sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Estudo nº 11– Missão em terra pagã: Daniel e companhia - Comentários Sikberto Marks

  1. Quarta-feira: Intérprete de sonhos

Chegou a hora da verdade. Nabucodonosor estava pensando sobre o futuro. Imaginava-se, como todos os grandes, que seu reino duraria para sempre. Não sabia que nos dias de seu neto tudo passaria para as mãos de outro império, e depois outros ainda. Com esses pensamentos em sua mente, foi deitar-se. Então sonhou com a estátua. Está relatado em Daniel cap. 2. Era uma estátua imponente, que impressionava. Mas, lá pelas tantas, surgiu uma pedra do espaço que atinge a estátua nos pés, e ela toda se desfaz. A pedra toma conta do planeta. O que poderia ser isso?

Nisso o rei acorda. Está impressionado, assustado e preocupado com o sonho. Os babilônios entendiam que os sonhos revelavam informações dos deuses. Ele não perdeu tempo, chamou as pessoas certas, segundo ele, para a interpretação do sonho. Era o que esses homens faziam rotineiramente, aliás, como os adivinhos fazem até os nossos dias.

Mas agora havia uma diferença, o rei havia esquecido o sonho. E os sábios do rei, que lhe davam conselhos, nada puderam fazer. Ou melhor, dessa vez não puderam enganar o rei, inventando na hora uma interpretação que se encaixasse com o sonho. Ninguém ali conseguia saber qual foi mesmo o sonho. O rei estava profundamente preocupado, e tinha pressa em saber o significado de seu sonho. E os tais magos estavam em apuros, sentindo-se desmascarados por não conseguirem descobrir o sonho. Aliás, isso eles não sabiam fazer.

DEUS, que enviara o sonho, providencialmente fizera o rei esquecer. Era para desmascarar os enganadores e para valorizar seu filho Daniel, homem sincero e temente a DEUS. O rei agora, finalmente, percebeu que seus sábios o enganavam. Como se diz, caiu a ficha, ele sempre fora enganado nas vezes anteriores. Eles eram mestres da charlatanice, da mentira, da simulação. Agora estavam em situação como num beco sem saída. Tiveram que admitir que eram impotentes, e que só os deuses seriam capazes de resolver essa situação. O rei percebendo que estava cercado por homens falsos, de um momento para outro vê que na verdade não tem conselheiro confiável, tomou a decisão certa: mandou matar a todos aqueles sábios inúteis. Pois, afinal, de que servem conselheiros que mentem?

Então é que Daniel entrou em cena. Orou com seus companheiros, e DEUS revelou qual foi o sonho e também a interpretação. Daniel pede que a vida dos sábios seja poupada. Era para que esses ditos sábios pudessem ter uma oportunidade de reconhecer a DEUS como supremo, não os ídolos e astros que eles adoravam, invenções deles mesmos.

O rei curva-se diante de Daniel, e venera o DEUS desse estrangeiro. Ele reconheceu a supremacia do DEUS de Daniel. Por quê Daniel e seus companheiros foram tão valorizados pelo rei Nabucodonosor? Por dois motivos: eles se mantiveram fiéis a seu DEUS e foram esforçados no que lhes competia se esforçar. Eles adoravam a DEUS e também estudavam os assuntos nos quais deveriam ser competentes. E DEUS os abençoou.

Hoje estamos num conjunto de países estrangeiros. A nossa pátria não é aqui. Devemos ser consagrados a DEUS, e esforçados nas atividades pelas quais somos responsáveis. Assim venceremos e ainda poderemos ser reconhecidos pelos nossos próprios opositores. Certa vez solicitaram que fizesse uma palestra sobre como vencer na vida. Estudei muito e preparei, segundo penso, um material bem acessível e interessante sobre o assunto. A solicitação foi em razão de algumas pessoas que estavam sem emprego e tinham dificuldades em obter sua renda. Foi pensando nelas que trabalhei muitas horas, aliás, dias, para ensiná-las a pescar'. Pois bem, vieram aquelas pessoas que já sabiam como vencer na vida, e as que precisavam, ficaram em casa. Se Daniel agisse assim, será que ele venceria na corte de Nabucodonosor?

