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| Subsídios Para a Lição da Escola Sabatina |
Lição 4 – O Filho de Deus Entre Nós |
– Papai, acorde! Quero ir ao banheiro!
Eram 2h45 da madrugada quando a pequena Taynara, de apenas cinco anos, acordou o papai pedindo que a acompanhasse. O banheiro ficava do outro lado da casa, no fim de um corredor escuro.
–Vá, minha filha, e obrigado por me manter informado.
Para a menina de apenas cinco anos, um corredor como aquele parecia ter quilômetros de distância, com diversos quartos nas laterais, onde monstros e animais ferozes poderiam saltar a qualquer momento sobre ela, que caminhava solitária por ali.
Obediente, Taynara deu os primeiros passos pelo corredor, parou e voltou ao quarto.
– Papaaaaaai! Por que não vem comigo?
– Muito obrigado pelo convite, pode ir sozinha.
Ela deu mais alguns passos e parou. Voltou ao quarto.
– Papaaaaai? Acho que deveria ir comigo!
– Você está com medo, minha filha?
– Nãooooooo! Só quero que venha comigo!
O papai saltou da cama e atravessou aquele corredor escuro segurando firme a pequena mão da menina.
Na vida, muitas pessoas estão atravessando um corredor longo e escuro. Talvez tenham embarcado numa nova oportunidade de negócios. Se der tudo certo, todos os seus sonhos se concretizarão. Se "pisar na bola"... perderão as economias, o carro, a casa, tudo! Quem sabe, estejam enfrentando uma ação judicial. Talvez estejam apavorados pela idéia de trazer um bebezinho recém-nascido para casa, ou ver o filho mais novo ir para a faculdade. Outros, talvez, estejam sendo forçados a caminhar por aquele longo corredor escuro do desemprego, de um tratamento médico experimental ou de um relacionamento familiar decepcionante. Há muitos corredores escuros.
O papai de Taynara saltou da cama para atravessar o corredor ao lado da filha, segurando sua mão, dando-lhe segurança. A menina tinha uma necessidade: precisava enfrentar o corredor e o pai era sua esperança. Seja qual for o corredor por onde tenhamos que passar, há uma mensagem de esperança, de alguém que um dia deixou Seu trono para estar entre nós e andar conosco: "O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam – Isso proclamamos a respeito da Palavra da vida" (1Jo 1:1, NVI).
O anjo que levou a Maria a notícia sobre o nascimento do Salvador disse que Ele seria chamado Emanuel, que quer dizer "Deus conosco". Um elemento significativo é que este nome vem de "IMANU+EL". "Nu" é sempre a terceira pessoa no hebraico. "El" significa Deus, e "IMANU" é conosco, portanto Deus conosco, Deus entre nós. "Desde os dias da eternidade, o Senhor Jesus Cristo era um com o Pai; era 'a imagem de Deus', a imagem de Sua grandeza e majestade, 'o resplendor de Sua glória'. Foi para manifestar essa glória que Ele veio ao mundo. Veio à Terra manchada pelo pecado, para revelar a luz do amor de Deus, para ser 'Deus conosco'" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 19).
A única esperança para o mundo afetado pelo pecado era "O Filho de Deus Entre Nós", mas isto só seria possível se Ele Se tornasse um "como" nós. "Houvesse aparecido com a glória que possuía com o Pai antes que o mundo existisse, e não teríamos podido resistir à luz de Sua presença. Para que a pudéssemos contemplar e não ser destruídos, a manifestação de Sua glória foi velada. Sua divindade ocultou-se na humanidade – a glória invisível na visível forma humana" (Ibid., p. 18). Tornar-se um "como" nós, para estar "entre nós" foi uma decisão totalmente voluntária, motivada pelo amor, e é por isso que o Universo olha para nosso planeta como um livro de estudos. "Desde que Cristo veio habitar entre nós, sabemos que Deus está relacionado com as nossas provações, e Se compadece de nossas dores" (Ibid., p. 24).
Ao tomar a natureza humana, Cristo baixou ainda mais na escala da humilhação, assumindo uma natureza enfraquecida pelos anos de degradação, porém, uma natureza humana sem pecado. "Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte" (Ibid., p. 25).
Com o braço da humanidade, Jesus Se liga de tal forma com o homem, a ponto de compreender suas lutas, dores, limitações e provações. Com o braço da divindade firma-Se no trono como Deus, derramando Seu poder para fazer do homem um vencedor. "Era o intuito de Satanás causar entre o homem e Deus uma eterna separação; em Cristo, porém, chegamos a ficar em mais íntima união com Ele do que se nunca houvéssemos pecado. Ao tomar a nossa natureza, o Salvador ligou-Se à humanidade por um laço que jamais se partirá" (Ibid.).
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (Jo 1:1).
Nesta passagem, existem três ênfases sobre Jesus: eterno (no princípio, não um momento particular do tempo, mas antes da criação de todas as coisas, antes de todo e qualquer outro princípio, Ele era o verbo); união com o Pai (estava com Deus); igualdade (era Deus). A expressão logos, traduzida por verbo, foi utilizada por João para identificar Cristo como a expressão encarnada da vontade do Pai de que todos os homens sejam salvos.
"E o verbo Se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do unigênito do Pai" (Jo 1:14).
No texto anterior a este, João afirma categoricamente a divindade de Jesus, e neste, Sua humanidade. Cristo é divino no sentido absoluto e supremo da palavra, e também é humano da mesma forma, com a exceção de não ter conhecido o pecado. "Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus" (2Co 5:21). As duas naturezas, a divina e a humana, estavam misteriosamente combinadas numa pessoa.
A divindade revestiu a humanidade, porém, não a substituiu. Em nenhum sentido Cristo deixou de ser Deus quando Se fez homem. As duas naturezas chegaram a ser íntimas e inseparáveis, no entanto, permaneceram distintas. A natureza humana não se converteu em divina, nem a divina em humana. "Não obstante o Criador dos mundos, Aquele em quem habitava corporalmente a plenitude da divindade, manifestou-se no impotente nenê da manjedoura. Incomparavelmente mais elevado que qualquer dos anjos, igual ao Pai na dignidade e glória, e todavia revestido da humanidade! A divindade e a humanidade achavam-se misteriosamente combinadas, e o homem e Deus tornaram-se um" (Ellen G. White, Exaltai-O [MM, 1992], p. 76).
Para aquele que crê no que diz a Bíblia a respeito de Jesus, nada é mais significativo. Não há tempo a perder com especulações absurdas que surgem sobre Ele. Na história de Israel, quantos lançaram mão de recursos falsos para iludir os filhos de Deus em proveito próprio, manchando a mensagem de esperança que Moisés levara àquele povo. Se os ouvissem e se distraíssem com eles, não haveria terra prometida. Isso aconteceu com muitos que se envolveram com as falsas teorias no deserto, apresentadas por pessoas que poderiam ter sido usadas por Deus, mas que se tornaram instrumentos nas mãos de Satanás. De certa forma, hoje a história se repete. Esses desvios têm sido motivados pelo inimigo, para fazer com que o povo de Deus perca o foco na verdade de Sua Palavra.
Cristo caminha conosco pelos corredores da vida. Podemos crer no "Filho de Deus Entre Nós" porque está escrito na Bíblia. E quando se tem esta crença uma extraordinária experiência pode ser vivida, pois nada é mais relevante do que crer nesta mensagem de esperança.
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