longe dele enquanto viver. Mesmo décadas depois de ter parado de beber, se ingerir apenas um gole, irá continuar até cair no chão. Portanto, toda bebida alcoólica é uma poderosa arma à disposição de satanás para dominar as pessoas, que consegue fácil, pois por trás dela há uma indústria sedenta por dinheiro, pouco se importando com as consequências. E o homem pós-moderno, que quer viver o dia de hoje, quer prazer sem medir as consequências, é vítima preferencial do álcool.
O custo social do álcool na saúde é enorme. Por exemplo: baixo peso ao nascimento, câncer bucal e orofaríngeo, câncer esofágico, câncer hepático, depressão unipolar e outras desordens psiquiátricas relacionadas ao consumo do álcool, epilepsia, hipertensão arterial, isquemia miocárdica, doença cérebro-vascular, diabetes, cirrose hepática, acidentes com veículos e máquinas automotoras, quedas, intoxicações, danos auto-infligidos e homicídios. Para aqueles países com economias de mercado de pobreza intermediária, entre os quais o Brasil, o álcool é o mais importante fator causal de doença e morte, podendo o impacto deletério total, dentro de uma escala percentual, ser considerado em patamares situados entre valores que variam de 8% até 14,9% do total de problemas de saúde dessas nações. O Brasil, portanto, tem no consumo do álcool o responsável por mais de 10% de seus problemas totais de saúde. Dentre os principais problemas de saúde pública no Brasil da atualidade, o mais grave é o consumo de álcool, posto ser este o fator determinante de mais de 10% de toda a morbidade e mortalidade ocorrida neste país. Fonte:
O Brasil está na faixa mais alta de consumo de álcool, por tanto, um dos países onde mais é ingerido. Por isso, aqui mais de 8% das mortes totais e mais de 50% das mortes no trânsito são causadas pelo álcool. Mas não temos pesquisas suficientes para expor melhor o problema, portanto, há muita subjetividade do tipo "eu acho", como: ": o que pode haver de mal em beber? Todo mundo bebe um pouquinho."
Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) traz um dado positivo: 48 % dos brasileiros não bebem (um bom percentual). Na Europa apenas 10% não bebem álcool. Mas a descoberta negativa é que 24% dos brasileiros bebem excessivamente. Esse grupo consome mais de 80% de todo o álcool e é responsável pelo custo social que decorre desse hábito. E mais de 70% desse consumo é por meio da cerveja. O consumo de álcool, que aumenta todos os anos, já chama a atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estuda criar medidas como as do combate ao tabaco. E já tem recomenda-ções nesse sentido, mas no Brasil o ministério da saúde até hoje nada fez. A nossa lei seca para o trânsito é letra morta, um fracasso, e muitas mortes. (Fonte dessas informações:
Algumas estatísticas assustadoras em relação ao consumo de álcool:
ð cerca de 15% a 66% de todos os homicídios e agressões envolveu álcool;
ð álcool está presente em até 50% dos casos de estupro;
ð no Brasil, 52% da violência doméstica estavam ligados ao álcool;
ð no mínimo 2,3 milhões de pessoas morrem por ano no mundo devido a problemas relacionados ao álcool;
ð no Rio de Janeiro os acidentes de trânsito com vítimas fatais chegam a incrível marca de 75%, segundo a FAPESP, e em São Paulo esse índice é de 42,7% segundo a Folha de São Paulo – esse percentual varia segundo a região;
ð segundo o Ministério da Saúde, 12,3% dos brasileiros são dependentes de bebida alcoólica, contra 9% de tabaco e 1% de maconha;
ð os pesquisadores da UNICAMP alertam para os malefícios para a saúde do indivíduo em caso de uso prolongado de bebida alcoólica: cirrose hepática; dependência de álcool; doenças cerebrovasculares; neoplasias de lábio, cavidade oral, faringe, laringe, esôfago e fígado; gastrite; varizes esofagianas; pancreatites aguda ou crônica; diabetes mellitus; tuberculose; pneumonia e influenza; risco de coma alcoólico; Síndrome de Abstinência Alcoólica; Síndrome de Wernicke-Korsakoff. O abuso de álcool determina mortalidade precoce. Na Suécia, perto de 25% dos óbitos de menores de 50 anos foram atribuídos ao álcool.
Fonte: http://www.umavisaodomundo.com/2008/06/maleficios-causados-excesso-alcool.html
Nós, que somos o povo de DEUS, temos o dever de dar bom testemunho ao mundo dependente do álcool, portanto, escravo de algo tão nocivo. O mundo ficou cego. Aquilo que é mau acha bom e imprescindível, e aquilo que é bom, detesta. O estilo de vida saudável que nos é recomendado pelo Espírito de Profecia, que alguns de nós segue, deve (ou deveria) ser um destaque na mídia global. Os jornais, as revistas, a televisão deveria ter motivos para estar sempre de olho no povo de DEUS, pela diferença na qualidade de vida, por ser um povo feliz e por ter um exemplo de vida a ser seguido. Essa, no entanto, não é a realidade em geral, não sejamos hipócritas. Falta muito entre o povo de DEUS para sermos exemplo a ser seguido. Não basta na média sermos apenas um pouco melhores que o mundo. E a saúde é para ser o braço direito da proclamação do Alto Clamor, segundo Ellen G. White. E ela será. Muitos já estão fazendo a reforma em sua saúde. Há um programa de 40 madrugadas muito importante a esse respeito. Ele não deve ser apenas lido e esquecido; ele deve resultar em ações práticas de mudança no estilo de vida. Estes que o fizerem certamente serão instrumentos nas mãos de DEUS, durante o Alto Clamor, que se aproxima.
- Segunda: Vício de sexo
Além da bebida, satanás tem muitas outras poderosas armas para escravizar as pessoas. Uma outra maneira é por meio do sexo. DEUS nos criou homem e mulher. Deve-se casar e se tornar uma só carne, ou seja, tão unidos pelo amor que, em sua intimidade, podiam ser capazes, não de criar vida como DEUS faz, mas de gerar vida. A intimidade sexual é a segunda maneira em que mais nos aproximamos de DEUS; óbvio, quando é puro. Por ela somos capazes de trazer uma nova vida ao mundo. É a possibilidade mais íntima possível entre seres humanos, e é pelo poderoso amor de DEUS. A mais íntima possível, a primeira, é o sábado, quando nesse dia nos desligamos de tudo o mais e nos ligamos a DEUS.
