Estudos da Bíblia: Primeiro trimestre de 2008 - Semana de 08 a 15/03/2008
Tema geral: Discipulado cristão
Estudo nº 11 – Mais lições sobre o discipulado
Comentário complementar ao estudo da lição da Escola Sabatina
Este comentário não dispensa o estudo do texto original
Verso para memorizar: "Mas JESUS imediatamente lhes disse: Tendes bom ânimo! Sou Eu. Não temais!" (Mateus 14:27).
- Introdução – santo sábado, dia do Senhor, da vida e da felicidade
Nesta semana estudaremos algo relacionado ao medo. O medo é um de nossos pontos fracos. Ele é muito explorado pelo inimigo, satanás. O medo já foi, está sendo e ainda será muito explorado pelos políticos, por exemplo, para definir eleições. Nos Estados Unidos Bush foi reeleito explorando o medo dos americanos em relação ao terrorismo. No vaticano Bento XVI foi eleito explorando o medo de que a "barquinha de Pedro" estava sucumbindo, e só ele, Ratzinger, depois Bento XVI, poderia salvar a Igreja. Muitos países conseguem eleger políticos por meio do medo do povo. O Brasil é um caso.
O medo está servindo também de apelo comercial. Vendem-se alarmes contra furto e roubo, desde carros a residências, equipamento de segurança, planos médicos, planos de aposentadoria, equipamento de segurança em automóveis, e muitas outras coisas tendo como fundo o medo das pessoas. O medo faz parte da humanidade desde que Adão e Eva pecaram, e vem aumentando. Causa doenças e estados psicológicos alterados. Em razão disso, é cada vez mais explorado por muitos pastores de igrejas que assim arrebanham milhões de pessoas crédulas que não investigam os fundamentos da fé em JESUS.
Há medo do escuro, de ladrões, de seqüestros, de assaltos, de manifestações misteriosas, de perda do emprego, de ficar inadimplente, de ser acometido de alguma doença incurável, de perder os filhos, de uma infinidade de coisas. A lista certamente não tem fim. Tem-se medo até do medo!
Mas os verdadeiros cristãos, que tem fé, não deveriam ter medo. Ou seja, quanto mais fé, menos medo. No entanto, os discípulos tiveram medo!
Para vencermos o medo precisamos crescer na fé. Para crescer na fé precisamos mais conhecimento sobre o nosso Salvador, e do que Ele ensinou. Isso requer uma experiência com Ele. Foi por meio dessa experiência que os discípulos perderam o medo da morte, do Império Romano, dos judeus, dos estrangeiros, do incerto, e de tudo. Eles aprenderam que estar com JESUS dá segurança.
- Primeiro dia: Lições no mar
Imagine-se sendo um dos discípulos, naqueles tempos antigos. Depois de um dia intenso de trabalho, principalmente por parte de JESUS, entram no barco para uma travessia do Lago da Galiléia. Ele tem uma largura de mais de 10 Km. JESUS entra no barco, e como humano que era, cansado, ajeita-se, improvisando um travesseiro, e logo pega em profundo sono. Depois de longe da costa, desaba um temporal de vento, que levanta pavorosas ondas. O barco agita-se de um lado a outro, e entra água por causa da altura das ondas. O vento fica cada vez mais forte, e a situação só tende a piorar.
Um temporal de vento é perigoso. Nesse final de semana, em que estou escrevendo esse comentário, tivemos que enfrentar algo assim, mas nem de longe tão forte quanto o que os discípulos enfrentaram. Foi um vento que talvez tenha alcançado uns 60 Km por hora, ou pouco mais que isso. Era o nosso retiro anti-carnaval. Acampavam umas 35 pessoas, e o vento ficava cada vez mais forte. As coberturas de lona subiam e desciam. Parecia que a qualquer momento voariam dali. Tinha-mos levado muitas tiras de borracha, e amarramos as lonas em todos os seus ilhoses. As lonas ficaram mais firmes, e agüentaram. No entanto, acima das tiras de borracha, as orações foram mais eficazes, pois o vento foi amainando e nos deu boa experiência sobre como enfrentar temporais.
