quarta-feira, 2 de julho de 2008

RELACIONAMENTOS - 3

    Lição 3 - Restauração 


    VERSO PARA MEMORIZAR: 'Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros' (Heb. 13:4). 

    Leituras da semana: Gên. 1:26-28; 2:24 e 25; 3:1-24; Mat. 19:3-5; Luc. 17:21; II Cor. 5:17; Gál. 1:4; 6:2; Efés. 3:17-19 

    O casamento foi instituído por Deus como união permanente, monogâmica de um homem com uma mulher. Foi instituído para ser uma bênção, outro aspecto de Sua grande obra de criação. O casamento foi, talvez, a maior manifestação de Seu amor infinito pela humanidade antes da queda. Portanto, que tragédia que a franqueza, a igualdade e mutualidade do primeiro casal humano tenham sido suplantadas pela maldição provocada pelo seu pecado. A raça humana tem vivido com suas medonhas conseqüências desde aquele tempo. Mas, com Cristo, um novo dia amanheceu para a instituição, como também para a experiência matrimonial dos casais. Nele, marido e mulher podem conhecer a restauração do plano de Deus para o casamento. 


    O casamento em Gênesis 

    1. Jesus falou sobre o casamento em resposta a uma pergunta sobre o divórcio. Que fonte Ele usou? Qual foi o argumento dEle? Mat. 19:3-5. Compare com Gên. 1:26-28; 2:24 e 25 

    Usando Gênesis 1 e 2, Cristo reafirmou o plano divino de criação de Deus para o casamento. Gênesis 1:26-28 apresenta a humanidade em dois sexos, masculino e feminino (compare Gên. 5:2). Eles estão em igual posição diante de Deus, tanto na bênção para procriação como na mordomia sobre a Terra. Gênesis 2 mostra como homem e mulher foram criados e como teve origem o casamento iniciado. A necessidade de companhia e de realização sexual do primeiro ser humano levou Deus a planejar uma 'auxiliadora' para ele (Gên. 2:18). A palavra auxiliadora freqüentemente descreve Deus em relação à humanidade (compare Deut. 33:7, 26 e 29). Após a extraordinária cirurgia e a primorosa formação dessa companheira, Deus Se juntou a eles no casamento (Gên. 2:21 e 22). Deslumbrado, o homem reconheceu sua companheira como 'mulher' (Heb. ishshah) – ligada a ele mas diferente dele como 'homem' (Heb. ish). 

    2. De acordo com Gênesis 2:24, quais são alguns dos elementos do casamento? 

    O casamento – união permanente e exclusiva entre um homem e uma mulher – inclui (1) deixar pai e mãe, (2) ligar-se mutuamente e (3) tornar-se uma só carne. Deixar significa a criação de uma unidade familiar distinta, com limites invioláveis específicos. Unir-se refere-se ao compromisso mútuo do casal expresso em uma aliança formal de casamento. Tornar-se uma só carne descreve tanto a união sexual como o processo vitalício de crescimento em intimidade, unidade e realização que Deus deseja que o casal experimente em todos os aspectos de sua vida. 

    Em que sentidos o casamento do Éden demonstra os princípios que devem ajudar a definir nossa relação para com Deus? 


    Crise e consolação 

    3. Como a situação do casamento foi alterada depois da queda, e como os cônjuges tiveram mudadas suas atitudes para com Deus e de um para com o outro? Gên. 3 

    O primeiro casal confeccionou roupas com folhas de figueira e se escondeu de Deus atrás de arbustos. Aqui, pode ser vista a trágica perda da união física, emocional e espiritual que eles tinham conhecido com seu Criador e um com o outro. Nenhum deles assumiu a responsabilidade por suas ações. Cada um tentou colocar a culpa em outro lugar – ele culpou Eva, e ela culpou a serpente. Na realidade, eles acusaram Deus, que havia criado ambos. 

