sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Lição 6 - Expiação em símbolos – I - Lição da Escola Sabatina - Casa Publicadora Brasileira

Lição 6
1º a 8 de novembro


Expiação em símbolos – I

Lição 642008


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Jo 10 e 11


Verso para Memorizar: "Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de Cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo" (1Pe 1:18, 19).

Leituras da semana: Gn 3:21; 4:3-5; Lv 17:11; Rm 3:23; Ef 2:11-13; 1Pe 1:18, 19

Pensamento-chave: Mostrar como o sistema sacrifical do Antigo Testamento apontava para o sacrifício de Cristo.

Na Bíblia, o sistema sacrifical foi estabelecido com o fim de ilustrar como Deus resolveria o problema do pecado. No centro do serviço estava o sangue da vítima. A vida do animal era derramada de forma que a vida do pecador arrependido fosse poupada. O animal era símbolo de Jesus, que daria a vida em lugar da nossa.

Quando os pecadores arrependidos levavam seus sacrifícios ao Senhor, estavam reconhecendo que eram pecadores que mereciam a morte. Mas também estavam manifestando fé, confiando que o Senhor lhes concederia perdão pela aceitação da vida da vítima sacrifical em seu lugar. É indispensável assumir a responsabilidade pelo pecado (isso é conhecido como arrependimento e confissão). Só os que, à luz da cruz, se reconhecem pecadores necessitados de perdão e humildemente encontram em Cristo o Cordeiro de Deus que tira seu pecado, experimentarão a purificação.


Domingo

Ano Bíblico: Jo 12 e 13

Expiação e sacrifícios animais

1. Quando registra a Bíblia ter acontecido a origem dos sacrifícios de animais? Gn 3:21; 4:3-5

Na Bíblia, a vítima sacrifical e o pecador arrependido que a trazia eram identificados tão intimamente que a vida do animal era oferecida em lugar da vida da pessoa, e o sangue do animal se tornava um meio de expiação (Lv 17:11).

2. Segundo o texto a seguir, qual é a relação entre o sangue e a expiação? Lv 17:11

Existe muito simbolismo no sistema sacrifical bíblico. Primeiro, visto que a morte de um animal era assumida pela morte do indivíduo, o ato sacrifical era um ato de salvação, manifestação da graça e do amor de Deus. Ele estava disposto a aceitar a morte de outra criatura a fim de preservar a vida dos seres humanos e para continuar a comungar com eles. Segundo, de acordo com a Bíblia, na realidade, a vida de um animal não podia reconciliar a vida de um pecador; conseqüentemente, a morte da vítima sacrifical tinha uma função meramente simbólica. Ela apontava para além dela mesma, para a morte do Descendente da mulher, Jesus, que daria a vida como resgate por muitos (Mc 10:45). Terceiro, a oferta do animal sacrifical ilustrava também a seriedade do pecado e o elevado valor do perdão. O ato de tirar a vida de um animal deve ter sido muito doloroso para Adão e Eva; e, provavelmente, também para a maioria dos israelitas,. O processo os ajudava a entender que o pecado é inseparável da morte e que o perdão não significa a negligência do pecado. O preço que Deus pagaria pela nossa redenção seria o "precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo" (1Pe 1:19).

No momento em que o pecado entrou no mundo, Deus instituiu um sistema sacrifical que tinha essas funções simbólicas e didáticas. O primeiro sacrifício que Adão e Eva ofereceram foi uma explosão maravilhosa de esperança no Redentor vindouro, esperança oferecida em meio à dor da culpa e da morte.

Com que seriedade você encara o problema do pecado? A resposta pode ser encontrada na sua resposta à pergunta seguinte: Quanto sofrimento você põe sobre si mesmo na tentativa de vencê-lo? Veja 1Pe 4:1.


