sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Estudo nº 09 – Nascido de mulher – Expiação e Encarnação - Comentário Sikberto Marks

Estudos da Bíblia: Quarto Trimestre de 2008

Tema geral:  A doutrina da Expiação

Estudo nº 09   Nascido de mulher – Expiação e Encarnação

Semana de   22 a 29/11/2008

Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto Renaldo Marks

marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (0xx55) 3332.4868

Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

 

Comentário complementar ao estudo da lição da Escola Sabatina

Com a atenção dos leitores: CRISTO está perto de voltar! Veja comentários sobre fatos proféticos em www.cristovoltara.com.br

 

Verso para memorizar: "DEUS ofereceu CRISTO sacrificado para que pela Sua morte na cruz, CRISTO Se tornasse o meio de as pessoas receberem o perdão dos seus pecados, pela fé n'Ele"  (Romanos 3:25).

 

  1. Introdução – santo sábado, dia da aliança entre criaturas e o Criador

A expressão mais profunda e solene do amor de DEUS pelo ser humano podemos ver ao imaginarmos um homem, não um qualquer, mas o Filho de DEUS, pendurado na cruz, em estado deplorável, agoniando em seus últimos suspiros, abandonado à Sua sorte, dizer: "Pai, perdoa-os porque não sabem o que fazem." Foi para nos perdoar que Ele estava ali no sofrimento mais agudo que alguém já pôde passar. Não ouve angústia maior que aquela pela qual JESUS passou, desde que se dirigiu ao Jardim do Getsêmani. Ele foi ferido por causa da humanidade, que Ele amava em tal intensidade que nenhuma maldade, seja de origem humana, seja de origem satânica, pôde ao menos reduzir em um mínimo o amor d'Ele para conosco.

Ele tornou-Se Salvador porque, sendo perfeito, sem pecado, tornou-Se pecado em nosso lugar. Ali na cruz cumpriu-se um mistério: JESUS morrendo, dava vida aos que se tornaram mortais. Ali na cruz Ele reconciliou a humanidade com DEUS. Daquele dia em diante, todo aquele que desejar, pode ser salvo para a vida eterna. É só querer.

 

  1. Primeiro dia: Redenção

CRISTO nos resgatou da maldição da lei, fazendo-Se maldição em nosso lugar (Gal. 3:13). Que lei é essa? Qual a maldição? E onde está escrita a maldição?

A lei são os Dez Mandamentos, a lei do amor. Por ela aprendemos a nos ligar a DEUS e a nos ligar, em amor, uns com os outros. Essa é a lei de que trata a lição do dia de hoje.

E qual a maldição? É a morte para aquele que transgredir a lei. Mas onde isso está escrito? Na verdade não está escrito na lei, é óbvio. É tão óbvio que DEUS aplicou o princípio da maldição no ensinamento aos nossos primeiros pais, para o caso deles desobedecerem a ordem que Ele deu, de não comerem de uma determinada árvore do Jardim do Éden (Gen. 2:17).

Mas como podemos saber que, no dia em que pecarmos contra a lei dos Dez Mandamentos também morreremos? Não morremos só pelo fato de que já somos mortais desde que Adão e Eva comeram do fruto. É verdade, eles se tornaram mortais, e todos os descendentes deles herdam a condição de mortais. Porém, ao novamente transgredirmos algum dos mandamentos, só estamos reforçando a nossa condição de mortais. Ou seja, há mais motivos para sermos perdoados, pois se não formos, morreremos para sempre. É a Bíblia que diz: "o salário do pecado é a morte."

Vamos entender melhor. A Lei de DEUS pode ser resumida, conforme o próprio JESUS, em dois grandes mandamentos: amar a DEUS sobre todas as cosias e o próximo como a nós mesmos. Ora, ao pecarmos em algum dos mandamentos, deixamos de amar a DEUS e ao nosso próximo. Isso quer dizer, nos desligamos da fonte da vida eterna. Logo nos tornamos mortais. Por rejeitarmos o amor, rompemos com O único ser do Universo que nos pode manter vivos. Sendo assim, evidentemente morremos.