Em nosso lar é bonito. Aos poucos dividimos as tarefas. Como sou professor em uma Universidade, e leciono para curso de Administração, estudo muito, e tenho pouco tempo para questões burocráticas da vida. E nem gosto delas. A minha esposa gosta, portanto, os pagamentos e assuntos bancários, é tudo com ela. Temos as nossas contas bancárias em conjunto, aliás, tudo é em conjunto. Confiamos um no outro, e vivemos felizes assim. Cada um faz o que gosta, e no somatório, tudo é feito com prazer. Já estamos casados há 32 anos, e cada vez nos sentimos mais unidos. O momento mais prazeroso é a sexta-feira à noite, isso quando estou em casa, pois viajo muito para dar palestras sobre profecia aplicada. A tal ponto somos íntimos que, se DEUS nos castigar determinando que devemos ficar juntos sem mesmo sermos fisicamente transformados, só no intelecto, e termos a vida eterna, passaríamos a eternidade agradecendo pelo castigo. DEUS jamais conseguiria nos castigar dessa maneira, pois seria recebido como uma bênção. Agora, imagine, como nós ficaremos felizes um com o outro, quando formos por completo transformados!
DEUS tinha razão quando disse por meio de seu escritos: "Alegra-te com a mulher da tua mocidade" (Prov. 5:18). Isso é verdade. Há 32 anos que estamos fortalecendo a nossa dependência um do outro, e aumentando a nossa felicidade. Reconhecemos que isso vem de DEUS; Ele sabe o que faz. Lembro bem que, quando ainda solteiro, orava para que DEUS escolhesse a minha esposa. E assim foi. Tive apenas uma namorada, essa com quem casei. Periodicamente paro para pensar como DEUS nunca erra. O casamento não é algo que possa ser tratado com leviandade, não é uma escolha que podemos fazer por impulso ou sem sabedoria. DEUS tem que fazer parte, daí não há como dar errado. O meu grande desejo é viver com a minha esposa por toda a eternidade, mesmo que ali sejamos anjos.
Mas no mundo não é assim. Cada vez mais a ênfase é no sexo livre e sem compromisso. Há em muitas pessoas uma compulsão por sexo, incentivada por filmes pornográficos, revistas e sites da internet, medicamentos para aumentar o prazer sexual, uma quantidade de produtos e artigos de vestuário para o mesmo fim, e muito mais. Tudo com dois objetivos: uns querem ganhar dinheiro com isso, outros querem prazer sem compromisso. Os dois estão voltados para o "eu": uns para ter mais, outros para ser mais. "A compulsão sexual é uma dependência", define o psiquiatra Aderbal Vieira Júnior, coordenador do Ambulatório de Tratamento do Sexo Patológico, do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp. "O 'vício' em sexo é uma variante daquele em drogas ou em jogo; o funcionamento é o mesmo, afirma. Para o psiquiatra, o sexo patológico é diagnosticado quando a pessoa perde a liberdade por não conseguir controlar os seus impulsos" (http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI156741-EI1517,00.html). Aliás, os jornais de qualquer tipo estão repletos de notícias em que alguém mata o parceiro, por ciúmes. E o que dizer da pedofilia? Dias atrás, em nossa cidade, um pai abusou sexualmente de sua filha de 30 dias. Esse é um mundo pornográfico, que impulsiona a esse tipo de comportamento.
O nosso melhor exemplo humano para nos precavermos contra esse tipo de vício é José, aquele do Egito. Ou seja, evite a primeira vez, pois, se experimentar algo errado, vai querer mais, e já se tornou dependente. Do mesmo endereço acima, vamos transcrever o relato como uma jovem senhora se tornou dependente de sexo, mesmo sendo casada. Perceba o seguinte: tudo começa por apenas uma idéia acariciada, que parece atraente e inocente. Do mesmo modo também Lúcifer caiu, com uma idéia de ser como DEUS, que foi cultivada até que se tornou uma obsessão, ficou dependente dela, e fez o que sabemos. O nome da mulher foi alterado.
"A advogada Ângela, de 37 anos, começou as suas "escapadas" via internet. "Depois do trabalho, entrava em bate-papos por distração", conta. Com o tempo, passou a marcar encontros com os homens que conhecia on-line. "No começo, levava um tempo para me acertar com eles, até ir para a cama. Só que esse tempo foi diminuindo e passei a marcar encontros só para sexo fácil, rápido, sem vínculos ou armadilhas", relata a advogada. As "escapadas", como diz, que ocorriam uma ou duas vezes por semana, começaram a atropelar a sua vida. "Para uma pessoa que é casada, trabalha, tem responsabilidade e rotina, dedicar-se a isso exige um esforço significativo. Perdia noites de sono na internet, à busca de pessoas disponíveis, desmarcava compromissos e sem querer afastei-me do meu marido e da minha vida. Eu considerava que tinha um casamento bacana, uma vida sexual legal com o meu marido, mas, mesmo assim, tinha outra vida, cheia de riscos", declara."
Deu para entender? Essa mulher não queria trair seu marido, estava satisfeita com ele, porém, ela só queria "se distrair", e levada pela curiosidade, foi cada vez mais longe. Satanás é astuto; ele pega a pessoa por algo quase insignificante, quase inocente, como um bate-papo na internet. É só um bate-papo com outra pessoa cujas intenções não conhecemos. E vai avançando até que não haja mais retorno. E nesse assunto, de sexo, o afastamento pode ser para uma distância que a pessoa nem queira mais retornar. A todos nós, o exemplo de vida é José. Não deixe sequer que um pensamento imoral se prolongue em sua mente.
- Terça: Jogo
Há uma avalanche de oportunidades de jogo à disposição nesses dias finais. No Brasil, que saiba, em loterias há pelo menos sete: Loteria, Loteca, MegaSena, LotoMania, LotoFácil, DuplaSena, Quina. Essas que encontrei na internet. Mas há ainda os caça-níqueis e cassinos, proibidos em nosso país. Há outros jogos que envolvem apostas, como os bingos, jogo do bicho, rifas, ação entre amigos, boliche, corridas de automóveis, rinhas de galo e outras, corridas de cavalos, etc., tudo incluindo apostas para ganhar mais. O alerta que se deve dar nesse estudo da lição não é só contra o jogo que nós, do povo de DEUS, geralmente não participamos, mas daquelas modalidades que muitos, inocentemente, participam. Deixou para Ellen G. White alertar sobre algo que havia naqueles tempos, e que ainda ocorre hoje:
"Vemos as igrejas dos nossos dias incentivando festejos, glutonaria e dissipação por meio de ceias, quermesses, danças e festivais realizados com o fim de ajuntar meios para a tesouraria da igreja. Eis um método inventado por mentes carnais para conseguir recursos sem sacrifício. ...
