sábado, 25 de outubro de 2008

Estudo nº 05 – Expiação anunciada - Comentário Sikberto Marks

Estudos da Bíblia: Quarto Trimestre de 2008

Tema geral:  A doutrina da Expiação

Estudo nº 05   Expiação anunciada

Semana de    25/10 a 1º/11/2008

Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto Renaldo Marks

marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (0xx55) 3332.4868

Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

 

Comentário complementar ao estudo da lição da Escola Sabatina

Com a atenção dos leitores: CRISTO está perto de voltar! Veja comentários sobre fatos proféticos em www.cristovoltara.com.br

 

Verso para memorizar: "Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas  Suas pisaduras fomos sarados"  (Isa. 53:5).

 

  1. Introdução – santo sábado, dia da aliança entre criaturas e o Criador

Esta semana estudaremos sobre o anúncio da expiação, isto é, o ritual para a manutenção na mente das pessoas de que JESUS viria para morrer por elas. Era um assunto importante nos primeiros 4 milênios manter viva na memória a futura morte intercessora de JESUS. Se não fosse assim, passado esse tempo, até que JESUS viesse, nenhum ser humana faria idéia do que Ele estava a fazer aqui. Mesmo com esse anúncio foram poucos do Seu próprio povo que acreditaram n'Ele. Imagine se o mundo da época fosse composto só de pagãos. Para quem Ele viria? Com quem Ele falaria? Quem acreditaria na mensagem d'Ele? Talvez Ele nem viesse. Talvez não houvesse ao menos uma pessoa para aceitar a Sua mensagem bem radical em relação ao paganismo.

O que se estava anunciando durante esses 4 mil anos foi a morte de JESUS. Como era feito esse anúncio? Pelo sistema de sacrifícios diários no Templo de Jerusalém. Isso era uma atividade muito marcante. A cada pecado, deveria morrer um cordeiro, e ano após ano, havia o ritual da purificação do templo para a sua expiação. De agora em diante são esses assuntos profundos que iremos estudar. É muito importante que, nós do século XXI, às portas da segunda vinda de CRISTO, com a incumbência de anunciar esse evento, compreendamos o antigo sistema de sacrifícios. Isso mesmo tendo-se passado já quase dois mil anos desde que foi abolido. Por que é importante? Isso é fácil, porque é a base da ciência do perdão dos pecados, a base também da graça. Por meio do sistema de sacrifícios podemos entender, e também explicar a quem seja necessário, que o intermediário entre nós e DEUS é só JESUS CRISTO, e mais ninguém, nem santos, nem virgem Maria, nem algum ser humano, nem eucaristia, nem todo o tipo de rezas que se possam desenvolver. O sistema de sacrifícios aponta para um único sacrifício, o de CRISTO, e esse já foi realizado. Entender esses pontos hoje, no contexto do auge da enganação por parte de satanás, é vital para a salvação de nossa vida bem como da de muita gente.

 

  1. Primeiro dia: Uma promessa para Adão

Não se passou um dia após a ocorrência do pecado, e DEUS já fez o inquérito do que aconteceu, julgou e apresentou a sentença ao casal. Mas não ficou nisso, Ele declarou guerra a satanás para restabelecer o casal e seus descendentes à perfeição outra vez. Ele disse que o descendente da mulher viria para lutar. JESUS era O descendente, a mulher nesse caso era Eva, e mais tarde passou a ser a Igreja de CRISTO. Vamos por partes, que isto é interessante.

Por onde começou a queda nesse mundo? Pela mulher, que Adão não cuidou direito. Era para um cuidar do outro. Mas os dois falharam nesse aspecto, pois se separaram um do outro. Nessa separação física, eles ficaram enfraquecidos, e foi quando Lúcifer aproveitou para praticar seus intentos. Estivesses os dois juntos, e não teriam caído. O inimigo encarou a mulher desprevenida, desprotegida, e no lugar mais perigoso, perto daquela árvore. E Adão onde estava? Não se sabe, mas longe dali, absorto, como Eva, no que o cercava. Foi então que Eva caiu, e logo em seguida, Adão também.

