sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Estudo nº 06 – O Salvador compassivo - Comentário Sikberto Marks - 3a Parte

  1. Quarta-feira: DEUS conosco

Um membro da Trindade, DEUS do Universo, Criador de todas as coisas, o verbo (o que é capaz de fazer, agir, sustentar) "Se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como a do Unigênito do Pai" (João 1:14).

DEUS sempre esteve entre os seus filhos. No Jardim do Éden, todas as tardes, entre a passagem de um dia para outro, Ele aparecia para visitar Suas criaturas. Era o momento mais feliz do casal, aguardado com alegre ansiedade. Nesse momento tudo mudava. Até então já era bom, mas com a presença d'Ele, ficava excelente. Eles sentiam uma espécie de êxtase ao ver o Rei do Universo chegando. Ou então, como você se sentiria? Foi assim até aquele dia terrível, em que pecaram, e se esconderam. Desde esse dia, DEUS estar conosco ficou cada vez mais complicado. Imagine como seria isso hoje, se DEUS viesse aqui entre os seres humanos, com toda a Sua glória. Isso geraria o caos, uma correria absurda, medo, pânico, pavor e até ódio. Medo do DEUS de amor! Com o pecado, a presença de DEUS conosco ficou cada vez mais complicada, na medida em que o ser humano se tornava cada vez mais inclinado ao pecado.

Então, até o dilúvio, e depois, até depois de Abraão, DEUS visitava Seu povo de uma forma mais ou menos direta. Ele não Se fazia ver, mas falava com muitas pessoas, aquelas que se mantinham menos influenciadas pelos estragos do pecado. Exemplos são: Adão, Enoque, Noé, Jó, Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, e os profetas.

Após o dilúvio, por meio de Abraão DEUS providenciou um povo peculiar para Si. Deveria ser um povo no meio do qual pudesse habitar, e assim, influenciar os demais povos para que retornassem a Ele, O Seu Criador. DEUS mandou que construíssem uma tenda, e Ele moraria nessa tenda, Se instalaria bem sobre a arca que continham os Dez Mandamentos, a síntese de Seu caráter. Ali sobre a arca havia uma luz sobre-natural, que era a presença visível de DEUS. Esse pequeníssimo apartamento de DEUS, em que só havia a caixa da arca com seu conteúdo das tábuas da lei, e sobre a arca, a escultura de dois anjos em ouro, o compartimento santíssimo, e que ficava bem no meio do povo de Israel, era o lugar da habitação de DEUS entre o Seu povo. No entanto, em razão do pecado de todos os que viviam em tendas do lado de fora, esse apartamento estava revestido de grossos panos, para que a glória de DEUS não assustasse e afugentasse o Seu povo.

Quando Salomão construiu um Templo de Alvenaria, bem maior, DEUS Se mudou para esse novo lugar. Ali habitou até que o mesmo fosse destruído por ordem de Nabucodonosor, o que DEUS permitiu em razão da idolatria do povo. Sim, essa destruição ocorreu por causa do pecado do povo. Era satanás que queria separar o povo de DEUS, e conseguiu em grande parte. Ele conseguiu até que o Templo perdesse a proteção de DEUS, deixasse de servir de proteção a Seu povo, e que fosse destruído por completo. Após o exílio o Templo foi reerguido, o lugar santíssimo também, mas ali não estava mais a arca do concerto, que fora escondida antes de sua destruição. Infelizmente, embora DEUS tivesse o Seu lugarzinho para morar entre o povo, por causa dos pecados, perderam o trono, sobre o qual DEUS se manifestava. O trono de DEUS era a arca que continha os Dez Mandamentos. Isso estava oculto agora.

Mas há um porém: a esse Templo veio JESUS, não para morar em uma pequena dependência, mas, sem Sua glória divina, como ser humano, viver entre os homens. Ele morava com o povo, e freqüentava o Templo. Era aqu'Ele mesmo que, em magnífico poder, havia concedido os Dez Mandamentos no Sinai. E depois que JESUS partiu, passaram-se dez dias, e veio para estar entre os homens o ESPÍRITO SANTO, invisível, mas que podemos sentir a respectiva presença, se a JESUS nos entregarmos. O ESPÍRITO SANTO foi enviado por JESUS para, como DEUS, O substituir entre nós, e continuar nos guiando até a vitória final.

Como é bom ter DEUS entre nós. Mas para aproveitar a Sua presença, mesmo que não O possamos ver, devemos nos entregar a Ele. Caso contrário, não há como usufruir a Sua presença. Se não nos entregarmos a JESUS, acontecerá conosco assim como com os fariseus: viviam perto de JESUS, mas não puderam ser salvos por Ele.