Não só morremos, como temos a tendência forte de tirar a vida de nosso próximo. Os pecadores desenvolvem uma crescente desconsideração pela vida, seja a sua, seja a dos outros. E muitos passam a apreciar a morte, como é o caso dos filmes onde se destrói e se mata muito. É uma situação gerada pela ruptura com o amor.

Pois bem, agora que as pessoas romperam com o amor, ou seja, que deixaram de obedecer a lei do amor, DEUS, que é aquele do qual se origina essa lei, teve que intervir. Enquanto os seres humanos obedeciam a lei, ela os protegia, ou seja, estavam ligados a DEUS pelos laços do amor. Mas ao desobedecerem, se desligaram de DEUS, e a alei agora não mais os podia proteger, mas os condenava à morte, pois fizeram algo em contrário à lei, desligando-se da vida. A lei não os poderia salvar, porque fora desobedecida. Era agora a sua função condenar.

E quem nos poderia salvar? Só o Autor da lei, aqu'Ele que é o exemplo de Sua obediência, aqu'Ele que ama mais que qualquer ser do Universo, aqu'Ele que é infinito em amor. É d'Ele que vem a lei, assim como é d'Ele que vem a vida. Pois, sendo a lei desobedecida, só mesmo o Autor poderia tomar alguma providência. E o Autor da lei é DEUS. Portanto, só mesmo JESUS, Filho de DEUS, poderia nos libertar da condenação (ou maldição) da lei. E a única maneira seria Ele mesmo pagar pelo que deveria ser pago por nós, seres humanos.

 

  1. Segunda-feira: Reconciliação

Vamos seguir o texto da Bíblia que está em 2 Cor. 5:18 a 21, por partes. Faremos uma análise desse texto para aprendermos alguma coisa sobre a reconciliação entre a humanidade e DEUS.

a)            "DEUS nos reconciliou consigo mesmo" – ou seja, Foi Ele quem veio até nós para nos harmonizar com Ele, não foi iniciativa da nossa parte, que na verdade estávamos nos afastando cada vez mais d'Ele;

b)            "por meio de JESUS" – a reconciliação teve um mediador, que fez basicamente duas coisas: nos ensinou (por meio de profetas e depois Ele mesmo) como viver de acordo com os mandamentos que cada vez mais a humanidade estava e ainda está desobedecendo, colhendo frutos amargos, e também nos substituiu no cumprimento da justiça da lei, pela qual éramos nós que deveríamos morrer eternamente;

c)            "e nos deu o ministério da reconciliação" – ou seja, assim como JESUS ensinava como deve ser a vida de pessoas reconciliadas com DEUS, também nós devemos fazer o mesmo (esse ministério, em síntese está explicado no verso 19);

d)           "De sorte que somos embaixadores em nome de CRISTO..." – ou seja, assim como CRISTO viveu e ensinou aqui na Terra devemos também viver e ensinar a outros, e era isso que Paulo fazia pois ele disse: "Em nome de CRISTO, pois, rogamos que vos reconcilieis com DEUS."

e)            Então vem a explicação final e taxativa: "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fossemos feitos justiça de DEUS." Ou seja, aqui está a essência da mediação de JESUS. Ele não só veio aqui nos aconselhar. Ele Se comprometeu conosco. Ele Se envolveu conosco em todos os sentidos, até chegar a morrer em nosso lugar. Portanto, Seus ensinamentos devem ser sevados a sério uma vez que eles foram selados com a demonstração prática. O que Ele disse, amai-vos uns aos outros, Ele mesmo praticou, e validou com a Sua morte, enquanto Seus pensamentos estavam o tempo todo voltados ao Seu grande motivo de vir aqui: estou perdoando-os e quero-os de volta a Mim.

 

  1. Terça-feira: Justificação

Resumo da justificação aos pecadores. Como é isso? Está baseado no texto bíblico de hoje (Rom. 3:19 a 24).

