A natureza como fonte de saúde
Sábado à tarde | Ano Bíblico: Js 18–21 |
Verso para Memorizar: "Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite" (Salmo 19:1, 2).
Leituras da semana: Gn 1:27–2:25; Gn 3; Jr 10:12, 13; Sl 19:1-7; Mt 6:25-34; Sl 104
Deus criou Adão e Eva à Sua própria imagem. Que herança poderia ser mais perfeita? Então, Ele os colocou no Jardim do Éden. Que ambiente poderia ser mais perfeito? Tanto a hereditariedade como o ambiente, então, foram divinamente equilibrados para produzir e preservar saúde mental e física perfeitas.
Porém, o pecado arruinou tudo – e já na segunda geração, inveja, ódio e violência contaminaram o mundo. O ambiente natural também sofreu os resultados iniciais do pecado, e quando o pecado se tornou intolerável, o Dilúvio mudou para sempre a imagem da Terra.
Ainda assim, permanecem muita bondade e beleza no mundo natural. A natureza ainda provê recursos suficientes para satisfazer às nossas necessidades básicas. Ela também pode prover alegria, felicidade e bem-estar para compensar parcialmente a miséria causada pelo pecado.
Deste modo, apesar de suas convulsões às vezes violentas e mortais, a natureza pode ser uma fonte de saúde mental e física. Pode também se tornar um meio para nos aproximar sempre mais perto do Criador, fonte de toda bondade: "Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes" (Tg 1:17).
Ano Bíblico: Js 22–24 |
Ambiente perfeito
Hoje, vivendo como em um mundo danificado e corrompido pelo pecado, só podemos imaginar como deve ter sido para nossos primeiros pais no Éden. Sem pecado, sem sofrimento, sem morte – nada havia para lhes trazer as tristezas e dores que todos conhecemos tão bem. De certo modo, estamos tão acostumados a essas realidades, por serem tão comuns, que nos esquecemos de que todas elas são intrusas, coisas que não existiam na criação original, que nunca deveriam existir, coisas que, conforme nos foi prometido, um dia, deixarão para sempre de existir.
1. Que descrição faz a Bíblia sobre a vida e o ambiente no Éden? Que diferenças existem sobre o que conhecemos hoje? Gn 1:27–2:25
O casal recém-criado foi colocado em um jardim que o próprio Deus havia plantado (Gn 2:8). Embora o relato bíblico seja breve, quando pensamos na maravilhosa abundância que a natureza nos fornece hoje, podemos imaginar a luxuriante abundância que deve ter vindo desse primeiro jardim. Os sentidos de Adão e Eva estavam expostos a visões, sons, paladares, sentimentos e aromas que certamente traziam muita satisfação e bem-estar a nossos primeiros pais. Era um verdadeiro Paraíso.
Não existe dúvida de que o ambiente era o melhor para satisfazer os seres humanos recém-criados. Suas necessidades físicas, emocionais e mentais eram mais que supridas. Estados mentais como incerteza, ansiedade e preocupação eram completamente desconhecidos, porque ali não havia nada para provocá-los.
"O Criador escolheu para nossos primeiros pais o ambiente que mais convinha a sua saúde e felicidade. Não os colocou num palácio, nem os rodeou dos adornos e luxos artificiais que tantos lutam hoje em dia por obter. ... No jardim que Deus preparou para servir de lar a Seus filhos, graciosos arbustos e flores delicadas saudavam por toda parte o olhar. Havia árvores de toda variedade, muitas delas carregadas de aromáticos e deliciosos frutos. Em seus ramos gorjeavam os pássaros seus cânticos de louvor. À sua sombra, livres de temor, brincavam juntas as criaturas da Terra" (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 261).
Tente visualizar como deve ter sido o Éden. Pense nas cenas, os aromas, os sabores, tudo projetado para apelar aos nossos sentidos. Isso nos mostra que, em princípio, nosso corpo físico é bom e foi feito para desfrutarmos a vida.
Ano Bíblico: Jz 1–3 |
O pecado e a natureza
Embora a natureza apresente em nossos dias muita maravilha e beleza, hoje, ela é uma espada de dois gumes. Existem beleza e maravilha, mas também existem terremotos, pragas, enfermidades e fome. Alguma coisa saiu terrivelmente errada.
2. Leia a história da queda em Gênesis 3. Que mudanças imediatas sobrevieram tanto aos seres humanos como à natureza em resultado do pecado?
O pecado trouxe consequências físicas e espirituais imediatas à vida humana. A natureza também sofreu os efeitos do pecado. Efeitos devastadores sobrevieram à criação em pelo menos três aspectos:
1. O solo foi amaldiçoado (Gn 3:17). Depois de sair do Jardim do Éden, Adão e Eva encontraram obstáculos imediatos para trabalhar a terra. O solo começou a produzir espinhos e cardos indesejáveis. Mais provavelmente, também, as pragas começaram a interferir no crescimento saudável. Depois da devastação do Dilúvio, as coisas só ficaram piores.
2. Os seres humanos experimentaram mudanças significativas. A fadiga e dor se tornaram uma realidade. Mudou a relação entre o homem e a mulher. O capítulo parece sugerir que, originalmente, Eva não teria dor no parto. Também mudou a relação entre Adão e a Terra, e o trabalho passou a ser muito mais difícil que antes. Não sabemos como a consciência da morte iminente afetou o primeiro casal, mas deve ter mudado completamente sua perspectiva na vida.
3. O pecado humano afetou o comportamento dos animais. Ódio, inveja, egoísmo, arrogância, etc., causaram agressão contra os seres humanos e os animais. Outras maneiras antes desconhecidas de prejudicar o ambiente (talvez comparáveis ao que estamos testemunhando hoje) podem ter acontecido. Os animais começaram a se matar uns aos outros em busca de alimento e poder. Como é descrito em Gênesis 3–6, corrupção e violência aumentaram a ponto de Deus Se arrepender por ter feito todas as criaturas (Gn 6:5-7).
A verdadeira extensão de todas essas transformações não nos é revelada, mas podemos supor que ocorreram profundas mudanças. Entretanto, Deus, em Sua infinita misericórdia, preservou grande parte da magnífica criação original para benefício dos seres humanos.
Pesquise as maravilhas da natureza em seu ambiente. Que lembranças da criação original parecem permanecer? Que esperança você pode tirar desses remanescentes que lhe apontam as promessas de um mundo melhor?
Ano Bíblico: Jz 4, 5 |
Dons de Deus pela natureza
O mundo natural apresenta um testemunho poderoso não só a respeito da existência de Deus mas também de Seu poder. Infelizmente, como Paulo advertiu, os seres humanos (sem dúvida inspirados por Satanás) abandonaram o Deus vivo e adoraram a criação em vez de seu Criador (veja Rm 1:19-25).
3. Leia Jeremias 10:12, 13. Que quadro é apresentado do poder criador de Deus e Seu envolvimento presente nos fenômenos naturais? Que podemos aprender sobre o caráter de Deus por meio de Suas obras criadas?
Evidentemente, como todos sabemos, às vezes, a natureza se rebela contra nós, espalhando terror por terremotos, vulcões, inundações, etc. Por que essas tragédias acontecem e quando e onde ocorrem são perguntas para as quais não temos respostas hoje. O que sabemos, porém, é que os primeiros capítulos do livro de Jó revelam a realidade do grande conflito entre Deus e Satanás, e que Satanás pode usar as forças da natureza para maus propósitos. Apesar dessas calamidades terríveis, a bondade de Deus ainda pode ser vista no mundo natural.