Voltando ao caso dos discípulos no mar, imagine-se, então, sendo um deles. Junto deles, ou melhor, de nós, estava JESUS. Ele dormia profundamente. O temporal aumentava, e parecia que o barco iria virar e afundar. O medo aumentava cada vez mais. Poderíamos morrer!
Como você se sentiria nessa situação? Acho que sei o que está pensando: por que ter medo se JESUS estava bem ali? É o que eu também pensei, se estivesse lá. Mas, será mesmo que agiríamos assim? Talvez não!
Vamos aprender duas coisas. Primeira: mesmo tendo JESUS ao lado, isso não quer dizer que as dificuldades e os perigos não apareçam. Segunda, também não quer dizer que não precisamos orar e pedir a Ele que nos salve.
Mas, ao lado dessas duas cosias que aprendemos, há uma importante observação: não há, no entanto, necessidade de ter medo! O que eles deveriam ter feito, ou nós, se lá estivéssemos? Em primeiro lugar, procurar navegar cuidando para que o barco não afundasse, enquanto pudéssemos cuidar da situação. E, piorando o temporal, vendo que as nossas forças não seriam mais suficientes, calmamente, sem pânico, acordar o Mestre e pedir-lhe que fizesse alguma coisa. Só isso, mais nada!
É assim que devemos agir nas situações hoje. Por exemplo, se estamos por perder o emprego, ou se já o perdemos, não é o caso de entrar em pânico. É, sim, o caso de manter a fé. Ir calmamente orar a JESUS. Pedir a outros que orem conosco.
Veja bem, JESUS estava lá e poderia por si mesmo, sem que fosse acordado, resolver o problema. É óbvio que não estava no plano da salvação da humanidade JESUS morrer afogado. Nem os seus discípulos, portanto, não havia motivos para preocupação. Porém, por falta de fé, eles ficaram apavorados e aos gritos, clamaram: "Mestre, não te importa que pereçamos?"
Hoje muitos clamam: "Mestre, não te importas que perdi meu emprego?" ou que o meu parente esteja morrendo por uma doença? Por que isso? Porque não temos fé. A fé é substituída facilmente pelo medo, pela dúvida, pela desistência, e outras atitudes similares que nos tiram da vida eterna. E essas coisas resultam em fracasso na vida espiritual.
Outra coisa muito curiosa foi a seguinte: assim que JESUS acalmou o temporal, eles temeram a JESUS, espantando-se sobre quem era este, que até o vento e as ondas obedeciam.
Observe que acontecido lá não foi uma tempestade, como muito se diz, não caia água, era sim, um temporal de vento.
Continuemos o estudo amanhã.
- Segunda-feira: Lições no mar - Continuação
Outra vez um temporal de vento. Dessa vez, os discípulos, na noite seguinte à multiplicação dos pães (e JESUS não fez isso uma só vez), Ele os enviou para o outro lado enquanto subiu ao monte para orar. Sós, tentavam atravessar o largo lago. Mas o vento era contrário, de modo que não conseguiam. Dessa vez o vento não era tão forte como quando JESUS dormia entre eles, no barco. Mas estavam em dificuldades.
Mesmo estando em dificuldades, não oraram pelo socorro. Ainda não aprenderam a buscar auxilio do alto. Geralmente é assim que nós também agimos. Oramos um pouco estando tudo bem, mas, muitas vezes, diante de uma dificuldade acima de nossas forças, desistimos de orar. Isso é bem freqüente.
Também não desenvolveram a fé. Fazia poucas horas que testemunharam a multiplicação dos pães, a primeira delas. E já esqueceram do poder de seu Mestre. Como o ser humano muda rápido, não é mesmo? Como somos fracos? Ou seriam só aqueles discípulos acometidos dessas fraquezas, e nós não?
Eles não compreenderam o milagre da multiplicação dos pães porque seus corações estavam endurecidos. Queriam raptar JESUS para O tornar rei em Israel. Não queriam seguir um JESUS pobre e humilde para a vida eterna. Queriam tudo agora a ali mesmo. Não gostaram da providência de JESUS que os desarticulou e que frustrou o plano de torná-Lo rei naquele dia. Estavam com um sentimento contrário a JESUS. Aí, nessa situação, qualquer dificuldade separa ainda mais do Salvador. Eles não O buscaram nessa dificuldade.
