Ano Bíblico: Sl 18–22 |
Nosso sumo sacerdote (Hb 7:25)
Nos primeiros capítulos de Hebreus, depois de dizer uma quantidade de coisas sobre os anjos e sua condição, sobre Moisés e sua experiência no deserto, sobre Josué e a terra de Canaã, sobre os profetas, Abraão e Melquisedeque, o apóstolo nos chama abruptamente de volta à mensagem central no capítulo 8, verso 1:
2. Qual é a mensagem central do livro de Hebreus? Hb 8:1, 2
Dentro do plano físico do antigo acampamento israelita, havia diversas barreiras entre o adorador israelita comum e o interior do santuário. Para obter acesso físico, seria necessário atravessar o isolamento exclusivo dos sacerdotes e levitas e áreas adjacentes ao recinto sagrado. Mas agora, diz o autor de Hebreus, Cristo, nosso mediador e sacerdote celestial, abriu uma porta de acesso ilimitado ao verdadeiro santuário celestial, a sala do trono do Deus vivo. 'Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna' (Hb 4:16). Jesus é nosso intercessor no Céu.
Muito embora não saibamos a forma exata da intercessão de Jesus por nós, as Escrituras oferecem exemplos dessa idéia, ainda que do ponto-de-vista humano. Dois desses exemplos tiveram lugar na vida de Moisés, com relação à rebelião em Cades (Nm 14:10-20), e com relação à adoração do bezerro de ouro (Êx 32:9-14, 30-32). Essas são passagens poderosas. 'Agora, pois', Moisés implorou a Deus naquela última referência, 'perdoa-lhe [ao povo] o pecado; ou, se não, risca-me, peço-Te, do livro que escreveste' (v. 32). Também testemunhamos essas formas de intercessão sacerdotal em Daniel 9 e na grande oração de Jesus antes da paixão (Jo 17).
As passagens de Hebreus a seguir são exemplos do que nosso sumo sacerdote celestial faz por nós: Hb 2:18; 7:25; 8:3-10; 9:11-14; 10:11-17.
Pergunte a si mesmo: Como posso ser beneficiado pessoalmente em minha experiência com o Senhor sabendo que Jesus está fazendo essas coisas por mim? Como posso aplicar essas promessas à minha vida? |
Ano Bíblico: Sl 23–30 |
A diferença que Ele faz – I
3. Que promessa encontramos a respeito de nosso sumo sacerdote? Hb 4:16. Que esperança temos?
Aqueles que conhecem Jesus como Salvador e sumo sacerdote têm alguma vantagem espiritual sobre os outros que só O conhecem como Salvador? Vamos lidar com esta pergunta em duas lições, mas talvez possamos começar notando a contribuição de Hebreus 9 ao assunto, em geral:
É claro que existem diversas maneiras de ler o capítulo. Uma é adotar uma abordagem estritamente exegética e lingüística para ele, definindo o significado das palavras e frases e extraindo o significado dos versos sob o ponto de vista puramente acadêmico. Mas outra maneira, igualmente válida, ultrapassa tudo isso essencialmente. Sem ignorar os resultados da primeira abordagem, simplesmente leia o capítulo e observe o que ele diz. Quando fazemos isso, aqui está o que achamos, no que se relaciona com a pergunta básica diante de nós:
1. O que aconteceu sob o primeiro concerto (os rituais do santuário no Antigo Testamento) era somente provisório. Fundamentalmente inadequados para levar à mudança interior, os sacrifícios e rituais apontavam para além de si mesmos, para algo muito maior.
2. Esse algo maior agora havia acontecido. Cristo veio. Ele é o sumo sacerdote real (Hb 9:11). Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, (Hebreus 9:11 RA) Sua entrada no santuário celestial não foi por meio 'de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo Seu próprio sangue..., tendo obtido eterna redenção' (v. 12).
3. Os sacrifícios sob o antigo sistema alcançavam resultados exteriores (v. 13), mas não podiam provocar a mudança do interior. Mas o sangue de Cristo alcança nosso ser interior, purificando 'nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!' (v. 14).
4. Cristo derramou Seu sangue uma só vez, em nosso favor; e agora Ele comparece por nós na presença de Deus como nosso sumo sacerdote (v. 24-28).