4. Qual é a mensagem básica do Salmo 19:1-6? Que se pode aprender sobre a fidelidade de Deus?
Tradicionalmente, a natureza é considerada pelos adventistas do sétimo dia como o segundo livro de Deus. A observação e o estudo do mundo natural, quando feitos com humildade e em sinceridade quanto à influência do Espírito Santo, aprofundarão a fé e a confiança em Deus. Também proverão compreensão adicional sobre o amor de Deus por Suas criaturas. Essa pode ser uma grande fonte de conforto mental e espiritual. Às vezes, quando tudo o mais falha, a beleza da natureza, e o que ela nos diz sobre Deus, pode ser uma fonte de grande conforto e esperança.
Se enquanto você estivesse testemunhando a alguém sobre a bondade de Deus (especialmente revelada pela natureza), a pessoa perguntasse sobre tsunamis, terremotos, fomes e coisas semelhantes, como você responderia? Que nos diz a realidade desses desastres naturais sobre os limites do que a natureza pode nos ensinar sobre Deus?
Ano Bíblico: Jz 6–8 |
Comunhão com Deus na natureza
"Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem" (Mt 6:28, NVI).
Certo jovem, que sempre fora ateu, converteu-se com pouco mais de vinte anos. Logo após seu novo nascimento, ele viveu vários meses em um ambiente rural e, frequentemente, vagava pelos bosques, admirando as maravilhas do Deus que criara tal beleza. Claro, ele havia visto antes coisas maravilhosas do mundo natural, mas só então ele era capaz de ver o caráter do Senhor que havia criado tudo isso. Ele disse: "Foi como se meus olhos fossem abertos pela primeira vez em toda a minha vida!" Foi nesse tempo que esse novo cristão veio a conhecer verdadeiramente o Senhor.
5. Que disse Jesus que podemos aprender ao estudar a natureza? Mt 6:25-34
Inquestionavelmente, podemos realmente aprender muitas lições espirituais valiosas do estudo do mundo criado. Mas a natureza pode também nos ajudar sob o aspecto espiritual em outro modo. Lucas 5:16 diz que Jesus "Se retirava para lugares solitários e orava", algo que Ellen White disse que Jesus fazia frequentemente. Às vezes, também nós precisamos nos afastar de tudo e estar a sós com Deus em um ambiente natural. A beleza, o conforto, a paz, o sossego que frequentemente achamos no mundo natural pode falar ao nosso coração e mente em maneiras que nada mais faz. Pode não haver qualquer revelação súbita de uma nova verdade; pode não haver nenhum novo entendimento de uma doutrina ou um texto. O que pode haver, em vez disso, é o reconhecimento não expresso do amor e poder daquele que criou tudo isso. Por mais que experimentemos individualmente o Senhor desse modo, não existe dúvida de que o tempo a sós em meio à natureza, em comunhão com Deus, pode trazer cura e paz para nosso corpo e mente.
"Todos quantos se acham sob as instruções de Deus precisam da hora tranquila para comunhão com o próprio coração, com a natureza e com Deus. Neles se deve revelar uma vida não em harmonia com o mundo, seus costumes e práticas; é-lhes necessário experiência pessoal em obter o conhecimento da vontade de Deus. Devemos, individualmente, ouvi-Lo falar ao coração. Quando todas as outras vozes silenciam e, em sossego, esperamos diante dEle, o silêncio do coração torna mais distinta a voz de Deus" (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 58).
Ano Bíblico: Jz 9, 10 |
Salmo 104
No século 19, uma crença popular conhecida como deísmo declarava que Deus criou o mundo mas o abandonou à própria sorte. Em outros palavras, de acordo com essa posição, Deus existe mas não quer Se envolver em nada que existe.
No entanto, essa crença não é o que a Bíblia ensina. Deus não acabou de criar o mundo como um relógio e o deixou funcionando, acontecesse o que acontecesse. De acordo com a Bíblia, Ele está intimamente envolvido com tudo o que ocorre aqui. Afinal, que é a cruz senão Deus envolvido íntima e diretamente nos negócios humanos?
6. Qual é o papel de Deus na criação e no mundo natural? Sl 104
Talvez o mais impressionante no Salmo 104 seja o entusiasmo e excitamento que provêm das palavras. O salmista se regozija no poder criador e mantenedor de Deus. Você quase pode ouvi-lo exclamando estas palavras em louvor e adoração. Ele via a realidade de Deus no desenrolar diário da função do mundo natural.
O Deus apresentado nesse salmo não é o Deus dos deístas, qualquer que seja sua crença. Ele Se envolve no que acontece aqui. Sem dúvida, quaisquer que fossem as dificuldades pessoais do salmista, ele encontrava conforto e esperança no poder de Deus. Certo, a contemplação dos pássaros em seus ninhos ou dos leões em busca de sua presa não resolveria as lutas diárias com que ele estivesse envolvido, mas ele podia ver coisas da natureza que nos falam da bondade e do poder de Deus, e que nos dão esperança.
A natureza também pode ser fonte de cura para o corpo, para a mente e para o espírito. Em muitos casos, ar fresco, luz solar, água e alimentação saudável podem nos fazer bem tanto física como mentalmente. Os remédios naturais continuam sendo um meio poderoso de saúde e cura.
Alguns médicos, também, aconselham frequentemente os pacientes a se afastar do trabalho e do estresse e encontrar descanso e relaxamento em um ambiente natural em algum lugar. Algumas pesquisas mostram como a boa natureza e o ambiente natural podem nos fazer bem tanto física como mentalmente. Afinal, Deus pôs nossos primeiros pais em um jardim, não em uma praça da cidade. Alguma coisa em nós se identifica melhor com um campo de lírios que com um estacionamento de carros.
A natureza é um dos grandes dons de Deus. Devemos fazer tudo o que pudermos para aproveitá-la. Como você pode se beneficiar melhor do que Deus nos deu por meio da natureza?
Ano Bíblico: Jz 11, 12 |
Estudo adicional
O lar de nossos primeiros pais deveria ser um modelo para outros lares, ao saírem seus filhos para ocuparem a Terra. Aquele lar, embelezado pela mão do próprio Deus, não era um suntuoso palácio. Os homens, em seu orgulho, deleitam-se com edifícios magnificentes e custosos, e gloriam-se com as obras de suas mãos. Mas Deus colocou Adão em um jardim. Essa era a sua morada. O céu azul era a sua cúpula; a terra, com suas delicadas flores e tapete de relva viva, era seu pavimento; e os ramos folhudos das formosas árvores eram seu teto. De suas paredes pendiam os mais magnificentes adornos - obra do grande e magistral Artífice. No ambiente em que vivia o santo par havia uma lição para todos os tempos; a lição de que a verdadeira felicidade é encontrada, não na satisfação do orgulho e luxo, mas na comunhão com Deus mediante Suas obras criadas. Se os homens dessem menos atenção às coisas artificiais, e cultivassem maior simplicidade, estariam em muito melhores condições de corresponderem com o propósito de Deus em Sua criação (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 49, 50).
"O contato constante com o mistério da vida e o encanto da natureza, bem como a ternura suscitada com o servir a estas belas coisas da criação de Deus, propendem a despertar a mente, purificar e elevar o caráter" (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 143).
Perguntas para reflexão
1. Como podemos nos certificar de não cruzar a linha entre ser amante da natureza e ser adorador dela? Por que isso nem sempre é uma distinção fácil? Por mais maravilhosa que seja a natureza, sempre devemos nos lembrar de que, no fim, ela não nos pode salvar. Só Deus, que criou a natureza, pode fazer isso. Por que é importante sempre manter em mente essa verdade decisiva?
2. Como adventistas do sétimo dia, o que devemos dizer com respeito a toda a questão do meio ambiente? Em nosso ensino, que aspectos podem ser úteis e necessários nessa questão importante? Ao mesmo tempo, como devemos responder à ideia seguinte: "Bem, nós sabemos que o Senhor vem logo, todo este mundo será destruído e, em seguida, transformado. Então o ambiente é realmente tão importante assim?"
