terça-feira, 6 de maio de 2008

Comentário da Lição 06 - O desafio de Suas declarações

2 º Trimestre de 2008 - Maravilhoso Jesus
Comentário da Lição 06 - O desafio de Suas declarações

Sábado, 3/5/2008

Introdução

 

"Responderam eles: Jamais alguém falou como este homem". – Jo. 7:46.

Soldados que foram enviados para prendê-lo, declararam com convicção para o sumo-sacerdote: "Jamais homem algum falou como este homem". – João 7:46 – TEB. As multidões embevecidas por Seus ensinos, declaravam: "Ele fala como quem tem autoridade". (Mac. 1:22)

Como entender declarações de Jesus que parecem paradoxos? "Digo-lhes a verdade: Os publicanos e as prostitutas estão entrando antes de vocês no Reino de Deus". – Mat. 21:31 – NVI.

Um comentário de Ellen G. White lança luz sobre a questão: "Quando, aos olhos humanos, seu caso parecia desesperado, Cristo viu em Maria aptidões para o bem. Viu os melhores traços de seu caráter. O plano da salvação dotou a humanidade de grandes possibilidades, e em Maria se deviam os mesmos realizar. Mediante Sua graça, tornou-se participante da natureza divina... Podeis dizer: sou pecador, muito pecador. Talvez o sejais; mas quanto pior fordes, tanto mais necessitais de Jesus. Ele não repele nenhuma criatura que chora, contrita... Perdoará abundantemente todos quantos a Ele forem em busca de perdão e restauração." - DTN. págs. 422 e 423.

É possível, para nós, entender a grandeza do amor de Jesus por Maria? Ele não podia abandoná-la. O profeta Oséias retrata este amor que luta com irresistível determinação para salvar, nestas angustiantes perguntas: "Como te deixaria?... Como te entregaria" (Os. 11:8) para o inimigo que quer destruir-te? Tirou-a do profundo da imoralidade, da podridão do pecado, para torná-la participante da natureza divina. Do mesmo modo Ele não abandona a você e a mim. O mesmo amor tem poder para transformar todo o pecador que contrito se entrega à Sua ação restauradora.

Pense: "Ouvindo isto, as multidões se maravilhavam da sua doutrina". – Mac. 22:33 – ARA.

Desafio: "Venham ver um homem que me disse tudo o que tenho dito. Será que ele não é o Cristo?" - João 4:29 – NVI.

Domingo, 4/5/2008

SOBRE O CASAMENTO E O CELIBATO

 

Desde que Adão e Eva deram ouvidos à voz do inimigo de Deus, e cederam à tentação, todos os seus descendentes passaram a conviver com duas realidades: a justiça e o pecado, o bem e o mal, o certo e o errado, o moral e o imoral.

Para definir estas duas realidades temos o padrão estabelecido por Deus e apresentado através da sagrada Bíblia, e os padrões estabelecidos por convenções humanas. Os padrões humanistas diferem entre si e sofrem alterações de tempos em tempos.

Enquanto os padrões humanistas atuam no nível da conduta adequando as orientações aos procedimentos, mesmo que estes não sejam corretos, o padrão divino atua em dois níveis: o ideal - "onde mora a justiça"; - II Pedro 3:13 - BLH. - e o real - lidando com a realidade do pecado. "Eu vim para chamar os pecadores, a fim de que mudem de vida, e não para chamar os bons". - Luc. 54:32 - BLH. O convite de Jesus é uma oferta de graça incluindo mudança de conduta:

Jesus sempre colocou perante seus ouvintes o ideal divino, mas por outro lado, sempre lidou com o pecador dentro da realidade do pecado.

Discutindo a sagrada e indissolúvel instituição do casamento, e a triste intromissão do divórcio, Jesus ensinou sem rodeios: "Não lestes que desde o princípio o Criador os fez homem e mulher? e que disse: por isso o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher e os dois serão uma só carne? de modo que já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não deve separar". - Mat. 19:4-6 - BJ.

Este é o ideal divino para o casamento e assim deveria ser através dos tempos em um mundo sem o pecado.

Pense: "Com efeito, a graça de Deus se manifestou para a salvação de todos os homens. Ela nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas, e a viver neste mundo com autodomínio, justiça e piedade. ... e para purificar um povo que lhe pertence, zeloso no bom procedimento". - Tito 2:11-14 - BJ.

Desafio: Jesus colocou perante seus ouvintes o ideal de Deus para o casamento: "Portanto, o que Deus uniu, o homem não deve separar". - S. Mat. 19:6 - BJ.

Segunda-feira, 5/5/2008

SOBRE O PERDÃO

 

O que é perdão? Que conceitos esta palavra envolve? Como humanos é difícil compreender e mais difícil praticar o perdão. O perdão tem sua origem em Deus. Ele é o grande perdoador. Se Deus não houvesse concedido o primeiro perdão, nós nunca teríamos vindo à existência. A conseqüência da transgressão trouxe a sentença de morte. A execução da sentença implicaria em cessação de vida da linhagem de Adão e Eva. O perdão de Deus alterou essa possibilidade.

