A Lição em resumo
Texto-chave: 1 Pedro 1:18, 19
O aluno deverá...
Conhecer: O sistema sacrifical como uma lembrança visual do custo do pecado.
Sentir: Nada que seja material é suficientemente valioso para salvar os pecadores.
Fazer: Mostrar que nossas ações dão evidência do valor que atribuímos ao custo do pecado.
Esboço do aprendizado
I. Fé, arrependimento e sangue (Gn 3:21; 4:3-5, 15)
A. Enquanto derramava o sangue do primeiro cordeiro, Adão pôs em ação a matança de milhões de cordeiros inocentes. O exemplo de Adão ao executar o sacrifício não foi suficiente para convencer Caim. Descreva como a desobediência de Caim no campo refletiu a de Adão no Jardim do Éden.
B. Caim resistiu ao plano divino de sacrifícios. Apesar disso, Deus o protegeu. O que este fato nos diz sobre Deus? A que distância e por quanto tempo Sua proteção se estende?
II. Coberto pelo sangue (Lv 17:11)
Antes da morte de Cristo, o pecado só podia ser purificado pela oferta do cordeiro. Imagine Cristo observando as ofertas pelo pecado feitas no templo. Descreva Suas possíveis emoções. Somo você se sentiria ao perceber o calor do cordeiro com uma mão e o aço frio do punhal na outra? As conseqüências do pecado seriam mais reais para nós se tivéssemos que matar um cordeiro como sacrifício? Quanto mais deve nos impressionar a imagem da cruz!
Resumo: O sacrifício é necessário onde o pecado está envolvido. Nunca poderemos menosprezar o que custa até mesmo um "pequeno" pecado.
Ciclo do aprendizado
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Os símbolos devem ajudar a ilustrar as idéias. Muitas igrejas cristãs se identificam com uma cruz. A bandeira dos Estados Unidos tem estrelas e faixas que a identificam imediatamente como americana. O Paquistão, país islâmico, usa o símbolo de uma lua crescente. A bandeira sueca usa as cores azul e amarela, simbolizando o céu e o Sol. Na Bíblia, Deus usa um grande número de símbolos para ilustrar a obra de reconciliação de Jesus. Os primeiros cristãos usavam o símbolo de um peixe porque a palavra peixe, ixous, era um anagrama dos títulos Jesus, Cristo, Deus, Filho e Salvador. Existem muitos símbolos de Jesus na Bíblia. Entre eles, predomina o de um cordeiro.
Pense nisto: Considere por que um cordeiro deve ser símbolo de Jesus. Os cordeiros são criaturas meigas. São impotentes e amáveis, não agressivos nem destrutivos.
Nas Escrituras, o cordeiro é associado com morte, sacrifício, vida e purificação. (Veja Jo 1:29; Ap 5:6; e o Verso Para Memorizar, 1Pe 1:18,19.)
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Comentário bíblico
O cordeiro é a metáfora que identifica mais vividamente e ilumina a expiação de Jesus no Antigo Testamento. Ele está no centro da história de Abraão e Isaque. Deus proverá um cordeiro para o sacrifício (Gn 22). Em Isaías 53, Jesus é descrito como o inocente Cordeiro de Deus que era levado à matança por causa de outros, e não por Ele mesmo (v. 6). Ao examinar este capítulo, note a prevalência do tema da substituição. Nós pecamos, e Ele, Jesus, pagou a penalidade. Note como esse tema permeia o capítulo. Por que o conceito de substituição é tão importante para toda verdadeira compreensão do plano de salvação?
No serviço do santuário, todos os dias era oferecido um cordeiro à noite e um pela manhã. Esse serviço nunca se interrompia, não importava que festival fosse celebrado, quer no sábado, quer na Páscoa, no Dia da Expiação ou qualquer outra festa. No sacrifício do cordeiro, duas verdades vitais e importantes eram trazidas perante o pecador antes que ele o oferecesse diante do sacerdote.
- O salário do pecado é a morte. Não existe fuga para as terríveis conseqüências do pecado: Ele paga um salário, e esse salário é a morte (Rm 6:23). Este é um fato terrível, destinado a revelar quão devastador é o problema do pecado.
- A morte não causava a morte do pecador; causava a morte do substituto, o cordeiro. O pecador saía livre, mas o substituto morria. Esses sacrifícios eram simbólicos, apenas; eles não proviam qualquer efeito na remoção real do pecado (Hb 10:4). Afinal, considerando o impacto devastador do pecado no mundo, poderia a morte de um cordeiro expiá-lo verdadeiramente? Claro que não! Tinha que acontecer algo maior. E aconteceu.
