Estudos da Bíblia: Quarto Trimestre de 2008
Tema geral: A doutrina da Expiação
Estudo nº 08 – Nascido de mulher – Expiação e Encarnação
Semana de 15 a 22/11/2008
Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto Renaldo Marks
marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (0xx55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Comentário complementar ao estudo da lição da Escola Sabatina
Com a atenção dos leitores: CRISTO está perto de voltar! Veja comentários sobre fatos proféticos em www.cristovoltara.com.br
Verso para memorizar: "Vocês sabem que Ele Se manifestou para tirar nossos pecados, e n'Ele não há pecado" (I João 3:5, NVI).
- Introdução – santo sábado, dia da aliança entre criaturas e o Criador
JESUS nasceu ser humano, mas era também DEUS. JESUS, um Ser da Trindade, sendo DEUS, não poderia deixar de existir. Nem poderia se tornar um ser humano mortal, pois DEUS é eterno e imortal. No entanto, JESUS nasceu numa mulher mortal, e de fato, foi morto. Até agora foi o único a sofrer a morte eterna. Ainda assim, ressuscitou dela. Nisso também foi o único. Aliás Ele nos livrou dessa morte, e não do sono temporário que hora presenciamos.
JESUS nasceu puro e sem pecado. Para que fosse assim, Ele foi gerado em Maria. Ela era virgem, não concebeu JESUS com José. JESUS foi gerado pelo ESPÍRITO SANTO. Ele não tinha nada da genética do corpo de José nem de Maria. Por isso não tinha herança de pecado, mas, curiosamente, mesmo assim, nasceu mortal. Não era pecador, mas era mortal. Foi nisso o único Ser do Universo a ter a possibilidade da morte, já nascer assim, sem nunca ter pecado. Isso é intrigante, não é mesmo?
Tinha que ser assim. De outra maneira, não haveria salvação para nós. Como um Ser não mortal morreria por nós? Ou, como um ser se fosse pecador, sua morte valeria para nos salvar? Portanto, JESUS teria que ser mortal mas não pecador. Foi uma estratégia muito complexa, planejada pelo governo celeste para nos salvar. Tudo isso motivado pelo amor. Tudo de acordo com as leis de DEUS. Ninguém poderá contestar alguma ilegitimidade. Se pudesse, satanás já o teria feito. E tudo motivado pelo amor que DEUS tem para com nós.
Estudemos esse assunto nesta semana. Não tanto para o entendermos melhor, mas para nos admirarmos ainda mais de nosso DEUS.
- Primeiro dia: O mistério da encarnação
Algo difícil de entender é a existência de um Ser que é DEUS, que é imortal, e ao mesmo tempo um ser humano mortal. Mas foi assim que JESUS esteve aqui na Terra. Paulo disse que n'Ele habitava toda a plenitude da divindade. Portanto, JESUS era completamente DEUS. Ou seja, se aqui na Terra Ele desejasse criar em algum lugar do Universo uma outra civilização como a da Terra, poderia fazê-Lo. Se Ele quisesse colocar a Terra na órbita como era antes do dilúvio, poderia fazê-lo. Se quisesse consertar a estrutura da Terra para que não houvesse mais terremotos nem vulcões, poderia fazê-lo. E se Ele quisesse usar poder divino para realizar o Seu trabalho isso também poderia fazer.
Mas JESUS andou no mundo de tal maneira que não era fácil perceber que Ele era mais que humano. Não se poderia ver n'Ele um DEUS, pois tinha fome, cansava, envelhecia, precisava se alimentar, em tudo o que fazia de notório pedia ao Pai, e assim por diante. Ele era um ser humano, mortal, mas, era também DEUS, imortal. Morreu JESUS o homem, mas permaneceu vivo o Filho de DEUS, que é imortal. Ressuscitou JESUS o homem. Participaram da ressurreição tanto DEUS Pai, como o ESPÍRITO SANTO, como Ele mesmo, o Filho.
