quarta-feira, 2 de julho de 2008

RELACIONAMENTOS - 4

    Lição 4 - Vivendo com os cordeiros 


    VERSO PARA MEMORIZAR: 'Como pastor, apascentará o Seu rebanho; entre os Seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam Ele guiará mansamente' (Isa. 40:11). 

    Leituras da semana: Gên. 16:1; Deut. 8:5; Sal. 30:1-9; 50:10-12; 127:3; Prov. 3:11, 12; Miq. 6:8 

    Os filhos, realmente, são presentes de Deus; depois da vida em si (tanto temporal como eterna), são os mais maravilhosos de todos os presentes. Mas quanto o maior é o presente, maior é a responsabilidade sobre os que o recebem. Deste modo, está aberta a todos os pais uma oportunidade preciosa e solene chamado, de compartilhar com seus filhos as simples boas-novas de amor e poder vivificante de Jesus. Por mais importante que seja dar aos filhos as boas-novas de Jesus e do que Ele fez por todos nós, os filhos apreendem a verdade não tanto pelo que a Bíblia ensina mas pelo que seus pais vivem. Nesta semana, vamos estudar algumas das instruções que o doador desses preciosos presentes deu aos que os receberam. 


    Mordomia sem igual 

    Quando Deus criou o primeiro casal humano, deu-lhe domínio sobre a Terra. Junto com essa mordomia, Adão e Eva tiveram o privilégio de gerar e criar filhos. A Bíblia considera os filhos como presentes de Deus. Realmente, os filhos pertencem a Ele; assim, os pais são responsáveis a Deus pelo modo de tratar essa descendência. 'Os filhos são a herança do Senhor e Lhe somos responsáveis pela administração de Sua propriedade.' – Ellen G. White, O Lar Adventista, pág. 159. 

    1. O que significa o fato de os filhos pertencerem a Deus? Sal. 50:10-12; 127:3; Isa. 43:1 e 7; I Ped. 2:9. Como essa idéia muda a maneira de tratarmos os filhos? 

    Tudo pertence a Deus por direito de criação e também por redenção. Embora Satanás afirme ser o legítimo príncipe deste mundo, depois do pecado, Deus recuperou Seu governo sobre o mundo por meio de Cristo. Esta recuperação inclui todos, mesmo os filhos. Os pais devem sempre se lembrar a quem os seus filhos realmente pertencem. 

    Este é certamente um caso em que ninguém quer ser julgado 'administrador infiel' (Luc. 16:8). 

    2. Quando pensa na educação dos filhos em termos de mordomia, que pensamentos vêm à sua mente? Por que esse tipo de mordomia é diferente de todos os outros tipos? I Cor. 4:2 

    Bons administradores pedem conselho do dono da propriedade que administram. Da mesma forma, os pais piedosos buscam conselho mediante oração e estudo da Bíblia a fim de serem guiados na educação dos seus filhos. Manoá e sua esposa fizeram a pergunta certa: 'Qual será o modo de viver do menino e o seu serviço?' (Juí. 13:12). 


    Decisões solenes 

    Ao longo do tempo, os casais geralmente esperavam ser pais. Os filhos continuavam a linhagem da família, proviam companhia, ajudavam no trabalho e cuidavam dos pais idosos. Como Raquel, freqüentemente as mulheres ligavam seu senso de valor aos filhos que criavam (Gên. 30:1). 

    3. Pense nestes comentários de casais a respeito de ter filhos. Quais apresentam boas razões para ter filhos? Que razões não são boas, e por quê? 

    'Achávamos que um filho ajudaria a solidificar nosso casamento.' 

    'Eu sempre quis um bebê, desde quando brincava com bonecas.' 

    'Nós nos amamos e queremos compartilhar esse amor com um filho.' 

    'Não estávamos tentando engravidar; foi um acidente, realmente.' 

    Tornar-se pais é uma escolha importante. As decisões sobre ter ou adotar filhos, e quantos ter, devem ser bem pensadas. A que propósitos um filho servirá? Deus será honrado se uma nova vida for trazida ao mundo? Temos os recursos emocionais e físicos e o compromisso de longo prazo para prover todas as necessidades de um filho (I Tim. 5:8)? Criar filhos pode ser difícil em tempos de dificuldades (Mar. 13:17). 