Pois bem, Eva teria descendentes, e muitos, aliás, a humanidade viria de seu ventre. Um dos descendentes seria especial, o próprio Senhor, que estava ali falando. Esse descendente viria ao mundo, mas não do mundo, viria de outro lugar, do Céu. Seria UM Ser pré-existente, desde a eternidade, por meio do qual tudo se havia criado. Esse Ser foi o que comandou a derrota de Lúcifer no Céu. Ele é o Senhor. Ele Se tornaria um ser humano, como Adão e Eva, para provar as tentações como eles, mas viria para vencer, e mesmo vencendo as tentações, deveria morrer. Curioso, mas era assim mesmo. Esse era o plano: um vitorioso sendo morto como um derrotado. E o mais curioso é que na morte que Ele se saiu ainda mais vitorioso, não é mesmo? Em vida, nunca pecou, na angústia da morte, também não, e no terceiro dia, derrotou a morte eterna, que Ele havia provado, retornando a vida. Um vencedor de fato. Naquele dia ele anunciou que, assim como lutara contra Lúcifer no Céu, e vencera, viria lutar, agora em condições inferiores, aqui na Terra, e viria para vencer.

Quem é Este, de onde veio? Ele é o Filho de DEUS, veio ao mundo por meio da mulher (Maria, esposa de José). Ele era um dos descendentes da mulher, e como veio para lutar, e como era o Filho de DEUS, Ele era O Descendente! Era O Descendente da mulher, gerado nela, mas não por ela, nem por José, e sim, pelo ESPIRITO SANTO.

Ele veio salvar a mulher e seus descendentes. E que mulher é agora? A igreja verdadeira, a esposa de CRISTO, que Ele salvou, e vem buscar. Adão não cuidou bem de Eva, e ela caiu, mas CRISTO cuida bem da igreja verdadeira, e ela vencerá, isto é, vencerão todos aqueles que se tornarem descendentes aprovados pelo Senhor da Igreja (Apoc. 12:17 e 17:14).

O lutador cósmico não só anunciou a guerra contra satanás (a serpente), mas como sabe o futuro, fez saber o resultado dessa tremenda luta. Ele mesmo sairia ferido, embora fosse apenas no calcanhar. Isso aconteceu na cruz, uma ferida tremenda, Ele chegou a morrer. Mas ressuscitou ao terceiro dia, portanto, não ficou na morte. A ferida d'Ele não O destruiu para sempre, porque era um vencedor, pois não pecou. Por outro lado, a serpente, isto é, satanás, seria ferido na cabeça, e iria morrer dessa ferida. Quando ocorreu essa ferida na cabeça? Também foi na cruz. Ali, entre JESUS e satanás, ficou definido quem viveria e que morreria. Poderia ter sido JESUS, mas foi satanás.

Algo importante: JESUS mesmo previu o resultado dessa batalha, mas isso não possibilitou que deixasse de lutar, nem que não haveria risco. Para cumprir a profecia, Ele, JESUS, deveria empenhar-Se como ser humano e vencer. Vencer para Ele era não cair em nenhuma tentação, seja qual fosse. Não deveria acontecer com Ele o que aconteceu com Adão e Eva.