No perdão de Deus está envolvida a dádiva de Si mesmo em favor do culpado. Isto significa que quando nós perdoamos precisa acontecer o mesmo processo. Deus, em Cristo, assumiu a culpa do homem, o ofensor. A culpa é lançada para o esquecimento. A figura usada por Deus para explicar este ato é: "Como se fosse uma nuvem, varri para longe suas ofensas; como se fossem a neblina da manhã, varri os seus pecados".
Is. 44:22 – NVI. Perdoar é assumir a culpa do ofensor. Aquele que é perdoado deixa de ser culpado. Quem perdoa declara inocente o culpado.

Esse foi o tipo de perdão que Jesus ensinou quando respondeu a pergunta de Pedro. O perdão de Deus é ilimitado, permanente e repleto de amor que desfaz e destrói a ofensa. Dessa maneira Jesus o ensinou. É preciso perdoar setenta vezes sete, isto é, sempre e incondicionalmente. O perdão ensinado por Jesus não estabelece condições O perdão é uma resposta de amor do ofendido e tem o poder para transformar o comportamento do ofensor. "Agora vá e abandone sua vida de pecado". – João 8:11 – NVI.

Pense: "Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores". – Mat. 6:12 – NVI.

Desafio: "Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará". - Mat. 6:14 – NVI.

Terça-feira, 6/5/2008

SOBRE A RIQUEZA E A LIBERALIDADE

 

"E continuou, dizendo a todos: Prestem atenção: Tenham cuidado com todo tipo de avareza, porque a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas. Isso é o que acontece com aqueles que juntam riquezas para si mesmos, mas não são ricos diante de Deus". - Luc. 12:15-21 - BLH.

Jesus pronunciou estas palavras, quando foi solicitado para solucionar uma disputa por bens materiais entre dois irmãos. Qual o verdadeiro problema em relação às riquezas: Está no obter riquezas, ou em colocar o coração nas riquezas?

O caráter do Pai deve ser retratado no caráter do filho. A generosidade do Pai é ilimitada, e espera por filhos que revelem o mesmo espírito. A generosidade precisa tornar-se o sinal de identidade entre Pai e filhos.

Um jovem rico se aproximou de Jesus e declarou que guardava fielmente todos os mandamentos da lei. Jesus olhou-o com amor, e penetrou no seu íntimo. Ele era egoísta, avarento, mesquinho, sem misericórdia e sem amor. Segundo a lei, irrepreensível; segundo a experiência espiritual da graça e do amor, um perdido. Não lembrava em nada o modelo generoso de seu Pai. Não apresentava nenhuma semelhança com Jesus.

Jesus desejou transformar aquela vida, e dirigiu-lhe um veemente apelo: "Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu". No entanto, aquele jovem não conseguiu entender o grande teste de sua experiência espiritual, e nunca mais ouvimos falar dele.

A generosidade precisa tornar-se o sinal de identidade entre Pai e filhos.

Pense: "O Senhor determinará que a bênção esteja nos teus celeiros, e em tudo que puseres a tua mão: e te abençoará na terra que te dá o Senhor teu Deus... O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva a tua terra no seu tempo, e para abençoar toda obra das tuas mãos; emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás emprestado. O Senhor te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás em cima, e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do Senhor teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir". - Deut. 28:8-13 - ARA.

Desafio: "Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também". - Luc. 6:38 - ARA.

Quarta-feira, 7/5/2008

SOBRE A PERFEIÇÃO

 

"O ideal de Deus para Seus filhos é mais alto do que pode alcançar o pensamento humano. 'Sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus'. Este mandamento é uma promessa. O plano da redenção visa ao nosso completo libertamento do poder de Satanás. Cristo separa sempre do pecado a alma contrita. Veio para destruir as obras do diabo, e tomou providências para que o Espírito Santo fosse comunicado a toda alma arrependida, para guardá-la de pecar.

"A influência do tentador não deve ser considerada desculpa para qualquer má ação. Satanás rejubila quando ouve os professos seguidores de Cristo apresentarem desculpas quanto à sua deformidade de caráter. São essas escusas que levam ao pecado. Não há desculpas para pecar. Uma santa disposição, uma vida cristã, são acessíveis a todo filho de Deus, arrependido e crente.

"O ideal do caráter cristão, é a semelhança com Cristo. Como o Filho do homem foi perfeito em Sua vida, assim devem Seus seguidores ser perfeitos na sua. Jesus foi em todas as coisas feito semelhante a Seus irmãos. Tornou-Se carne, da mesma maneira que nós. Tinha fome, sede e fadiga. Sustentava-Se com alimento e refrigerava-Se pelo sono. Era Deus em carne. Ele compartilhou da sorte do homem; não obstante, foi o imaculado Filho de Deus. Seu caráter deve ser o nosso. Diz o Senhor dos que nEle crêem: 'Neles habitarei, e em ter eles andarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo'". – DTN. pág. 311.

Pense: "Que mérito vocês terão, se amarem aos que os amam? Até os 'pecadores' amam aos que os amam. E que mérito terão se fizerem o bem àqueles que são bons para com vocês? Até os 'pecadores' agem assim". – Luc. 6:32 e 33 – NVI.