- Segunda-feira: DEUS e humanidade unidos
"O Redentor do mundo, o Filho unigênito de Deus, por Sua perfeita obediência à lei, por Sua vida e caráter, resgatou o que foi perdido na queda e possibilitou que o homem obedecesse à santa lei de justiça transgredida por Adão. Cristo não trocou Sua divindade pela humanidade, mas combinou a humanidade com a divindade; e na humanidade Ele viveu a lei em favor da família humana. Os pecados de todos os que recebem a Cristo foram colocados em Sua conta, e Ele satisfez plenamente a justiça de Deus." (Fundamentos da Educação Cristã, 429). CRISTO não deixou de ser DEUS ao viver entre os homens. A novidade foi que Ele conteve a Sua divindade e, tornando-se humano, viveu como se fosse só um ser humano.
Por quê Ele agiu assim? Porque a lei de DEUS produz uma ligação entre a criatura e o Criador, assim como também produz uma perfeita ligação entre as criaturas. É a lei do amor, e o amor tem esse poder, ligar os seres entre si em intimidade. Vamos ilustrar isso um pouco melhor. Se você tiver uma família equilibrada irá entender facilmente. Se não for esse o caso, poderá ter aqui uma pista de como resolver os desentendimentos. Um casal que se ama, quer estar junto. Aprecia os momentos em que podem ficar juntos. Isso se chama intimidade, ou seja, momentos em que um pode demonstrar ao outro que o ama. Isso é recíproco. Porém, quando ocorre um desentendimento, logo aparece uma certa repulsa de um para com o outro, ou no mínimo, um certo afastamento. Isso é separação. Se os desentendimentos forem freqüentes a separação tende a ser cada vez mais provável. Foi isso que aconteceu entre Adão e Eva com DEUS. Por causa do pecado houve separação deles para com DEUS.
Agora como resolver essa questão da separação da humanidade com a divindade, que ocorreu por causa do pecado? Aqui que entra JESUS CRISTO. Ele veio ser o que a humanidade foi enquanto Adão e Eva não caíram em pecado. Esse casal era unido entre si, e unidos com o Criador. Havia intimidade entre eles, algo que os ligava intensamente. Mas com o pecado, separam-se de DEUS, e reduziu-se a intimidade entre os dois. Surgiram os problemas de relacionamento, tanto entre eles quanto com DEUS.
Pois bem, JESUS veio à Terra como DEUS. Ele era DEUS, plenamente divino. Mas por cima de Sua divindade, para não ferir os homens e mulheres, Ele criou uma espécie de capa. Era a humanidade que escondia a divindade. Então JESUS representava a situação como era por ocasião da criação, antes do pecado: a unidade entre criatura e Criador, perfeitamente unidos.
Ao JESUS ser morto, a humanidade que Ele era morreu, e depois ressuscitou. O que isso significa? Que a humanidade morre, mas que, pelo sangue de JESUS como ser humano que Ele foi, haveria o restabelecimento da humanidade com a divindade. Foi o que aconteceu na ressurreição de JESUS. Então JESUS não só expiou os pecados dos seres humanos como em Sua vida e em Sua ressurreição, mas também uniu a humanidade com a divindade. Foi por isso que Ele veio para cumprir a Lei, pois é a Lei do Amor. Ou seja, essa lei une uns aos outros, humanos entre si e humanos com DEUS.
Com a vida de JESUS aqui na Terra satanás ficou sem ter o que argumentar contra a Lei de DEUS, e contra o amor de DEUS. Por mais que investisse contra JESUS, não conseguiu romper a ligação da humanidade com a divindade em JESUS, o que ele conseguiria se conseguisse fazer JESUS pecar. Ele conseguiu em Adão e Eva, mas não conseguiu em JESUS divino e JESUS humano. Não houve separação nesse caso, nem mesmo na morte, pois foi morto, isso sim, mas sem que houvesse uma separação por causa do pecado da parte de JESUS.
