Estudos da Bíblia: Segundo trimestre de 2008
Tema geral: Maravilhoso JESUS
Estudo nº 12 – A eficácia de Seu ministério sacerdotal
Semana de
Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto Renaldo Marks
marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (0xx55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Comentário complementar ao estudo da lição da Escola Sabatina
Recomenda-se antes estudar a lição original e depois esse comentário
Verso para memorizar: "Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que Se assentou à destra do trono da Majestade nos Céus" (Hebreus 8:1).
- Introdução – santo sábado, dia do Senhor, da vida e da felicidade
Dois são os focos básicos dos estudos dessa semana. A providência de DEUS para salvar o ser humano da morte eterna e o modo como Ele planejou que aprendêssemos a esse respeito.
O Criador usou para isso um conjunto de símbolos e rituais para, por meio deles nos ensinar coisas como: o drama e as conseqüências do pecado; a morte como salário do pecado; a possibilidade de libertação da morte; como DEUS pode pagar o preço de nossa desobediência; a intensidade do amor de DEUS, e a importância de nossas decisões como seres livres para decidir. DEUS valeu-se de um sistema simbólico mas retratado de forma absolutamente real para ensinar. Os rituais envolviam a morte de animais inocentes. Envolviam seres humanos. Envolviam regras bem detalhadas. Apensar de todo esse realismo, eram apenas ilustrações didáticas e representativas do ritual futuro. A realidade definitiva e eficaz aconteceu, em grande parte, na cruz. E continua acontecendo no santuário celeste.
DEUS estava ensinando aos seres humanos da Terra, e do Universo, como são graves as conseqüências da desobediência a uma Lei que requer apenas uma coisa: amar a todos e a tudo. Ele estava ensinando, não que a desobediência a essa Lei resulta em sanções por parte do governo celeste exigente, mas sim, que então ocorre uma ruptura, por iniciativa do desobediente, entre ele e O Criador. O efeito natural dessa ruptura não pode ser outro senão a morte, pelo fato de ter havido o desligamento consciente da fonte da vida. Foi o que DEUS alertou: "no dia em que comerdes do fruto desta árvore, certamente morrereis". E, antes da morte, ocorreriam muitos sofrimentos porque, rompidos os laços com o amor, que é DEUS, cai-se em outro contexto, que não é o do amor, mas sim, o do ódio. Nele existem lutas, vinganças, perigos, corrupção, violência, crimes, e tudo o mais que o ódio pode produzir.
Mas além desses ensinamentos, DEUS, por meio do ritual do santuário, quis ensinar o mais importante: que o amor d'Ele veio ao nosso encontro, para nos tirar dessa situação dramática, demonstrando a nós o quanto é capaz de nos amar, mesmo que estejamos em plena revolta contra Ele, e que tramemos a Sua morte. Ele quis ensinar-nos que é capaz de nos amar mesmo que O matássemos em meio a pior de todas as humilhações. Mesmo assim, não conseguiríamos reduzir em nada a intensidade de Seu amor por nós, pecadores.
- Primeiro dia: Indicadores do antigo tabernáculo (Êxo. 25:9, 40)
Quando entrou o pecado no mundo, em Adão e Eva teve início um processo de deseducação para a vida. Esse processo chama-se degeneração moral do ser humano. Ele fica cada vez mais incapaz de viver em sociedade, desde na família até entre as nações. Na família, o ser humano briga, entre as nações, faz guerra.
Antes de pecarem, Adão e Eva sabiam amar a DEUS e um ao outro, bem como a natureza. Tudo estava em harmonia e contribuía para a felicidade de todos. Depois da experiência com o pecado essas condições foram mudando. Já no primeiro dia aprenderam a fazer algumas coisas esquisitas e diferentes, bem estranhas. Eles buscaram dissimular sua situação fazendo vestes artificiais para si, foram esconder-se de DEUS, e Adão acusou a esposa que acusou a serpente.
Naquele dia tiveram que sair do jardim, que era o seu lar, para ficarem distantes da árvore da vida. Imagina se viessem a comer daquela árvore! Por ela DEUS prometia dar vida eterna. Seria uma tragédia sem medidas pecadores com direito a vida eterna. Uma vida temporária nesse estado já é complicada, eternamente vivendo em estado de beligerância deve ser uma tortura cada vez mais insuportável.
A humanidade foi se degenerando gradativamente. Desaprenderam a se amar, e aprenderam a se odiar, a se explorar, a exigir mas não dar, a usar o semelhante como instrumento para interesses particulares. Era necessário o reaprendizado para a vida em sociedade com DEUS e com os semelhantes, para que o ser humano pudesse viver outra vez na perfeição. E, mais que isso, era necessário aprender a como sair dessa situação.
