2 º Trimestre de 2008 - Maravilhoso Jesus
Comentário da Lição 03 - A realidade de Sua humanidade
Sábado, 12/4/2008 |
E o verbo se fez carne e habitou entre nós". – João 1:14
João, o evangelista apresenta a Jesus como o Verbo. E então expressa a mais linda idéia da relação de Deus para com o homem: "E o verbo se fez carne, e habitou entre nós; e nós vimos a sua glória...". - João 1:14 - BJ. O verbo expressa uma idéia - Cristo veio expressar ou revelar todos os atributos do caráter da divindade.
A palavra grega skenoo, traduzida por habitou, também é traduzida por tabernaculou ou abarracou, e transmite a idéia de alguém que arma a sua tenda como um amigo, entre semelhantes seus, para estabelecer um relacionamento de amizade. Foi isto que Jesus fez; armou a Sua tenda entre os homens para atraí-los pelo amor.
Para Davi, o rei, Deus enviou a seguinte mensagem por Natã: "Vai dizer a meu servo Davi: Assim diz Iahweh: Construirias tu uma casa em que eu venha a habitar? Em casa nenhuma habitei desde o dia em que fiz subir do Egito os filhos de Israel até o dia de hoje, mas andei em acampamento errante debaixo de uma tenda e um abrigo". - II Sam. 7:5 e 6 - BJ. "Tenho viajado morando numa barraca". - BLH.
Assim o Deus Eterno manifestou a sua presença entre aqueles que foram o objeto de seu amor. E quando Jeová, na pessoa de Jesus, palmilhou os caminhos do homem caído, sentindo todas as suas angústias, sofrimentos, misérias e tudo o mais em conseqüência do pecado, o fez, armando a Sua tenda entre os homens.
Pense: "Os resplendentes e santos serafins, as hostes do céu, que se maravilham com o glorioso plano da salvação, atentavam com intenso interesse para ver como o povo de Deus receberia o divino Filho de Deus, vestido à semelhança da humanidade. A sabedoria de Deus estava em seu Unigênito Filho. O tabernáculo de Deus estava com os homens. Deus estava velado na habitação da humanidade". - RH. 1894/04/03.
Desafio: "Segundo o desígnio preestabelecido desde a eternidade e realizado em Cristo Jesus nosso Senhor, por quem ousamos chegar-nos a Deus confiantemente, pela fé". - Ef. 3:11 e 12 - BJ.
Domingo, 13/4/2008 |
"Não há dúvida de que é grande o mistério da piedade". – I Tim. 3:16 – NVI. Quando nos defrontamos com um mistério de proporções humanas, ficamos intrigados e procuramos encontrar um caminho para dar explicações. Policiais treinados conseguem desvendar mortes ocorridas de maneira misteriosa.
Porém, em face do nascimento de Jesus, Paulo exclama: "Grande é o mistério da piedade". Hoje até podemos encontrar uma explicação para a concepção virginal de Maria, sem o envolvimento com um homem. O elemento masculino para gerar um novo ser, pode ser implantado no corpo da mulher. Se a ciência pode fazer isso, usando recursos técnicos, por que não o Deus criador do universo? Mas ainda assim, a distância da comparação é infinita. A ciência trabalha com elementos que existem e são inquestionavelmente humanos. Com Jesus Ele tomou a natureza humana por parte de Maria e a natureza divina, mediante a atuação do Espírito Santo.
"Deus foi manifestado em corpo". É realmente um mistério que ultrapassa à toda e mais inventiva especulação humana. Como Aquele que é o Criador do universo, e que tudo sustenta na concha de Sua mão, tornou-se um igual a nós? Assim o fez por inteira iniciativa Sua, para revelar a grandeza de Seu amor e colocar no coração dos humanos a gloriosa esperança da restauração.
Pense: "Que embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; ... Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome". - Filip. 2:6 e 9 – NVI.
