Jesus tinha um modo peculiar de olhar para alguém, diferente da maneira de olharmos às pessoas e a nós mesmos. Olhar e julgar pelo exterior tem sido a maneira clássica utilizada por muitos. Jesus olhava para o coração das pessoas, onde via o que normalmente não vemos. Por isso, era comum encontrá-Lo entre as pessoas que a sociedade e a igreja repeliam.
Pecadores e publicanos formavam uma classe inferiorizada. Jesus foi criticado pelos líderes religiosos por Se aproximar desse grupo desprezado pela sociedade. A antipatia que os judeus nutriam era alimentada pela corrupção presente entre os coletores de impostos. Consideravam vergonhosa essa prática e recriminavam aquele que estivesse com ela envolvido. Jesus não estava entre eles para assemelhar-Se a eles, mas para dissuadi-los do mau caminho.
Os escribas e fariseus se colocavam em posição de superioridade. Tinham senso de justiça própria. Os publicanos e pecadores eram pessoas que não viam justiça alguma em sua vida. Por isso, Jesus tinha palavras de ânimo para eles e censurava os escribas e os fariseus. Jesus amava os pecadores, mas não aprovava o pecado. Muitos não conseguiam entender essa diferença. É interessante notar que alguém que ama outrem, normalmente tenha sido atraído por algum motivo que tenha despertado esse amor. Mas com Deus não é assim. O que poderia existir em nós para que Ele nos amasse? Deus nos ama porque escolheu nos amar. Nossos relacionamentos não seriam diferentes se conseguíssemos amar sob este prisma?
O Dr. James I. Packer comenta que o amor divino é o exercício da Sua bondade para com os pecadores, individualmente. Berkhof disse que é "a perfeição em Deus que O leva a tratar generosa e gentilmente todas as Suas criaturas. É a afeição que o Criador sente por Suas criaturas susceptíveis" (O Conhecimento de Deus, p. 8).
Nunca houve alguém com uma vida tão abnegada, desapegada às coisas deste mundo nem tão pronto para servir a quem O aceitasse, como Jesus.
Quando alguém se considera justo, coloca-se fora do alcance da salvação. Os publicanos e pecadores que seguiram a Cristo deixaram uma lição muito clara: a consciência da própria indignidade. Quando ela existe, abre-se o caminho para as intervenções divinas. Ao Se aproximar dos pecadores, Jesus pagou um preço muito alto, e isso nos mostra que nossas melhores ações podem se converter em objetos das maiores acusações.
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