Mas, eis que, na escuridão, aparece um vulto caminhando sobre o mar. Ora, esse vulto só poderia ser JESUS. Não tinham participado do milagre dos pães? Não O tinham visto acalmar o vento e o mar dias antes? Então, quem mais poderia ser?
Não lembraram que pudesse ser JESUS porque seus corações estavam ligados a sentimentos contrários a JESUS. Na verdade, e eles estavam um tanto decepcionados com JESUS porque frustrou um plano deles, que achavam ser muito bom. Eles, a seu modo, queriam ajudar JESUS (quando, na verdade, estavam atrapalhando) a tornar-Se rei em Israel e derrotar os romanos.
Aí, faltando a fé porque estavam contra JESUS, gritaram de medo. Pense bem, se houvesse ali uma filmadora, seria algo para rir. Uns homens, marujos, experientes no mar, berrando como crianças, de dentro de um barco, porque JESUS se aproximava deles. Tiveram medo de JESUS.
Por que isso? Porque estavam com sentimentos contrários a JESUS. Estavam separados d'Ele! Era algo como rebeldia.
Foi então que JESUS os acalmou, dizendo que era Ele. Pedro, sempre rápido, vendo JESUS caminhar sobre as águas, pede que lhe permita fazer o mesmo, para ir até JESUS. Pedro sai do barco, coloca o pé sobre a água, depois o outro, e se sustenta em cima sem afundar. Mas o vento era forte, e em vez de continuar confiando em JESUS, volta a ter medo das ondas e do vento, e afunda. Antes de submergir, grita por socorro, e é imediatamente socorrido. JESUS entra no barco, e tudo se torna em calmaria. Aí eles ficaram atônitos com o que JESUS fez: caminhar sobre a água, acalmar a ventania, suavizar as ondas, Pedro caminhar sobre a água. Quantas coisas estranhas?
O que se destaca disso tudo? Com fé, tudo é possível, mas sem fé, o medo toma conta e afundamos, seja espiritualmente, seja fisicamente. Ou seja, sem fé, fracassamos, mas com fé, somos vencedores. Os verdadeiros discípulos devem agir com fé, ou não serão verdadeiros discípulos, ou melhor, nem serão discípulos.
- Terça-feira: O fermento dos fariseus
Os fariseus pediram um sinal a JESUS. Esse sinal era para que pudessem crer n'Ele. E JESUS não lhes deu o sinal solicitado. Disse que não se daria a eles outro sinal senão o de Jonas. Qual era o sinal de Jonas? Ellen White responde: ""E suspirando profundamente em Seu espírito, disse: Por que pede esta geração um sinal?" "Nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas." Mat. 16:4. Como Jonas estivera três dias e três noites no ventre da baleia, havia Cristo de estar o mesmo tempo "no seio da terra". E como a pregação de Jonas fora o sinal para os ninivitas, assim o era a de Cristo para Sua geração. Mas que contraste na recepção da palavra! O povo da grande nação pagã tremera ao ouvir a advertência de Deus. Reis e nobres se humilharam; os elevados e os humildes clamaram juntamente ao Deus do Céu, e Sua misericórdia lhes foi assegurada. "Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração", disse Cristo, "e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é mais do que Jonas." Mat. 12:40 e 41." (Desejado de Todas as Nações, 406). Os ninivitas ouviram Jonas e se arrependeram, mas os líderes do povo de DEUS não creu nem mesmo em JESUS, nem mesmo ressuscitando ao terceiro dia. Nem nesse sinal creram.
Por quê JESUS foi tão duro com os fariseus? Na verdade, qualquer sinal que Ele lhes desse, utilizariam contra JESUS. Eles queriam argumentos para matar JESUS, e impedir que o plano de salvação fosse bem sucedido. Eles não estavam lá para ver se poderia crer n'Ele. Se quisessem crer em JESUS, teriam recebido mais de um sinal, como JESUS demonstrou aos discípulos de João quando pediram um sinal. Assim também os gregos quando fora a JESUS para crer n'Ele, o próprio DEUS falou do Céu, dizendo que Este era o Seu Filho amado. Porém, os fariseus e os saduceus queriam outra coisa, inconscientemente queriam desviar da rota o plano de salvação. Eles trabalhavam para satanás, o inimigo de JESUS, e pensavam estar ao lado de DEUS.