Respostas sugestivas:
Pergunta 1: Um ambiente perfeito, recém-saído das mãos do Criador. Hoje, o ambiente está poluído por seis mil anos de pecado, doença e morte.
Pergunta 2: Surgiram medo, desconfiança, engano, doenças e, finalmente, a morte.
Pergunta 3: Deus é poderoso, sábio e bondoso, provendo todos os meios para o bem-estar humano.
Pergunta 4: Toda a natureza testemunha de seu Criador.
Pergunta 5: A confiar nos cuidados de Deus.
Pergunta 6: Deus criou e mantém tudo ajustado para o bem-estar de Suas criaturas.
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2011/li1212011.html
Texto-chave: Salmo 19:1, 2
O ALUNO DEVERÁ...
Saber: Os benefícios físicos, mentais e espirituais do contacto intenso com o mundo natural que Deus criou.
Sentir: Apreciar a beleza, a ordem, o poder e o amor de Deus, conforme demonstrados em suas obras da criação.
Fazer: Ter comunhão com Deus em ambientes naturais e usar os remédios naturais que Ele oferece.
Esboço do aprendizado
I. Saber: A riqueza da natureza
A. Que benefícios para a saúde Deus proveu na natureza e que podemos aproveitar somente quando estamos lá fora, em Seu mundo natural?
B. Quais são os benefícios espirituais de adorar nos jardins, campos ou bosques?
C. Quais são os benefícios mentais de estudo e contato intenso com as obras das mãos de Deus?
II. Sentir: O Invisível Se tornou visível
A. Como os traços de Deus são revelados nas obras de Suas mãos?
B. Quais desses atributos divinos são mais importantes para você?
C. Como você reconhece seu apreço e gratidão a Deus pelo que Ele fez?
III. Fazer: Conviver com a natureza
A. Como podemos aproveitar melhor os benefícios que Deus providenciou para nossa saúde na natureza?
B. Como podemos colocar o que comemos em mais perfeita conformidade com o plano original de Deus para nossa dieta?
C. Como podemos colocar nosso ambiente doméstico em maior harmonia com o primeiro lar no Éden?
Resumo: Na natureza, nossa primeira casa, Deus providenciou alimentos saudáveis, um ambiente pacífico, remédios naturais, e um lugar ideal para adoração e comunhão com Ele.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Deus criou o mundo natural para ser o ambiente ideal para Suas criaturas e para manifestar Seu caráter. O pecado o modificou, mas a natureza ainda pode nos ajudar a conhecer melhor a Deus e a conseguir melhor saúde física e mental.
Só para os professores: Enfatize que os que creem no relato bíblico da criação, aceitam suas afirmações pela fé. Da mesma forma, os que aceitam a ideia da evolução, aceitam essa teoria pela fé. Para nós, a diferença está na direção da fé, o que podemos escolher. Entretanto, a fé não produz verdade. A verdade existe por si mesma. Veja alguns bons argumentos para fortalecer a fé no Criador: 1. A natureza (astros, animais, vegetais, etc.). 2. O ser humano. 3. A ordem universal. 4. A vida. 5. O amor. 6. A beleza. 7. Jesus Cristo.
O único universo em que a vida inteligente poderia existir e prosperar é um universo muito parecido com o que ocupamos agora. De fato, é o universo em que vivemos. Assim diz o que os físicos e cosmólogos chamam de Princípio Antrópico.
De acordo com esse raciocínio, há um número quase infinito de universos, que poderiam ter existido se tivessem sido deixados para o que o apologista cristão Scott Hahn se refere como o "antideus" dos ateus, o acaso. Um número incompreensivelmente grande desses possíveis universos teria sido completamente hostil à existência de qualquer coisa que reconheceríamos como vida, com um número infinitamente pequeno deles capazes de se tornar o lar de quaisquer formas de vida. O número capaz de dar origem à vida inteligente seria ainda menor. No entanto, de alguma forma, aqui estamos nós.
Há duas maneiras possíveis de explicar isso. Ou nosso Universo veio a existir por acaso e assim cada universo que pode existir, existe; simplesmente ocorre que nós estamos no único que nos permite existir. Para muitas mentes essa explicação é difícil de aceitar.
A outra alternativa é que nós estávamos no plano quando o Universo foi projetado, e isso é o que a Bíblia sempre tem falado para nós.
Comente com a classe: Como você se sente ao pensar que Deus pensou em nós na criação do Universo? Ou, você acredita que Ele realmente tenha feito isso?
Compreensão
Só para os professores: Peça que os alunos anotem em um papel e mencionem: 1. Que mensagem conseguem "ouvir" quando olham para o sol, a lua e as estrelas? 2. Que mensagem conseguem "ouvir" quando olham para o mundo natural, com seus mistérios e beleza? 3. Qual é a relação entre essas mensagens da natureza e a mensagem da Bíblia?
I. "O discurso e o conhecimento dos astros"
(Recapitule com a classe Sl 19:1, 2.)
A maioria concordaria que as estrelas são bonitas de se ver. Contudo, bem poucos de nós, nas sociedades urbanizadas, temos observado sequer o céu noturno em todo o seu potencial, percebendo por essa razão que a afirmação "os céus proclamam a glória de Deus" é tão baseada na fé como qualquer outra na Bíblia. Mais do que isso, porém, é dito no Salmo 19.
Para muitos povos antigos, os astros eram deuses. As civilizações da Mesopotâmia – Caldeia, Babilônia, etc. – desenvolveram um sistema elaborado que se tornou o que hoje conhecemos como a astrologia para determinar como esses "deuses" dirigiam os destinos de indivíduos, nações e povos. Isso continua até hoje. Tem sido alegado que um famoso presidente americano, baseava alguns de seus programas nas recomendações de um astrólogo. Algumas pessoas na Índia não lançariam um novo produto nem dirigiriam seu veículo para o escritório sem o benefício de um mapa astral mais do que dispensariam o conselho de consultores e analistas.
De certa forma, não era e não é contrário à ordem natural que as pessoas pensem dessa maneira. Olhamos para as estrelas e vemos ordem: corpos celestes que se deslocam nos seus cursos com precisão e certeza matemáticas. Então, olhamos em volta para a Terra e vemos o caos aparente, mas sabemos, em nosso coração, que deve haver ordem e significado nisso tudo. O céu é um lugar tão bom para se olhar quanto qualquer outro.
Mas o salmista nos pede que não paremos por aí, mas olhemos além para a fonte dessa ordem. Há, de fato, conhecimento a ser encontrado nos astros, mas é o conhecimento dAquele que criou os astros e os colocou em movimento, Aquele que realmente tem as chaves para os destinos das pessoas, nações e povos.
Pense nisto: Alguns acreditam que Deus criou o Universo, definiu as leis pelas quais ele seria regido, e o deixou à própria sorte. O Deus da Bíblia, no entanto, criou o Universo e as leis naturais, mas continua a Se envolver na vida de Seu povo. O que significa para você o fato de que Deus colocou os astros em movimento e está intimamente interessado com o que lhe afeta? O que a ordem do Universo nos diz sobre a vontade de Deus com relação ao nosso bem-estar físico, mental, espiritual e emocional?
II. Natureza, naquele tempo e agora
(Recapitule com a classe Gn 1:27-30 e 3:17.)
Muitas pessoas têm tentado tirar desta passagem prescrições detalhadas para a dieta humana ideal. Muito tem sido imaginado, por exemplo, do fato de que Deus prescreve frutas e ervas que dão sementes para o consumo humano, enquanto oferece todas os vegetais aos outros animais. Será que nossos primeiros pais seguiram uma forma de veganismo kosher? Nunca saberemos, e isso não é tão importante.