Desde aquele dia ocorreram confrontos entre satanás e O Senhor. Conforme o previsto, satanás atacando sempre a descendência da mulher, isto é, aqueles que nasceram dela ou a partir dela. E em todos esses confrontos satanás perdeu, era ferido, embora, não de morte. No dilúvio satanás enfrentou severa derrota, ao ver a morte de todos os que se entregaram a ele. Depois, quando intentava formar um império na Terra, DEUS separou os seres humanos por meio da diferenciação de línguas. Na saída do Egito satanás foi derrotado diante do mar vermelho, com o afogamento do seu exército. Depois DEUS deu por escrito a Lei que satanás tanto odeia. E assim por diante. Mas enfim, veio a cruz. Ali JESUS mostrou quem Ele era, e que a Sua capacidade de amar não poderia ser superada nem dominada pelo ódio de satanás. Nisso o inimigo foi derrotado. Levado até a morte, JESUS não pecou, eis a Sua vitória. O ódio perdeu para o amor! Ali que JESUS foi ferido literalmente, mas um ferimento como sendo apenas no calcanhar. E satanás ali foi sentenciado a ser morto para sempre, pois foi desmascarado como quem odiava, fazia mal e mentia.

Depois houve outras batalhas. Uma delas, muito importante, foi em 1798, quando um general da Terra comandou a prisão do papa. Nisso houve uma ferida mortal no sistema de satanás, que se agravou em 1870, quando a Itália toma todas as terras do Vaticano naquele país. Mas em 1929 a Itália devolve 44 há, e a ferida começa a ser curada. Essa é a ferida da primeira besta. Agora já está praticamente curada, e o sistema vai logo retornar ao poder. Essa é a razão de vermos o mundo mergulhando em uma crise financeira que se tornará sem precedentes. Mas a ferida na cabeça de satanás não tem cura, pois não é exatamente um ferimento, e sim, uma sentença a ser executada quando o Juiz do Universo determinou o momento certo: no final do milênio.

O inimigo, satanás, vem perdendo batalha após batalha. E ele está muito nervoso e ativo, principalmente após a batalha da cruz, onde o seu destino foi selado pelo Superior Tribunal Universal, estando o Juiz, pendurado na cruz, ali adquirindo o direito de julgar, salvar ou condenar.

 

  1. Segunda-feira: Abraão viu Meu dia

Será com um homem que duvida de Tua capacidade de fazer Sara gerar filho que farás uma grande nação? Pesava contra Abrão esse argumento de satanás. Abrão saiu da terra de seus parentes por ordem de DEUS, nisso teve fé. Mas, ao ver que Sara havia passado da idade de ter filhos, além de que era estéril, duvidou que DEUS fosse capaz dela fazer gerar um filho. E até Sara duvidou. E ambos, motivados pela dúvida, isto é, descrença em DEUS, decidiram ajudar o Criador providenciando o filho da promessa com uma serva, Hagar, da qual nasceu Ismael. Que argumento para satanás ridicularizar Abrão, e o próprio DEUS, pelo fracasso.

Mas DEUS foi conduzindo Abrão e ensinando ao longo dos anos a confiar n'Ele. E a fé desse homem foi aumentando. Então nasceu o filho da promessa. Veio ao mundo quando para os homens era impossível.

Aí, Isaque sendo jovem, na mais bela idade, Abrão recebe uma ordem de DEUS, que fosse sacrificar esse filho. Essa foi talvez a maior prova que um homem tenha passado aqui na Terra. Dessa vez Abrão não duvidou mais.

E onde ele poderia ter duvidado? Que DEUS, se Isaque fosse morto, perderia a oportunidade de ter um povo na Terra. Ou que ele, Abrão não fosse mais digno de ser o progenitor do povo de DEUS. Se fosse esse último argumento o motivo de DEUS ter mandado sacrificar Isaque, então o próprio DEUS Se teria enganado, pois, sendo DEUS, deveria conhecer o futuro, e não escolher Abrão para se pai de uma grande nação peculiar a DEUS, e fazer promessas que depois Ele veria serem impossíveis de se realizar. São todos pontos de dúvida.