Estar com JESUS é como num acampamento, onde todos aguardavam a visita do pastor Presidente do campo. Haviam reservado um apartamento para ele e sua esposa num hotel da cidade mais próxima. Quando ele veio, foi grande a alegria. As suas pregações foram maravilhosas. E fez as refeições com o povo acampado, e caminhava por lá, e falava com todos que desejassem. Mas a diferença de sua permanência entre os acampados foi outra: ele, com sua esposa, insistiram em que providenciassem uma barraca com colchão para que ficassem durante a noite com o povo acampado. Isso fez diferença, ele tornou-se um do povo. Assim é que foi sentida a sua presença ali, um igual a todos. Assim foi sentida a presença de JESUS, um igual a todos que viviam naquele tempo.

DEUS acampou-Se junto com o povo de Israel. Ele era nada menos que o Rei do Universo. O Criador de tudo o que existe no Universo. E estava trabalhando para redimir todos os seres humanos desse planeta, caídos em pecado. Logo a esse planeta Ele veio, cheio de pecados, escuro, perigoso, onde se alojou o Seu inimigo mortal número um! Ele deixou o restante de Sua criação, tornou-se um ser mortal, e habitou entre os homens. DEUS esteve entre os israelitas, no deserto, acampado com eles, depois mudou-se para um prédio de alvenaria, e depois caminhava entre o povo, e agora está ao lado de cada um em forma invisível. Ele é Um DEUS que não deixa de estar entre o Seu povo. Por quê será? Por que Ele ama aqueles que criou.

 

  1. Quinta-feira: Falando em parábolas

JESUS falava por meio de parábolas. E o que é uma parábola? É uma história real ou imaginária usada para facilitar o entendimento de algo difícil de entender, a fim de ensinar uma verdade. Difere do provérbio porque não é tão concentrada. A parábola exige menor menor esforço mental para se compreender. Difere da fábula, porque a parábola se limita ao que é humano e possível.

Ou seja, as parábolas de JESUS eram recursos ilustrativos, de comparações com outras situações, para abrir a mente das pessoas. Assim elas entenderiam melhor o que Ele desejava dizer. Essa técnica de comunicação e ensinamento funciona bem em qualquer circustância.

E hoje, em relação ao Reino dos Céus, que parábolas JESUS usaria? Podemos imaginar algumas, não é mesmo? Por exemplo, se Ele estivesse falando a jovens que muito navegam na Internet, talvez Ele dissesse que "o Reino dos Céus é semelhante a Internet, pois a sua mensagem será pregada a todo mundo, a toda tribo, nação, língua e povo." Se a pessoas de posses, ou mesmo a todas, talvez dissesse que "o Reino dos Céus é semelhante a um grande e sólido banco, onde depositamos nossos valores para ter no futuro". Se estivesse falando a um grupo de cientistas, talvez dissesse que "a Bíblia é semelhante ao GPS, pela qual podemos nos localizar em que altura estamos no processo de santificação, e o que ainda nos falta."

Ele talvez dissesse que a oração é tal como o "telefone celular", que podemos utilizar a qualquer momento para nos comunicar com DEUS. E que o caminho para o Céu é como uma estrada estreita e sinuosa que vai montanha acima, mas o caminho para o inferno como uma bela e larga avenida, bem iluminada, porém, que no final termina em uma ponte quebrada por onde todos em alta velocidade caem para a morte. Ele poderia dizer que o pecado é parecido a um diminuto vírus que se instala no corpo e nada sentimos, senão, quando já é tarde demais. Ele poderia explicar que uma pessoa assim infenctada só poderia alcançar a cura por meio do sangue de JESUS, usando a idéia da transfusão para salvar vidas, como ilustração.

E o que Ele diria aos modernos plantadores de soja, ou de trigo, ou outros cereais? Pode ser que dissesse que a ação do ESPÍRITO SANTO é como o aperfeiçoamento genético das variedades de plantas, que assim se tornam imunes a ação de certas pragas. Da mesma maneira, pelo poder de DEUS, nos fortalecemos contra as ações de satanás. Aos construtures poderia dizer que a argamassa se assemelha ao amor, que liga os tijolos um ao outro como o amor liga as pessoas da igreja entre si. E o que Ele diria em relação a igreja? Talvez a comparase a uma embaixada do governo celeste aqui na Terra, onde nos podemos refugiar de satanás, e nos fortalecer contra as suas artimanhas. Ou a comparasse a um hospital, onde podemos nos tratar de doenças espirituais, e sermos curados do mal do pecado.