O que é importante, e a maioria dos comentaristas concorda, é que nossos primeiros pais – e as outras criaturas de Deus – eram o que hoje chamaríamos de veganos. Eram capazes de se manter sem extinguir a vida de qualquer das outras criaturas de Deus, incluindo as plantas que comiam, que mesmo hoje, até certo ponto, têm poder de autorregeneração. Mesmo que alguém comesse as folhas de uma planta, a mesma planta produziria outras folhas. Em outras palavras: sem morte, sem exploração, todos os seres vivendo em harmonia, e sem necessidade de lutar ou fugir.
Isso também coloca o conceito de domínio – apresentado no verso 28 – sob uma luz interessante. Alguns comentaristas perguntam por que Deus não permitiu aos primeiros seres humanos uma dieta carnívora, uma vez que Ele lhes deu domínio. Claramente, o domínio, como descrito aqui, não era uma relação de explorador e explorado. Nós temos realmente pouca noção do que isso implica, exceto que, com o advento do pecado, esse domínio "evoluiu" para uma relação de exploração e por vezes predatória.
Quando o pecado foi introduzido nessa harmonia, ela funcionava de uma forma comparável a um vírus de computador ou malware (software prejudicial). No começo possivelmente a natureza parecia continuar funcionando, em grande parte, da mesma forma. Mas as funções começaram a falhar de maneiras específicas. O domínio se tornou aberta exploração dos fracos pelos fortes. A morte se tornou parte do ciclo da vida e do sustento. A natureza que Deus havia criado era reconhecível, mas desfigurada.
Pense nisto: Em 1 Coríntios 15:47-50, Paulo apresenta a ideia de Jesus Cristo como o segundo Adão. O que isso sugere sobre Seu papel na restauração da harmonia da criação destruída pelo primeiro Adão? O que, por exemplo, o sacrifício de Cristo por nós sugere sobre o verdadeiro conceito de domínio descrito em Gênesis 1:28? (Veja também Fp 2:5-8).
Aplicação
Só para os professores: Ajude seus alunos a encontrar e identificar a presença e o caráter de Deus refletidos na natureza e a ver as maneiras pelas quais Deus pode e efetivamente Se comunica conosco por meio do mundo natural.
Perguntas para reflexão
O que distingue a reverência pelo mundo natural como criação de Deus do sentimentalismo que muitas pessoas têm com relação à natureza (por exemplo, a suposição de que qualquer coisa "natural" é boa), e da adoração à natureza? Essas atitudes parecem se tornar cada vez mais comuns e atrativas, à medida que nos distanciamos da própria natureza.
Por que você acha que Jesus usou tantos exemplos do mundo natural em Suas parábolas? O que Ele estava dizendo sobre a natureza, especialmente em contraste com o ambiente físico, mental e espiritual que os seres humanos haviam criado para si mesmos? Veja, por exemplo, Mateus 6:25-34.
Perguntas de aplicação
Há dois pontos de vista básicos acerca da questão do "domínio" da humanidade sobre a natureza, mencionado em Gênesis 1:28. O primeiro é o de que esse domínio justifica qualquer uso ou exploração do mundo natural. Essa concepção também tende a enfatizar a instabilidade do mundo atual, que está aguardando a volta de Jesus. A segunda associa o conceito com algo que poderia ser mais adequadamente chamado de mordomia ou administração. Com qual deles você concorda? De que forma você acha que a entrada do pecado no mundo mudou o significado da palavra "domínio"?
Como a natureza o tem ajudado pessoalmente – ou como você acha que ela pode ajudá-lo – a desfrutar de melhor saúde física ou mental?
Criatividade
Só para os professores: Um dos efeitos do modo de vida moderno, em muitos lugares, é que ele tem nos tornado alienados da natureza. Muitos de nós sabemos relativamente pouco sobre o mundo natural em nossos próprios quintais. A atividade a seguir ajudará seus alunos a aprender um pouco sobre os fenômenos naturais na sua região e, possivelmente, incentivá-los a se aproximar mais e a observar mais essas maravilhas.
No sábado anterior a esta lição, incentive seus alunos a descobrir fatos sobre a natureza na suas imediações. Quais são os tipos de árvores que podem ser encontradas em seus jardins ou na vizinhança, por exemplo? Quais são algumas das massas de água nos arredores? Que plantas e vegetais crescem melhor nesse clima e solo específicos? Incentive os alunos a relatar o que descobriram.
Como alternativa, uma abordagem mais prática poderia ser a de plantar um jardim (se o clima e a estação permitirem) em vasos ou em um canto da propriedade da igreja, conforme a disponibilidade. Cultive a partir das sementes e observe todo o ciclo da vida. Esse é, naturalmente, um projeto de classe a longo prazo.
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2011/aux1212011.html
Lição 12 – A NATUREZA COMO FONTE DE SAÚDE
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Noel José Dias da Costa
Objetivo deste estudo:
Compreender que Deus planejou os recursos ideais para nossa saúde na natureza e que, apesar da corrupção do pecado, ela reserva ainda preciosas lições sobre o amor divino.
Verdade central:
O mundo natural foi criado por Deus para ser o ambiente ideal para Suas criaturas e para manifestar Seu caráter. Devemos aprender da natureza as lições do cuidado e do amor de Deus, mas também devemos preservá-la, lembrando que ela não deve ser adorada, mas compreendida como criação de Deus para o bem de todos os seres vivos.
Introdução:
Deus nos permite conhecê-Lo através da natureza, que é definida como Sua revelação geral. A princípio criada em total perfeição, devido ao pecado ela hoje possui elementos estranhos ao plano original. A morte e a violência estão presentes onde antes estavam somente a vida e a completa paz. Mesmo assim, ela oferece lições preciosas aos aprendizes atentos. É nela que encontramos, também, os recursos para nossa sobrevivência. As marcas de Deus podem ser nela vistas, como declara Romanos 1:20:
"Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o Seu eterno poder, como também a Sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas [...]."
O bem-estar físico, emocional, social e espiritual do ser humano depende também de sua interação com o meio. Por isso, Deus foi tão cuidadoso em prover-lhe o ambiente mais agradável para morar.
Para refletir:
- Como seu humor e disposição mental respondem a ambientes em que a natureza é preservada e a vida está em harmonia?
I. O ambiente antes da queda
A Bíblia descreve o ambiente no Éden como perfeito, agradável e adaptado ao homem e aos demais seres vivos. Deus mesmo havia plantado o Jardim para colocar nele o homem (Gn 2:8). Uma das necessidades humanas muito essenciais à saúde mental e social é o pertencer (ou sentimento de pertencer). Quando ela é satisfeita, a pessoa se sente adaptada, aceita e parte do ambiente social e físico em que vive. Deus programou o homem assim, por isso, tomou providências para a melhor adaptação dele, com tudo de muito bom que lhe podia oferecer (Gn 1:31). Sobre esse cuidado de Deus, Ellen G. White afirma o seguinte:
O Criador escolheu para nossos primeiros pais o ambiente que mais convinha à sua saúde e felicidade. Não os colocou num palácio, nem os rodeou dos adornos e luxos artificiais que tantos lutam hoje em dia por obter. Colocou-os em íntimo contato com a natureza, em estrita comunhão com os santos seres celestiais (A Ciência do Bom Viver, p. 261).