Mas no que Abrão pensou? Que DEUS faria alguma coisa que ele não sabia. Abrão disse: "DEUS proverá". Abrão agora sabia que DEUS daria um jeito. Mas o que DEUS faria? Abrão não o sabia, mas tinha certeza de alguma providência divina. Se Isaque fosse morto, Abrão tinha certeza de que o rapaz seria ressuscitado de alguma maneira. Ou talvez nem chegasse a ser morto. No entanto, Abrão sabia que haveria uma alternativa boa para toda essa questão. Isso é fé, pois Abrão seguiu em frente, e em nenhum momento fraquejou.

E quando ele levantou a mão com o cutelo para o sacrifício, essa mão foi detida por um anjo, e lhe foi mostrado o cordeiro substituto de Isaque. Agora sim, o filho da promessa fora salvo pelo símbolo do Filho de DEUS, aquele cordeiro que estava preso num arbusto.

O que Abrão viu foi O substituto do ser humano. Aquele sacrifício que Abrão fez foi o mais significativo de todos durante esses milhares de anos, em que se celebrava a futura morte de JESUS na cruz, como O Cordeiro de DEUS em favor dos homens. Aquele cordeiro foi uma providência direta de DEUS em lugar de Isaque, assim como JESUS morto na cruz foi uma providência de DEUS para nos substituir na morte eterna.

 

  1. Terça-feira: Moises e a revelação da salvação

Siga, em sua imaginação, o desenrolar da história. Pense no povo de DEUS no Egito. Escravos, sem direitos, trabalhando só pela comida, e ainda muito mal. Num país estrangeiro, sendo governados por um poder explorador e opressor. Sem perspectiva futura, senão morrer como escravos maltratados.

Então vem DEUS e os liberta. Dez pragas contra seus opressores. Tudo em forma de sinais poderosos, que só DEUS é capaz de realizar. Ali houve a derrota dos deuses pagãos dos egípcios. O DEUS de Israel provou quem é DEUS e quem era apenas um pedaço de madeira entalhado por escultor.

Logo vem a travessia no Mar Vermelho. Eles passaram em seco, entre duas muralhas de água. E essa água tragou o exército dos egípcios. Eles foram libertos por um poder que não se poderia mensurar.

E depois de tudo isso, justamente agora que estavam para receber a Lei da Liberdade, a Lei do Amor, que faria deles o povo de DEUS, que teriam restabelecidos os eternos princípios que aqui na Terra vigoravam desde Adão e Eva, bem nesse momento, esse povo decide adorar um ídolo que DEUS já havia destroçado no Egito, fazia algumas semanas.

Dá para entender? Sim, dá. Era um povo que fora escravo por muitas décadas. Precisava ser re-educado. Em meio a idolatria, sem direito a prestarem culto a DEUS, haviam perdido a ligação com Quem os estava conduzindo. Assim, demorando Moisés a retornar, voltaram ao que sabiam, ao que estavam acostumados, aos deuses do Egito. Criam que foram esses deuses que os tiraram do Egito. Isso sim é falta de fé, agora já injustificada, pois DEUS lhes havia mostrado quem Ele era, e lhes mostrara o Seu poder. Já não havia mais motivos para não crerem no Criador que os estava conduzindo. Enquanto DEUS restabelecia a eles os mandamentos, satanás aproveitava a ausência de Moises para fazer com que retornassem as antigas práticas pagãs que aprenderam do povo egípcio.

DEUS mostrou-se irado com isso. E motivos havia, pois, após conduzi-los no deserto com uma nuvem protetora contra o sol de dia, e um fogo que os aquecia e iluminava à noite, ainda assim não crerem n'Ele, aí já é demais. Foi quando DEUS ameaçou destruir o povo, e fazer outro de Moisés com sua mulher e descendentes. Isso Ele poderia fazer, e por certo daria um povo melhor, pois Moisés se tornara um bom servo de DEUS. E era descendente de Abraão, portanto, a promessa de fazer dele um povo peculiar se realizaria mesmo assim.