Concluindo a reflexão. JESUS representou diante de satanás, diante dos homens, diante dos demais seres criados e diante de DEUS o que desde sempre fora o plano para toda a criação: criaturas unidas com DEUS por meio da Lei do Amor. JESUS não permitiu, como Adão, que se rompesse a ligação de amor entre a Sua divindade e a Sua humanidade. Isso apesar de serem postos sobre Ele todos os pecados da humanidade. Assim Ele, ao derramar o Seu sangue por nós, tem capacidade de nos restituir àquilo que Ele mesmo, a custos muito altos, conseguiu manter unido. Ou seja, poderemos ser restabelecidos outra vez ao estado de intimidade do amor entre nós, criaturas, e DEUS, Criador, e assim vivermos eternamente em estado de perfeição.
- Terça-feira: DEUS e humanidade unidos
Como foi o batismo de JESUS? Foi algo interessante. Um dia João estava pregando à beira do rio Jordão. João vinha pregando sobre a necessidade do preparo para receber JESUS.
Pouco antes do jejum de JESUS, ao João Batista estar pregando, o Mestre apareceu entre eles. João deu testemunho de JESUS, anunciando-O como aquele que existia antes dele, João. No dia seguinte, estando João a batizar, veio JESUS até ele, pedindo para ser batizado. Relutante e talvez um tanto perplexo, João o batizou. "Ao pedir Jesus, o batismo, João recusou, exclamando: "Eu careço de ser batizado por Ti, e vens Tu a mim?" Com firme, se bem que branda autoridade, Jesus respondeu: "Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça"" (O Desejado de todas as nações, 111). E João, cedendo, desceu com o Salvador ao Jordão, sepultando-O nas águas. JESUS sai das águas e se ajoelha em oração ao Pai. Aqui JESUS demonstra que era um homem comum, que precisava passar pelos mesmos rituais de todas as pessoas, ou seja, ser batizado e se ligar a DEUS Pai.
Em resposta o Pai proclama que JESUS é o Seu Filho amado, e o ESPÍRITO SANTO desce sobre Ele em forma de pomba. ""E logo que saiu da água" Jesus "viu os céus abertos, e o Espírito, que como pomba descia sobre Ele" Mat. 3:14 e 15" (O Desejado de todas as nações, 111). Estavam ali presentes os membros da Trindade. Aliás, nos momentos solenes e importantes estão eles sempre conjuntamente presentes. Assim foi na criação, no batismo de JESUS e em Sua ressurreição, por exemplo. Representa que todo o Céu está atento e interessado por JESUS, e do mesmo modo, pelos agora irmãos d'Ele, que somos todos nós que cremos n'Ele.
Ellen White descreve o cenário do pós batismo de JESUS. "Após o batismo de Jesus no Jordão, Ele foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Quando saiu da água, inclinou-Se nas barrancas do Jordão e suplicou ao grande Eterno, forças para suportar o conflito com o adversário caído. A abertura dos Céus e a descida da excelente glória atestava Seu caráter divino. A voz do Pai declarava o relacionamento achegado de Cristo com Sua infinita Majestade: "Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo." Mat. 3:17. A missão de Cristo começaria logo. Mas Ele deveria primeiro retirar-Se das cenas movimentadas da vida para um solitário deserto, a fim de expressar o propósito de suportar o tríplice teste da tentação em favor daqueles a quem veio redimir" (No deserto da tentação, 11).
O que aprendemos aqui? JESUS estava ali como um ser humano tendo que Se submeter a todos os requisitos exigidos aos seres humanos. No entanto, Ele também era DEUS. porém, enquanto estivesse na Terra, deveria agir como as criaturas que Ele mesmo havia criado. Assim tornou-Se o nosso irmão e o nosso primeiro pai, como deveria ter sido Adão.