II. O ambiente e o homem após a queda
O pecado trouxe mudanças imediatas, e o homem sofreu suas terríveis consequências. Apesar das advertências divinas para não comer do fruto (Gn 2:17), Adão e Eva desobedeceram. Eles se separaram de Deus e de Sua proteção. Como consequência, colheram mais separação ainda:
- Separação de si mesmos – tendo dentro de si o bem e o mal (Rm 7:15-17)
- Separação de Deus – fugindo dEle (Gn 3:9-10)
- Separação do cônjuge, seu semelhante mais querido –esquivando-se dele e acusando-o, em vez de protegê-lo (Gn 3:7, 12)
- Separação da natureza – ela não mais lhe seria somente favorável, mas produziria cardos e abrolhos, frio e calor, causando dores e sofrimento, e o próprio nascimento seria também carregado de dores para a mulher (Gn 3:16-19 e 21)
Para refletir:
- Que consequências do pecado são perceptíveis na natureza em nossos dias?
- Que pequenas ações podem contribuir para evitar que elas aumentem?
III. Deus e a natureza
A natureza revela a existência de Deus (Sl 19:1-6 e Sl 104) e dá uma visão parcial de Seu poder, fidelidade e amor, entre outros de Seus atributos. Essa revelação limitada precisa ser ampliada através de Sua revelação especial na Bíblia e na pessoa de Jesus Cristo. Só através da compreensão do grande conflito cósmico entre o bem e o mal e suas implicações na morte e ressurreição de Jesus é que teremos condições de apreender da natureza suas preciosas lições.
A falta do conhecimento correto de Deus na Bíblia leva as pessoas a adorar a criação no lugar do Criador (Rm 1:19-25). Ou, ainda, pode também levar a conclusões errôneas, como a aparente passividade de Deus ante o sofrimento de Suas criaturas devido às calamidades naturais, como terremotos, tsunamis, chuva ou sequidão em excesso, vulcões, etc. Essa ideia de um deus distante, que não se envolve com a criação é chamada deísmo. Ao contrário dela, a Bíblia apresenta Deus presente e atuante na vida de Seus filhos (Sl 104 e At 17:24-28).
A natureza apresenta valiosas lições do cuidado de Deus, exemplificadas por Jesus em Mateus 6:25-34. Ali, Ele ilustra a maneira solícita de Deus prover o necessário para nossas necessidades. Certamente, nas horas tranquilas em que passava observando os lírios do campo e as aves, Jesus pôde refletir sobre isso. Seu exemplo serve de encorajamento para que dediquemos regularmente momentos à comunhão com Deus em meio à natureza, e recebamos dEle as bênçãos da paz e equilíbrio resultantes dessa experiência.
A mensagem ao mundo para este tempo inclui a verdade de um Deus criador de toda a natureza, presente na vida de Seus filhos e desejoso de levá-los à correta adoração e ao urgente preparo para o juízo (Ap 14:6-7). Todos esses elementos se completam, devendo, portanto, ser apresentados com sabedoria, precisão e reverência.
Para refletir:
- Você tem se beneficiado dos dons de Deus na natureza?
- O que você pode fazer para aproveitá-la melhor?
Conclusão
A natureza possui recursos preciosos para nossa saúde física. Nela também se encontram lições preciosas do cuidado e amor divinos. Através da comunhão com Deus na natureza podemos receber bênçãos preciosas que, aliadas ao conhecimento da Bíblia, proporcionam crescimento espiritual e saúde mental.
Noel José Dias da Costa é psicólogo e pastor, mestre e doutor em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Teologia pelo SALT-UNASP-EC. Atua como professor, psicólogo e auxiliar da Associação Ministerial no Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP-SP). É casado com a pedagoga Erenita M. S. da Costa, e pai de Tiago e Ana Cristina.
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2011/com1212011.html
Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: A Bíblia e as Emoções Humanas
Estudo nº 12 – A natureza como fonte de saúde
Semana de 12 a 19 de março
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: "Os céus proclamam a glória de DEUS; e o firmamento anuncia as obras das Suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite" (Salmo 19:1, 2).
Introdução de sábado à tarde
Certamente temos diante de nós, nesta semana, outro estudo vital para a nossa salvação. O enfoque é a natureza como fonte de saúde física e espiritual. Cremos que a natureza seja fator de saúde. Onde moramos, o terreno é bem grande. Temos gramado, árvores, pérgolas e muitas flores. É um grande prazer sentar nos bancos de jardim, embaixo da sombra de quatro árvores, uma amoreira, um limoeiro, uma mangueira e outro pé de acerola. Embaixo tem um gramado com flores ao redor, e ali estão os nossos bancos de jardim. Faz bem depois de um dia, muitas vezes exaustivo de trabalho intelectual, sentar nesse lugar, ler trechos da Bíblia ou do Espírito de Profecia, e falar a respeito. Também temos o costume de conversar nesse lugar. Quando vamos para ali, já os nossos animais vem para junto de nós: o cachorro, o gato e a gata, e mais o cachorro do vizinho, que gosta muito daqueles momentos sociais agradáveis. Com certa frequência vamos para fora da cidade, em busca de natureza diferente. Aliás, como agora estamos em férias, à tarde faremos isso. Principalmente quem mora em cidades grandes, precisa da natureza. E precisa de duas maneiras: em sua casa, e buscá-la fora da cidade, ou em parques. Em casa, para quem tem apartamento, alguns potes de flores (mas tem que ser naturais, vivas, que necessitem de cuidados), tornam o ambiente mais natural, incluindo a beleza original que DEUS havia colocado no Éden. E para quem pode ter algum animal também faz bem, desde que não sejam pássaros engaiolados.
Quando Adão e Eva foram criados, DEUS providenciou para que vivessem diretamente em meio à natureza. O lar deles nem era uma casa, e sim, um imenso jardim. De todo o planeta belamente coberto de plantas de milhares de espécies, um lugar era especial, o lar desse casal. Era onde DEUS costumava ir vê-los. Tratava-se de um lugar indescritível, em extremo agradável, confortável acima de qualquer coisa que se possa imaginar ou produzir atualmente com a nossa sofisticada tecnologia. Esse lar era permanentemente climatizado ao natural, pelas leis da natureza. Ali não havia perigo algum, nem do clima, nem de animais ou de outra origem. Eles foram feitos para viver junto da natureza. Agora vem uma pergunta: como é que nós, hoje, pessoas com capacidade física frágil, tentamos viver em cidades super-populosas, em meio ao concreto? Isso é saudável? Há possibilidade de adaptação? Aliás, a própria natureza está clamando que isso é loucura. As condições de saúde das pessoas atualmente atestam que algo está muito errado no modo como vivemos hoje. O drama é que, muitas vezes, nem mesmo há outra opção. Então, que se coloque ao menos algumas amostras de natureza perto de nós, onde vivemos. E que JESUS volte logo!
- Primeiro dia: Ambiente perfeito
Como é a vida num ambiente perfeito? Algumas poucas coisas, a partir de bastante leitura, se pode visualizar. Nesse ambiente se trabalha, isso já sabemos. Mas no trabalho há grandes diferenças. Não há compromisso de agenda, não tem prazo para terminar. Não há inspetor para verificar a qualidade do trabalho, pois pessoas perfeitas não fazem algo inferior. Não vai precisar vender o que fez, pois lá não se fazem negócios para obter o sustento. Tudo o que fizer, durará para sempre, pois lá não há deterioração. Não há preocupação com preço e mercado, tudo é abundante, nunca sobra nada e nunca falta nada, uma vez que nada estraga ou envelhece, nem as frutas nas árvores se estragam, podem ficar esperando por tempo ilimitado para serem colhidas. Nada no Céu tem prazo de validade, pois tudo dura sempre. O trabalho será prazeroso uma vez que se trabalhará não por compromisso ou por sustento, e sim, para fazer alguma coisa interessante e agradável; afinal, somos seres inteligentes, criativos e realizadores. DEUS mesmo quando criou o mundo, fez para Se sentir feliz. O trabalho na perfeição será para a nossa felicidade, não para cansar. O importante é que lá o trabalho não será para sustento nem para a sobrevivência, pois seremos imortais, mas para sentir o prazer de fazer algo interessante, criativo e útil. O Céu não é um lugar onde não há nada para se fazer, como alguns retratam – as pessoas eternamente sentadas sobre nuvenzinhas orando e cantando. Lá há oportunidade para se fazer de tudo o que é bom e construtivo, e nunca se cessará a capacidade empreendedora. O interessante é que lá não há necessidade de se fazer qualquer coisa, mas o faremos por prazer, para a nossa felicidade e a felicidade dos outros. Lá se trabalhará por puro prazer, como aqui são os esportes, para dar uma pálida ilustração.