    Por outro lado, os filhos ajudam as famílias a serem mais afetuosas, pacientes e abnegadas. Poucas alegrias se comparam à de cooperar com o Criador na formação de um novo ser, a maravilhosa experiência de viver ao lado de um filho em crescimento. 

    4. Que efeito a infertilidade tinha sobre algumas famílias da Bíblia? O que poderia ter sido feito diferente para aliviar essas situações? Gên. 16:1 e 2; 30:1-9; I Sam. 1:1-20 

    Muitos casais tinham dificuldades para entender por que Deus não lhes permitia ter filhos. Em resultado, havia muito exame de coração, muita disputa e muito tumulto doméstico. Não devemos julgar apressadamente esses casais daquele tempo nem os de hoje. A sensibilidade para com os casais sem filhos poupa-lhes muitas observações cruéis. Eles devem receber informações e conselho preciso quando pedem e ter privacidade para decidir a melhor atitude a seguir. 


    Lições do Pai celestial 

    A Bíblia descreve Deus como um pai. Jesus chamava Deus de 'Pai' e O apresentava de maneiras cativantes (Mat. 5:16; 6:9, 14, 15 e 18). Deus quer ser pai para cada um de nós pessoalmente. Esse quadro de Deus complementa a visão daqueles que cresceram em lares amorosos, enquanto os que tiveram dificuldade com respeito a um pai podem ter dificuldade em confiar nEle. No entanto, todos os que vêm a Deus são tratados com o cuidado que só esse Pai, o mais dedicado e cuidadoso de todos os pais, pode dar. Antes de sermos pais para nossos filhos, devemos ter a Deus como pai. 

    5. Que responsabilidades paternas são vistas no relacionamento de Deus com Seu povo? Que orientações para a educação dos filhos podem ser extraídas destas palavras? 

    Deus como Pai 

    Responsabilidade 

    Orientação para a educação dos filhos 

    Deut. 1:31; João 6:33-35; Filip. 4:19 

    Sal. 32:8; Isa. 54:13; Osé. 11:3 

    Deut. 8:5; Prov. 3:11, 12; Heb. 12:5-7 

    O amor de Deus ajuda principalmente os pais que investiram muito na educação dos seus filhos e depois os vêem rejeitar valores muito importantes. 'Quando Israel era menino, Eu o amei... Quanto mais Eu os chamava, tanto mais se iam da Minha presença' (Osé. 11:1 e 2). Deus experimentou todas as emoções que os pais conhecem quando os adolescentes ignoram conselhos, se comportam de forma desapontadora ou se afastam de casa. Ele valoriza a liberdade humana. Pode guiar os pais a decidirem como sair em busca de um filho obstinado ou reconhecer a decisão do filho adulto e esperar, como o pai do filho pródigo (Luc. 15:11-32). 


    Fazendo o que é bom para os filhos 

    6. 'Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus?' (Miq. 6:8). Como os pais devem usar esses princípios com respeito à educação dos filhos? 

    Ellen White enfatizou a importância da bondade e da firmeza ao lidar com os filhos: 'Só a influência combinada de autoridade com amor é que tornará possível dirigir adequadamente a família.' – O Lar Adventista, pág. 308. Pesquisas atuais sobre a educação dos filhos mostram o significado do controle e do apoio para o desenvolvimento de filhos emocionalmente saudáveis e equilibrados. O apoio se refere a demonstrações de afeto, carinho e senso de pertinência que expressam o respeito dos pais para com os filhos. O controle se relaciona com estrutura, regulamento, limites e restrições providos pelos pais sobre a vida dos filhos que os ajudam a respeitar a si mesmos e aos outros. Bondade e apoio, firmeza e controle, expressam as qualidades contidas nos conceitos bíblicos de Miquéias 6:8: 'Que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus?' 

    7. Estude as práticas de educação dos filhos nestas famílias: Jacó (Gên. 37:3 e 4); Manoá e sua esposa (Juí. 14:1-3); Eli (I Sam. 2:22-25; 3:13). Como a educação dos filhos com firmeza e bondade pode fazer diferença? Que mudanças práticas seriam necessárias para incorporar as duas coisas? 