"Tal exemplo faz certa impressão na mente da juventude. Notam que os bingos, quermesses e jogos são aceitos pela igreja, e pensam haver algo fascinante nessa maneira de obter recursos. O jovem está rodeado de tentações. Entra na pista de boliche, no salão de jogo, para ver o esporte. Vê que o dinheiro é embolsado pelo que ganha. Isso parece tentador. Parece um modo mais fácil de obter dinheiro que pelo trabalho árduo, que requer perseverante energia e economia estrita. Imagina não haver nisso nenhum mal, pois se tem recorrido a jogos semelhantes visando a obter recursos em benefício da igreja. Então, por que não deveria ele ajudar a si mesmo dessa maneira?
"Dispõe de uns poucos meios que aventura investir, pensando que eles podem trazer uma boa quantia. Quer ganhe ou perca, está na estrada descendente que conduz à ruína. Mas foi o exemplo da igreja que o levou ao caminho falso" (Conselhos sobre Mordomia, 201).
A Bíblia não condena nem aprova, diz o redator da lição. Não posso partilhar desse pensamento, pois é o contrário. Assim como nada consta na Bíblia sobre usar crack, sabemos que devemos evitar pois consta na Bíblia que o nosso corpo é templo do Espírito Santo, e que devemos preservar a sua saúde. Do mesmo modo a Bíblia é farta em princípios de vida quanto a como obter o sustento e até como enriquecer, que é sempre pelo trabalho, nunca por meio da chamada sorte. Portanto, a Bíblia não contém todas as proibições nem todas as coisas lícitas, mas nos apresenta suficientes princípios de vida para sabermos distinguir o que convém do que não convém. Isso se chama sabedoria espiritual. E nós, do povo de DEUS, devemos possuir essa sabedoria, aplicá-la em nossa vida e ensiná-la a outros, principalmente pelo exemplo prático.
- Quarta: O amor do dinheiro
Numa das crises econômicas em que as ações das bolsas de valores caem muito, um empresário inglês perdeu, em um dia, US$500 milhões. Ele não suportou o volume dessa perda, e se suicidou. Duas semanas depois a bolsa se havia recuperado, mas o homem não ressuscitou mesmo assim. Tivesse esperado uns dias, teria aquele dinheiro de volta, mas por amar demais as riquezas, precipitou-se e perdeu tudo.
O deus desse mundo é o amor ao dinheiro. É por meio desse deus que satanás está unindo as igrejas. A idéia é salvar o mundo de sua tendência catastrófica para viabilizar a globalização dos negócios em um ambiente de paz e segurança. Assim ele consegue apoio dos gananciosos para a santificação do domingo. Disso estão participando desde políticos a empresários, incluindo muitos religiosos, cientistas e outras pessoas influentes. Todo o esquema da unidade das religiões e filosofias do mundo está em torno dessa idéia: garantir as condições para que se possa continuar negociando nesse terceiro milênio e ganhar muito dinheiro.
O amor ao dinheiro chama-se ganância. E as últimas crises econômicas, para quem entende do assunto, deixam bem claro que têm sido motivadas, em grande parte, pela ganância. A crise de 2008, que já passou, fez quebrar alguns grandes bancos porque milhões de famílias americanas resolveram negar os princípios de seus ancestrais, pelos quais esse país se tornou uma grande e poderosa nação, e gastaram mais que ganhavam. E os bancos, também gananciosos, emprestaram muitas vezes sem garantia real de pagamento. A gastança estimulou o mercado global, e outros países, principalmente a China, venderam para os consumidores americanos, que depois, de tão endividados, não conseguiram pagar as prestações de aquisições de grande valor, como apartamentos e casas. Os bancos que fizeram esses empréstimos não receberam o dinheiro de volta, e o volume era tão alto que os acionistas resolveram se desfazer das ações desses bancos, que, por sua vez, já haviam vendido as hipotecas a outros bancos da Europa e da Ásia. Para evitar uma quebradeira global e uma depressão econômica (crise aguda com muito desemprego e fome), os governos gastaram quase US$12 trilhões. Agora o que acontece no mundo são governos de países ricos endividados, por essa causa e mais outras, como a guerra e os gastos inúteis. A situação financeira no mundo está bem ruim, embora não perceba quem não estiver atento. O desfecho, como o decreto dominical, virá em meio a um cenário de grave crise econômica, certamente uma depressão. E essa crise se desencadeará por causa do incontrolável amor ao dinheiro, seja por parte das pessoas, seja por parte das empresas e corporações, seja também por parte dos governos. Essa é uma via a evitar por parte daqueles que honestamente desejam ser salvos.
- Quinta: Imagem pessoal
O autor hoje foi muito feliz em seu texto. Em poucas palavras disse o essencial. Creio que esse é um tema que nesses últimos 20 anos quase já não se trata mais na igreja. Afinal, como um ministro irá abordar o assunto se a esposa de seu presidente se pinta, ou se a sua própria esposa se pinta, e a cada pouco, à moda dos camaleões, aparece diferente na igreja? Eis o início da situação. Se líderes caem na armadilha da beleza artificial, o que se poderia esperar dos demais membros, menos instruídos?
Na Bíblia encontramos as orientações de simplicidade e humildade. No Espírito de Profecia também. É fácil descobrir tais orientações. Mas o poder da indústria da beleza, por meio da propaganda é imenso, e as pessoas se moldam para outro tipo de beleza, não a natural, mas a artificial, que foca para o "eu". Assim transformam seu corpo em ídolo. A sucessão da beleza artificial em nosso meio foi mais ou menos assim: Primeiro, algumas mulheres foram pintando o cabelo (hoje isso é visto como normal, mesmo nas cores mais radicais e chamativas). Depois algumas foram pintando as unhas ou em torno dos olhos. Então vieram os cosméticos para a face, seguidos por um conjunto de outros esquemas mais recentes, tais como botox, cirurgias plásticas, infiltrações, silicone, próteses, lipoaspiração, etc. Vamos dar um desconto para os casos de correções por acidentes e cirurgias, quando o bom senso requer. Mas agora, tal como as mulheres, os homens, em nossa igreja, também já passaram a alimentar a indústria da vaidade, que foca no "eu". E alguns dizem: "eu me sinto bem assim, portanto, não vejo mal algum".