Segunda

Ano Bíblico: Jo 14 e 15

Pecado e impureza

O livro de Levítico trata, em detalhes, do problema do pecado e da impureza, mas enfatiza especialmente o assunto da pureza/impureza ou contaminação/purificação. A impureza é considerada prejudicial à relação de aliança como um pecado moral em si. As instruções a respeito da impureza tinham o propósito de motivar os israelitas a evitar qualquer coisa que pudesse contaminá-los. As leis a respeito da purificação os instruíam a respeito de como poderiam ser restaurados a um estado de pureza diante do Senhor.

Havia diversas fontes de impurezas, algumas delas inevitáveis. Por exemplo, havia a contaminação em que uma mulher incorria durante o parto (Lv 12). Neste caso, a contaminação era resultado do corrimento de sangue que acompanha o parto (Lv 12:4, 5, 7; veja também Lv 15:19-30 "para outro tipo de impureza). Um homem com corrimento de sangue também era considerado impuro (Lv 15:1-15; veja também v. 16-18).

Nesses casos, os indivíduos eram agentes transmissores de doença, agentes de contaminação; então, eles eram proibidos de entrar em contato com qualquer outra pessoa ou coisa santa. Obviamente, a ênfase na lavagem e na quarentena sugere uma preocupação higiênica. Mas também havia um interesse teológico. À pessoa impura não era permitido entrar em contato com outras pessoas, e ela era excluída do santuário. Assim, a "impureza" se tornava uma metáfora para expressar a alienação de Deus e dos outros em que a pessoa se colocava. De fato, normalmente, a impureza era associada com a morte. Estava relacionada com cadáveres (Nm 6:6, 7, 11), doenças (Lv 13, 14), fluxos de sangue (uma forma de deixar a vida se esvair) e a emissão de sêmen, que era a "semente" da vida. O leproso era totalmente impuro e considerado morto (Nm 12:9-12).

A pessoa impura estava no reino da morte e só podia ser removida desse estado mediante uma cerimônia de purificação. Caso contrário, estaria para sempre separada de Deus e do restante do povo de Deus (Lv 15:31). O conceito bíblico de impureza indica que os seres humanos quase se encontram em estado natural de contaminação que existe em um ambiente fundamentalmente impuro. Eles precisam ser purificados a fim de estar livres para se aproximar do Senhor. Essa purificação era possível principalmente através do sangue da vítima sacrifical (Lv 12:8).

Leia Efésios 2:11-13. Embora a linguagem de impureza não seja usada, como o conceito explicado acima está presente nesses textos? Que tipo de "impureza" enfrentamos hoje? Como podemos ser purificados dela?


Terça

Ano Bíblico: Jo 16–18

Os sacrifícios

3. O que o livro de Levítico nos diz sobre quem precisa de expiação para seu pecado? Lv 4:3, 13, 22, 27; veja também Rm 3:23; 5:12.

Nestas ofertas pelo pecado, podemos aprender diversas lições. Primeiro, o tipo de animal levado como oferta do pecado dependia da condição financeira do pecador (Lv 5:7-12), o que mostra que o Senhor era sensível à condição financeira do povo. Para nós, não deve ser perdida uma lição: a salvação em Cristo é para todos, não importando sua situação no mundo.

Segunda, esperava-se que a vítima sacrifical fosse pura, saudável e sem defeito físico (Lv 4:3). O pecador era imperfeito e moralmente maculado, mas a vítima sacrifical que representava o Cordeiro de Deus não era assim.

4. Que aspecto importante da vida de Jesus estava prefigurado naqueles sacrifícios puros, e por que esse aspecto é tão importante para nós e para o plano de salvação? 1Pe 1:18, 19. Leia também Rm 5:19; 2Co 5:21; Hb 4:15

Outro ponto importante a lembrar: A oferta pelo pecado reconciliava tanto o pecado não intencional como o intencional (Lv 5:1-5) e a impureza ritual (Lv 12:6, 7). Qual é a lição para nós? É que não havia pecado que Deus não pudesse perdoar, caso o pecador se arrependesse dele. A impureza moral e ritual era removida simbolicamente dos pecadores arrependidos pelo sangue do sacrifício. Mas, de fato, só o sangue de Cristo podia purificar o pecado. A boa-nova para nós, prefigurada nesses sacrifícios, é que, não importa nosso passado, não importa quanto caímos, por meio de Jesus, podemos encontrar restituição, cura, perdão e purificação.