E o relacionamento interpessoal como será lá? Como todos se amam, jamais ocorrerá de alguém ter o mínimo desejo de tirar vantagem de outrem. Pelo contrário, sempre vai haver alguém querendo ajudar. Lá as pessoas não terão o menor desejo de chamar a atenção a si. Estarão focadas em DEUS, seu Criador. Portanto, lá não vai haver desejo de ser superior nem de ter mais, isso lá não faz nenhum sentido. Por isso hoje devemos nos livrar desse traço cultural daqui da Terra – querer demonstrar a superioridade do "eu". O nosso exemplo é JESUS, manso e humilde.
Quando depois de mil anos regressarmos aqui a esta Terra, toda renovada, construiremos casas. O material não será madeira nem pedra comum, mas ouro, prata e pedras preciosas. Quanto tempo levaremos para construir uma casa? Isso não interessa, pois temos vida eterna, e na verdade nem necessitamos da casa para nos abrigar. A casa por certo terá outra função, talvez de encontro social, e de belezas naturais para apreciar. Portanto, se levar 100 mil anos para construir uma, qual é o problema? Mas como seremos perfeitos, certamente levará pouco tempo. Outra coisa: uma vez a casa pronta, nunca mais precisa reformar, a não ser que queira fazer mudanças para exercer a criatividade. Fará isso quando desejar.
Lá teremos oportunidade para desenvolver projetos para desafiar a nossa inteligência. E faremos projetos e estudos cada vez mais audaciosos, na medida em que iremos aprendendo da ciência e da tecnologia celeste. Os empreendimentos serão incríveis para as limitações dessa Terra. E tudo o que fizermos não será para vender, mas para mostrar ao nosso DEUS como é bom viver ali. E também para convivermos com nossos semelhantes, termos sociabilidade, coisa que DEUS valoriza acima de tudo. Como lá não há compromisso de prazo, nem de produtividade, nem de redução de custos, nem de conotação competitiva, então tudo o que se fizer no Céu, será prazeroso. Isso sem falar no ambiente de extremo bom gosto da natureza que iremos dispor nesse lugar.
E como será a alimentação por lá? Fato é que iremos nos alimentar, mas não para sobreviver, pois lá a nossa vida, imortal, não dependerá de alimentação. Essa será mais uma maneira de viver feliz, pois o próprio JESUS irá participar da mesa, tomará suco de uva, e comerá do pão, embora Ele nem necessite disso para viver. Por certo a alimentação será algo como uma seção de degustação, um momento social de elevado bem estar, para, até nisso, darmos louvor a DEUS, nos admirando como são gostosas as iguarias naturais que Ele providenciou. Para poder estar lá, precisa aprender a gostar do sabor natural, desfazendo-se do artificial que a indústria quer nos impor. Ou seja, precisa fazer agora a reforma da saúde. E principalmente os gaúchos precisam parar de comer carne e de tomar chimarrão. Ou acham que lá poderão derrubar uma árvore, fazer lenha e assar carne? Ou tomar bebida que vicia?
Tentamos aqui fazer um exercício de imaginação sobre alguma coisa, de como talvez seja no Céu. Se for assim, já estaria ótimo. Mas, nunca esqueçamos de I Cor. 2:9: "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que DEUS tem preparado para aqueles que O amam."
Vale a pena abrir mão das mesquinharias daqui da Terra (mas que muitos valorizam tanto), para não perder o muito sobre o qual DEUS nos quer colocar.
- Segunda: O pecado e a natureza
Os efeitos do pecado sobre a natureza foram e são devastadores. O primeiro efeito ocorreu no casal: sentiram insegurança, vergonha e tiveram medo. Em seguida, presenciaram a morte de um cordeiro, para lhes fazer uma roupa, que antes nem era necessária, pois eram cobertos pela glória da pureza vinda de DEUS. Então tiveram que trabalhar pelo sustento, isto é, cultivar a terra e criar animais. Podemos ter certeza que aquele trabalho de Adão e Eva era bem menos estressante que o dos nossos dias, em que necessitamos uns dos outros para obtermos o necessário. Quando antes do pecado a natureza não degenerava, os frutos dos quais se alimentavam ficavam à espera de serem colhidos sem estragarem. Depois do pecado envelheciam, caíam e apodreciam. Em algum tempo surgiram as pragas que bichavam os frutos. Portanto, agora era necessário colher, guardar para ter depois. Era necessário replantar e cuidar das plantas para que pudessem produzir. Tempos depois tiveram que adubar, e após o dilúvio, regar onde fosse necessário. Ao longo do passar dos tempos se exigia cada vez mais trabalho dos seres humanos. Antes era só colher, agora tinham que cultivar para poder colher.
Um efeito quase imediato do pecado foram as ervas daninhas. Portanto, Adão e Eva tiveram que combater essas plantas, pois senão tomavam conta e prejudicavam as suas plantações. Essas ervas deixavam o ambiente feio, como nos dias de hoje.
Os animais se tornaram diferentes. Formou-se a cadeia alimentar entre eles, e passaram a ter medo um do outro, e a caçar para se alimentar de animais, coisa que antes não faziam. Formaram-se territórios de poder, e os animais expulsavam outros de seu raio de ação. Imagine as lutas tremendas que se desenrolavam entre animais gigantes, que foram extintos com o dilúvio! Que cenas apavorantes Adão e Eva devem ter visto várias vezes, e certamente devem ter fugido desses animais enfurecidos, para preservar a vida. Eles tiveram que construir refúgios. Imagine uma serpente enorme, tipo sucuri, procurando uma criança para devorar. Que alvoroço tal manifestação deve ter causado entre os humanos! E uma pequena aranha traiçoeira que com uma picada poderia matar um ser humano!
Como foi que o primeiro casal sobreviveu naqueles dias de tanta mudança na natureza? Antes não se preocupavam com nada. Agora, havia ameaça por todos os lados. Mesmo assim, eles possuíam ainda grande parte da vitalidade original. Chegaram a viver quase um milênio. Hoje temos problemas com nossa saúde que eles nem sonhavam. Por exemplo, uma minúscula abelha pode matar um ser humano. Temos uma infinidade de alergias, até ao pólen das flores. Estamos chegando ao limite da vida por aqui, nos defendendo como podemos com medicamentos de todos os tipos. E muitos ainda acham que isso é um avanço.
Hoje, nos noticiários, vemos catástrofes em todos os lugares. As catástrofes vêm aumentando ano a ano, em 6% segundo a ONU. Esse é um percentual assustador, pois a cada ano ele se soma ao anterior. Portanto, há um limite para a vida na Terra, que possa ser suportado, e esse limite está muito próximo de ser atingido. Em 2008 ouvi um cientista do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) demonstrar por estudos que o clima no planeta deve entrar em colapso, atualmente, em dois ou três anos. Ele pode até estar errado na estimativa do prazo de tempo, mas está certíssimo quando diz que o colapso é iminente. Aliás, é de se lembrar que para evitar o colapso climático e também social e econômico é que as igrejas estão sendo chamadas a se unirem, para formarem uma frente planetária de mudanças favoráveis à vida, e aos negócios.
