domingo, 1 de junho de 2008

Lição 1 - Auxiliar e Comentários Adicionais

Auxiliar e Comentários Adicionais


Esboço

 

Texto-chave: Gênesis 1:27 e 28

Objetivos

1. Mostrar que as famílias foram estabelecidas para prover companhia e para refletir a unidade da Divindade.
2. Estabelecer a família como meio de aprendizado e expressão do amor de Deus.
3. Entender a igreja como uma unidade de muitas famílias congregadas.

Esboço

I. A primeira família (Gên. 2:18 e 24)

A. A primeira família foi estabelecida na criação.
B. As famílias foram planejadas para atender às nossas necessidades sociais.
C. O primeiro homem e a primeira mulher foram criados para ser uma só carne, como o Pai, o Filho e o Espírito Santo são Um.
D. A família deve experimentar e refletir o amor de Deus.

II. A família como reflexo do amor de Deus (I João 4:12)

A. Os membros das famílias expressam seu amor mútuo pela maneira como se tratam.
B. Mesmo na cruz, Cristo expressou amor por Sua mãe, dando-nos o exemplo.
C. O amor e a obediência a Deus devem ser mais fortes do que os laços familiares.

III. A família de Deus é uma família de famílias (Efés. 2:19)

A. A Bíblia revela vários tipos de estruturas familiares.
B. Os solteiros são parte vital da família de Deus.
C. Na família da igreja, as pessoas devem experimentar o amor de Deus e possuir o senso de pertinência.

Resumo

Deus criou as famílias para preencher nossas necessidades de companheirismo e comunidade. Embora haja vários tipos de estruturas familiares, cada uma delas deve ser um reflexo do amor e do caráter de Deus. Os membros da família da igreja devem ser receptivos e expressar o amor de Deus.

I. Introdução

Embora a Bíblia e Ellen White tenham dado aos adventistas princípios e diretrizes para constituir famílias saudáveis, o que aconteceu na cultura mais ampla também nos influenciou. Nos últimos 150 anos, houve mudanças importantes no que a sociedade espera de uma família. Os membros da classe podem ter uma discussão mais completa da lição da Escola Sabatina se tiverem conhecimento de algumas dessas mudanças.

II. Transições nos tipos de famílias

Antes da Revolução Industrial, na América e na Europa, a família típica era geralmente chamada de família institucional. Essa família buscava estabilidade e segurança, destacando a lealdade familiar, o valor dos filhos e os laços com a comunidade. A autoridade do pai também era importante. Os filhos eram avaliados por seu potencial de trabalho. A família institucional era bem apropriada para 'um mundo de propriedades familiares, pequenos negócios de família, e comunidades unidas por uma religião comum' (William J. Doherty, The Intentional Family: How to Build Family Ties in Our Modern World, pág. 4). Este era o tipo de família comum no tempo de Tiago e Ellen White.

A Revolução Industrial começou a mudar a família institucional e, a partir dos anos 1920, emergiu um novo sistema de família. O que Doherty chama de família psicológica valorizava 'a realização pessoal e a felicidade acima das... obrigações familiares e laços íntimos com a comunidade' (pág. 4). A família psicológica valorizava os casais que mantinham fortes laços emocionais, boa comunicação familiar e participação na tarefa de criar os filhos. A meta dessa família era que cada membro estivesse satisfeito com seu papel.

Dentro da família psicológica havia uma forma teórica de igualdade conjugal. A esposa era a perita nos assuntos domésticos e de educação dos filhos, enquanto o marido era o perito fora de casa. Os dois tinham igualdade, mas era mais difícil alcançar a satisfação (p. 4).

A questão de muitos casais era como ter as necessidades pessoais atendidas enquanto mantinham uma relação de igualdade. O que emergiu como resposta foram habilidades de comunicação, compromisso, resolução de conflito e a habilidade de nutrir e afirmar-se mutuamente. As elevadas expectativas para o casamento, juntamente com a percepção de que o divórcio não mais era um estigma social, resultou em que muitos casais foram subjugados pela natureza diária de seu casamento. Esses assuntos contribuíram muito como causa e efeito dos crescentes índices de divórcio. 'A imagem cultural da família nuclear de dois pais desde o berço até a sepultura fragmentou-se em uma variedade de formas familiares' (pág. 6).