Pois bem, cada um faça o que desejar, é livre para isso. Em nossa casa, porém, temos estudado o assunto fundamentado na Bíblia e nos escritos de EGW (que poucos ainda aceitam, mesmo aqui no Brasil), e seguimos as orientações que nos preparam para sermos cidadãos do reino celeste. Nele se vive modestamente, porque lá, qualquer coisa que se fizesse para melhorar a aparência, só pioraria flagrantemente. Aliás, aqui na Terra também é assim (exceção para os casos de deformação física, que requerem as devidas correções óbvias). Como esposo, consagrado a ancião há algumas décadas, sinto a responsabilidade diante de DEUS de, junto com a esposa, dar bom testemunho aos demais membros. Jamais exigi de minha esposa que ela se produzisse. Não quero uma esposa parecida com as mulheres da televisão, quero uma mulher autêntica, e jamais farei algo para ela perder a vida eterna (e se fizesse, perderia a minha vida também), mas tenho feito algo para ela se salvar. Não consigo imaginar como ela poderia ser mais bela do que é do modo como DEUS a criou. Sejamos sinceros: por exemplo, existe no mercado alguma tinta que seja mais bonita que as cores de cabelo que temos ao natural? Temos buscado melhorar nosso estilo de alimentação? Isso sim, produz beleza, principalmente na pele. Com uma certa satisfação, a aparência de minha esposa é no mínimo uns dez anos mais nova que as mulheres que usam de recursos artificiais. E é isso que vale: a beleza natural, que vem de seguir as orientações que DEUS nos deu. DEUS ama o belo, e quer que sejamos bonitos, em especial as mulheres, feitas para serem lindas. Mas Ele, como também todo homem verdadeiramente convertido, ama só o belo natural, não o artificial que muitas vezes deixa feio e até deforma as medidas naturais. Você pode ter em sua casa um elegante pote de flores artificiais, mas elas nunca irão competir com as naturais, que são vivas. Nunca! Esse é o ponto em que nós, adventistas, deveríamos ser mais criativos, e não tão copiadores do que o mundo considera belo. Por quê perdemos a originalidade e a criatividade? Por que razão temos que viver ao sabor dos critérios do mundo? Onde está a nossa competência intelectual que DEUS nos deu, e que Ele quer dirigir? Poucos entre nosso meio têm condições de darem respostas corretas a essas questões. Como é no mundo, muitos de nós estão focando no "eu", não em DEUS.
No grupo que frequento uma senhora tem cabelo quase branco, e é natural. Dentre todas de sua faixa de idade, o cabelo dela é o mais bonito. As outras, que pintam, tem todas uma cor de mau gosto. Mas como a propaganda disse que assim é bonito, então vale o que disse essa propaganda. DEUS, porém, acha bonito as cãs (Provérbios 20:29), quando vierem (em mim já vieram, e gosto assim, minha esposa também). Então, se Ele acha bonito, quem é a indústria da pintura do cabelo para dizer: é feio?
Vou passar adiante a receita que ouvi de um pastor nosso, já jubilado, de como ele, e principalmente a sua esposa fazem para manterem a beleza adequada à idade. Tomam com frequência sucos, em especial de cenoura, que é bom para a pele (e uma pele bonita faz diferença...). São vegetarianos e se alimentam de forma equilibrada, pois uma boa saúde garante a beleza em todo o corpo. Eles também cultivam a beleza interior (não estou falando do que se vê numa endoscopia), ou seja, estão de bem com DEUS e com a vida; portanto, vivem felizes, costumam rir muito, o que gera no corpo uma química altamente favorável à beleza natural, sempre superior à artificial, impossível de ser imitada. Cuidam bem das horas de sono e do equilíbrio nas tarefas diárias. E em especial, amam-se mutuamente, amam o próximo e amam a DEUS. E ninguém imagina a verdadeira idade que eles têm - bem mais que a aparência. Ou seja, aparentam entre 10 a 15 anos menos que o real.
Ficam umas perguntas: por quê não podemos nós, povo de DEUS, ser originais? Por quê temos tanta atração pelo que o mundo diz ser bom ou ser bonito? Por quê temos que copiar dos que vão se perdendo?
Em nossa casa, não iremos arriscar a vida eterna por tão pouco. Aqui, essa vida vale nada diante da eternidade, que, sinceramente, se formos inteligentes, não arriscaremos a eternidade pelo pouco daqui, que, além de tudo, nem é bonito.
Aqui vai um desafio: torne-se uma pessoa a cultivar a beleza natural, aquela que DEUS aprova, e depois me conte, se a vida não é bem superior, se a consciência que está em paz com DEUS, produz ou não uma felicidade interior que até é difícil de explicar. Só sabem aqueles que assim vivem.
Mas, enfim, quem não concordar com essa análise, continuemos amigos, até o dia em que nos separarmos para sempre.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Muito bem escolhida a citação de EGW, para a conclusão desse estudo. Em resumo, aquilo que somos no interior, demonstramos no exterior, pode ser em palavras, em atos, na aparência, no vestir, na alimentação, no que fazemos nas horas de folga, no tipo de conversa que sustentamos, nas amizades, nos locais que frequentamos, e assim, em tudo. É simples de entender: são os nossos desejos íntimos que formam os nossos hábitos, e estes determinam o que iremos escolher. Portanto, o nosso exterior serve para nós mesmos descobrirmos o que tem valor em nosso interior, e se há a necessidade de alguma reforma. Provavelmente sim.
O assunto dessa semana tem muito a ver com o "eu". Podemos refletir sobre como JESUS, o nosso exemplo superior, tratava da questão do "eu", na passagem sobre esse assunto:
"Jesus, o divino Mestre, sempre exaltou o nome de Seu Pai celestial. Ele ensinou Seus discípulos a orar: "Pai nosso que estás nos Céus, santificado seja o Teu nome." Mat. 6:9. E eles não deviam esquecer de reconhecer: Tua é "a glória". Mat. 6:13. Tão cuidadoso foi o grande Médico em desviar a atenção de Si mesmo para a Fonte de Seu poder, que a maravilhada multidão "vendo os mudos a falar, os aleijados sãos, os coxos a andar, e os cegos a ver", não O glorificavam a Ele, mas "glorificavam o Deus de Israel". Mat. 15:31. Na maravilhosa oração que fez pouco antes de Sua crucifixão, Cristo declarou: "Eu glorifiquei-Te na Terra". "Glorifica a Teu Filho", suplicou, "para que também o Teu Filho Te glorifique a Ti". "Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu Te conheci; e estes conheceram que Tu Me enviaste a Mim. E Eu lhes fiz conhecer o Teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que Me tens amado esteja neles, e Eu neles esteja." João 17:1, 4, 25 e 26" (Profetas e reis, 69, grifos acrescentados).