Leia Hebreus 9. Qual é a mensagem essencial que nos dá? Que promessas desse capítulo você acha especialmente encorajadoras para você mesmo? |
Ano Bíblico: Sl 31–35 |
A diferença que Ele faz – II
O conhecimento e aceitação de Jesus como nosso sumo sacerdote deve nos fazer bondosos, generosos e pacientes, as mesmas características que Ele manifestou para conosco. Deve nos fazer misericordiosos e corteses, assim como Ele mostrou misericórdia e graça para conosco. E deve nos fazer moralmente justos e eternamente gratos pelo profundo sacrifício feito em nosso favor. Mas qualquer adventista que tenha se relacionado com cristãos de outras denominações admitiria prontamente que os acha igualmente corteses, misericordiosos, pacientes, generosos, bondosos e moralmente justos. Então, que diferença real faz 'nossa mensagem do santuário'?
Provavelmente, o tema tenha alguma relação com lealdade e fidelidade. Quando o autor de Hebreus quis reacender na fé os destinatários de seu livro, ele se voltou para o tema do santuário.
4. Que atitude ousada podemos ter, ao saber que nosso sumo sacerdote Se encontra no Santo dos Santos? Hb 10:19-25
O livro de Hebreus nos convida a nos aproximarmos do 'trono da graça' (Hb 4:16). As implicações aqui são muitas, mas uma delas se refere à questão que estamos tratando. O caminho foi aberto para nos aproximarmos de Deus, por meio de Jesus, no santuário celestial. E seguir Jesus pela fé no santuário não é só ter o coração purificado por Sua graça maravilhosa, mas também experimentar uma nova avaliação de Sua lei imutável (veja Hb 8:10). Essa transação, totalmente significativa no contexto do que os adventistas chamam de 'o grande conflito entre o bem e o mal' define a diferença que o ensino do santuário faz para nós. Pela fé, entramos com plena certeza naquele lugar sagrado em que Jesus ministra. E lá, contra todas as chances possíveis, nos apegamos àquele cuja promessa imutável é simbolizada pela arca do concerto, o trono do próprio Deus vivo, fundado em justiça e misericórdia. Assim ancorados, não somos agitados de um lado para outro, especialmente numa visão sobre a lei que nos leve ao abandono do santo sábado de Deus e nas concepções evolucionistas da origem que buscam destronar o Deus vivo de Seu próprio Universo. Assim, a doutrina do santuário se torna uma proteção para nós contra a rebelião, assegura a Deus um remanescente fiel em um mundo revoltado.
Ano Bíblico: Sl 36–39 |
Estudo adicional
Ellen G. White, 'Quando Começa o Julgamento Divino', p. 423-426, O Grande Conflito; 'O Tabernáculo e Suas Cerimônias', p. 350-358, em Patriarcas e Profetas.
'O assunto do santuário foi a chave que desvendou o mistério do desapontamento de 1844. Revelou um conjunto completo de verdades, ligadas harmoniosamente entre si e mostrando que a mão de Deus dirigira o grande movimento do advento e apontara novos deveres ao trazer a lume a posição e obra de Seu povo' (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 423).
'Vejo o santuário celestial como o lugar da habitação de Deus, o trono de Seu governo, o centro nervoso do Universo. Nessa função, o santuário sempre existiu. Mas, com a queda da humanidade, ele assumiu uma função a mais, isto é, a solução da rebelião cósmica e a segurança do Universo. É nesse sentido que o retratamos quando pensamos no antigo sistema sacrifical. Vemos através de um vidro colorido pelo ministério para a erradicação do pecado' (Roy Adams, The Sanctuary, p. 71).
'Não penso em um santuário celestial vazio. O trono de Deus, de qualquer forma, está lá, cercado por multidões de anjos. Melhor de tudo – de nosso ponto-de-vista, pelo menos – nosso sumo sacerdote todo suficiente, o próprio Jesus Cristo, está lá! Ele o enche em sua plenitude! Ele Se põe diante do trono de Deus em nosso favor! E isso é suficiente para mim!' (p. 71.)
Perguntas para reflexão
1. Como a compreensão do juízo pré-advento se encaixa com a compreensão de Cristo como nosso sumo sacerdote no santuário celestial? Por que o juízo deve ser parte integrante de nossa mensagem do santuário? Mais importante, como podemos ensinar o juízo como parte das boas-novas de Jesus como nosso substituto no juízo?
2. O que significa para você, pessoalmente, a realidade do ministério sumo sacerdotal de Cristo? Que experiência(s) você pode compartilhar sobre os benefícios que obteve?
Respostas sugestivas às perguntas da Lição:
Pergunta 1: Jesus sofreu o sacrifício prefigurado pelo cordeiro.
Pergunta 2: O ministério sumo-sacerdotal de Cristo.
Pergunta 3: Temos um sumo sacerdote que nos compreende e simpatiza com nossas dores.
Pergunta 4: Podemos aproximar-nos com toda a confiança do trono de Deus, apresentando-Lhe nossas súplicas.
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2008.html
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