Desafio: "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós; e nós vimos a sua glória, glória que ele tem junto ao Pai como Filho único, cheio de graça e de verdade". – João 1:14 – BJ.
Segunda-feira, 14/4/2008 |
A controvérsia sobre a pessoa de Jesus, como sendo inteiramente Deus e inteiramente humano, com as duas naturezas em um só corpo, surgiram já nos dias da Igreja com apóstolos ainda vivos. João enfrentou o problema levantado pelos gnósticos, que defendiam a idéia de que a salvação era obtida pelo conhecimento - gnoses – no grego. Este conhecimento fundamentava-se em práticas mágicas das cerimônias gnósticas. Negavam a divindade de Cristo, afirmando que no batismo recebeu uma emanação angelical, que O envolveu com poder, mas O abandonou na Sua morte. Corrompendo a declaração de Jesus, ousaram afirmar: "Meu poder, meu poder, por que me abandonaste?" Defendendo esta idéia, negavam a encarnação de Jesus. Negavam que Jesus é o Cabeça de tudo. Defendiam a idéia de que a matéria é vil demais para que o Deus santo encarnasse nela.
Foi esta heresia que João combateu em sua Primeira Carta. Argumenta de modo muito claro: "Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio na carne é de Deus; e todo espírito que divide Jesus não é de Deus; é o espírito do anticristo,...". – I João 4:2 e 3 – TEB.
Quando deixamos de compreender o conflito cósmico entre Cristo e Satanás, a vindicação do caráter de Deus e a salvação do homem caído, na morte sacrifício de Jesus, não é possível aceitar pela fé, a encarnação de Cristo, que sendo perfeitamente Deus, tornou-se também perfeitamente homem.
Pense: "Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade,...". – Col. 2:9 – NVI.
Desafio: "Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher,...". – Gal. 4:4 – NVI.
Terça-feira, 15/4/2008 |
Jesus viveu entre os homens e ainda que demonstrasse inteligência, sabedoria e poderes além da capacidade normal dos humanos, era visto por seus contemporâneos como humano. Ele sentia fome, sede, cansaço, necessidade de companheirismo, ou todas as contingências humanas.
Ele nunca se valeu de Sua divindade para benefício próprio. Sempre, quando o divino irradiava através do humano, era para beneficiar àqueles que estavam sob sofrimentos, angustias, ansiedades, pela opressão do pecado. Ainda assim, tal como Elias no monte Carmelo, ou outros profetas em momentos de provas severas, revelava inteira dependência de Deus o Pai. Na presença do corpo inerte de Lázaro, Jesus orou: "Pai, eu te agradeço porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves, mas disse isso por causa do povo que está aqui, para que creia que tu me enviaste". – João 11:41 e 42 – NVI.
Na luta contra o pecado, Jesus sempre permaneceu em inteira dependência das orientações e do poder de Deus para vencer o tentador. Todos os momentos de tentação que estão registrados nas Escrituras deixam esta condição muito evidente. No deserto, logo após Seu batismo, valeu-se das Escrituras para desfazer as investidas do diabo. Nunca colocou em dúvida as orientações da Palavra de Deus. "Está escrito". Era Sua indestrutível resistência em face do pecado.
Pense: "Nisto veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: 'Dê-me um pouco de água'". – João 4:7 – NVI.
Desafio: "Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado". – Heb. 4:15 – NVI.
Quarta-feira, 16/4/2008 |
Por que Jesus assumiu a natureza humana? A guerra entre o pecado e a justiça foi deflagrada por Lúcifer no Céu. A acusação de Lúcifer, transformando-se em Satanás, diabo, é que Deus não é justo e impôs um fardo injusto sobre as Suas criaturas. Como Adão foi envolvido pela astuta acusação do diabo, ele caiu e pecou. Jesus assumiu a natureza humana para vencer o diabo e vindicar a justiça de Deus. "Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também, participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o Diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte". – Heb. 2:14 e 15 – NVI.