- Quarta-feira: As tentações de JESUS
Tem-se a impressão de que JESUS fora tentado apenas três vezes, e no último dia de seu jejum de 40 dias. Mas não foi bem assim. No livro "No deserto da tentação" há uma explicação que desde logo satanás foi lá para O enganar. Veio como se fosse em nome do Pai, como um mensageiro celeste, para lhe dizer que não era necessário jejuar até o fim. Disse que DEUS só queria ver se Ele iria, mas não estava pedindo que fosse até o final. O inimigo se passou como um anjo de luz, mas JESUS logo o reconheceu como sendo satanás. Veja um trecho de EGW sobre esse assunto: "Depois do batismo de Jesus no Jordão, foi Ele conduzido pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. O Espírito Santo O havia preparado para aquela cena especial de atrozes tentações. Quarenta dias foi tentado por Satanás, e nesses dias nada comeu. Tudo em redor dEle era desagradável e de modo a fazer a natureza humana recuar. Ele estava com as feras e com o diabo, em um lugar desolado, solitário. O Filho de Deus estava pálido e enfraquecido, pelo jejum e sofrimento. Seu caminho, porém, estava traçado, e Ele deveria cumprir a obra que viera fazer" (Primeiros escritos, 155). "Aqui passou Jesus pelo deserto da tentação, onde Lhe foi imposta uma prova cem vezes mais difícil do que a trazida sobre Adão e Eva no Jardim do Éden" (CRISTO triunfante, MM 2002, 210).
Transcreverei aqui o comentário feito na lição 04 do 3º trimestre de 2005, quarta-feira. Ele ficou muito bom porque DEUS ajudou, e está bem apropriada para o estudo de hoje.
Sede santos, porque Eu, O Senhor DEUS, sou santo, repete a Bíblia em vários lugares, principalmente em Levíticos. O que DEUS está querendo dizer com essas palavras?
Quando JESUS iniciou Seu ministério, precisava de legitimidade, ou, credibilidade. Ele veio para resgatar o ser humano do poder de satanás. O ser humano caíra por meio do apetite, e agora, eis entre os seres caídos outro ser humano, que se tornara assim, para tentar restaurar de volta os caídos, ao menos os que desejassem. A questão básica, diante do inimigo era, "e você, que veio para lutar, é capaz de se manter incólume diante de alguma tentação no campo da alimentação, como caíram os que viestes salvar? É como na situação seguinte, em que uma pessoa está se afogando num rio, e outra se atira na água para a resgatar, mas também não sabe nadar. Os dois se afogarão juntos. Para resgatar alguém que vai se afogando é preciso saber nadar, e muito bem.
JESUS teria que ser competente para salvar as pessoas. Essa competência teria que ser demonstrada na prática, e sua demonstração mais efetiva evidentemente só poderia ocorrer exatamente nas condições pelas quais caíram aqueles que viera salvar, no campo da alimentação.
Adão e Eva, ao serem tentados, não estavam famintos. Tinham a seu dispor uma infinidade de alternativas para alimentarem-se, e nem precisavam pagar pelo alimento. Mas JESUS, para provar que estava apto a lutar pelos que caíram via alimento, expôs-Se ao limite das condições, ficando sem comer por 40 dias. No final desse tempo, teve fome, ou seja, terrível fome, ela já era insuportável, e estava de tal modo fraco que mal conseguia mover-se. Talvez já não ficasse mais em pé sem ser amparado. A sua situação psicológica era deprimente, seu raciocínio em extremo enfraquecido. As dores da fome eram torturantes, mordazes. E o silêncio total do deserto, sem nenhum outro ser humano a lhe ajudar a suportar a angústia, sentindo a morte a penetrar no corpo, davam-Lhe em sua mente a real dimensão de sua tarefa, e do que ainda teria pela frente: o encontro com o demônio, esse em sua plena forma física, fortíssimamente apoiado por todos os anjos caídos. Ali, nessas condições, o único que Lhe poderia ajudar a não morrer era, pasmem, o próprio inimigo. Ao menos assim parecia. Era necessária muita fé para continuar crendo que DEUS não O abandonara mesmo. Muitas vezes, diante de uma dificuldade bem menor, já pensamos que DEUS não Se importa mais conosco...