Assim como JESUS, podems e devemos nos valer de parábolas, ilustrções imaginarias ou reais, para facilitar a compreensão das verdades bíblicas. Isto é essencialmente necessário quando sabemos que a mentira e as falsas interpretações sobre a Bíblia são em grande intensidade.

 

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:

Quem não tem em casa um abridor de latas? É um instrumento simples mas muito útil. Com ele abrimos as latas que às vezes compramos. Aliás, cada vez estamos usando menos alimento enlatado, não é mesmo?

Mas como abrir a mente de uma pessoa? Vejamos em primeiro lugar o que é abrir a mente? Requer deslocar os antigos preconceitos, formas de pensamento que impedem de ver certas coisas de outra maneira. Cria disposição para ouvir e refletir sobre novos pontos de vista, em especial, coisas que ainda não conhecia ou não entendia, e também que era contra, ou não concordava. Abrir a mente é ao menos considerar uma outra possibilidade de explicação daquilo em que já temos opinião formada. Há pessoas que conseguem facilmente abrir a sua própria mente para novos pontos de vista, são as de mente aberta, mas em outras não é assim. Nesses casos, alguém de fora deve procurar fazer isso.

JESUS não usava um abridor de latas, mas Ele usava de dois poderosos instrumentos para abrir a mente (mesmo assim, a dos fariseus nunca foram abertas, eles, duros de coração, não permitiram). Que instrumentos foram esses? Um deles foram as parábolas ilustrativas que JESUS usava fartamente. Elas serviam para abrir a mente à compreensão a algo que de outra forma não seria tão fácil deles compreenderem. Acontece que sobre os mesmos assuntos os líderes religiosos daquela época já haviam ensinado tudo de forma muito distorcida. Assim ficava difícil a compreensão dos ensinamentos simples de JESUS, requerendo que recorresse a formas criativas para se fazer entender.

Vamos a um exemplo. É sobre a questão do perdão. Os fariseus ensinavam que se perdoava três vezes. Os discípulos perguntaram se sete era um bom número. JESUS disse que esse número era insignificante, mas que deveriam multiplicar esse número pelo menos por 70. Essa forma de falar gerou um impacto na mente dos indagadores. Aos poucos foram entendendo que se deve perdoar sempre.

E a parábola do grão de mostarda, para ilustrar a fé? DEUS dá a todos a capacidade de ter fé n'Ele, é um dom. Porém, nós devemos cultivar esse dom, que assim, se tornará uma enorme planta. Se não cultivarmos, sempre termos um grão, até que ele morra.

Outro instrumento que JESUS usava muito era fazer perguntas. Às vezes Ele não respondia, mas fazia outra pergunta. E que perguntas Ele fazia! Quando Ele foi jogado a uma cilada pelos fariseus, sobre se deveriam pagar ou não tributo a César, Ele respondeu iniciando com uma outra pergunta: "de quem é esta moeda?"

Perguntas devemos usar mais, muito mais. Elas têm um poder imenso de abrir a mente. A pessoa se obriga a pensar. Num debate com outras linhas de interpretação da Bíblia, por exemplo, é aconselhável antes de expor a verdade que cremos, fazer perguntas. Uma pergunta bem elaborada não somente abre a mente, mas expõe o opositor a que ele se declare, e publique suas idéias aos outros. Assim ele se torna vulnerável. Se explicamos antes de perguntar, ele se prepara para refutar, e sempre estará no ataque e nós na defensiva. Tenho notado que entre nós há uma ânsia de expor logo nossas interpretações sobre a Bíblia. Isso não é bom. Bem melhor é antes perguntar, como JESUS fazia. Principalmente em casos de oposição.

O nosso Salvador em todas as ocasiões, sendo dócil ou sendo duro, sempre agia com o objetivo de salvar. Nos casos difíceis, em que havia influência para a perdição de outros, Ele era bem duro e incisivo. E em todos os casos em que as pessoas já queriam sair da condição de pecado, Ele era manso e humilde. Nesses casos Ele motivava as pessoas a se entregarem ao poder transformador que Ele possuía, para serem salvas. Até hoje Ele tem esta postura.

 

escrito entre:   28/06/2008 a 04/07/008 - corrigido em   04/07/2008

 

Declaração do professor Sikberto R. Marks

O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

 

FONTE: WWW.CRISTOVOLTARA.COM.BR

 



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