O aprendizado sobre a convivência social e a saída da situação do pecado DEUS resolveu dispor de forma bem didática. Ele tornou esse aprendizado em algo o mais próximo possível da realidade.
Em primeiro lugar, Ele mandou que construíssem um santuário que fosse cópia do celestial. Os compartimentos que havia lá também foram construídos no daqui. Depois, Ele instituiu um ritual, que não havia no celestial, mas esse ritual simbolizava outro ritual real que iria acontecer no futuro, no planeta Terra. Que ritual foi que DEUS instituiu no Tabernáculo? Constava de alguns elementos e rituais principais, que veremos a seguir:
a) O sacrifício continuo; ou diário, que ocorria todas as manhãs às 9:0 horas e todas as tardes, às 15:00 horas. Esse sacrifício lembrava a todos que eram o tempo todo de natureza pecadora e que necessitavam continuamente da graça de JESUS. Eles, pecadores, necessitavam de diária reconsagração a DEUS, pois sua natureza era tal que, se assim não fizessem, facilmente cairiam em graus de pecaminosidade ainda piores. Nem o pecado nem o amor tem condições de se estabilizarem. O pecado só degenera e fica cada vez mais detestável, o amor só se aperfeiçoa e fica dada vez mais agradável.
b) Os pães da proposição simbolizavam o próprio pão da vida, JESUS, do qual o povo deveria Se alimentar. Esse alimento que os pães simbolizavam não era material, mas o conhecimento (ou verdade) pelos ensinamentos de JESUS, que enviava pelos profetas e que um dia viria pessoalmente para transmitir a todos nós. Nós devemos viver espiritualmente pelo conhecimento (o pão é o conhecimento dos ensinamentos) da verdade possibilita.
c) O candelabro; que com suas sete lâmpadas, número da perfeição de DEUS, a iluminar o povo, representando o processo de ensinamento da verdade (ou conhecimento) sobre todas as coisas, como a nossa origem, o nosso estado atual, e as possibilidades sobre o nosso futuro: morte ou vida eterna. Essa luz hoje para nós é a Bíblia, e secundariamente, o Espírito de Profecia. Veja bem, o pão é a verdade ou seja, o conhecimento, a luz é o ensinamento dessa verdade. Pela luz podemos descobrir a verdade. A Bíblia contém a verdade do conhecimento de DEUS, e está escrita de tal maneira que, pela sua leitura atenta, pode nos ensinar essa verdade.
d) O ritual do dia da expiação; a solenidade mais significativa de todas. Esse era um dia especial, em que o santuário terrestre era simbolicamente purificado de todos os pecados acumulados durante o ano. A expiação, que quer dizer, angústia, consternação, aflição, dor pelo mal que fez, e arrependimento profundo, não desejando fazer mais, era um dia em que todos se reuniam perante DEUS. A expiação resultava na purificação dos pecados acumulados no santuário durante o ano, dos quais antes já houve arrependimento por meio dos sacrifícios específicos pelos pecados, ao longo do ano. Era como um dia de julgamento. E de fato, era julgamento. Quem não se arrependesse, deveria ser eliminado do meio do povo. Esse dia era símbolo do julgamento que vem ocorrendo no santuário celeste, desde o ano de 1844, um julgamento que envolve o povo de DEUS, para saber dentre aqueles que em vida aceitaram JESUS quem deles se arrependeu de fato, e quem não se arrependeu. Na verdade, é para separar o joio do trigo. É oportuno dizer que esse julgamento por enquanto está ocorrendo só entre os que já morreram. Aqueles que em vida tiverem-se arrependido de todos os seus pecados serão julgados aptos para a salvação, e no dia da segunda vinda de JESUS, ressuscitarão e serão levados para a vida eterna. Os demais, como naquele tempo antigo, serão eliminados do povo de DEUS, destinados junto com os demais ímpios, ao fogo do inferno. Assim o pecado será extinto desse planeta e do Universo.
e) As vestes do sumo sacerdote; em que a lição destaca apenas que as doze pedras representavam as doze tribos de Israel, bem como no novo Israel, a sua igreja, fundada sobre os doze apóstolos. O peito nesse caso é JESUS, que carrega o seu povo bem perto do coração. Essas doze pedras incluíam cada membro das tribos, assim como incluem cada membro da igreja. São o anúncio de que um dia receberemos uma pedrinha branca com o nosso novo nome de alguém que nos ama muito.
Assim, em um resumo bem sucinto, temos uma espécie de representação do que o pecado causa (derramamento de sangue e morte), o quanto custa o pecado (a vida de JESUS dada por nós) e o que vai acontecer a quem, arrependido, aceitar ser transformado por JESUS, ou seja, a inclusão entre o povo de DEUS para toda a eternidade.