O que começou com problemas bem sérios de sobrevivência nos tempos de Adão e Eva está terminando com os chamados "tempos difíceis" pela Bíblia, aproximando-se cada vez mais do colapso da criação, e, por conseguinte, da segunda vinda de CRISTO.
- Terça: Dons de DEUS pela natureza
Adorar não se limita só a estar de joelhos diante de alguém fazendo petições. É principalmente crer, ter fé, confiar, depender, honrar, querer ser igual ou imitar o ser que considera superior. Assim a maioria da população faz com os chamados ídolos (título bem apropriado) do futebol, do cinema, de novelas, do Big Brother, etc., que também se chamam "celebridades". As pessoas imitam-lhes os modos, o vestuário, os penteados, e tudo o que puderem. Isso é adorar, ou, idolatrar nesse caso. Entre tantas coisas que os seres humanos adoram, uma delas é a natureza. Por exemplo, os evolucionistas, muitos deles ateus ou céticos, na verdade, sem o saberem, estão adorando a natureza, que consideram sua mãe, de onde pensam que vieram de uma forma espontânea e casual, sem propósito algum. Portanto, milhões de pessoas se tornam assim psicologicamente dependentes da natureza. Mas há outras maneiras de se adorar a natureza. Por exemplo: pelo panteísmo (o alfa da apostasia em nossa igreja, que felizmente já passou, mas agora já estamos enfrentando o ômega); adorando o Sol, como faz a maioria dos cristãos que guardam o domingo, se bem que nem percebem isso; outros adoram a si mesmos, ou seja, o seu corpo, com ornamentos que chamam a atenção ao "eu"; adoram elementos da natureza como pedras, relíquias naturais, plantas. Enfim, o ser humano tem uma tendência de adorar qualquer coisa, mas não tem tendência natural de adorar O que merece ser adorado. Será que é possível elaborar uma lista mais ou menos completa do que os homens e mulheres adoram?
Mas a natureza testifica de seu Criador com uma fidelidade espetacular. Após seis mil anos de pecado, período em que o ser humano perdeu vitalidade de viver eternamente para uma vida em torno de 900 anos, e depois para 120 anos, e agora no máximo noventa e poucos anos, em média, no Brasil em 78 anos, a natureza também degenerou, mas ainda mantém grande vigor e beleza. Ela ainda mantém, desde sua criação, atrativos maravilhosos, que nos deixam extasiados.
DEUS, quando criou todas as coisas aqui, usou Sua fantástica inteligência. DEUS é onipotente, onisciente e onipresente. Sempre imagino como DEUS fez o Universo e como fez a nossa Terra. Ele é um ser inteligente, portanto, tudo o que faz é planejado por Ele. Imagino como Ele deve ter criado os animais. Em Sua capacidade infinita, ele planejou os detalhes genéticos de todos os animais, as leis de como todos deveriam funcionar. Então Ele disse: "haja os animais". E naquele momento apareceram todos os animais ao redor do planeta, bem como foram planejados. Pela complexidade que as coisas são, só devem ter sido bem planejados. Há muita beleza na criação, muita sofisticação para não ter sido plano de alguém em extremo inteligente. Porque "O Senhor fez a Terra pelo Seu poder; estabeleceu o mundo por Sua sabedoria; e com a Sua inteligência estendeu o Céu" (Jer. 10:12). Ele estabeleceu as leis pelas quais tudo deve funcionar. DEUS usou o poder que possui para fazer aparecer do nada; Ele usou a inteligência para tratar da impressionante complexidade necessária em toda a criação, e usou a sabedoria para que tudo tivesse um propósito positivo. Imagine a tremenda energia que existe em todas as coisas, com leis sofisticadas para que tudo funcione perfeitamente. Por exemplo, um só átomo inclui uma impressionante energia, que os homens utilizam tanto para o bem quando para o mal. E no interior da Terra, há calor pelo fogo e uma impressionante energia acumulada. Ela é necessária para que a Terra tenha condições de habitabilidade. Se hoje a natureza proclama a glória do Criador, imagina como proclamava essa glória antes do pecado.
No entanto, o que aconteceu com toda essa energia? Com o dilúvio a Terra foi toda prejudicada em sua estrutura. A gigantesca quantidade de água do interior da Terra foi expulsa para cobrir o planeta todo, e depois foi forçada a retornar ao seu interior, o que fez romper sua sólida estrutura de rochas, formando-se rachaduras que conhecemos por placas tectônicas. Essas são hoje responsáveis por terremotos, vulcões e muitos desastres naturais. Sobre a superfície DEUS havia planejado um sofisticado equilíbrio formado por meio de matas, rios, correntes marítimas, brisas superficiais, atmosfera e sua proteção, etc. Assim o clima era agradável durante o ano todo, e não havia comportamento agressivo por parte da natureza até o dilúvio. Mas a superfície também já está dando evidências de esgotamento.
Atualmente a natureza está mostrando a sua fúria por causa do desequilíbrio das leis que DEUS nela colocou. A energia da natureza está se descontrolando a olhos vistos, cada ano a vida na Terra fica mais perigosa. Por exemplo, no início de 2010, uma das notícias foi a seguinte: "Natureza mostra sua fúria em 2010: Nos pouco mais de 30 dias de 2010, a natureza mostrou toda a sua fúria ao redor do mundo. Da madrugada do dia 1º. de janeiro até o início de março, terremotos, chuvas, deslizamentos e nevascas deixaram rastros de destruição no Brasil e no mundo, causando centenas de milhares de mortes. No Brasil, enquanto o Estado de São Paulo sofria com chuvas constantes desde o final de 2009, Angra dos Reis, no litoral fluminense, sequer comemorou o ano-novo devido a deslizamentos. No Haiti, um terremoto de 7 graus devastou o país e matou mais de 230 mil. Outros dois tremores sacudiram o Chile e Taiwan. Na Ásia foi só um susto, mas no país mais desenvolvido da América Latina o fenômeno causou centenas de mortes e destruiu cidades inteiras. Nos Estados Unidos e Europa, o frio causou mortes e transtornos. Tempestades e nevascas viraram parte da rotina dos norte-americanos e europeus no inverno mais rigoroso das últimas décadas no hemisfério norte."
Agora, no início de 2011, chuvas impressionantes devastaram como nunca se viu a região serrana do estado do Rio de Janeiro, além de se manifestar assustadoramente em outros lugares. Na Austrália fortes chuvas e um forte ciclone realizaram impressionante obra destruidora. Como sofreram as pessoas desses lugares! Imagine se, em futuro próximo, a fúria da natureza dobre em quantidade de chuva e os ventos se tornem ainda mais fortes. Quem poderá suportar. De fato, o Criador precisa fazer uma intervenção aqui na Terra.
- Quarta: Comunhão com o DEUS na natureza
A comunhão é uma associação de proximidade, confiança e até de dependência. Estar em comunhão com DEUS significa viver em Sua presença pensando e agindo como Ele aprova. Digamos, seria algo como viver em Sua companhia.
Quanto mais intimidade tivermos com a natureza, mais fácil será sentir-se na presença de DEUS. Por outro lado, quanto mais artificial for o ambiente em que vivermos, também maior será a sensação de distanciamento de DEUS. Esse distanciamento ocorrerá porque o artificial não é obra de DEUS, e muitas vezes Ele nem aprova, porém, a natureza é Sua obra, e nela podemos ver como Ele tem bom gosto.