Mas Moisés, humilde, não aceitou. Intercedeu, como hoje faz JESUS por nós. Para Moisés, se não fosse um povo com aquelas pessoas, com ele também não deveria ser. Chegou ao ponto de propor que DEUS o riscasse de Seu livro (o livro da vida), isto é, que Moisés fosse destinado ao inferno, à morte eterna, mas que aquele povo não fosse destruído. Moisés amava o povo, e tinha dó dele, de sua ignorância. Quanta paciência!

Talvez a proposta de DEUS fosse séria. Se Moisés concordasse, DEUS talvez fizesse isso mesmo. Mas DEUS atendeu o pedido de Moisés apenas de uma certa forma. Ou seja, por mais outras provocações, o povo ficou 40 anos no deserto, até que se trocassem aqueles homens de coração duro que saíram do Egito, pelos seus filhos, para herdarem Canaã. Eles foram destruídos não de uma só vez, mas ao longo de 4 décadas. Pelo menos, assim, restaram os seus filhos para herdarem a Terra Prometida.

Não muito depois desse episódio quando Moisés quebrou as duas tábuas da Lei (na verdade quem quebrou essas tábuas foi o povo, ao adorarem outro DEUS, pois nas tábuas estava escrito que não tivessem outro DEUS, e isso eles já sabiam), aconteceu um fato muito sublime. Moisés teve a oportunidade de ver DEUS pelas costas. Então ele percebeu naquele Ser maravilhoso a capacidade infinita em perdoar. Moisés exclamou que esse DEUS era capaz de perdoar em até mil gerações os pecados dos pais, no caso, desde Adão e Eva, nos filhos.

Quantas gerações já temos hoje, desde que fomos criados? Não são nem duzentas. Ao longo desses seis mil anos, se considerarmos cada geração em 35 anos, teríamos umas 170 gerações. Faltam mais de 800 para DEUS desistir de nos perdoar a sucessão de pecados que cometemos, tendência que herdamos de Adão e Eva. Ou seja, o que Moisés exclamou foi que DEUS jamais desiste de dar o perdão. Só há uma única situação em que Ele não pode perdoar: quando o ser humano rejeita o perdão. E é nesse sentido que satanás está trabalhando intensamente: que as pessoas, mesmo dentro da verdadeira igreja, não se incomodem em acariciar algum mundanismo, sem sentirem a necessidade de se livrar dele. Esse é um bom caminho para pecados que não podem ser perdoados: o senso de não necessidade de perdão.

 

  1. Quarta-feira: O servo do Senhor

A justiça celeste não é como a nossa. Aqui justiça não passa de trapos de imundícia. No Céu a justiça é perfeita. Lá não pode haver, por exemplo, impunidade. Nem conivências. A obediência é sempre recompensada com vida plena de felicidade, eternamente. E pecado é sempre julgado, sem margens a dúvidas, de tal forma que o condenado saiba porque é condenado e tenha perfeita clareza das razões da condenação. A tal ponto a justiça é perfeita que até satanás declarará isso, no final do milênio.

A perfeita justiça celeste, ao o homem pecar, requeria a devida punição: a morte do casal. Deveria ser morte eterna. Afinal, de que adianta uma morte temporária. Lázaro foi ressuscitado e voltou a esta vida pecador, como era antes. E morreu outra vez.

Então, significa que o ser humano deveria morrer, ou, ao morrer, seria para sempre. satanás exultou, pois conseguira um ato de vingança contra DEUS, já que na guerra anterior o expulsara de perto de Seu trono. Mas a alegria do inimigo durou apenas algumas horas. A Justiça celeste é perfeita também porque, até mesmo sendo justiça, ela não deixa o amor de lado. O Senhor JESUS viria morrer em lugar do ser humano. E é aí que entra Isaías 53, aquele capítulo que o Etíope lia, quando Felipe foi mandando esclarecer a ele.