A cena imaginária nos faz ver um trapo humano, em seus últimos momentos de vida devido a fraqueza, mal respirando, gemendo de dor, raciocínio no limiar da loucura, mente debilitada em seus pensamentos, agora ainda tendo que enfrentar o poder astuto e traiçoeiro do inimigo. O demônio estava com o Salvador, desde o início, tentando dissuadi-Lo da empreitada, (ver o livro "No deserto da tentação", de EGW), e nada nesse tempo todo de ali aparecer algum anjo aliado. E a parte mais dramática, e decisiva ocorreria nas piores condições daquele que viera para se tornar o Salvador.
Então sim, quando faltavam poucos momentos para dele a vida sair, de tanta fraqueza, apareceu majestoso diante d'Ele o grande inimigo, muito bem nutrido, cheio de malícia, astúcia e com pensamentos de traição. Elogioso, jeitoso, solícito, dispondo-se a ajudar, (como sempre faz) palavras afáveis, melodiosas como de bom músico, trava-se uma conversa quase íntima, muito achegada, mas de um vigarista de carreira com uma vítima inocente e fragilizada. Foi nessas condições que JESUS Se tornou apto a pregar Seu evangelho! Mas, para Se tornar Salvador, ainda estava pela frente a cruz.
Com que respeito devemos nós hoje considerar as palavras da Bíblia e do Espírito de Profecia quanto aos hábitos de vida, em especial, aos de saúde. Como poderemos nós vencer relaxando com relação aos princípios de saúde? Será que o nosso querido Salvador, ainda não sofreu o suficiente por nós para termos em pouca conta a nossa própria existência? Como ainda ousamos não nos libertarmos das coisas desse mundo, mesmo sabendo que esse é o caminho mais curto para a perdição, sabendo que Ele fez isso tudo por puro amor, a nós?
Desde que deixamos a carne de lado, só temos tido benefícios. Estamos até revoltados conosco mesmos pelo tempo perdido comendo carne. Agora que somos vegetarianos, com que clareza a nossa mente consegue discernir as coisas santas de DEUS. Foi loucura o tempo perdido afetando o organismo com alimentos inadequados, que turvavam a mente e impossibilitavam entender "o que sempre esteve escrito" mas que não entendíamos. Quanto tempo perdido ofendendo a que nos ama tanto! Essa é apenas uma frente de batalha, de inúmeras outras...
E os hábitos que o mundo nos faz seguir? Por que são tantos os que resistem em colocá-los aos pés de JESUS? Será mesmo que muitos continuarão tentando a salvação com mundanismo incluído? Seria bom deter-mo-nos nas cenas do Salvador em Seu quadragésimo dia no deserto da tentação, faminto, diante do demônio, resistindo a transformar pedras em pães. O salvador sabia que, ou providenciava o pão ali mesmo, ou... como iria até a cidade para obter alimento? Estava só naquele lugar, e não tinha mais forças para sair dali. Chegou ao ponto da impossibilidade de retorno pela fraqueza da fome. Sem ajuda morreria ali mesmo, e naquele dia! Como faria se não seguisse a recomendação lógica do inimigo? Como tornar-Se o Salvador do mundo se iria morrer logo mais? Não havia mais alternativa para JESUS, ou adotava a sugestão de satanás, ou morreria ali mesmo, e seria logo, o fôlego já estava quase se apagando.
O que dizer da tentação em confiar em Seu Pai, atirando-Se do pináculo abaixo? Estando lá em cima, poderia JESUS sair de lá, nas condições físicas em que se encontrava? O que ele faria se o demônio, enraivecido, fosse embora e o deixasse ali?
