- Quarta-feira: O Pedro de Atos
O Pedro de Atos é o mesmo Pedro dos evangelhos? É incrível, mas é o mesmo. Nem parece, não é assim? Aquele era um Pedro cheio de iniciativa segundo o seu parecer, agora vemos um Pedro cheio de iniciativas, segundo a vontade de Seu Mestre. Antes era um Pedro que censurava o Mestre, e que queria dizer ao Mestre o que Ele devia ensinar, agora vemos um Pedro obediente ao que O Mestre lhe ensinou. Não parece ser o mesmo Pedro, mas é. Vemos na pessoa de Pedro a possibilidade a todos nós, de sermos transformados pelo poder de DEUS. Se uma pessoa como Pedro foi transformada, qualquer pessoa que sinta a vontade também pode o mesmo.
Não sei se já notou isso, mas me chamou atenção a seguinte situação: os apóstolos tinham certas características antes de serem transformados. Depois da transformação, as piores características foram totalmente eliminadas e em lugar delas, apareceram outra, exatamente no sentido oposto. Veja o caso de João, que já estudamos. Ele era vingativo, o filho do trovão. Depois da transformação tornou-se o apóstolo do amor. De vingativo a amorável. E Pedro, o precipitado e covarde. Depois da transformação, o equilibrado e corajoso. Se for estudar os demais apóstolos, verá que aconteceu o mesmo. Isso é interessante pois nos está a dizer que a transformação age mais intensamente sobre os nossos maiores defeitos. Isso nos dá pistas para que saibamos nos avaliar, se estamos de fato sendo transformados ou não.
Pedro passou por um teste crucial, de onde saiu transformado. Esse teste deve ter levado apenas alguns minutos. Ele constituiu-se de três perguntas repetidas: "Pedro, tu me amas?". Na terceira pergunta Pedro entendeu que o estilo de vida de JESUS não era pela força, mas pelo amor. Daquele momento em diante esse homem estava pronto para ser pastor de seres humanos, não como antes, um revolucionário pela força das armas. JESUS o autorizou, "vai e apascenta as minhas ovelhas". Como perguntas têm poder, não é? Principalmente quando feitas no tom correto e na hora adequada. Depois que Pedro havia negado o Mestre, sentiu-se como um Judas, o traidor, e que logo depois se enforcou. Estava morto. Certamente falavam a esse respeito. E Pedro que havia negado, e isso é algo próximo da traição, estava ali, vivo, um homem acuado e envergonhado, sem confiança para continuar no grupo escolhido por JESUS. O que se achava o mais corajoso na verdade se portou como o mais covarde, e agora ele, e os demais, sabiam que era um covarde. Era assim que ele se sentia. Com que moral iria agora cuidar de conquistar outros seres humanos para o reino de DEUS? Sim, se nem ele conseguia se manter no caminho de JESUS! Foi quando JESUS lhe disse: "vai e apascenta as minhas ovelhas" que Pedro pôde se sentir outra vez um dos apóstolos escolhidos por JESUS. E agora ele se sentia outro Pedro, o homem que agregava, não o homem que dividia.
- Quinta-feira: O Pedro das epístolas
Nos escritos de Pedro é que podemos ver a mudança operada nesse homem. Vejamos algumas passagens em suas duas epístolas (cartas). Atente para essa passagem gloriosa, épica até, que se encontra
Outra orientação de um Pedro transformado é: "Tratai a todos com honra, amais os irmãos, temei a DEUS, honrai o rei" (I Ped. 2:17). É uma outra forma de expor a lei de DEUS. E
Essas passagens se parecem com aquele Pedro precipitado, instável e belicoso? Não, não é? Então estude mais essa,
Sinceramente, esse não era o Pedro dos evangelhos. É, evidentemente outro Pedro, o das epístolas. Ele foi transformado a tal ponto que se tornou outra pessoa. Poderíamos nós comparar o que diziam de nós há anos atrás com o que dizem hoje? Poderíamos comparar o que escrevemos anos atrás com o que escrevemos hoje? Poderíamos comparar as amizades que tínhamos anos a trás com as que temos hoje? Poderíamos comparar o nosso caráter de anos atrás com o de hoje?
