O que mais influencia para o fim de um casamento? Parte 1
Seriam necessários muitos artigos e livros para comentar sobre um assunto tão complexo como este. No término de um matrimônio estão envolvidas muitas questões sérias, entre elas a indisposição de perseverar na relação, indisposição que pode se originar na família. É no lar que aprendemos os conceitos – bons ou ruins – sobre o casamento e a maneira como proceder diante dos momentos de crise em qualquer tipo de relacionamento.
É claro que existe a questão do livre-arbítrio. Uma pessoa que viveu em um lar estruturado pode escolher o mundo das drogas e da prostituição e assim não se firmar num relacionamento mais sério como o casamento. Em contrapartida, sei de pessoas que viveram num ambiente doméstico que não era dos melhores, mas, de livre e espontânea vontade, escolheram fazer do lar deles um exemplo para a igreja e a sociedade. Portanto, ser feliz numa relação também é uma questão de escolha.
Muitos conselheiros cristãos dizem que num divórcio, sempre a culpa é dos dois. Com todo o respeito a esses colegas e profissionais que admiro, discordo em parte desta afirmação. É claro que nos momentos de crise e de desentendimentos entre dois seres humanos imperfeitos, ambos irão cometer falhas. Mas, em minha opinião, a partir do momento que um dos cônjuges, apesar de suas falhas, pede perdão e decide melhorar – e demonstra isso em atitudes; e o outro, apesar das mudanças positivas do marido ou da mulher não quer mais investir na relação e não corresponde positivamente aos esforços do outro, a culpa pelo divórcio já não é mais dos dois, mas daquele que desistiu.
O que mais influencia no fim de um casamento é falta de Deus no lar e no coração de quem está casado. Quando os dois têm uma compreensão correta do Criador e da santidade que Ele atribui ao casamento; quando investem e decidem ser felizes juntos, crendo que Deus irá ajudá-los a superar todas as dificuldades, dá tudo certo. Agora, se um não quer, nem mesmo Deus irá atuar, pois Ele não desrespeita o livre-arbítrio de ninguém.
Por isso, cada casal deve convidar a Jesus para que apenas Ele seja a "terceira pessoa" que irá fazer parte da relação. Ele é o Conselheiro por excelência e sempre terá uma palavra de ânimo e conselho para nos transmitir por meio da Bíblia e de boas pessoas.
Não creio que o "cair na rotina" seja o maior agravante no fim de um casamento, mas sim a negligência (de um ou dos dois). Se um casal entra na rotina e sente que a relação "perdeu a graça", porque não se sentam para conversar, orar juntos e fazer um propósito de serem felizes? O bom diálogo e a disposição em "apimentar" a relação de maneira pura e saudável resolveria esse pequeno problema. Conheço um casal que vive junto há quase 30 anos. Nunca os vi sem serem de mãos dadas. Eles namoram como se fossem dois adolescentes. Qual é o segredo? Eles têm a Deus como a terceira pessoa na relação e decidiram juntos satisfazer as necessidades emocionais um do outro. É claro que eles já vivenciaram crises, algo natural entre duas pessoas bem diferentes e que estão passando pelo processo de adaptação enquanto vivem debaixo do mesmo teto. Mas, a diferença está na decisão deles de amar um ao outro. A diferença está em usar, no casamento, mais o pronome pessoal "você" ao invés de usar o pronome pessoal "eu", que é egoísta por natureza.
No próximo artigo você saberá como voltar a amar o seu cônjuge.
O que mais influencia para o fim de um casamento? Parte 2
Continuando, já atendi pessoas que me disseram: "Leandro, não quero mais ficar casado (ou casada) porque o amor acabou". Talvez neste momento eu esteja escrevendo para alguém que se encontre nestas condições. Há uma resposta bíblica para o seu problema em 1 Coríntios 13:8, que diz: "O amor jamais acaba…". "Mas Leandro" – você pode argumentar – "como a Bíblia vai dizer que o amor jamais acaba se eu sinto que não amo mais?"
Permita-me explicar: o amor jamais acaba. São as pessoas que deixam de amar. Repito: o amor jamais acaba. São as pessoas que deixam de amar. De acordo com 1 João 4:8 e 16, Deus é amor. E Ele é eterno! (1 Timóteo 1:17) Se você me disser que o amor acabou, estará indo contra o ensino bíblico de que Deus vive para sempre. Portanto, não foi o amor que acabou: foi você quem deixou de amar.
O Pai celeste tem uma solução para você, que talvez se encontre no dilema de não amar mais o seu cônjuge. Conheço um homem que um dia estava com dúvidas se amava ou não a esposa dele. Estava num impasse: terminar a relação ou pedir ajuda divina. Ele preferiu a segunda opção e, num certo dia, Deus lhe ajudou a encontrar um texto bíblico que falou muito forte ao coração dele: Romanos 5:5. Este verso diz que o Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Trindade, está disposto a derramar o amor no coração daqueles que pedirem. Depois de ler este texto, ajoelhado e com a Bíblia aberta em cima da cama, ele orou a Deus Espírito Santo da seguinte maneira: "Espírito Santo, quero que cumpra a promessa de Romanos 5:5 e me ajude a amar a minha mulher".
Qual foi a surpresa dele quando, em pouco tempo, sentiu o coração arder de amor por alguém que ele não amava mais. A oração dele foi atendida em menos de uma semana! Essa experiência provou a ele que Deus, a Fonte de amor, jamais deixará de atender a uma oração dessas.
Não desista do amor. Por mais ferido que o seu coração possa estar Deus tem muitas formas de curar a sua dor. Invista no seu casamento e Ele irá recompensar milagrosamente os seus esforços. Aquele que fez o casamento sabe do que você e seu cônjuge precisam. Recorram a Ele em oração e com carinho o Criador irá ajudá-los a serem felizes juntos e a desfrutarem no lar de vocês um pouquinho das alegrias que desfrutaremos no Céu.
E, seu puder lhe ajudar em alguma coisa, sabe que pode contar comigo.
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