As revoluções e mudanças na sociedade dos anos 1960 e 1970 levaram à desintegração da família psicológica. Esta deu lugar à família pluralista. Essa ainda é comum hoje na América e na Europa. A família pluralista afirma que não existe família ideal. A tradicional de pai e mãe é só uma alternativa entre outras, incluindo coabitação, 'produção independente' de filhos, novo casamento e famílias de homossexuais e lésbicas. A palavra de ordem é flexibilidade em qualquer debate sobre o assunto (págs. 6 e 7).

A família institucional é a mais próxima do ideal bíblico. A psicológica, com sua insistência em promover os direitos e liberdades dos seus membros, pode ser prejudicial ao 'bem-estar da unidade da família'. Seria este o melhor modelo para a família adventista do sétimo dia? Talvez não!

Certamente, a família pluralista também cria problemas para os adventistas. Se existe um jeito certo, deve haver também um jeito errado. Como podemos permanecer em silêncio com respeito às práticas familiares não apoiadas pela Escritura?

Os sociólogos de família sugerem outra resposta. A família com propósitos requer escolhas sustentadas por convicções éticas e morais que guiem as unidades familiares para agora e para a eternidade (págs. 7 e 8). Esta visão desafia as famílias adventistas a se voltarem para as conexões divinas, ao amor mútuo e ao senso de comunidade. Estes valores se aplicam tanto à família em casa como à família da igreja.

III. Sabedoria inspirada sobre casamento e família

'Só em Cristo é que se pode com segurança entrar para o casamento. O amor humano deve fazer derivar do amor divino os seus laços mais íntimos. Só onde Cristo reina é que pode haver afeição profunda, verdadeira e altruísta.

'É o amor um dom precioso, que recebemos de Jesus. A afeição pura e santa não é sentimento, mas princípio. Os que são movidos pelo amor verdadeiro não são irrazoáveis nem cegos. Ensinados pelo Espírito Santo, amam a Deus supremamente e ao próximo como a si mesmos..

'Embora possam surgir dificuldades, perplexidades e desânimo, nem o marido nem a esposa abrigue o pensamento de que sua união é um erro ou uma decepção. Resolva cada qual ser para o outro tudo que é possível. Continuem as primeiras atenções. De todos os modos, anime um ao outro nas lutas da vida. Procure cada um promover a felicidade do outro. Haja amor mútuo, mútua paciência. Então, o casamento, em vez de ser o fim do amor, será como que o seu princípio. ...

'Dê cada um amor, em vez de exigi-lo. Cultive aquilo que tem em si de mais nobre, e esteja pronto a reconhecer as boas qualidades do outro. É um admirável estímulo e satisfação saber alguém que é estimado. A simpatia e o respeito animam na luta em busca da perfeição, e o próprio amor cresce à medida que estimula a propósitos mais nobres.' – Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, págs. 358, 360 e 361


Estudo Indutivo da Bíblia

 

Textos: Gênesis 1:26-28; 2:18-25; Efésios 2:19 e 20.

1. Mateus 1 e Lucas 3 traçam a genealogia de Jesus até Abraão (Mateus) e até Adão (Lucas). Ao repassar as listas, você vai encontrar alguns nomes familiares e outros quase desconhecidos. Ao recordar as histórias bíblicas relacionadas com esses nomes, você vai se lembrar de alguns episódios heróicos e outros vergonhosos. Qual é o principal aspecto que devemos perceber no trato de Deus para com as famílias imperfeitas? Que lições você pode aplicar àqueles com quem vive e adora?

2. Quando criou o primeiro casal e estabeleceu a primeira família, Deus tinha ideais elevados. Faça uma lista de características que, mesmo em um ambiente perfeito, eram necessárias para o sucesso da família. Como essas características foram alteradas pela entrada do pecado no mundo? Quais são os remédios para os que desejam voltar ao ideal de Deus?

3. Dê três exemplos da vida e dos ensinos de Cristo que demonstram Sua elevada consideração pela família. Como esses exemplos podem ser traduzidos para os tempos modernos – especialmente em condições abaixo das ideais?

4. Pense nas famílias representadas em sua congregação. Identifique os tipos de família que puder (divorciado; viúvo; nunca se casou; casado, sem filhos; aposentado; mãe solteira e outros). A seguir, pense em como os ministérios oferecidos atualmente pela sua igreja podem atender às necessidades espirituais, sociais e materiais dos que estão em sua lista. Imagine alguns ministérios que precisariam ser desenvolvidos para atender o que falta.

5. Leia Romanos 16:1-16. Qual é o perfil sociológico da igreja em Roma? O que as pessoas mencionadas tinham em comum? Como o seu papel na igreja foi valorizado por Paulo?