A vitória de Cristo obtida em Sua natureza humana, devolveu para o homem o direito de escolha entre o pecado do diabo e a justiça de Deus. Escolher entre a escravidão por um curto e mal vivido período de tempo sob o domínio de Satanás e a gloriosa esperança de vida eterna no Reino eterno de Deus. "Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados". – Heb. 2:18 – NVI.
Pense: "Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus. Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus". – II Cor. 5:20 e 21 – NVI.
Desafio: "Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu; e, sendo aperfeiçoado, tornou-se fonte da salvação eterna para todos os que lhe obedecem". – Heb. 5:8 e 9 – NVI.
Quinta-feira, 17/4/2008 |
Nós apreciamos muito a mensagem de João 3:16: "Porque Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho Unigênito...". - NVI. Mas provavelmente poucas vezes pensamos que esta dádiva envolve uma identidade permanente com a humanidade. Deus não deu apenas o Seu Filho para morrer sob a pena de condenação que pesava contra nós, mas assumiu a natureza humana para toda a eternidade. Ele, pela eternidade é Deus conosco.
Essa identidade eterna é mais um mistério que a mente humana não consegue explicar. Mas é uma revelação do amor eterno que nos envolve e nos atrai. Nós, rebeldes pecadores que por justiça merecíamos a condenação de morte eterna, somos objeto da maior manifestação de amor, perdão e graça, e chamados para reconciliar-nos com o Deus santo.
Esta reconciliação é feita por meio de Cristo Jesus, que na mais estupenda demonstração de amor une o humano ao divino porque Ele leva em Si através da eternidade as duas naturezas. São laços que nunca mais poderão ser destruídos. "O vencedor herdará tudo isto, e eu serei seu Deus e ele será meu filho". – Ap. 21:7 – NVI.
Pense: "Regozijemo-nos! Vamos alegrar-nos e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou". – Ap. 19:7 – NVI.
Desafio: "E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e vos levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver". – Jo. 14:3 – NVI.
Sexta-feira, 18/4/2008 |
Mas o maior acontecimento deste relacionamento de amor que Jesus estabeleceu com os homens, está por se realizar: "É por isso que estão diante do trono de Deus, servindo-o dia e noite em seu templo. Aquele que está sentado no trono estenderá sua tenda sobre eles: nunca mais terão fome, nem sede, o sol nunca mais os afligirá, nem qualquer calor ardente; pois o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, conduzindo-os até as fontes de água da vida. E Deus enxugará toda lágrima de seus olhos". - Apoc. 7:15-17 - BJ.
Afinal Ele nos recolherá sob o teto de sua tenda. As nossas, envelhecidas, rasgadas, sujas, esfarrapadas e contaminadas pelo pecado, serão transformadas pelo toque do amor que cura e purifica. Em um momento, num fechar e abrir de olhos, e estaremos envolvidos por tendas glorificadas.
Como você reage à presença deste estranho armando a tenda dEle ao lado da sua para o atrair? Recebe-O com alegria, e estabelece um relacionamento de amizade, respondendo às Suas atitudes de amor? Ele diz: Eu o amo com amor eterno, e estou preparando um lugar para você em minha tenda. Paulo exclama: "Quem nos separará do amor de Cristo?" - Rom 8:35 - BJ.
Vida que nunca acaba, será o presente daqueles que recebem com alegria o estranho visitante armando a Sua tenda ao lado da nossa - Jeová, o Poder do Amor para Salvar.
Pense: "Aqueles que diariamente estão aprendendo de Jesus Cristo são concitados para tomar sua posição como cooperadores unidos com Deus, e onde quer que desenvolvam a sua atividade ou ocupação, podem exercer forte influência em favor de Deus, à semelhança do caráter de Cristo enquanto tabernaculou na carne". - Carta, 23/03/1896.
Desafio: "Pois há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, um homem, Cristo Jesus, que se deu em resgate por todos". - I Tim. 2:5 e 6. BJ.
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