Nessas comparações, há três possibilidades, e não mais. Ou permanecemos a mesma coisa, que é bem raro a improvável, e não é uma boa situação; ou nos tornamos mais parecidos com o mundo, essa é a maior probabilidade natural; ou nos tornamos mais parecidos com JESUS, essa é uma pequena probabilidade não natural. Como estamos?
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Retornemos ao Pedro dos evangelhos. Já o conhecemos, valente quando não havia nada para enfrentar, covarde quando a situação de oposição se tornava real. Ele, querendo ser superior aos outros, pois disse que talvez viesse a ser o único a defender o Mestre, que mesmo os outros O abandonando, ele jamais faria isso, só não ficou em último lugar porque Judas foi mais longe. Judas avançou tanto em sua própria justiça que não retornou mais ao Mestre. Pedro foi bastante longe em suas idéias próprias. Esteve em perigo de perder o Mestre de vista. Mas aquele olhar de perdão do Mestre o salvou.
Pedro, perplexo, acompanhava a prisão do Mestre. Ele imaginava que O Mestre se libertasse, como fez das vezes anteriores em que era ameaçado. Mas nada. O Mestre agora estava estranhamente submisso aos inimigos. Situação desconcertante. Que coisa horrível estava acontecendo. Era de espantar, até decepcionante. O que pensar do Mestre? Sempre tão poderoso, agora, humilhado, sem nenhuma reação. Pedro não sabia o que pensar.
Em meio a sua decepção, para piorar a confusão mental, por três vezes o identificam como sendo um dos íntimos de JESUS. Pedro, tomado de pensamentos estranhos, dominado pelo medo e decepção, confuso, respondeu conforme a sua velha natureza. "Não O conheço".
Então ele ouve o cantar do galo. Era madrugada. Aí Pedro viu o que já havia feito: negara o Se Mestre. Ele que havia prometido que isso jamais aconteceria. Ele que havia dito que, os outros sim, poderiam abandonar o Mestre, porém, ele, Pedro, jamais. Agora, aos sentimentos que já se manifestavam em seu íntimo, ainda vem a vergonha do fracasso anunciado. Sentiu em seu corpo uma sensação de repulsa a si mesmo. Antes via um Mestre submisso sendo derrotado. Agora, olha para o Mestre, só um olhar passageiro, e vê aqueles olhos mansos, aquela fisionomia nobre e delicada, comunicando sem palavra, o perdão que nem fora pedido ainda. Isso faz Pedro tremer por dentro. Ele desvia o seu olhar, de tanta vergonha. Mas olha outra vez. O Mestre ainda olhava para ele. No entanto, satanás, através de uma bofetada desferida por um soldado, desvia o rosto de JESUS. Dois olhares de perdão, e isso foi o suficiente para Pedro trocar todos os seus sentimentos.
O nosso semblante pode falar muito alto sem que se pronuncie uma única palavra sequer. O olhar de JESUS transformou o coração de Pedro, até então, cheio de si, mas de agora em diante, vazio de toda auto-confiança anterior. Pedro, na escuridão d noite e de seu coração, sai correndo, não sabe para onde. Ele corre de vergonha, aos prantos pelo enorme fracasso. Mal ele sabe que, em poucos momentos, outro discípulo também correria para longe de JESUS. Esse outro era Judas.
Judas correu também, ao ver o seu fracasso. Esse correu em direção de uma árvore, e nela se enforcou. Para Judas, acabou tudo.
Mas Pedro correu para onde? Ele não sabia, mas viu-se no Jardim do Getsêmani. Caiu de joelhos para orar. Ali ele derramou a sua alma diante de DEUS. Ele agora estava onde na noite anterior estivera dormindo, em vez de orar. Agora, ele se encontrava no lugar onde O Mestre estivera lutando com DEUS para obter a vitória contra satanás. Onde JESUS iniciara o derramamento de Seu sangue por Pedro, e por todos, para ali O ESPÍRITO SANTO levou Pedro.
Pedro foi salvo no momento derradeiro de sua teimosia. Judas foi um pouco mais adiante, e se perdeu. Quem desses dois nos serve de exemplo?
escrito entre: 11/07/2008 a 18/07/008 - corrigido em 18/07/2008
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.
FONTE: www.cristovoltara.com.br
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