Testemunhando

 

Leia Atos 2:41-47. Pense no efeito do Pentecostes no começo e no crescimento da igreja apostólica. O que atraía à comunhão tantas pessoas de diferentes origens e tão rapidamente? Era a poderosa pregação do amor de Deus, manifestado no sacrifício de Cristo no Calvário. Quando o Espírito Santo removeu o véu de seus corações, esses judeus responsivos entenderam pela primeira vez a glória do evangelho em sua herança religiosa.

Desta passagem, aprendemos várias coisas sobre os crentes:

1. Eles se reuniam diariamente no templo (para eles, a religião não era um passa-tempo).

2. Seu coração estava cheio de alegria (alegria transcendente).

3. Tomavam juntos suas refeições com alegria e singeleza de coração (não havia discussões, abuso ou desordem).

4. Partilhavam não só o alimento mas também as necessidades práticas da vida (liberação do materialismo e egoísmo, disposição para suprir o abandono praticado pelos parentes, patrões e comunidade).

5. Estudavam a verdade doutrinária com interesse contínuo e unidade de crença (a base bíblica da igreja de Deus, que é a coluna e baluarte da verdade [I Tim. 3:15]).

A desimpedida sinceridade e liberdade dessa associação sugere pureza de conduta e de motivos, sem os quais toda a comunhão logo se teria degenerado em farsa e espetáculo vergonhoso. (Considere I Cor. 1:1-12.)

Cristo fundou Sua igreja não apenas para servir de mecanismo para divulgar uma mensagem, nem a instituiu como um clube social para diversão, festas e diálogo subjetivo. Ele criou a igreja para ser Sua família e atrair a atenção para seu chamado celestial, transbordando de benevolência social. É desejo de Deus que a igreja seja ativa no evangelismo e isenta de todo mundanismo no cumprimento de sua missão de fazer discípulos para Seu reino entre os povos do mundo.

Ponto para ponderar: E se os apóstolos não tivessem estado de acordo antes do Pentecostes? Como esse fato teria afetado sua pregação, seu comportamento e sua influência?


Aplicações à vida diária

 

Ponto de Partida

'A. B. Davidson conta como estava solitário em um alojamento numa cidade estranha. Ele costumava caminhar à noite pelas ruas. Às vezes, por uma janela sem cortinas, ele via uma família em feliz comunhão, sentada ao redor da mesa ou da lareira; então, a cortina era fechada e ele se sentia rejeitado e solitário na escuridão'. – William Barclay, 'The Gospel of Matthew,' The Daily Study Bible, vol. 1, pág. 118.

Perguntas para consideração

1. Anos atrás, em algumas comunidades adventistas que tendiam a estar mais abrigadas do contato com o mundo, a expressão 'de fora' era ouvida com freqüência: 'Ele vai se casar com alguém de fora' ou 'havia quatro pessoas de fora na igreja hoje!' A igreja politicamente correta de hoje toma o cuidado de não exprimir esses comentários negativos, mas os preconceitos continuam a ter lugar seguro de maneiras mais sutis. Identifique alguns deles. Que medidas sua igreja pode tomar para afastar esses preconceitos?

2. Muitas vezes, a igreja é formada de uma mistura de pessoas, culturas, idades e interesses. Como se pode lidar com essas diferenças e encontrar ministérios e atividades que cruzem essas barreiras?

3. A lição diz que Deus formou a família humana como expressão de Sua própria natureza relacional. Que características relacionais Deus tem em comum com a família humana? Por que você acha que Deus formou a família humana dessa forma? Qual era o modelo ideal de Deus para a família?

Perguntas de aplicação

1. O Verso Para Memorizar desta semana diz que Jesus é a pedra angular da casa de Deus e, portanto, os estrangeiros e peregrinos que entram na casa de Deus deixam de ser estrangeiros e peregrinos. Qual é a sua responsabilidade para com os que entram na casa de adoração? Que papel tem o mandamento de Deuteronômio 6:7 (Falar de Deus 'assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te') em seu comportamento? Existem restrições que limitam sua resposta? Qual é o papel do amor nestas situações?

2. A lição apresenta a igreja como uma família de famílias. Até que ponto você pode levar esta analogia ou comparação? Identifique algumas qualidades positivas das famílias que podem ser reproduzidas pela família da igreja. Quais são os aspectos negativos da família humana que também podem ser vistos na família da igreja? Como deveríamos lidar com eles?


FONTE: www.cpb.com.br/



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