JESUS foi duro com eles dizendo que dizimavam pequenas coisas de forma muito criteriosa, no entanto, descuidavam completamente os preceitos mais importantes da lei (amar a DEUS e amar ao próximo) bem como não praticavam a justiça nem a misericórdia nem a fé. Aos discípulos Ele disse: cuidado com a doutrina dos fariseus. O que fazia parte da doutrina deles? Eles criam que a alma era imortal, e que o corpo um dia ressuscitaria. Criam na reencarnação da alma em outros corpos. Acreditavam nos espíritos, como os pagãos. Defendiam rigorosa devolução do dízimo e que todos deveriam manter-se puros. E aparentemente viviam assim. "Os Fariseus (os separados) constituíam a facção formada em sua grande maioria por leigos devotos que, sob a direção dos letrados, se propunham levar as práticas religiosas até às últimas minúcias da vida. No tempo de Jesus eram uns 6 mil. Buscavam constantemente e com todas as suas forças a maneira de realizar o ideal proposto pelos letrados: levar vida em tudo conforme a Lei, com toda a complexidade que a interpretação dos letrados havia conferido a esta durante séculos de trabalho." (http://www.mbbparquebandeirantes.hpg.ig.com.br/religiao/83/fariseus.html). Cumprir a Lei minuciosamente era o princípio e o fim de todos os seus esforços. Os justos, para os fariseus, era cumpridores a lei, e os pecadores eram aqueles que não a cumpriam. Aspiravam a perfeição pelo cumprimento da Lei. O povo comum era por eles desprezado porque não entendiam como se deveria cumprir a Lei. Desprezavam todo aquele que achavam não devolver o dízimo. Eram arrogantes e aparentemente perfeitos, pelo que o povo os admirava e respeitava, embora não gostasse deles. Os fariseus tinham orgulho de serem os cumpridores da Lei. Faziam questão de demonstrar isso em público. Todos deveriam saber de sua enorme santidade. Não eram nada humildes.
Os saduceus não acreditavam na ressurreição, nem nos anjos. Eram aristocratas e bem relacionados com os sacerdotes do templo. Reconheciam o Pentateuco, mas não os profetas. Eram tradicionalistas, controlavam o templo, e mantinham-se alinhados com o poder romano.
As palavras de JESUS são um alerta pavoroso para os nossos dias. Não existem mais os fariseus nem os saduceus. Existem, no entanto, outras linhas dentro da igreja. Hoje temos os "liberais", os "fundamentalistas" e os "radicais". Os liberais, para eles, pode tudo. São estes que, por exemplo, aprovam as modas, músicas e práticas do mundo, sob a alegação que isso são manifestações "culturais". Como se DEUS fosse inclinado a aceitar as diferentes culturas. Temos que entender que DEUS aceita o culto conforme a "verdade presente" existente em cada cultura, mas jamais aprovaria particularidades destas culturas na Nova Terra. Se não for assim então DEUS muda conforme a cultura e a época. Cultura não justifica cultos diferentes, "verdade presente" sim, e enquanto não houver entendimento das necessidades de mudanças. Assim sendo, não há nesse mundo uma cultura que sirva de referência para as outras, mas sim, todos nós devemos nos converter a CRISTO, e seguir os Seus princípios, que são únicos para qualquer lugar do mundo. Os liberais também não dão grande importância às necessárias reformas para esses dias finais. Não se importam com bebidas prejudiciais ou com a necessidade da mudança na alimentação, nem são cuidadosos com a observância do sábado.
Os fundamentalistas são aqueles que interpretam a Bíblia segundo os fundamentos, ou seja, conforme JESUS a interpretou, bem como os apóstolos e os antigos profetas. São equilibrados e humildes, querem as reformas feitas por DEUS, desde a saúde quanto dos princípios de vida cristã, e até o sábado. Estes seguem os escritos conforme os antigos, aceitam Ellen G. White, e são cuidadosos em analisar o que escrevem pessoas dos tempos atuais. Preferem sempre os originais, se bem que buscam aprender com outros escritos, sejam eles científicos, sejam religiosos. Buscam ver informações aqui e ali, mas, baseados na Bíblia, verificam se podem aceitar ou não.