    A boa educação dos filhos tem abundância de ternura, afeto e afirmação, e também limites apropriados, com expectativas realistas, adequadas à idade da criança. As regras são poucas, as conseqüências são claras e existe acompanhamento nas conseqüências. Nos lares onde há tanto firmeza como bondade, aumenta a probabilidade de que os filhos adotem os valores dos pais. Eles também se desenvolvem moralmente de acordo com a idade e são socialmente responsáveis e atenciosos nas relações com os outros. 


    Guiando o coração da criança 

    Pesquisas confirmam o que muitos pais e professores já sabem – as crianças têm vida espiritual ativa. Eles crêem que Deus é importante para a sua vida. Jesus honrou as crianças e nos ensinou sobre seu desenvolvimento espiritual. 

    8. Como Jesus se relacionava com as crianças? O que Ele disse a respeito da fé infantil? Mat. 18:2-5; Mar. 9:36, 37 e 41 

    Jesus estimulava a fé das crianças. Essa fé pode ser cultivada pela segurança emocional que os pais atenciosos provêem. Se for seguro fazer qualquer pergunta, falar sobre qualquer assunto em casa, as crianças aprenderão a sentir-se à vontade para falar sobre qualquer coisa com Deus. Quando o lar é um lugar carinhoso onde as necessidades são atendidas, quando os pais estão física e emocionalmente disponíveis para as crianças, os jovens aprendem prontamente que podem contar com Deus para cuidar deles. Quando as crianças aprendem como são preciosas aos seus pais, têm facilidade para entender que Deus também as ama. 

    9. Qual foi a advertência de Cristo para os que ofendem as crianças ou as levam a pecar? Mat. 18:5 e 6; Mar. 9:42 

    As atitudes ou ações que prejudicam emocional ou fisicamente a criança tornam difícil para ela crer ou confiar em Deus. Quando existe abuso sexual de um filho, especialmente pelo pai, a traição atinge os pontos mais profundos do ser. O que se segue é uma luta muitas vezes vitalícia para se relacionar com o amor perfeito de Deus ou o afeto de um cônjuge. Uma experiência com a graça de Deus; a vida em um ambiente de cura e aceitação; e a direção de conselheiros treinados tem permitido que muitas dessas pessoas aprendam a lidar com essas cicatrizes. 

    Como o seu relacionamento com o Pastor celestial influencia o cuidado do Seu rebanho? Que mudanças você gostaria de fazer em seu cuidado pelas crianças com quem você vive ou trabalha? 


    Estudo adicional 

    Leia, de Ellen G. White, 'Conceito Errôneo da Função da Mãe', O Lar Adventista, págs. 244-247; 'A Disciplina e sua Administração', Orientação da Criança, págs. 221-268. 

    Membros mais jovens da família do Senhor. 'Seus filhos são os membros mais novos da família do Senhor – irmãos e irmãs confiados ao seu cuidado, por seu Pai celestial, a fim de que os prepare e eduque para o Céu.' – Ellen G. White, Orientação da Criança, pág. 251. 

    Correção para toda a vida. 'A vara pode ser necessária quando falharem outros recursos, contudo não [se] deve fazer uso dela, se for possível evitar. Mas, se medidas mais brandas se mostrarem insuficientes, deve administrar-se com amor o castigo que levará a criança à compreensão de seus deveres. Freqüentemente um só desses corretivos será suficiente para mostrar à criança pelo resto da vida que não é ela quem governa.' – Pág. 250. 

    Perguntas para consideração 

    1. Na passagem anterior 'algumas vezes a vara pode ser necessária...', mencione os princípios encontrados ali com respeito à disciplina dos filhos. O que você gostaria de ter mudado em sua relação com seu filho ou sua filha? 

    2. Em sua igreja existem filhos de pais solteiros ou filhos de lares em que recentemente houve algum distúrbio? Neste caso (e se for apropriado), por que não planejar alguma atividade em que sua classe possa ajudar essas crianças? 

    Resumo: Os filhos são os membros mais jovens da família do Senhor. Como mordomos responsáveis, os casais cristãos buscam direção de Deus na decisão de ser ou não pais e sobre o número de filhos de que podem cuidar. Em Sua Palavra, Deus oferece abundantes instruções aos Seus mordomos-pais. Seu exemplo em prover, ensinar e corrigir Seu povo oferece importante instrução. 


   Lição 4   

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