 

  1. Quinta-feira: Duas provas de vida ou morte

Daniel e seus amigos de fé estavam, pela sua consagração, literalmente, incomodando satanás. A Bíblia relata mais duas provações. Nesse livro, são ao todo quatro: a da alimentação, a do sonho, a da adoração da estátua e a da cova dos leões. Pode ser que houvesse outras. Certamente, de menor importância deve ter havido.

À prova de Daniel 3 já nos referimos. Vamos destacar os pontos significativos. Nabucodonosor não se convenceu que seu reino passaria para outros. E também não admitiu que há um DEUS superior a tudo. Ou seja, ele precisava cair um bom tombo para ver qual era o tamanho dele em comparação com o tamanho de DEUS.

O que o rei fez? Construiu uma estátua, parecida a que vira no sonho, mas com uma diferença elementar: essa estátua era toda de ouro. Ou seja, ele, Nabucodonosor queria não ser apenas a cabeça, mas toda estátua. Fazendo isso pensava mudar o rumo da história. E para garantir que assim fosse, decidiu convocar todos os seus grandes numa solenidade de inauguração da estátua, para que estes a adorassem solenemente. E como tudo o que é falso precisa ser imposto pela força, valeu-se de um forno provavelmente de queimar tijolos ou cerâmicas, cujo combustível era betume com madeira e oxigênio, para dissuadir, pelo medo, aos prováveis relutantes em adorar a estátua, que representava ele mesmo.

Era uma enorme multidão, todos de pessoas da alta elite do império babilônico. No momento de se prostrarem, só três permaneceram em pé, chamando imediata atenção. À força foram levados perante o rei, que perdia sua compostura e dignidade de mandatário por um insano furor satânico. Fora de si, ele condena os jovens à morte, por ter sido desafiado por eles, quando disseram sem nenhum titubeio, de que não se prostrariam diante daquela estátua. E esses jovens já aproveitaram para dizer que também jamais adorariam os deuses do rei. Eles tinham o DEUS deles, superior a todos esses outros, e isso deixaram bem claro. Aí a fúria do rei foi ao estado de descontrole total. Na verdade, pela sua loucura de ódio, ele mal sabia que logo iria passar a maior de todas as vergonhas, ter que ver, humilhado, os três jovens passeando dentro do fogo, e com eles um quarto ser, aquele DEUS que ele, rei, havia desprezado. E nem cheiro de queimado havia neles.

Depois foi a vez de Daniel em mais um prova. Porque a sua importância no império crescia, e já chegara ao posto de ser um dos presidentes, o mais importante com esses outros dois após o imperador Dario. Por Daniel distinguir-se entre esses outros dois, o rei Dario pensava em colocá-lo em um novo posto, algo como um vice-rei. Por essa razão os outros dois presidentes e os sátrapas (que eram 120), procuraram ocasião para eliminar Daniel. O rei gostou da idéia de ser venerado por pelo menos 30 dias por todos, por meio de um decreto. Sentiu-se lisonjeado. Mas não percebeu que era uma cilada para matar Daniel, que, no entanto, continuou a adorar a seu DEUS, como de costume.

Deu certo até certa altura dos fatos. Os ciumentos foram contar ao rei sobre a atitude de Daniel, e já o lembraram que as leis dos Medos e dos Persas não poderiam ser revogadas. Resultado, à tarde, Daniel, a contragosto do rei, teve que ordenar que seu mais fiel e competente servo fosse jogado na cova dos leões. Mas no dia seguinte, quem em primeiro lugar vai até aquela cova para ver o que aconteceu foi o rei. E lá estava o fiel homem de DEUS, são e salvo no meio de leões famintos.

Nessas duas ocasiões as provas aconteceram, e o resultado foi o contrário do que era esperado: na verdade DEUS é que foi honrado, e todos puderam ver quem realmente é DEUS, e quem não é. Preparemo-nos para bem logo poder falar com as pessoas pagãs que certamente se voltaram para o lado do DEUS verdadeiro, e foram salvas pela fidelidade desses servos de DEUS exilados em um império pagão.