Desafio: "Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus". – Luc. 6:35 - NVI.

Quinta-feira, 8/5/2008

SOBRE A FAMÍLIA

 

A família foi estabelecida para glorificar a Deus: Todo que é chamado pelo meu nome, a quem criei para minha glória". Is. 43:7 – NVI. O pecado desvia a mente dos seres humanos deste propósito de Deus e eles passam a viver em desarmonia com a Sua vontade. É dentro desse contexto que precisam ser analisadas as declarações de Jesus.

A verdadeira família no ambiente de pecado é edificada sobre vínculos espirituais. Quando a mãe e os irmãos de Jesus foram vê-lO em Suas atividades de ensino e pregação, Ele enfatizou esta verdade: "Aqui estão minha mãe e meus irmãos! Pois quem faz a vontade de meu pai que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe". – Mat. 12:49 e 50 – NVI.

Mas, estes vínculos não destroem necessariamente as relações de sangue. Jesus deixou muito claro esta questão quando sobre a cruz confiou ao discípulo João a responsabilidade de cuidar de Sua mãe.

No entanto, quando é tomada a decisão de glorificar a Deus, o conflito pode ser gerado porque se estabelece um confronto de idéias. Foi o que aconteceu nos dias de Noé. Duas filosofias de vida se confrontaram: A filosofia da fé na liderança divina e da salvação pela graça e pelo poder de Deus, e a filosofia da liberdade moral. O conflito foi inevitável.

É nesse contexto que Jesus faz a declaração: "Não vim trazer paz, mas espada. ... O homem fique contra seu pai, a filha contra sua mãe". –. Mat. 10:34 e 35.

O conflito cósmico entre Cristo e Satanás coloca em confronto aqueles que são dominados pelo diabo contra os que aceitaram a Cristo.

Pense: "Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus". – João 1:12 e 13 – NVI.

Desafio: "Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus". – Ef. 2:19 – N VI.

Sexta-feira, 9/5/2008

ESTUDO ADICIONAL

 

Em assuntos sobre a família é normal enaltecer os que assumiram a responsabilidade de estabelecer o seu lar. É comum esquecer aqueles que por qualquer razão não deram este passo, ou por circunstâncias outras estão sozinhos. Como Jesus tratava as pessoas que estavam nestas condições? Tinha Ele um tratamento diferenciado para os casados em relação aos que estavam sós?

Pensemos nos solteiros. Não aqueles que ainda não chegaram a idade própria do casamento, mas aqueles para os quais olhamos de modo jocoso, como querendo dizer: e daí, por que continua desse jeito?

Três irmãos, Lázaro, Marta e Maria em harmonia com os relatos eram solteiros. Que relacionamento Jesus mantinha com estes três irmãos? De tudo o que temos nos Evangelhos, nenhum outro relacionamento é citado como mais íntimo, excluindo os discípulos. A amizade tornou-se tão forte que junto à sepultura de Lázaro, muitos judeus disseram: "Vede como Ele o amava!" - João 11:36 - BJ.

Para Jesus, o importante é a pessoa e sua decisão de glorificá-lO perante o mundo. A salvação é uma dádiva oferecida individualmente e independente do estado civil.

Outro grupo de pessoas que ficam sozinhos - viúvos e viúvas. Temos um exemplo significativo em Lucas 7:11-17, relatando o encontro de Jesus com a viúva de Naim. Encontrando-Se Jesus com o funeral na entrada, caminhando Ele em direção a cidade, Lucas fala sobre as Suas reações: "O Senhor, ao vê-la, ficou comovido e disse-lhe: Não chore". - Luc. 7:13 - BJ. Jesus veio para dar liberdade aos cativos do pecado, não importando seu estado civil. Jesus ama as pessoas como são e mostra-lhes que todas são importantes aos Seus olhos.

Outro grupo, muito polêmico em nossos dias, são aqueles que, vencidos pelo inimigo caem no pecado do adultério. Precisamos convir que não somos muito clementes com este tipo de pecadores. Em regra geral, a primeira atitude para com estas pessoas é tratar de excluí-las da igreja. Como não souberam honrar as boas normas, é melhor que sejam afastadas para não manchar o nome da Igreja.

Para a mulher apanhada em adultério Jesus declarou: "Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado". – João 8:11 – NVI.

Aceitando o único Salvador - Jesus - passamos a pertencer a uma grande família espiritual: Esta é provavelmente, uma importante verdade que precisamos aprender e compreender: Somos todos membros de uma mesma família e portanto devemos amar-nos e respeitar-nos como irmãos.

Pense: "Eu vim para chamar os pecadores, a fim de que mudem de vida, e não para chamar os bons." - Luc. 5:32 - BLH.

Desafio: "Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram". - Gal. 3:26 e 27 – NVI.

Comentário por: Pr. Albino Marks

Especialista em aconselhamento familiar e profundo estudioso da Bíblia, o pastor Albino Marks já atuou como preceptor (IAP, IACS, IAE-SP); capelão (IACS e Hospital do Pênfico); diretor geral do IAP; departamental em várias associações e na UCB.

FONTE: http://www.escolanoar.org.br/