Nesse capítulo retrata a figura de JESUS. Vamos tentar reescrever em outras palavras. Por isso é bom que leia antes o trecho na Bíblia (Isa. 53, todo capítulo).

Apresenta ali o estado de JESUS ao ir para a cruz. Era um homem pobre, sem advogado de defesa, indefeso, todo machucado, sangrando pelo corpo, sujo, exausto, mal vestido, fedendo de suor e sangue, haviam cuspido n'Ele, rosto aflito embora calmo, e o pior de tudo, o mais vil de todos os maus elementos de todos os tempos. Essa última característica Ele possuía por assumir as condições de todos nós. Como uma pessoa assim poderia ser atraente? Alguém assim desperta nojo em pessoas que não sabem o que Ele está fazendo.

Nessas condições Ele estava defendendo a humanidade. E por ser uma pessoa pura, que nunca havia pecado, que apenas soube fazer o bem, lhe era estranho estar na condição de pecador. Por isso sofreu por se tornar pecador (sem ter pecado) muito mais do que por ser mal-tratado e desprezado.

 

  1. Quinta-feira: Anunciado em Daniel

Daniel era um daqueles adoradores zelosos. Ele, desde jovem, quando foi levado ao exílio, era absolutamente firme na obediência ao amor e em seguir os princípios divinos de vida. Poucos há assim.

Quando lhe pareceu que os 70 anos de exílio estavam passando e nem sinal de alguma possibilidade de restabelecimento do povo de DEUS, ficou angustiado. E buscou a DEUS. O auge foi na oração em que clamava pelo perdão dos pecados dele e de seu povo. Ele estava envergonhado de como eles foram relapsos nas coisas santas. Era de corar de vergonha ele dizia em sua oração. Ele admitiu que a DEUS pertencia a misericórdia, para a qual estava apelando. Ele sentia urgente e profunda necessidade de perdão. Tinha medo de que os 70 anos de castigo (Dan. 9:2) se estendessem por muito mais, pois há pouco teve a visão de 2.300 anos (Dan. 8:14), que não chegou a entender. Ele se espantava com a visão "e não havia quem a entendesse" (Dan. 8:27). Isso quer dizer que Daniel buscou trocar idéias com algumas pessoas. O que havia revelado sonhos agora buscava interpretação, que demorava. Mas a explicação veio exatamente quando se pôs a clamar e interceder por perdão (Dan. 9:3 e 19). Assim como para Jó a cura veio ao interceder pelos seus atrapalhados amigos.

Então veio a interpretação. Esses 2.300 anos eram um longo período profético que duraria até o fim dos tempos. E parte desse tempo foi separado para o povo de DEUS. Eles receberiam 490 anos para se decidirem afinal por quem iriam optar, se pelo Senhor (como Josué) ou se continuariam o namoro com os deuses inimigos (Dan. 9:24 e 25). E no final desse tempo JESUS mesmo viria para tentar atrair o seu povo, que Ele escolhera. No final desse tempo, JESUS seria morto (Dan. 9:26) para salvar Seu povo, e também a todos os povos que quisessem a salvação (Dan. 9:27).

Esse tempo dos 2.300 anos se iniciou no ano 457 aC, e alcançou o ano de 1844 dC. Os 490 anos dados ao povo de DEUS, se iniciaram na mesma data, e chegaram até o ano 34 dC. Nesse ano terminou o tempo dado ao povo de DEUS, como nação, para continuarem sendo o Seu povo. Agora haveria outro povo, uma igreja, que abrangeria o mundo inteiro. Aquilo que os israelitas deveriam ter feito, e não fizeram, a igreja agora deveria fazer, e fez. O trabalho hoje está em fase de conclusão. E os apóstolos, bem como os cristãos mais tarde, nunca chegaram a entender a profecia dos 2.300 anos. Se a entendessem, saberiam que ainda haveria muita história pela frente, muito sofrimento ainda iria ocorrer nesse mundo tenebroso. E assim foi. Agora já está no passado. Já ultrapassamos a barreira do final desse período de tempo. Foi em 1844. Agora vivemos em um tempo além dos tempos dados por DEUS.

