segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A DIVINDADE DE CRISTO NO EVANGELHO DE JOÃO

A DIVINDADE DE CRISTO NO EVANGELHO DE JOÃO – 1ª Parte

 

CAT6867

 

Algumas palavras de esclarecimento

 

            Esse material foi escrito para refutar várias afirmações de um indivíduo que dizia ser Cristo apenas uma criatura. Nele apresento a opinião de João – o discípulo amado – sobre o assunto. Antes de iniciar o estudo, procuro, em poucas linhas, informar à pessoa que me escreveu (e a você que está lendo) que a Divindade de Cristo está presente na Bíblica muito antes de qualquer concílio realizado pela igreja no passado.

            Ótima leitura!

 

A DIVINDADE DE CRISTO NO EVANGELHO DE JOÃO

 

Historicamente, Cristo não foi "conclamado" divino só no Concílio de Nicéia. Muito antes daquela reunião que visava derrubar o arianismo, a Bíblia e cristãos primitivos já acreditavam na Divindade do Salvador. Isso pode ser provado bíblica e historicamente:

 

I - O evangelho de João e a Divindade de Cristo

            Na presente carta vou me deter apenas ao evangelho de João para provar que Cristo é Divino. As informações de outros autores bíblicos poderemos estudar noutra ocasião, se for necessário. Vamos ao estudo do que o apóstolo escreveu a respeito de Jesus:

 

1 - Contexto histórico

Para começar, é importante termos em mente que o objetivo do quarto evangelho, escrito no final do século I, foi defender a encarnação e a Divindade de Cristo diante (muito provavelmente) do gnosticismo. O apóstolo queria que as pessoas acreditassem em Jesus como Filho de Deus para que fossem salvas (João 20:30, 31). Interessante que, na linguagem Joanina, o termo "Filho de Deus" não significa "ser criado" e nem denota "inferioridade"; para o autor, o título "Filho de Deus" significa igualdade com o Pai na Divindade. Isso é bem claro em João 5:18; 19:7 e na primeira carta dele, cap. 5:20, onde Ele chama Jesus de DEUS: "Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna." Perceba que se quisermos entender um termo bíblico, não podemos interpretá-lo de acordo com o significado da língua portuguesa; precisamos levar em conta a língua original em que o texto foi escrito (grego, hebraico ou aramaico) e o significado de qualquer expressão NA CULTURA em que ela está inserida. Portanto, o termo "Filho" na Bíblia, em referência à Cristo, não tem o mesmo significado que em nossa cultura portuguesa e ocidental.

Como disse o Dr. F.F. Bruce, "João conferiu a máxima importância à verdade eterna, que ele identificou com a auto-manifestação divina, o Verbo que existia no princípio com Deus".[1] Isso está em harmonia com João 1:1-4 e 14. Se Jesus não fosse DEUS com o Pai, não haveria necessidade de João dizer que Jesus é o Deus que revelou o Pai, por meio da encarnação (leia os textos de João 1:1-4 e 14). E, além disso, se Cristo fosse uma criatura, a salvação por meio Jesus, no evangelho de João (e no restante da Bíblia) perderia o valor. Sim, pois o valor da salvação está no fato de que não foi uma criatura quem veio salvar o ser humano, mas o próprio Deus esteve aqui em carne para solucionar o nosso problema. É por isso que Jesus Cristo é chamado em Isaías 7:14 de "Emanuel", que significa "Deus conosco". Deus "não tirou o corpo fora"; Ele mesmo veio resolver o problema do pecado! Reflita nisso com carinho.

 Estas informações são importantes porque assim conseguimos entrar um pouco na mente do autor inspirado quando preparou o relato da vida de Cristo.

 



[1] BRUCE. João – Introdução e Comentário (Série Cultura Bíblica). Vida Nova, 2002.



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