E há os radicais. Esses são mais ou menos como os fariseus. O certo é o que eles pensam ser o certo, segundo os seus critérios. Quem não pensa como eles, está errado. Freqüentemente entram em colisão com outros pontos de vista diferentes dos deles.
Do ponto de vista dos liberais, há confusão na distinção entre os fundamentalistas e os radicais. Eles dizem que os fundamentalistas são também radicais. Mas isso estava previsto por Ellen G. White. "Aqueles que estão em harmonia com Deus, e que através da fé nEle recebem forças para resistir ao que é errado e permanecer em defesa do que é correto, sempre terão severos conflitos e muitas vezes terão de permanecer quase sozinhos. Mas preciosas vitórias serão deles enquanto fizerem de Deus sua dependência. Sua graça será a força deles. A sensibilidade moral destes será clara e aguçada, e suas faculdades morais serão capazes de resistir a influências errôneas. A integridade deles, como a de Moisés, será da mais pura qualidade". (Testemunhos Seletos vol. 2, p. 31). Os fundamentalistas são veladamente combatidos dentro da igreja, os radicais são um tanto desprezados, e os liberais são muito bem aceitos de modo geral. Sendo pastores, facilmente conseguem promoção, sendo leigos, são geralmente bem vistos pela liderança. Entre os liberais há a prática de lisonja recíproca, muitas vezes pública.
O Dr. Günter Preuss, expressa um pensamento bem ilustrativo à nossa lição quanto a diferença entre liberais e fundamentalistas, que ele chama de conservadores, em relação a música rock na igreja. Ele diz que: "Por um lado estão os chamados "liberais", que dizem: "Temos que manter a nossa juventude na igreja"; "É preciso atualizar"; "Temos de utilizar novos métodos para atingir a mente secular". Do outro lado do debate são os chamados "conservadores", que dizem: "Será que a juventude deve ditar o que estamos fazendo na igreja?" "Será que podemos transformar o mundo, trazendo música mundana para a igreja?" (A música cristã e o rock, um estudo sobre os princípios bíblicos de música. Cap 11: Música rock e evangelismo, org. por Samuelle Bacchiocchi)
Os liberais são a grande maioria, os radicais são provavelmente um grupo pequeno, e os fundamentalistas um grupo intermediário, mas não muito expressivo em termos de quantidade. A tendência é de os liberais crescerem muito mais e continuarem introduzindo mundanismo na igreja, até que JESUS realize a sacudidura, a tendência dos fundamentalistas é reagirem com bastante equilíbrio e dos radicais criarem cada vez mais provocações sobre os liberais. Provavelmente os liberais e os radicais formem o grupo do joio.
Não existe hoje uma forma de organização em que se congregam uns e outros, felizmente. Mas as pessoas se identificam, embora nem sempre se declarem como tais, ou isto não lhes seja consciente. JESUS e os apóstolos foram também fundamentalistas, ou seja, eles mesmos são os fundamentos da igreja, cuja pedra angular é CRISTO, e interpretaram os escritos segundo aprenderam do Autor.
Observação, essa classificação é de minha autoria. Pode ser aperfeiçoada. E é importante lembrar que há pessoas que sabem pouco sobre a verdade, destes, pouco se deve requerer, pois estas são recém chegados, ou são pouco letrados; e há pessoas que sabem muito, delas DEUS também requer muito, e há pessoas que poderiam saber bem mais do que sabem, destas DEUS requer tanto quanto deveriam saber. Para o nosso julgamento vale a "verdade presente" que foi posta ao nosso alcance, e que temos para nos orientar quanto a vontade de DEUS, e não quanto a vontade dessa ou daquela cultura. DEUS é um só para toda a humanidade!