E que rei seria Ele, se não teria mais como lutar pelo Seu reino? JESUS não tinha outra alternativa senão curvar-se diante de satanás e adorá-lo para receber dele esse planeta! Não estava em condições de barganhar, muito menos de lutar.
Pode-se perceber que JESUS não tinha mais alternativas diante de satanás? Não seguir o que este Lhe exigia era loucura, pois a morte estava há poucos minutos. O que você faria no limite do suportável? Continuaria confiando em DEUS? Continuaria crendo que Ele providenciaria uma saída por enquanto inimaginável?
Mesmo assim, ao contrário de nossos dois pais, ao contrário do que nós mesmos muitas vezes fazemos, sabendo que iria morrer, pois estava só, sabendo que ali só satanás poderia ajudá-lo, confiou que o Seu Pai tomaria alguma providência, e não O deixaria morrer. Como seria isso? Ele não sabia! Essa parte Ele avançou pela fé, somente pela fé, e não cedeu ao inimigo, nem sequer em um pensamento! Com máxima coragem, rechaçou o inimigo mandando-o embora, e este teve que se afastar. Então, já estando no limite da vida, desmaiou. O seu corpo, não suportando mais viver, encaminhava-se para a morte. Foi nesse momento que Seu Pai enviou anjos para O ampararem, e lhe trouxeram o pão que necessitava para sobreviver.
Que DEUS nos ajude a não desconsiderarmos tanto o seu amor por nós, vivendo como se as coisas do mundo não fossem tão nocivas. Apenas uma 'provocação santa". Por que não desenvolvemos a imaginação santa, criando meios para sermos muito felizes sem termos que recorrer às praticas do mundo? Por que temos que continuar, por exemplo, a quebrar nossas canelas, nos ofender, nos machucar os corpos que devem ser santos diante de DEUS, praticando esportes violentos? Por que não podemos colocar nossas mentes a funcionar, e desenvolver práticas santas, de natureza santa, para sermos santos como DEUS é santo?
Por que não sermos felizes? Por que deveríamos ser um povo cercado de restrições? Por que deveríamos só dizer não a tudo? Mas como sermos santos se, ao contrário de JESUS, a quem seguimos, não rechaçamos o mundanismo? Por que afinal temos que tanto copiar as coisas do mundo, até mesmo para "abrilhantar" muitos de nossos cultos? Então, por que não colocarmos as cabeças a funcionar, e desenvolver práticas de vida que criam um estilo alternativo ao do mundo, um estilo nitidamente santo, muito gostoso. Então, poderíamos convidar a muitos para serem autenticamente felizes conosco, de um modo verdadeiramente original, puro santo e muito intenso de viver. Será que não é isso que DEUS quis dizer ao nos convocar a sermos santos como Ele é santo?
- Quinta-feira: Ministério da cura
"E percorria JESUS todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades" (Mat. 9:35).
JESUS veio para salvar o ser humano (que quiser) da morte, e veio também para reatar a harmonia entre criatura e Criador, e vice-versa. Nesse sentido Ele andou enfrentando a morte quase todos os dias de seu ministério. Quantos doentes Ele curou? Não se sabe, mas deve ser um número enorme. E cada vez que Ele curava um doente estava derrotando a morte. As doenças são instrumentos da morte, não da vida. Doenças são para matar, ou ao menos para debilitar, nunca para dar mais vigor e mais tempo de vida. Toda vez que Ele expulsava um demônio obtinha vitória contra a morte. Demônios ao tomarem o corpo de uma pessoa não o fazem para viver mais tempo, mas para sugar sua vitalidade e para garantir a morte eterna. JESUS dava alimento. Alimento quanto falta faz a pessoa passar mal. Faltando muito, o corpo debilita, no extremo, morre. Mas foi nas ressurreições que JESUS demonstrou que, pelo poder de DEUS, havia como vencer a morte. E o caso mais impressionante assistido por pessoas foi a ressurreição de Lázaro, morto a quatro dias. No entanto, houve outros casos, como as 24 pessoas que ressuscitaram por ocasião da ressurreição de JESUS. Muitos desses estavam mortos há séculos. Mas essas ressurreições não foram presenciadas por testemunhas, só temos o relato. Outro caso foi o de Moisés, que não sabemos quanto tempo permaneceu na sepultura. JESUS veio para vencer a morte, e a vitória mais poderosa nesse sentido foi a Sua própria ressurreição. Eis que JESUS venceu, n'Ele mesmo, a morte eterna.