Obs.: Sobre essa lição, podem encontrar material anexo no site, para obtê-los, veja onde está Anexo 01; 02 e 03.
escrito entre 13/01 e 01/02/2011 - revisado em 02/02/2011
corrigido por Jair Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.
FONTE: www.advir.com.br
A Maquiagem e a Mulher Adventista
Karyne M. Lira Correia 04 - jul - 2010
Há alguns dias, uma leitora fez um comentário pedindo que falássemos sobre o uso da maquiagem. Prometi fazer um artigo sobre isso e estou vindo cumprir a promessa. Porém, antes que você leia este artigo, aconselho uma leitura prévia de dois outros artigos publicados recentemente: "Chamando o Pecado Pelo Nome – Amando o Pecador" e "Dois Caminhos".
Falar sobre maquiagem, assim como sobre qualquer outro assunto relacionado à modéstia cristã, é sempre algo polêmico. Podemos dizer que existem dois tipos de maquiagem, a julgar pela função: a maquiagem com função corretiva e a maquiagem com função de ornamento.
O primeiro tipo diz respeito a uma maquiagem que se usa com a intenção de fazer pequenas correções. Ao final da maquiagem a pessoa apresenta uma aparência natural, tendo algumas marcas ou imperfeições disfarçadas, ou "corrigidas", pelos produtos usados. Essa maquiagem não gera escândalo, pois a idéia é que ela não seja percebida, mas que a imagem da pessoa fique mais apresentável.
O segundo tipo diz respeito a uma maquiagem que tem como fim ser percebida, ornamentar o corpo, trazer a ele traços totalmente artificiais que são conseguidos por meio de produtos como sombras e lápis, etc. Essa maquiagem foge totalmente à discrição sendo algo que em si destina-se a chamar a atenção, do contrário poderia ser dispensado seu uso. Por meio de uma série de produtos de variadas cores, cria-se uma imagem que nunca seria possível ter de forma natural, ou você conhece alguém que nasceu com um sombreado azul nos olhos, ou rosto de boneca?
Existem dois textos que devem sempre ser lembrados quando falamos de modéstia cristã:
I Pedro 3:3: "Não seja o adorno da esposa o que é exterior…"
I Timóteo 2:9 e 10: "Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)".
A preocupação excessiva com o adorno exterior não pertence à mulher cristã. Esta age com modéstia e bom senso. Por que uma mulher adventista precisaria usar uma maquiagem cheia de cores que não pertencem ao natural humano? Não estariam as mulheres sendo influenciadas pela moda do mundo e seus costumes?
O mundo prega o consumo dos produtos de beleza, e cada dia cria uma nova tendência de cores e estilos, que são comprados por muitas mulheres de nossa Igreja. Somos as mulheres do tempo do fim, se houve algum tempo em que se podia perder tempo com vaidades esse tempo acabou. Temos uma missão a cumprir, não estamos neste mundo para exibir nossa beleza, mas para exibir um caráter semelhante ao de Cristo. Esse deve ser o nosso adorno.
Alguém pode dizer que a maquiagem ajuda na auto-estima da mulher. Queridas amigas, se nossa auto-estima estivesse baseada em algo que sai com água e sabão… quão pouco valeríamos! Nossa auto-estima deve se basear no que somos e não no que fingimos ser, e maquiagem é fingimento, pois não somos aquilo que a pintura produz.
O povo de Deus deve ser o povo mais bonito e saudável do mundo. Não seria muito melhor ouvirmos as orientações de saúde e cuidar de tudo aquilo que influencia em nossa saúde e conseqüentemente em nossa aparência? Não seria mais sábio cultivar uma beleza que não sai com água e sabão, mas que resiste ao tempo, pois diz respeito a um estilo de vida?
Só Deus pode julgar suas intenções, querida irmã. Contudo, uma coisa é certa, se gastamos tempo de nossa missão nos dedicando a vaidades que só pretendem chamar a atenção para nós mesmos, iremos arcar com isso no Dia do Juízo. O cristianismo combina com abnegação, humildade e simplicidade, mas não com vaidade e exaltação do eu.
Se neste momento você está pensando em alguma irmã de sua Igreja, pense primeiramente em você e em suas intenções ao se adornar, tanto com a maquiagem quanto com outros tipos de pintura, como a das unhas. Julgue suas próprias intenções e não as das demais irmãs, e ore a Deus para que Ele te ajude a viver segundo a Sua vontade!
"Perguntai-lhes então como se sentem quanto ao adorno do corpo, e se têm alguma idéia do que é estar preparado para comparecer perante Deus, e vos dirão que se somente pudessem voltar a viver de novo o passado, corrigiriam a vida, evitariam as loucuras do mundo, sua vaidade e orgulho; e adornariam o corpo com roupas modestas, dando assim um exemplo aos que os rodeiam. Viveriam para a glória de Deus." Mensagem aos Jovens, p. 127
"É justo amar o belo e desejá-lo; mas Deus deseja que primeiro amemos e busquemos a beleza do alto, que é imperecível." Atos dos Apóstolos, 523
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BEM VESTIDA E CRISTÃ
Evelyn Nagel
Coordenadora da AFAM e diretora do Ministério da Mulher na Divisão Sul-Americana
A roupa melhora a aparência quando usada com critérios.
Muitas vezes em conversa com outras pessoas ouço a expressão: "Encontrei a Sra.... na rua, no transporte ou em seu local de trabalho, mas ela não estava nada adventista!" Já ocorreu de você ouvir expressões semelhantes a esta?
