Como entender Tiago 4:4 e I Tessalonicenses 2:9.
O Texto de Tiago 4:4 diz: "Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus."
Ser amigo do mundo é dar mais atenção àquilo que este oferece, descrito nos versos 1 e 2 do referido capítulo, ao invés de dar atenção às coisas de Deus (amizade com Deus).
Tiago está reforçando a idéia de que 'Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro.
Não podeis servir a Deus e às riquezas.' Mateus 6:24. Já I Tessalonicense 2:9 diz: "Porque, vos recordais, irmãos, do nosso labor e fadiga; e de como, noite e dia labutando para não vivermos à custa de nenhum de vós, vos proclamamos o evangelho de Deus."
A fim de entendermos o porquê de Paulo não queria manter-se com os donativos da igreja de Corinto (o que não indica que eles não fossem dizimistas), precisamos estudar suas declarações (I Co 9:12 e 15) no contexto da época e também saber se o apóstolo era ou não contra a prática da devolução do dízimo e ofertas.
Paulo era contra o dízimo? Não. Paulo não poderia ser contra o uso do dízimo porque o próprio Jesus Cristo apoiava a devolução do mesmo (ver Mt 23:23; Lc 11:42;). Se Jesus era a favor, Paulo, como apóstolo de Cristo jamais poderia ser contrário a algo que o próprio Mestre aprovara.
Que Paulo não era contra a prática de dízimos e ofertas, podemos ver claramente nos seguintes versos: "Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho" 1 Coríntios 9:13-14.
Paulo entendia muito bem que "o dízimo é santo ao Senhor" (Levítico 27:30) e, sendo algo santo (assim como o sábado) não pode ser revogado (Neemias 23:20). Sabia também que deixar de levá-lo a Deus é o mesmo que roubá-Lo (Malaquias 3:8).
Paulo preferia tanto na cidade de Tessalônica quanto em Corinto, manter-se financeiramente sem a ajuda dos dízimos dos irmãos da igreja. Era uma opção pessoal. Ele não queria parecer um mercenário diante da comunidade cristã daquela época.
"Em harmonia com os princípios apresentados por Cristo nas Escrituras, havia (Paulo) declarado seu pleno direito de ser sustentado em sua obra, assim como o eram os outros apóstolos (Mat. 10: 7-10; Luc. 10: 7-8).
Porém voluntariamente havia renunciado a seu direito para demonstrar que não tinha motivos mercenários (At 20: 33; 2 Tess. 3: 8-9)".
"Por esta razão Paulo estava bem preparado para sustentar-se com seu trabalho em Corinto, como o havia feito em Tessalônica, evitando assim qualquer acusação de que aquilo que o movia era algum interesse material ao pregar o Evangelho entre os gregos (1 Cor. 9:15-19; 2 Cor. 11:7-13; 1 Tes. 2:9)".
FONTE: http://www.novotempo.org.br/radio/interno.asp?ARS=vocepergunta_perguntasok&VCP_Codigo=00000827
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