    4. De acordo com Gênesis 3:16, que mudança na relação matrimonial resultou do pecado? 

    Efeitos da queda no casamento. A reciprocidade, a solidariedade e a igualdade originais foram substituídas pela sujeição da esposa ao governo do marido. Ao longo de toda a História, as esposas foram com muita freqüência consideradas propriedade de seus maridos. O abuso tornou muito difíceis as circunstâncias para as mulheres. Ellen White comenta os efeitos da queda: 'Depois do pecado de Eva, ... como ela houvesse sido a primeira na transgressão, o Senhor lhe disse que Adão teria domínio sobre ela. Devia ser sujeita a seu marido, o que constituía parte da maldição.' – Testemunhos Para a Igreja, vol. 3, pág. 484. A sujeição não foi porque ela era mulher, mas porque ela foi a primeira na transgressão. A sujeição também era parte da maldição. 

    Que propensões para transferir a culpa por suas ações sobre os outros você vê em sua própria vida? O que você pode fazer para mudar e ser mais aberto à responsabilidade? 


    Defendendo o casamento 

    5. Que princípios a Bíblia apresenta para um bom casamento? 

    a. Êxo. 20:14 e 17 

    b. Prov. 5:15-20 

    c. Gál. 6:2 

    d. Filip. 2:4 

    No pensamento bíblico, as relações próximas são confirmadas por alianças. A aliança predominante é entre Deus e Seu povo (Gên. 9:9-17; Isa. 55:3; Heb. 13:20). As alianças humanas criam obrigações que incluem promessas, privilégios e deveres – fatores-chave em qualquer casamento. Esses compromissos, feitos diante de Deus, buscam trazer as qualidades da fidelidade divina para as relações humanas, nas quais as promessas são de certa forma incertas (compare Deut. 7:9). 

    O profeta Ezequiel usa a aliança do casamento humano para descrever Deus em relação com a Sua noiva, Israel (Ezeq. 16:8). A aliança de casamento é violada quando a união matrimonial é profanada; por exemplo, quando a esposa adúltera deixa 'o companheiro de sua mocidade' ignorando a aliança que fez diante de Deus' (Prov. 2:17) ou quando o marido repudia a esposa de sua mocidade, a esposa da sua 'aliança de casamento' (Mal. 2:14). As promessas sagradas feitas no princípio do casamento – na 'mocidade' – devem ser honradas ao longo da vida. 

    Por que a morte para o eu é tão importante para manter a força do casamento? Em que áreas você precisa mais dessa morte em algumas de suas relações? 


    Restauração em Cristo 

    'O casamento foi pervertido pelo pecado; mas é o desígnio do evangelho restituir-lhe a pureza e a beleza.' – Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, pág. 64. 

    6. Como a Bíblia retrata a obra de Cristo em restaurar o que foi perdido pelo pecado? II Cor. 5:17; Gál. 1:4. Quais são as implicações desses textos no casamento? 

    Embora aguardem a libertação da presença do pecado, os súditos do reino da graça de Cristo estão livres da penalidade e do poder do pecado. Os crentes buscam moldar sua vida e suas relações em harmonia com a vontade de Cristo. Para o casamento, o Criador Se torna recriador. Pela habitação do Seu Espírito, Ele chama e capacita os casais a exibirem amor e graça. O Éden perdido pode ser o Éden restaurado. Pelo estudo de Seu plano, pela oração e pelo Seu poder, os casais casados podem crescer cada vez mais em direção ao casamento como foi no passado, com sua intimidade espiritual, emocional e física. 

    7. Que princípio nos ajuda a neutralizar o poder do pecado? Mat. 20:25-28; João 13:4 e 5; compare com Filip. 2:5-8. 

    8. Que palavras específicas Paulo dirige aos casais? Efés. 5:22-33 

    'O evangelho enfatiza o amor e a submissão mútua do marido e da esposa (I Cor. 7:3 e 4; Efés. 5:21). O modelo para a liderança do marido é o abnegado amor e serviço que Cristo concede e presta à Igreja (Efés. 5:24 e 25). Tanto Pedro como Paulo falam sobre a necessidade de respeito na relação matrimonial (I Ped. 3:7; Efés. 5:22 e 23).' – Manual da Igreja, Revisado em 2000, 16ª Edição, págs. 194 e 195. 

    Se você é casado, que mudanças você teria que fazer a fim de permitir mais completamente que os princípios do evangelho controlem seu casamento? Se você é solteiro, como esses princípios podem ajudá-lo em outras relações? 