Quarta

Ano Bíblico: Jo 19–21

Remoção do pecado/impureza

5. Na oferta dos sacrifícios, qual era o papel do sacerdote e do pecador penitente? Lv 4:5-7; 28-31

Vários rituais são importantes quando procuramos entender as ofertas sacrificais. Quando o pecador arrependido levava o animal do sacrifício para o santuário, o pecador colocava uma mão sobre a cabeça do animal e se apoiava nela. No sacrifício diário, a imposição das mãos era associada com a frase "para que seja aceito a favor dele, para a sua expiação" (Lv 1:4), indicando que o pecador se identificava completamente com a vítima sacrifical. Naquele momento, o animal do sacrifício se colocava diante de Deus, levando o pecado do indivíduo.

Geralmente, a vítima era morta pelo pecador penitente, embora houvesse exceções (Lv 1:14, 15; 5:8). Esse ato sacrifical era significativo especialmente no contexto do estado de culpa e alienação em que os pecadores arrependidos se achavam. Por causa da violação da aliança, os pecadores estavam condenados à morte, mas aquela morte incidia sobre a vítima sacrifical, não sobre o pecador arrependido, cuja vida era então poupada por Deus. Pecado e penalidade não podem ser separados um do outro. A transferência de um implica a transferência do outro. Isto se cumpriu na morte de Cristo na cruz, em que nosso pecado foi transferido para Ele e na qual Ele sofreu a morte que deveria ter sido nossa.

Além da imposição das mãos e da morte do animal, outro ritual era o transporte do sangue para o santuário, o meio pelo qual o pecado era transferido para lá. Em alguns casos, o sangue era aspergido dentro do tabernáculo (Lv 4:6), e em outros casos era aplicado sobre os chifres do altar do holocausto (v. 30). Quando o pecado não era levado dessa maneira para dentro do santuário, o pecado era transferido a ele na pessoa do sacerdote. Nessas ocasiões, ele tinha que comer a carne da oferta do pecado, levando assim em si mesmo o pecado do povo (Lv 10:17). Deus estava assumindo a responsabilidade pelo pecado dos pecadores arrependidos. Esse ritual apontava para o ministério sumo-sacerdotal de Cristo em nosso favor.

Pense no significado desses sacrifícios e naquilo para que eles estavam apontando: A morte de Cristo em nosso lugar, pelos nossos pecados. Como a realidade de Sua morte deve afetar nossa vida diária? Mais importante, como essa morte afeta sua própria vida?


Quinta

Ano Bíblico: At 1–3

Outros sacrifícios

6. Qual era a função do holocausto? Lv 1:3-9; 22:17-22

Em Levítico, o holocausto era um sacrifício expiatório, mas outras funções predominam. O sacrifício era totalmente queimado no altar e era aceito em lugar da pessoa, representando a total consagração ao Senhor. Também era oferecida como uma oferta votiva ou voluntária (Lv 22:17-22). A oferta votiva era levada depois que um voto fora cumprido, expressando gratidão ao Senhor. A oferta voluntária era uma expressão de devoção pessoal, ação de graças e alegria.

7. Qual era a função das ofertas voluntárias ou pacíficas? Lv 7:12, 16

As ofertas pacíficas podiam ser apresentadas como ofertas de ação de graças, ofertas votivas e voluntárias (Lv 7:12, 15, 16). Isto sugere que o ato sacrifical era uma ocasião festiva (1Sm 11:14, 15; 1Rs 8:62, 63). O fato de que o Senhor devolvia a carne do sacrifício para que o adorador a comesse com parentes e amigos em Sua presença (Dt 12:17, 18) indica que o sacrifício fortalecia a relação de aliança pela comunhão com Deus e com outros israelitas (Dt 27:7; 1Rs 8:63).