Pensando neste caso e na responsabilidade que temos perante os membros da igreja e em dar um bom testemunho para aqueles que nos cercam, em minhas leituras encontrei na Revista Message um artigo muito apropriado, escrito por Patrícia Humphrey, e que concluí ser uma grande advertência para cada uma de nós, pois podemos nos tornar uma influência positiva ou negativa para aqueles que nos observam. Deus pede de nós uma conduta cristã em nosso viver o que significa que também nosso exterior necessita de cuidados pois em muito ele demonstra o que possuímos interiormente. Leia com atenção e analise sua conduta:
"Imagine a seguinte cena: você e seu marido são convidados para um jantar de gala. Todos estão vestidos a rigor. Os homens trajando smoking e as mulheres com seus vestidos de festa. Os convidados estão mantendo conversação amena quando, de repente, há um silêncio total. Todos os olhos parecem estar voltados para um casal que acaba de chegar – bem vestidos, mas com trajes social esporte. Você estremece ao perceber o constrangimento deles. Acabam de descobrir, para espanto de todos e horror deles que de alguma forma deixaram de ler atentamente o convite que de forma clara indicava o traje para essa ocasião.
"Não apenas esse incidente nos traz à mente a bem-conhecida parábola bíblica do homem que compareceu à festa das bodas sem as vestimentas nupciais, mas é também uma ilustração clássica da importância do vestuário para cada ocasião. Você não usa terno ou tailleur na praia, ou trajes de banho para esquiar na neve. O mesmo princípio se aplica ao local de trabalho.
"Embora o clima de onde vivemos, o tipo de trabalho que realizamos e a companhia para a qual trabalhamos determine em algum grau nossa indumentária, há certos tipos de roupas que são absolutamente impróprias ao local de trabalho. E, como cristãs, o que usamos no trabalho é especialmente importante. Por quê?
"Embora já tenhamos ouvido muitas vezes o ditado: "Não julgue o livro pela capa", esse adágio realmente não se aplica ao vestuário. A forma como nos vestimos diz muito a nosso respeito – nossos valores, crenças e mesmo nossa moral. Pense nisso. Nossos colegas de trabalho, que sabem que somos cristãs – e espera-se que saibam – não têm como deixar de formar opinião a respeito de nosso cristianismo com base na imagem que projetamos. Quando você chega ao escritório, que mensagem está transmitindo a respeito do cristianismo? Está você dizendo às pessoas que os cristãos são limpos ou sujos? Modestos ou imodestos? Castos ou promíscuos? Econômicos ou extravagantes?
"A consideração-chave para o vestuário cristão no local de trabalho é o princípio da modéstia. E a Bíblia tem muito a dizer sobre ele. Em I Timóteo 2:9, lemos que as mulheres devem se vestir com modéstia. (Homens, vocês não estão eximidos – esse princípio se aplica também a vocês.) O que significa vestir-se com modéstia? De acordo com o Oxford American Dictionary, ser modesto é "não ser ostentoso ou suntuoso na aparência". Em outras palavras, os cristãos devem vestir-se bem, porém evitar roupas ostentosas ou que chamem a atenção para si mesmos.
"Outro sentido de modéstia é o quanto expomos nosso corpo. Antes de sair para o trabalho, faça este pequeno teste: Dê uma boa olhada, de corpo inteiro, no espelho e pergunte a si mesma: Esta roupa é muito justa? Muito curta? Muito transparente ou decotada? Muito ostentosa? Se a resposta for positiva, escolha outra roupa.
"À medida que os padrões do vestuário no local de trabalho se tornam mais relaxados, somos tentados a relaxar nossos padrões também. Porém, lembre-se que se vestir de forma casual não significa rebaixar seus padrões. É possível sermos casuais em nosso vestuário e mesmo assim manter a modéstia.
"Provavelmente, a prova final quanto a se a indumentária é apropriada ou não para o local de trabalho (ou qualquer outro lugar) é perguntarmos a nós mesmos se iríamos nos sentir à vontade usando determinada roupa na presença de Jesus ou se conseguiríamos retratá-Lo usando-a. Como Sua representante na Terra, desejo assemelhar-me a Ele – interna e exteriormente! E você?"
Guia para a indumentária cristã
1. Compre roupas de boa qualidade mas que não sejam exorbitantemente caras.
2. Escolha roupas atraentes mas não ditadas pela moda passageira e ostentosa.
3. Vista-se de forma elegante e apropriada.
4. Os profissionais recomendam que ainda que seu local de trabalho permita indumentária casual mas você lida com o público, deve optar por roupa formal.
5. Sempre siga o princípio da modéstia no vestuário. O velho ditado diz: "Em caso de dúvida, não arrisque".
6. Siga o princípio bíblico de evitar os adornos. É interessante notar que a maioria dos conselheiros de profissionais candidatos a um emprego orienta para não carregar nos adornos e na maquiagem. Quanto mais deve o cristão ser cuidadoso na imagem que projeta.
7. Antes de comprar ou selecionar uma peça de seu vestuário, pergunte-se que mensagem não verbal essa roupa transmitirá. Se a mensagem conflitar com os princípios cristãos, escolha outra peça para usar.
Conversando com uma amiga ela me disse: "Tia Evelyn, nossa igreja perdeu a identidade, já não sabemos quem é quem".
"Não seja o adorno da esposa o que é exterior... seja, porém, o homem interior do coração... que é de grande valor diante de Deus" (I Pedro 3:3 e 4).
Revista do Ancião – 4º Trimstre – 2002.
Simplicidade de vida cristã
"Nosso testemunho não deve ser menos decidido agora do que anteriormente; não devemos pôr uma capa em nossa posição real a fim de agradar os grandes homens do mundo." (ME, 371)
Muitos se enganam pensando que a boa aparência e os vistosos atavios lhes conquistam a consideração do mundo. Mas os encantos que consistem apenas no adorno exterior, são superficiais e mutáveis; não se pode confiar neles. (Mensagens aos jovens, 345)
A verdadeira elegância não acha satisfação no adorno do corpo para ostentação. (Orientação da Criança, 423)
Se preservarem para si sã constituição e amável temperamento, possuirão uma verdadeira beleza que com a graça divina poderão usar. E nenhuma necessidade terão de se adornar com artifícios, pois esses sempre exprimem ausência do adorno interior, de verdadeiro valor moral. Um belo caráter tem valor à vista de Deus. Tal beleza atrairá, mas não desencaminhará. Tais encantos são cores firmes; nunca esmaecem. (Orientação da criança, 424)
Caso seus gostos e hábitos sejam tão simples em tudo como deveriam ser; caso o seu vestuário seja asseado, sem adorno adicional, as mães terão tempo para tornar felizes os filhos e ensinar-lhes amorosa obediência.