Há uma advertência pavorosa da parte de JESUS: "cuidado com o fermento dos fariseus", ou seja, de sua doutrina. Eles, como os saduceus, eram radicais. Hoje se diria, cuidado com o açúcar dos liberais. Tudo pode, JESUS é amor, a salvação está garantida. Isso é da cultura, cada cultura é diferente. Não sejamos tão detalhistas. Um pouco de pintura pode! Música mundana, desde que seja com letra cristã, pode. Jóias, pode, ou, agora já pode. Já estão fazendo casamentos até com brincos... isso pode! A competição, também pode. Há torneios de futebol, de vôlei, de cantores... Afinal, não sendo na mesma intensidade do mundo, nos mantemos diferentes (santos, ver Lev. 20:23 a 26, sobre o que é ser santo). Segue-se parcialmente as doutrinas e parcialmente os modismos do mundo.
Mas isso não é Laudicéia? Mornidão, ou seja, mistura do quente com o frio, princípios divinos com práticas do mundo.
Pois bem, cada um faça segundo a sua consciência, porém, eu e minha casa serviremos ao Senhor. Cada um que escolha hoje a quem vai servir, se um pouco ao mundo e outro pouco a DEUS, ou se só a DEUS.
- Quarta-feira: Lições do medo
"No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo" (1ª João, 4:18).
Alguns dos medos dos discípulos:
ð Quantos viram alguém caminhando sobre as águas (que só poderia ser JESUS);
ð Quando DEUS falou, no monte da transfiguração (DEUS é amigo, não inimigo);
ð Quando subiam a Jerusalém, e JESUS lhes falava sobre a necessidade de Sua morte e ressurreição após 3 dias (foi para isto que JESUS veio, para salvar a vida deles);
ð Quando JESUS acalmou o temporal de vento (foram salvos, então temeram);
ð Quando JESUS apareceu entre eles, após a ressurreição (e era o próprio JESUS).
Mas o mais curioso é que sentiam medo ao JESUS lhes falar sobre a necessidade de morrer por eles, e pela humanidade, para depois ressuscitar. De medo, eles nem mesmo queriam interrogar JESUS sobre esse assunto (Marcos 9:30 a 32). Nesse caso, temiam o quê? Várias coisas. Que as suas expectativas tivessem que mudar (eles queriam dominar o Império Romano); que talvez JESUS não ressuscitasse; que se separariam de JESUS e que ficassem órfãos, e coisas assim.
Por quê esses medos? Por falta de fé. E a fé lhes faltava em grande parte pela ignorância. O que não entendiam isso temiam, e temiam entender certos pontos, pelo que evitavam a busca de entendimento. Temiam terem que mudar de vida, ou mudar algumas coisas em suas vidas. Temiam terem que sofrer em nome de JESUS. Temiam o futuro sem JESUS. Temiam os líderes judeus e o poder romano. Temiam o incerto.
Ou seja, como não chegaram a entender o plano da salvação, tinham medo desse próprio plano. Assim evitavam buscar mais compreensão desse tema.
Talvez hoje temamos o decreto dominical, as perseguições e as pragas. Se existe esse medo é porque falta fé no que vem depois, a segunda vida, e o que vem depois dela, a vida eterna.
- Quinta-feira: Discipulado e testemunho
Tempos atrás aconteceu comigo algo muito parecido ao relatado na lição de quinta-feira. Um colega, professor, ateu como essa pessoa que a lição se refere, disse que o profeta Daniel era louco, que não escreveu nada com nada, por isso era impossível entender seus escritos. Esse professor é muito inteligente e domina grande conhecimento. Ele acha ridículo a existência de pessoas que acreditam em DEUS, pois, conhecendo a história da humanidade em detalhes, sabe como agiram os cristãos na Idade Média. Se DEUS é isso, diz ele, então é bom que nem exista.
Esse homem tem razão. Dei razão a ele pela sua interpretação. No entanto, chamei a atenção para profecias da Bíblia que previam tais fatos, e que a própria Palavra de DEUS já antecipou a degeneração de grande parte do cristianismo para o que resultou no que o professor sabia. Nesse ponto ele ficou um tanto perplexo, pois estava vendo algo que não sabia, e que o contradizia.