8. Qual era a função da oferta de cereais? Lv 2:1-10

A oferta de cereais era separada dos frutos da terra em reconhecimento pela bondosa provisão de Deus para com Seu povo. Tudo pertencia a Deus, mas Ele pedia que uma pequena porção fosse levada pelo povo como expressão de gratidão (Dt 26:9, 10). Era acompanhada pelo "sal da aliança" (Lv 2:13). O sal era usado no antigo Oriente Médio como conservante, sento um símbolo apropriado da natureza obrigatória da aliança (2Cr 13:5). A oferta era uma expressão da disposição da pessoa em preservar a relação de aliança com o Senhor.

No Antigo Testamento, encontramos tantas ofertas diferentes com funções complementares, e no Novo Testamento só encontramos um único sacrifício. O que este fato sugere com relação à natureza e à eficácia do sacrifício de Cristo? Que certeza você pode obter para si mesmo desse único sacrifício?


Sexta

Ano Bíblico: At 4–6

Estudo adicional

"O próprio sistema de sacrifícios foi planejado por Cristo e dado a Adão como típico de um Salvador vindouro, que havia de levar os pecados do mundo e morrer por sua redenção. Por meio de Moisés deu Cristo instruções definidas aos filhos de Israel quanto às ofertas sacrificais. ... Unicamente animais limpos e preciosos, os que melhor poderiam simbolizar a Cristo, eram aceitos como ofertas a Deus" (Ellen G. White, Filhos e Filhas de Deus, p. 225).

"Para muitos tem sido um mistério por que eram exigidas tantas ofertas sacrificais na antiga dispensação, por que eram levadas ao altar tantas vítimas sangrando. Mas a grande verdade que deveria ser mantida diante dos homens e impressa na mente e no coração era que: 'sem derramamento de sangue, não há remissão'. Em cada sacrifício sangrento estava simbolizado 'o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo'" (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 7, p. 932).

"Desde a declaração feita à serpente no Éden: 'Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a sua semente e a tua semente' (Gn 3:15), Satanás ficara sabendo que não manteria absoluto controle do mundo. Manifestava-se nos homens a operação de um poder que contrabalançaria seu domínio. Fundamente interessado, observava ele os sacrifícios oferecidos por Adão e seus filhos. Discernia nessas cerimônias um símbolo de comunhão entre a Terra e o Céu. Aplicou-se a interceptar essa comunhão. Desfigurou a Deus, e deu falsa interpretação aos ritos que apontavam ao Salvador. Os homens foram levados a temer a Deus como um Ser que Se deleitasse na destruição deles. Os sacrifícios que deveriam haver revelado Seu amor, eram oferecidos apenas para Lhe acalmar a ira" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 115).

Resumo: Deus instituiu o sistema sacrifical depois da entrada do pecado a fim de lembrar ao povo o elevado custo do perdão e o sacrifício futuro de Seu Filho. Diferentes sacrifícios eram oferecidos a fim de expiar pecados específicos, purificar da impureza e expressar os sentimentos mais profundos de humildade e adoração dos pecadores arrependidos.

Respostas sugestivas

Pergunta 1: Quando Deus lidou com o primeiro pecado.
Pergunta 2: A vida está no sangue. Ao ser oferecido sobre o altar, ele representava a vida do pecador ofertante.
Pergunta 3: Todos precisam de expiação: os sacerdotes, o povo em geral e o pecador individual.
Pergunta 4: O Messias seria morto sem que houvesse cometido pecado.
Pergunta 5: Em certos casos, o ofertante sacrificava o animal. Em outros essa era tarefa do sacerdote.
Pergunta 6: O holocausto representava a oferta total do pecador.
Pergunta 7: Representar gratidão ou o cumprimento de algum voto.
Pergunta 8: Reconhecimento pelas provisões de Deus.


FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2008/frlic642008.html