- O que os sacrifícios simbolizavam, Jesus realmente realizou. Ele é o Cordeiro de Deus em contraste com os cordeiros oferecidos por seres humanos. Ele tira realmente o pecado do mundo (Jo 1:29). O que significa isso, que Ele tira o pecado do mundo? Por que ainda lutamos contra o pecado? Por que o pecado ainda é uma realidade em toda a nossa vida?
Faça estas perguntas para a classe. O pecado é algo concreto, como um livro que pode ser levantado e levado de um lugar para outro? O que queremos dizer quando afirmamos que Jesus tira nosso pecado? Como devemos entender essa idéia?
Jesus tira nossos pecados assumindo a responsabilidade por eles. A conseqüência do pecado é a morte (Rm 6:23). Por ter assumido a responsabilidade pelos nossos pecados, Jesus teve que morrer. As maravilhosas boas-novas do evangelho são que, aceitando a morte de Jesus em nosso lugar, estamos livres da penalidade que, de outra forma, seria nossa. Nós, todos nós, merecíamos estar na cruz, e não Jesus. De fato, Ele foi o único ser humano que não merecia estar na cruz. Que lição devemos tirar disso?
Nota: Existe uma conexão íntima entre o significado (em Lv 17:11) de a vida estar no sangue e o uso que os escritores do Novo Testamento fazem dessa expressão. (Leia Rm 3:25; Rm 5:9; Ef 1:7; Cl 1:20.)
O poder universal da expiação do sangue de Cristo é destacado no livro de Apocaplise. "Com o Teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação" (Ap 5:9). Os crentes venceram Satanás pelo sangue do Cordeiro.
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Perguntas para consideração
O Desejado de Todas as Nações, página 112, afirma que, quando João Batista identificou Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, ele não entendeu o que dizia, nem os seus ouvintes. Pergunte à classe: "Você pode sugerir alguns motivos por que muitos cristãos hoje não conseguem entender nem experimentar a libertação do fardo do pecado oferecida por Jesus?"
Esta é uma pergunta importante. Dê tempo para a classe refletir na pergunta. Anote cuidadosamente as respostas. Elas serão úteis quando você chegar à aplicação da expiação à vida diária.
Pense nisto: Os meios de comunicação de massa, televisão, vídeos, revistas e DVDs trazem um forte conteúdo de violência. Calcula-se que, em uma sessão de TV, pode haver cinco a dez mortes, freqüentemente vítimas de violência. Depois de ver constantes assassinatos, que impressão pode ter a morte de Jesus sobre as pessoas? Existe o perigo real de que repetidas exposições à violência acabem enfraquecendo nossa sensibilidade à morte de Jesus e à seriedade do pecado?
Não podemos esperar ser levados para o Céu em uma nuvem de pensamentos piedosos. A vida é gratuita. A salvação é gratuita. Mas, para isso, é necessário manter nossa experiência cristã. Temos um Céu a ganhar e um inferno a evitar. Você não pode velejar um barco com o vento de ontem. Nem a experiência da vida cristã da semana passada pode substituir a de hoje.
![]() | Transformação |
Pergunte à classe se alguém tem um trabalho caseiro que precisa fazer: consertar uma cerca, pintar uma porta, reparar uma cadeira quebrada, etc. Sempre haverá alguém que esteja planejando consertar alguma coisa mas que deixa de fazer.
Não podemos ter essa atitude de adiamento das coisas com referência à salvação. Devemos prestar a mais cuidadosa atenção a fim de não nos afastarmos de Cristo. Hebreus 2:3 diz: "Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação...?".
Pergunte aos membros da classe como podem organizar o dia a fim de manter acesa em sua vida a fé na expiação e preservá-la como prioridade máxima.
Note estes pensamentos úteis de Ellen G. White em Caminho a Cristo: "Se os cristãos entretivessem convivência, falando entre si do amor de Deus e das preciosas verdades da redenção, seu próprio coração seria refrigerado, ao mesmo tempo que levariam refrigério uns aos outros" (p. 102).
"Se pensássemos e falássemos mais em Jesus, e menos em nós mesmos teríamos muito mais de Sua presença" (p. 102).
"Quanto mais nossos pensamentos se demorarem em Cristo, tanto mais falaremos dEle aos outros e O representaremos perante o mundo" (p. 89).
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2008/frlic642008.html