Então chamei a atenção dele para o profeta Daniel. Mencionei as profecias, e a sucessão dos impérios. Liguei com Apocalipse 17, onde aparecem outra vez os reinos de Daniel e mais os Estados Unidos e o retorno do poder do Vaticano. Como ele detesta os EUA (ele tem lá os seus motivos) apreciou saber que existe na Bíblia previsões sobre esse país. Ele ficou impressionado sobre a precisão da Bíblia sobre os fatos atuais. No final ele disse: vou ter que reler o profeta Daniel.
É interessante: para os ateus, profecias caem bem. Eles ficam sem saber explicar como há tanta previsão com precisão e detalhamento. No entanto, podemos buscar outras passagens bíblicas. Uma que está sempre ao nosso alcance são os Dez Mandamentos. Quem sabe explicar bem esses mandamentos pode usá-los para atrair os céticos em DEUS a crer n'Ele. Leia para isto o livro "Os Dez Mandamentos: princípios divinos para melhorar seus relacionamentos" de Loron Wade. Aliás, estude esse livro detalhadamente. Pode usar os argumentos da Lei para aplicar na vida diária. A Bíblia, bem compreendida, é praticamente toda ela um compêndio para se usar em defesa da existência de DEUS.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Qual é o nosso maior medo hoje? Do que você mais tem medo? Em relação a sua vida, o que mais tem medo?
Aí vai uma lista de possíveis medos:
ð de contrair uma doença incurável;
ð de morrer;
ð de perder o emprego;
ð de falir;
ð de ver um parente próximo na desgraça (e há tantas possibilidades);
ð de perder a fé;
ð de perder a vida eterna;
ð de cometer o pecado contra o Espírito Santo;
ð de estar perdido para sempre;
ð de sofrer um acidente;
ð de ficar inválido;
ð de perder os bens;
ð de uma separação com o cônjuge;
ð de não ser amado(a) pelas pessoas;
ð de não conseguir superar seus pecados secretos;
ð de não ressuscitar (caso morra) na primeira ressurreição;
ð das pragas e do tempo de angústia de Jacó;
ð de cair no vício;
ð de não conseguir vencer algum vício;
ð de falar em público;
ð de ser preso;
ð de sofrer tortura;
ð de ser processado por causa da fé (ou outros motivos);
ð de não saber se está salvo.
Veja que lista, não? E há muitos motivos por serem acrescentados. Dessa lista, qual o seu maior medo? E quais os outros dois? E haveria algum medo maior que não está na lista?
Qualquer que seja o seu medo, sabe qual a causa? E sabe como vencê-lo? A causa principal é falta de conhecimento da Palavra de DEUS. Para vencer o medo, precisa ter uma experiência diária com DEUS, como Enoque. Assim confiará n'Ele, e pela fé que irá crescer, o medo desaparecerá, seja qual for. Aí vai uma palavra de confiança da profetiza do Senhor. Medite sobre ela e perceba como o medo pode ser superado para sempre.
"Se buscardes o Senhor e vos converterdes cada dia; se, por vossa própria escolha espiritual, fordes livres e felizes em Deus; se, com satisfeito consentimento do coração a Seu gracioso convite, vierdes e tomardes o jugo de Cristo - o jugo da obediência e do serviço - todas as vossas murmurações emudecerão, remover-se-ão todas as vossas dificuldades, todos os desconcertantes problemas que ora vos defrontam se resolverão." (O Maior Discurso de CRISTO, 101).
escrito entre: 06/02/2008 a 09/02/2008 - corrigido em 09/02/2008
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.
Prof. Sikberto Renaldo Marks – marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (0xx55) 3332.4868 - Ijuí – RS, Brasil – Visite o site: http://www.cristovoltara.com.br/
A MENSAGEM DO PRIMEIRO ANJO
APOCALIPSE (14:6-7) - E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.
Eu convido você a se tornar um mensageiro do SENHOR, ajudando a divulgar a Palavra de Deus. Leia mais a sua Bíblia. Procure colocar em prática os Seus mandamentos. Você será transformado pelo Espírito Santo. Preparar-se-á cada vez mais para a breve volta de Jesus. Certamente levará mais alguém aos pés do nosso Senhor e Salvador. Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém. (Apocalipse 22:20-21).
Pense nisto!
Nenhum comentário:
Postar um comentário