(Fundamentos da Educação Cristã, 156)
O tempo que passais diante do espelho arranjando os cabelos a fim de agradar à vista, deve ser empregado em oração, a fazer exame interior. Não haverá, no coração santificado, lugar para o adorno exterior; antes haverá diligente e ansiosa busca do adorno interior, as graças cristãs - os frutos do Espírito de Deus. (I Testemunhos Seletos, 55)
Não os ensineis a buscar a moda e a ostentação, a fim de alcançarem influência no mundo. (Testemunhos Seletos, v. 3, 73)
Não haverá, no coração santificado, lugar para o adorno exterior; antes haverá diligente e ansiosa busca do adorno interior, as graças cristãs - os frutos do Espírito de Deus. (Testemunhos seletos, v. 1, 55)
Por falta de tempo e de idéia, muita mãe recusa a seus filhos algum inocente prazer, enquanto os dedos atarefados e os fatigados olhos se empenham diligentemente em qualquer obra destinada a mero adorno, qualquer coisa que, na melhor hipótese, servirá unicamente para animar a vaidade e a extravagância em seu jovem coração. (O Lar Adventista, 527)
...vejo aqueles que adotam o nome de Cristo imitando as modas introduzidas por pessoas mundanas, tenho as mais dolorosas reflexões. Sua falta de semelhança com Cristo é evidente a todos. No adorno exterior é revelada às pessoas do mundo bem como aos cristãos a ausência do adorno interior, o ornamento de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus. (Mensagens escolhidas, v. 3, p. 244)
Todos deveriam ser ensinados a trajar-se com asseio e decência, sem, porém, se esmerarem no adorno exterior que é impróprio para a casa de Deus. Cumpre evitar toda a ostentação em matéria de roupa, que somente serviria para estimular a irreverência. ... Deve-se cuidar estritamente de toda a questão do vestuário, seguindo à risca as prescrições bíblicas; a moda é uma deusa que impera no mundo, e não raro se insinua também na igreja. A igreja deve também a esse respeito fazer da Bíblia sua norma de vida, e os pais fariam bem em meditar seriamente nesse assunto. (Testemunhos Seletos, vol. 2, págs. 201 e 202).
Nenhum argumento é mais poderoso que o êxito com base na simplicidade. Podeis alcançar êxito na formação de médicos-missionários sem ter uma escola capaz de produzir médicos que possam competir com os do mundo. (Testemunhos Seletos, v. 3, 374)
Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enquanto o caráter tiver uma nódoa ou mácula sequer. Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter, purificar de toda a contaminação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá sobre nós, como caiu a temporã sobre os discípulos no dia de Pentecoste" (Testemunhos Seletos, v. 2, 69).
"Vi que ninguém poderia participar do "refrigério" a menos que obtivesse a vitória sobre toda tentação, orgulho, egoísmo, amor ao mundo, e sobre toda má palavra e ação." (Primeiros Escritos, 71).
"As advertências que a conformidade com o mundo tem silenciado ou retido, precisam ser dadas sob a mais feroz oposição dos inimigos da fé. E por aquele tempo a classe dos superficiais, conservadores, cuja influência tem retardado decididamente o progresso da obra, renunciará à fé" (Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 164).
"Caso nos vestíssemos com trajes simples, modestos, sem atenção pelas modas; caso nossa mesa fosse em todo tempo provida com alimento simples e saudável, evitando-se todos os luxos, toda extravagância; caso construíssemos nossa casa com apropriada singeleza, e da mesma maneira fosse ela mobiliada, isto mostraria o santificante poder da verdade e exerceria notável influência sobre os incrédulos. Mas enquanto nos conformamos com os mundanos nestas coisas, parece que procurando às vezes até excedê-los em fantasiosos arranjos, a pregação da verdade não terá senão pouco ou nenhum efeito. Quem acreditará na solene verdade para este tempo, quando os que já professam nela crer contradizem pelas obras sua fé? Não foi Deus que nos fechou as janelas do Céu, mas nossa própria conformidade com os costumes e práticas do mundo" (Conselhos sobre o regime alimentar, 90).
A abnegação no vestir faz parte de nosso dever cristão. Trajar-se com simplicidade, e abster-se de ostentação de jóias e ornamentos de toda espécie, está em harmonia com nossa fé. Somos nós do número dos que vêem a loucura dos mundanos em condescender com a extravagância do vestuário, bem como com o amor das diversões? Se assim é, cumpre-nos ser daquela classe que foge a tudo quanto sanciona esse espírito que se apodera da mente e coração dos que vivem apenas para este mundo... (Evangelismo, 269)
Uma irmã que passara algumas semanas numa de nossas instituições em Battle Creek disse ter ficado muito decepcionada com o que ela viu e ouviu ali. Pensara que encontraria um povo muito à frente das igrejas mais novas, tanto no conhecimento da verdade como na experiência religiosa. Esperava obter aqui bastante instrução que pudesse levar para suas irmãs na fé num Estado distante. Mas ficou surpresa e aflita com a leviandade, mundanismo e falta de devoção que encontrou em toda a parte.
Antes de aceitar a verdade, ela seguira as modas do mundo em seu vestuário e usara jóias de alto preço e outros ornamentos; mas, ao decidir obedecer à Palavra de Deus, achou que seus ensinos requeriam que abandonasse todo adorno extravagante e supérfluo. Foi-lhe ensinado que os adventistas do sétimo dia não usavam jóias, ouro, prata ou pedras preciosas, e que não se sujeitavam às modas mundanas em seu vestuário.
Quando ela viu entre os que professam a fé tão amplo afastamento da simplicidade bíblica, ficou perplexa. Não tinham eles a mesma Bíblia que ela havia estudado e com a qual procurava harmonizar a vida? Sua experiência passada tinha sido mero fanatismo? Interpretara mal as palavras do apóstolo: "A amizade do mundo é inimiga de Deus. Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus"?
A Sra. D., uma senhora que ocupava um cargo na instituição, estava de visita no quarto da irmã ______, certo dia, quando esta última tirou de sua mala um colar e uma corrente de ouro e disse que queria vender essas jóias e colocar o dinheiro obtido na tesouraria do Senhor. Disse a outra: "Por que pretende vendê-lo? Eu o usaria se fosse meu." "Ora - replicou a irmã ______ quando aceitei a verdade, foi-me ensinado que todas essas coisas precisam / ser abandonadas. Certamente são contrárias aos ensinos da Palavra de Deus." E ela citou para sua ouvinte as palavras dos apóstolos Paulo e Pedro a respeito desse ponto: "Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)."I Tim. 2:9. "Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus." I Ped. 3:3 e 4.