Mas também JESUS veio para reatar a amizade entre DEUS e o ser humano. Esse é o ministério da reconciliação. Quando ocorreu o pecado com Adão e Eva houve uma separação destes com DEUS. Essa separação aumentava a cada novo pecado. É algo parecido como o que ocorre entre o esposo e a esposa. Logo após o casamento, se está tudo bem, há muita felicidade e sonhos de uma vida longa de intensas alegrias. Porém, se um dia desses ocorrer uma ofensa de um para o outro, forma-se uma pequena rachadura no seu relacionamento. Outro dia mais uma briga, e a rachadura que ainda não se havia sarado aumenta. Com tempo, se não aprenderem a se perdoar e a superar as causas das ofensas mútuas, a rachadura pode tornar-se num grande abismo entre os dois, a ponto de desejarem não mais viver juntos. Então vem a separação. Pois é isso que faz o pecado, seja entre um casal, seja entre as criaturas e DEUS. Com os anos, os séculos, os milênios, a maldade do ser humano tornou-se tão grande que é impossível ele viver diante de DEUS. O ser humana nem mesmo deseja estar junto a DEUS, nem O suporta. São naturezas totalmente diferentes.
Foi para restituir a amizade entre o homem e DEUS que JESUS veio ao mundo. Por isso Ele andava com pecadores, isto é, com os grande pecadores segundo os critérios dos homens. Ele não evitava de estar junto a uma prostituta, ou junto a uma samaritana, ou junto a uma pessoa estrangeira. Ele se hospedava nas casas dos pecadores que a sociedade não suportava, como os publicanos (os corruptos cobradores de impostos). Assim Ele agia para o ministério da reconciliação entre DEUS e o ser humano, entre o ser humano e DEUS. Um dia, agora bem logo, essa reconciliação se tornará plena realidade.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Que coisa não?JESUS planejou a Sua morte! Junto com o Pai traçaram o plano pelo qual se salvariam ao menos alguns dos nascidos em pecado. Mas havia necessidade de JESUS ser morto. E que morte! Quanto sofrimento antes de morrer. Tudo para salvar e para reconciliar a humanidade com O Criador.
"É obra da conversão e santificação reconciliar os homens com Deus, pondo-os em harmonia com os princípios de Sua lei. No princípio, o homem foi criado à imagem de Deus. Estava em perfeita harmonia com a natureza e com a lei de Deus; os princípios da justiça lhe estavam escritos no coração. O pecado, porém, alienou-o do Criador. Não mais refletia a imagem divina. O coração estava em guerra com os princípios da lei de Deus. "A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser." Rom. 8:7. Mas "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito" (João 3:16), para que o homem pudesse reconciliar-se com Ele. Mediante os méritos de Cristo, pode aquele se restabelecer à harmonia com o Criador. O coração deve ser renovado pela graça divina; deve receber nova vida de cima. Esta mudança é o novo nascimento, sem o que, diz Jesus, o homem "não pode ver o reino de Deus"" (O Grande Conflito, 467).
escrito entre: 03/10/2008 a 10/10/008 - corrigido em 10/10/2008
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.
FONTE: www.cristovoltara.com.br/