 

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:

O orgulho e a prepotência do rei Nabucodonosor fez com que ele se imaginasse um homem supremo. Fez com que imaginasse o seu império durando séculos, milhares de anos, que não fosse jamais destruído. Ele se imaginava que seu filho seria o rei, seu neto, o bisneto, e assim sucessivamente, para sempre. E ele seria a cabeça de ouro, e seus descendentes continuariam no poder do grande império babilônico. Com esses pensamentos construiu a estátua, depois que ele já sabia que há um DEUS no Céu que coloca e tira reis, quando e como deseja. Nabucodonosor se imaginou tão poderoso quanto o DEUS de Daniel, e o desafiou no poder, querendo dar a entender que ele era no mínimo tão poderoso quanto DEUS. Ele não seria apenas a cabeça de ouro, mas em sua descendência, a estátua toda. Para isto, deveriam não reverenciar apenas a cabeça, mas a estátua inteira. E todos os seus grandes, de todo o império, deveriam adorar a estátua toda de ouro, isto é, adorar o próprio rei. Aliás, é assim que satanás hoje é adorado, em imagens, por meio das quais ele indiretamente se faz representar. Porque está no mandamento do Senhor, que a DEUS não se adora por meio de imagens, mas se adora diretamente.

O que aconteceu com a tal imagem? O grandioso e impressionante evento religioso pagão para a glória do rei, para onde vieram representantes de todos os povos, que deveria servir para o enaltecimento do poder do rei, na verdade serviu para a publicação do poder de DEUS, o Criador. Puderam comparar, e isso foi divulgado pelo mundo, entre o poder do rei e o poder do DEUS dos três rapazes. Aqueles representantes levaram a notícia do fiasco do rei a todos os povos. Junto, na bagagem, também levaram um decreto do próprio rei, que se adorasse e se respeitasse o DEUS dos hebreus, um povo exilado. E todos os povos ficaram sabendo de que há DEUS, o que era adorado não por milhares de pessoas, mas por apenas três jovens estrangeiros. Todos os povos ficaram sabendo que esses três jovens passearam com seu DEUS dentro de uma fornalha super-aquecida. E a estátua ficou de lado. Nunca mais se ouviu falar dela.

Agora não há como deixar de dizer alguma coisa sobre testemunho. Os jovens hebreus não esperavam que a sua fidelidade resultasse em testemunho a todos os povos. Não planejaram que fosse assim. Eles nem mesmo sabiam se sairiam vivos daquela situação. Não era seu propósito dar testemunho, mas sim, serem fiéis a seu DEUS. O testemunho foi DEUS quem cuidou para que se realizasse.

Temos a posição de que o testemunho mais autêntico é aquele que você dá somente a você mesmo. Ou seja, quando você está totalmente só, quando nenhum ser humano o está observando (só DEUS), como é o seu comportamento? Quais são os seus pensamentos? O que você olha no computador? O que vê na televisão? Que tipo de cosias está lendo? O que fica imaginando? É isso mesmo, quando pensamos que ninguém nos vê, continuamos sendo exatamente aquilo que somos quando o pastor e os irmãos estão ao nosso redor? É sim a sua resposta? Então você está pronto a ser jogado no fogo, e fique sabendo que DEUS entrará no fogo com você.

Mas a resposta é não? Precisa mudar e logo! Pois, se acontecer de ser jogado no fogo (isso não irá acontecer, pode ficar tranqüilo...) os demônios rirão de você. Porém, dificilmente será jogado no fogo. Sabe por quê? Aliados de satanás ele não descarta tão facilmente. Ele precisa deles para que continuem dando um testemunho de dupla personalidade. Assim outras pessoas agirão do mesmo modo, e mais seres humanos se perderão.

A entrega diária é a única maneira de sermos autênticos, isto é, de sermos cristãos o tempo todo. Devemos viver a expectativa do advento nos sete dias da semana, nas 24 horas dos dias, e, em especial, nos momentos em que só nós e DEUS sabemos o que se passa conosco.

 

escrito entre:   02/08/2008 a 07/08/008 - corrigido em   06/08/2008

 

Declaração do professor Sikberto R. Marks

O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

 

FONTE: http://www.cristovoltara.com.br/



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