Como resposta, a senhora mostrou um anel de ouro no seu dedo, que fora dado por uma pessoa descrente, e disse que não via mal algum em usar tais ornamentos. "Não somos tão meticulosos - disse ela - como antigamente. Nosso povo foi demasiado escrupuloso em suas opiniões sobre o assunto do vestuário. As senhoras desta instituição usam relógios de ouro e correntes de ouro, e se vestem como as outras pessoas. Não é um bom plano de ação ser singular em nosso vestuário; pois não poderemos exercer tanta influência."
Conformidade com Cristo ou com o Mundo
Perguntamos: Isso está de acordo com os ensinos de Cristo? Devemos seguir a Palavra de Deus ou os costumes do mundo? Nossa irmã decidiu que era mais seguro aderir à norma da Bíblia. Será que a Sra. D. e outras pessoas que seguem um procedimento similar se deleitarão em encontrar o resultado de sua influência naquele dia em que cada um receberá de acordo com as suas obras?
A Palavra de Deus é clara. Seus ensinos não podem ser mal-interpretados. Obedeceremos a ela, assim como Ele no-la deu, ou procuraremos descobrir até onde podemos afastar-nos e ainda ser salvos? Oxalá todos os que estão ligados a nossas instituições aceitassem e seguissem a luz divina, sendo assim habilitados a transmitir a luz aos que andam nas trevas!
A conformidade com o mundo é um pecado que está minando a espiritualidade de nosso povo e interferindo seriamente em sua utilidade. É inútil proclamar a mensagem de advertência Pág. 248 ao mundo enquanto nós a negarmos nas atividades da vida diária. Review and Herald, 28 de março de 1882. (III Mensagens Escolhidas, 246 a 248)
Pelas coisas da Natureza [as flores, os lírios], Cristo ilustra a beleza apreciada pelo Céu, a graça modesta, a simplicidade, a pureza, a propriedade que Lhe tornariam aprazível nossa maneira de vestir. A Ciência do Bom Viver, pág. 289.
Avaliamos o caráter de uma pessoa pelo estilo do vestuário que usa. Uma senhora modesta e piedosa trajar-se-á modestamente. Na escolha de um vestuário simples e apropriado revelar-se-á um gosto apurado, uma mente culta. ... Aquela que é simples e despretensiosa no vestuário e nas maneiras, demonstra compreender que a verdadeira mulher é caracterizada pelo valor moral. Quão encantadora, quão interessante, é a simplicidade no vestir, que em graça pode ser comparada com as flores do campo! Review and Herald, 17 de novembro de 1904. (Mensagens Escolhidas, 242)
Devem trajar-se com roupas modestas, com modéstia e sobriedade. Dai ao mundo uma ilustração viva do adorno interior da graça de Deus. Orientação da Criança, pág. 414.
Não procurem ficar bonitas usando enfeites, penteados exagerados, jóias ou vestidos caros. Ao contrário, a beleza de vocês deve estar no coração, pois esta é uma beleza que não se perde, a beleza de um espírito calmo e delicado. Isso tem muito valor para Deus. I Ped. 3:3 e 4, BLH.
O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes, mas o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus. I Ped. 3:3 e 4.
"Os que se tornaram novas criaturas em Cristo Jesus, produzirão os frutos do Espírito - "amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio". Gál. 5:22 e 23. ... refletir-Lhe-ão o caráter e se purificarão, assim como Ele é puro. As coisas que outrora aborreciam, agora amam; e aquilo que outrora amavam, aborrecem agora. O orgulhoso e presunçoso torna-se manso e humilde de coração. O vanglorioso e arrogante torna-se circunspecto e moderado. O bêbado torna-se sóbrio e o viciado, puro. Os vãos costumes e modas do mundo são renunciados." (Caminho a CRISTO, p. 58)
Riqueza, posição, categoria mundana em todas as suas variedades e distinções de grandeza humana, eram tudo outros tantos graus de pequenez para Aquele que deixara as honras e a glória do Céu, e que não possuía brilho terrestre, não condescendia com luxo algum e não ostentava adorno senão a humildade. (I Mensagens Escolhidas, 260)
"Não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." I Cor. 6:19 e 20.
"Satanás leva muitos a crer que Deus não toma em consideração sua infidelidade nas pequenas coisas da vida; mas o Senhor mostra, em seu trato com Jacó, que de maneira nenhuma sancionará ou tolerará o mal. Todos os que se esforçam por desculpar ou esconder seus pecados, permitindo que permaneçam nos livros do Céu, sem serem confessados e perdoados, serão vencidos por Satanás. Quanto mais exaltada for a sua profissão, e mais honrada a posição que ocupam, mais ofensiva é a sua conduta à vista de Deus, e mais certa é a vitória de seu grande adversário" (O Grande Conflito, 620).
"Disse o anjo: "Deus operará mais e mais rigorosamente a fim de experimentar e provar cada um entre Seu povo." Alguns são prontos em receber um ponto; mas quando Deus os leva a outro ponto difícil, recuam diante dele e ficam para trás, pois acham que isto golpeia diretamente algum ídolo acariciado. Aí têm eles ensejo de ver o que, em seu coração, está excluindo a Jesus. Prezam alguma coisa mais que a verdade, e o coração não está preparado para receber a Jesus. Os indivíduos são experimentados e provados por um espaço de tempo a ver se sacrificarão seus ídolos e darão ouvidos ao conselho da Testemunha Verdadeira. ... Os que satisfazem em todos os pontos e resistem a toda prova, e vencem, seja qual for o preço, atenderam ao conselho da Testemunha Verdadeira, e receberão a chuva serôdia, estando assim aptos para a trasladação. (Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 64 e 65).
"Satanás tem empenho em que ninguém reconheça a necessidade de se entregar completamente a Deus. Quando, porém, a alma não faz esta oferta de si mesma, o pecado não é renunciado; os apetites e paixões entram a disputar a primazia; tentações várias confundem a consciência, e não tem lugar a conversão legítima. Se todos soubessem avaliar o conflito que cada alma tem de sustentar com os instrumentos satânicos que a buscam enredar, seduzir e iludir, um trabalho mais diligente se faria notar a favor dos que são novos na fé" (Testemunhos Seletos, v. 2, 390).
"As advertências que a conformidade com o mundo tem silenciado ou retido, precisam ser dadas sob a mais feroz oposição dos inimigos da fé. E por aquele tempo a classe dos superficiais, conservadores, cuja influência tem retardado decididamente o progresso da obra, renunciará à fé" (Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 164).