Um bom lugar para se manter comunhão com DEUS tem as seguintes condições: silêncio absoluto ou música suave e bem harmoniosa, ou ainda o canto dos pássaros, sem agitação, com flores bonitas, um bem cuidado gramado e algumas árvores, e quem sabe um lago ou um pequeno regato e alguns animais mansos. Esse é um lugar para se levar junto a Bíblia, orar e lê-la por algum tempo, e então manter uma conversa relacionada com assuntos espirituais e edificantes. Fazer isso, digamos, pelo menos uma vez ao mês, ajuda na familiarização com DEUS. Além de ler-se a Bíblia, livros do Espírito de Profecia devem ser lidos, e tanto a Bíblia e esses livros, devem ser postos em prática. Sobre como colocar em prática é que pode muito ajudar a troca de idéias posterior à leitura. Esses serão momentos tão aprazíveis que dificilmente ficarão restritos a apenas uma vez ao mês – podem se repetir a cada semana. Ah sim, devemos fazer trabalho missionário, mas também devemos manter comunhão com DEUS, não só uma coisa, nem só outra coisa. Esse tipo de atividade está fora de moda em nosso meio, mas precisamos ressuscitá-la, e fará muito bem a todos nós.
"Deus fará mais do que cumprir as mais elevadas expectativas daqueles que nEle põem sua confiança. Deseja que nos lembremos de que, sendo nós humildes e contritos, estaremos no lugar em que Ele pode manifestar-Se a nós, e Se manifestará. Apraz-Lhe quando apresentamos passadas misericórdias e bênçãos como razão de dever Ele conceder-nos mais altas e maiores bênçãos. Sente-Se honrado quando pomos à parte o sétimo dia como sagrado e santo. Aos que isso fazem, o sábado é um sinal, "para que soubessem", diz Deus, "que Eu sou o Senhor que os santifica". Ezeq. 20:12. Santificação quer dizer habitual comunhão com Deus. Não existe coisa nenhuma tão grande e poderosa como o amor de Deus pelos que são Seus filhos" (Nos lugares celestiais, MM, 1968, 129).
- Quinta: Salmo 104
DEUS criou o Universo, e até hoje ninguém sabe o seu tamanho. E qual é o tamanho do Universo, que DEUS criou? As estimativas atuais do que já foi visto, é de 14 bilhões de anos luz de extensão. Por isso, dizem os evolucionistas ser essa a idade do Universo. Mas, há cientistas que estão supondo ser o Universo muito maior, pois quanto mais potentes os aparelhos para perscrutá-lo, mais ainda se consegue ver. Há quem diga que o tamanho do Universo pode ser infinito, ou seja, sem alguma fronteira. Se for assim, então não pode ter havido a explosão do Big Bang, pois tudo o que explode e se espalha, em algum lugar necessariamente deve ter limites. Sendo assim, só resta mesmo uma alternativa para a existência de todas as coisas: a criação por um Ser "infinitamente" capaz, superior a tudo. Segundo divulgações, o universo mostra que existem aproximadamente, em números redondos, no que pode ser visto, 270.000 superaglomerados, 500 milhões de galáxias, 10 bilhões galáxias grandes, 100 bilhões de galáxias anãs e 2 bilhões de estrelas. Conforme a fonte, esses números variam, ou seja, na verdade ninguém nesse planeta pode afirmar o tamanho do que DEUS fez.
A lição apresentou apropriadamente uma crença muito popular que é o deísmo. De fato, muitos crêem assim, que DEUS tenha criado tudo o que existe, com suas leis, e depois tenha deixado a criação à sua própria sorte. Mas se Ele criou algo tão imenso, isso que já pôde ser visto, teria Ele criado algo tão imenso só para depois não se importar com isso tudo? Essa é uma pergunta pertinente, mas há outra ainda mais importante: e JESUS, que é DEUS com o Pai, porque teria vindo para ser morto pelo ser humano, tendo DEUS abandonado o Universo? Não faz sentido. É impressionante como o ser humano aprecia acreditar em coisas absurdas, como essa é um caso. Outras crenças absurdas são o Big Bang, o evolucionismo, e também a idolatria. A maioria dos seres humanos estão inseridos em alguma dessas possibilidades erradas de ver as coisas. E somos nós, os cristãos segundo a verdade bíblica que devemos, não só ensinar essa verdade, mas viver de acordo com ela, assim dando testemunho vivo, para que outros entendam e creiam, e sejam salvos por um DEUS que ama e não nos esquece.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Sugestão: ler e reler as duas citações que a lição trás no dia de hoje. São maravilhosas. Mas não só ler, meditar também. E não só meditar, transformar o que ali está escrito em algo prático e real na vida. É vital fazer isso.
Essas citações e inspiração levam em direção ao natural e simples, ao afastamento do artificial e da ostentação. Esse ponto é vital para quem deseja ser salvo: a busca da beleza natural e o afastamento da beleza artificial, que nem sequer é beleza.
Assim como satanás, por meio da propaganda, formou gosto nas pessoas pelos alimentos artificiais, do mesmo modo, formou e continua formando gosto pela beleza artificial. Por exemplo, ai da pessoa que não pinta algum lugar de seu corpo! Pois, imagine agora você comprar um buque de flores para a sua esposa (as mulheres gostam), mas, antes passar num salão de beleza para dar uma pintada nelas, mudando suas cores originais. Chegando em casa, ela vai ridicularizar-lhe do que fez. Porém, a flor mais linda da natureza, que é a sua esposa, essa você não quer ver ao natural... (quem dera não seja o seu caso). Ela, que DEUS caprichou tanto, dando-lhe cores e tonalidades perfeitas e harmoniosas, tem que alterar a beleza original para deixar como algum pagão ou não seguidor de DEUS determinou como ela deva ser! Mas que marido é esse que só se contenta com uma mulher aos padrões do mundo, e ainda assim, quer ser servo de DEUS, e quem sabe, ainda por cima, faz sermões na igreja pela salvação das pessoas? Nós, povo de DEUS, sempre fomos atraídos pelo que o mundo sugere. Na verdade somos nós que devemos atrair o mundo para ser transformado segundo DEUS já nos vem transformando! O mundo não serve de padrão para nós, mas nós devemos servir de padrão para o mundo. Por isso devemos ser criativos, originais, naturais, simples, como é a beleza que se encontra na natureza. É isso que essas duas citações da lição estão a dizer. Porém, temo que muitos as lerão, e até farão belos discursos a partir do que leram, porém, cegos pelo mundanismo, e não entenderão a verdadeira mensagem que DEUS, por meio de Ellen G. White colocou ali.
Concluindo esse comentário, segundo as citações, o que nós devemos é buscar comunhão com DEUS, não comunhão com o mundo. E mediante as Suas obras podemos aprender muito, o suficiente, para sabermos como Ele quer que nós nos comportemos. Diz ela: "menos atenção às coisas artificiais", e cultivar mais a simplicidade, ou seja, sermos ORIGINAIS, segundo o bom gosto do Criador.
Ou, será que DEUS está errado em Seu gosto? Pelo testemunho de muitas pessoas de nosso meio, é isso que se está pregando ao mundo. E agora, nesses últimos tempos, iniciativas oficiais na igreja estão transmitindo uma mensagem dissonante à igreja e ao mundo: uma mistura de mundanismo temperadas com algo de doutrinas verdadeiras. Esse, dizem falsos líderes, é o caminho para a salvação das pessoas. Os superficiais e liberais estão se deliciando com isso. Satanás também!
Decida hoje, aliás, agora, a quem deseja servir. Nós, aqui em nossa casa já decidimos, faz tempo: serviremos ao Senhor.
escrito entre: 01 e 08/02/2011 - revisado em 09/02/2011
corrigido por Jair Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.
FONTE: http://www.cristovoltara.com.br/