    O plano de criação em um mundo caído 

    9. Como Jesus reconheceu tanto o plano divino para o casamento como a realidade do casamento em um mundo caído? Mat. 19:3-9 

    Jesus reafirmou o plano de Deus para o casamento como a união permanente de um homem com uma mulher. Os seguidores de Cristo defendem esse plano, sabendo que aquilo que Ele deseja, Ele também capacita por Sua graça e pela habitação de Seu Espírito. Os cristãos têm a obrigação especial de encarar o casamento com oração, escolher sabiamente seu parceiro e preparar-se cuidadosamente para a transição do casamento. Então, no casamento, devem preservar sagradamente seu compromisso mútuo, buscando diligentemente a graça de Deus no esforço de ajustar-se um ao outro e crescer juntos. 

    A dureza do coração humano. Embora o casamento tenha sido instituído por Deus, os que se casam são seres humanos caídos. Mesmo os casamentos entre homens e mulheres cristãos às vezes se rompem. Jesus reconheceu que a dureza dos corações levou à concessão do divórcio por Moisés (Mat. 19:8; compare Deut. 24:1-4), embora Ele mesmo tenha sido muito explícito sobre este assunto. 

    Quando um casamento está em crise, os que puderem devem fazer tudo o que for possível para ajudar a encontrar a reconciliação. O divórcio nunca deve ser assumido levianamente. A Escritura Sagrada provê orientação para restaurar as relações prejudicadas (Osé. 3:1-3; I Cor. 7:10 e 11; 13:4-7; Gál. 6:1). Se o divórcio já aconteceu, os ex-cônjuges devem ser encorajados a buscar a graça divina para examinar sua experiência e aprender a vontade de Deus para sua vida. Deus provê conforto aos que foram feridos. Ele também aceita o arrependimento sincero daqueles que cometem os pecados mais destrutivos, até mesmo os que levam consigo conseqüências irreparáveis. 

    Como é possível para a igreja apoiar o plano de Deus para o casamento e ao mesmo tempo ser uma comunidade que mostra compreensão, provê compaixão e ajuda aos crentes para reconstruir a vida depois do divórcio? 


    Estudo adicional 

    Leia, de Ellen G. White, 'O Lar Edênico, um Modelo', em O Lar Adventista, págs. 25-28; 'Os Fundadores do Lar', A Ciência do Bom Viver, págs. 356-362. 

    Entrando no casamento com inteligência. 'Os vínculos familiares são os mais íntimos, mais tenros e sagrados, entre todos na Terra. Foi planejado para ser uma bênção para a humanidade. E é uma bênção onde quer que se entre na aliança do casamento com inteligência, no temor de Deus e com a devida consideração por suas responsabilidades.' – Ellen G. White, O Lar Adventista, pág. 18. 

    Supremacia. 'Nem o marido nem a mulher deve tentar dominar. O Senhor expressou o princípio que orienta este assunto. O marido deve amar a mulher como Cristo à igreja. E a mulher deve respeitar e amar o marido. Ambos devem cultivar espírito de bondade, resolvidos a nunca ofender ou prejudicar o outro.' – Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, vol. 7, pág. 47. 

    Perguntas para consideração 

    1. Leia para a classe a segunda citação de Ellen G. White, acima. Comente os princípios expressos ali. Se fossem seguidos, que benefício esses princípios trariam aos casamentos? 

    2. Com as respostas acima em mente, que fatores costumam ser as causas de divórcio? 

    3. Em que sentido os princípios de um bom casamento são semelhantes aos princípios que podem ajudar a manter outros tipos de relações saudáveis? 

    4. Escreva com a classe um parágrafo único fazendo um tipo de declaração oficial de como deveriam ser os votos de casamento. 

    Resumo: Embora o pecado haja danificado o casamento, Deus, por meio de Cristo, está trabalhando para nos restaurar ao que perdemos. 


   Lição 3   

Link rápido para esta página: http://www.ellenwhitebooks.com/?t=3&l=118&p=3
(Para copiar o link, clique nele com o botão direito e escolha 'Copiar atalho')



Notícias direto do New York Times, gols do Lance, videocassetadas e muitos outros vídeos no MSN Videos! Confira já!