No final daquele período de 490 anos, ou seja, no ano 27 JESUS foi batizado (ungido) e começou a pregar. No ano 31 Ele foi morto, e no ano 34 Estevão foi morto como primeiro mártir. Esse homem foi morto pelo próprio povo de DEUS, demonstrando que rejeitavam a JESUS bem como aqueles que Ele enviava, ou seja, continuavam matando os profetas depois de JESUS assim como faziam antes.

Mas o importante no estudo de hoje é que, por meio de Daniel, JESUS foi anunciado como aqu'Ele que viria para ser morto pelos seres humanos, afim de salvá-los. Até a data ficou estabelecida. A profecia cumpriu-se matematicamente. Hoje estamos na iminência de Sua gloriosa segunda vinda. Que seja logo!

 

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:

O inimigo satanás é um ser que se tornou traiçoeiro no limite do possível. Ele acusa não importa a quem. Já o ouvi acusando, ou pelo menos menosprezando um de seus anjos, no caso de um endemoninhado. Ele chegou a insultar, dizendo que não era um demônio qualquer que estava ali, mas que era ele mesmo. Naquilo em que ele caiu, nisso mesmo que ele acusa os outros que caem, ou mesmo que nem tenham caído. O que ele sabe fazer é acusar. Aliás, isso é bem fácil fazer, basta inventar na hora qualquer coisa, com ou sem fundamento, e fazer a acusação. Quem não tem caráter, facilmente age assim.

Ele chegou a acusar Jó, de ser fiel a DEUS em troca de favores em forma de bênçãos. Acusou Jó de ser fiel, veja só! E acusou Abrão de ser incapaz de originar uma grande nação santa. Havia motivos para a acusação, pois Abrão falhara algumas vezes. Mas, por que acusar? Não seria bem melhor ajudar Abrão a superar as suas fraquezas?

O que DEUS fez? Foi conduzindo Abrão e ensinando a ter fé. Foram vários episódios em sua vida, e ele foi percebendo o quanto DEUS era leal. E o velho homem aprendeu a conhecer DEUS. Uma dessas oportunidades foi a destruição de Sodoma e Gomorra. Abrão intercedeu, e DEUS o atendeu. Ló foi salvo. Naquela ocasião Abrão teve confirmada a promessa de um filho com a sua mulher. E o filho veio, tal como prometido. Mais um motivo que Abrão aproveitou para ter ainda mais fé.

Agora que tinha o filho, Abrão passou pelo teste mais duro, sacrificar esse filho. Por quê DEUS pede isso? Muito inteligente a atitude de DEUS: Ele pediu aquilo que Abraão mais duvidava receber: um filho dele com Sara! Ou seja, você duvidou que Isaque nascesse, agora sacrifique-o. O filho fora o principal motivo de Abrão duvidar, pois, foi esse mesmo filho que se tornou motivo de Abrão se tornar o pai da fé! Lindo não é? Agora o homem já tinha bastante fé, e não duvidou mais de DEUS. Ele obedeceu, e foi para a prática. Depois daquele dia satanás ficou desmoralizado nos argumentos que usou para acusar Abrão assim como foi no caso de Jó. E DEUS provou que os Seus pacientes ensinamentos podem transformar um homem fraco na fé em alguém tão poderoso que nem mesmo o seu filho deixa de sacrificar, se for solicitado. DEUS impediu no último segundo porque não era para Isaque morrer, e sim, JESUS!

Que ele também fique desmoralizado nos argumentos de acusação que tem contra nós, certo?

 

escrito entre:   22/09/2008 a 25/09/008 - corrigido em   19/09/2008

 

Declaração do professor Sikberto R. Marks

O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

 

FONTE: www.cristovoltara.com.br/