- Segunda-feira: Todos os indicadores levavam a Ele
A que indicadores a lição está se referindo? Indicador aqui está como sinônimo de profecias, e considerando o assunto da semana, aqueles aspectos relacionados ao santuário. Mas o que no santuário apontava para JESUS e Seu sacrifício? O sacrifício da manhã e da tarde (os sacrifícios diários) apontavam para Ele, assim como também o sacrifício anual da expiação. Cada cordeiro que se matava apontava para a futura morte de JESUS. Cada pecado deveria ser visto como fazendo parte da flagelação de CRISTO para que derramasse Seu sangue por aquele pecado. Assim como diariamente ocorriam pecados, também diariamente aconteciam sacrifícios. Se os pecados só ocorressem uma vez por ano, não haveria tanta necessidade de mortes de cordeiros. Isso indica o quanto os pecadores caíram, a ponto de estarem em contínua desarmonia com o amor de DEUS, assim, por isso, havia a necessidade de contínuo sacrifício. Esses pecados se acumulavam no santuário de modo que todo ano requeriam purificação (expiação).
O livro de João 1:29 liga os cordeiros dos sacrifícios em Israel com JESUS, quando diz: "Eis o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo". Veja bem, o tabernáculo era o centro da adoração
O Templo que JESUS freqüentava quando esteve entre nós não era o que Salomão construiu. Era o segundo Templo, aquele que foi reconstruído depois do exílio babilônico, e que foi mais tarde reformado várias vezes, inclusive pelo rei Herodes. Nesse segundo Templo não mais havia a glória do primeiro. Pelo menos três diferenças havia nesse em relação ao primeiro: a estrutura não era tão imponente nem tão rica (no primeiro havia muito ouro), a arca do conserto não estava mais lá, havia um vazio em lugar dela, e o shequiná não se manifestava mais sobre a arca como antes. O shequiná era uma luz sobre-natural resultante da real presença de DEUS sobre o lugar onde se encontravam os Dez Mandamentos escritos pelo dedo de DEUS.
No dia
Agora, ao JESUS morrer, o libertado foi o cordeiro que já estava sobre o altar, e que fugiu, simbolizando que o verdadeiro Cordeiro já havia morrido pelo homem. Esse cordeiro que fugiu nos lembra Isaque que foi salvo pelo cordeiro preso, e pôde descer do altar sem morrer. Esse cordeiro substituto de Isaque representa JESUS, que também foi preso, e não podia escapar do poder romano, e teve que morrer sobre o altar, que era a cruz. Isaque desceu do altar assim como o cordeiro daquela tarde também pôde escapar de morrer.
Mas aconteceu mais uma coisa impressionante: o véu foi rasgado de alto a baixo. Note duas coisas, (1ª) véu rasgado de "alto a baixo" (2ª) enquanto ocorria um terremoto. Isso tem algo a nos ensinar. Alguém rasgou o véu. Era alguém que vinha de cima, portanto, um ser celestial. E o terremoto simboliza que algum poder não de homem estava se manifestando. Era o mesmo poder que fez a terra tremer quando a lei foi concedida no Sinai e quando o primeiro santuário foi inaugurado. Naquele tempo o poder sobrenatural escondia o lugar santíssimo porque ali DEUS estava entrando para morar entre os homens. Esse poder agora estava se manifestando dizendo que ali não mais fazia sentido apresentarem suas ofertas porque, agora, o lugar para se levar as petições seria o santuário celeste, para onde logo iria o Cordeiro de DEUS, depois de ressuscitar.
É difícil entender estas coisas? Não parece, não é? No entanto, se você que está lendo esses comentários tiver alguma dificuldade de compreensão, por favor, me escreva, pois a intenção é redigir de tal forma que as pessoas humildes e simples possam entender, e aplicar em suas vidas, serem transformadas pelo poder de DEUS, abandonarem os atrativos do mundo e serem salvas para a vida eterna. Estamos notando que os textos das lições estão ficando cada vez mais acadêmicos e teóricos, escritos, parece, para teólogos, não para aqueles que seriam o público de JESUS. Até as notações dos livros da Bíblia foram alterados, não mais utilizando as três ou quatro letras, mas apenas duas. Assim muitos, em vez de consultarem João, consultam Jó, pois a notação está escrita "Jo" não mais "João". Mateus agora é Mt, não mais Mat. O povo comum, que é a maioria, e que precisa desses estudos para obter orientação em sua vida, deveria ser mais respeitado, pois essas dificuldades não acrescentam nada nem mesmo servem para alguma economia financeira. Pensei que alguém se manifestasse antes, por isso esperei vários meses para essa observação.
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