Os pecadores, todos os seres humanos, são considerados como não pecadores por meio da graça, não por obras da lei. Ou seja, por meio do que JESUS fez por nós é que somos considerados como se não houvéssemos pecado. Mas não é só isso. É preciso aceitar a oferta gratuita de DEUS. E mais uma coisinha, é preciso crer que essa oferta funciona, é suficiente e que realmente teremos a vida eterna por meio dela. A maioria das pessoas prefere algumas aparentes vantagens aqui na Terra mesmo a esperar por mais um tempo e ter a excelência celeste.

Mas porque não podemos ser considerados justos ao obedecermos a lei? Não há aí algo estranho? Não se pode nisso detectar alguma incoerência?

Veja bem, obedecendo a lei, que é aquilo que DEUS deseja que façamos, não nos justifica perante o trono celeste. Não lhe parece como algo sem sentido?

Vamos entender bem esse ponto, vital para a salvação. Lembra do caso do Lindenberg, que acabou matando a sua namorada, atingiu a outra moça, atirou contra os policiais e contra os jornalistas, e manteve pessoas presas em um apartamento? Coitado, é assim que penso, pois numa declaração sua, ele tinha um sonho: ter uma família, uma casa, um carro e ser feliz. Mas vivemos numa sociedade em que os princípios estão sendo destruídos, e muitos jovens estão se perdendo na capacidade de raciocínio ponderado sobre as coisas. Agora, todo atrapalhado da vida, esse rapaz tornou-se um criminoso.

Pois bem, vamos supor que ele se arrependa, e que desse momento em diante passe a ser um exemplo a todos de obediência às leis do pais, às leis de DEUS e a todos os bons princípios de vida. Ótimo isso, não é? Que bom se fosse assim. Mas procedendo dessa forma elogiável ele se livra de ser um criminoso? Ele pode portanto ser isentado de passar pelo julgamento, isto é, ser considerado justo, como se nada tivesse feito? Não, pelo fato de após obedecer exemplarmente não o isenta da condenação. Isso ele deveria ter feito antes de invadir o apartamento, ou seja, para não ser condenado jamais deveria ter descumprido as leis do país.

Mas como o Lindenberg poderia ser tornado justo? Vamos supor que em nosso país tivéssemos pena de morte. Esse possivelmente seria um caso para essa pena. Então, como o rapaz poderia ser salvo dessa pena? Só pela concordância do presidente da república. Assim funciona na justiça dos homens.

Porém, na justiça de DEUS tem algo mais que por aqui. DEUS enviou JESUS para ser julgado em lugar do Lindenberg. Portanto, se ele desejasse, perante DEUS poderia agora mesmo ser considerado justo, como se não tivesse pecado. E aí sim, se ele continuar obediente à lei de DEUS, não pecando outra vez, continua salvo, não retorna a ser pecador e carecer mais uma vez da graça celeste.

Como é que o Lindenberg foi considerado justo perante DEUS? É óbvio que ele não merecia isso. Foi porque um outro morreu no lugar dele. E ele teve que aceitar e crer que essa outra morte o pode libertar da morte eterna.

Dá para se perceber claramente que a isenção de culpa foi um presente, um imerecido presente? Desde quando quem faz algo como esse rapaz merece viver eternamente? Jamais! Mas DEUS que amam como ninguém, quer que ele viva eternamente, e providenciou a graça para esse fim. Se ele, ou todos nós, desejarmos, a provisão de justiça já existe, é só aceitar, crer e desejar mudar de vida com o poder do ESPÍRITO SANTO.

 

  1. Quarta-feira: Sacrifício expiatório

Conforme o texto bíblico de hoje (Rom. 3:25 e 26) DEUS deixou impunes os pecados anteriormente cometidos, por causa de Sua longanimidade. Ou seja, esses são os pecados cometidos antes de JESUS ser sacrificado na cruz. Todos os pecados cometidos antes do exato momento em que JESUS disse "Pai, em Tuas mãos entrego o Meu espírito" estavam aguardando por essas palavras. Ou seja, se JESUS não viesse morrer aqui na Terra, tais pecados nunca seriam perdoados.

E os pecados posteriores à cruz? Há uma significativa diferença. Quem pecou depois da cruz pode ter a certeza de que o seu pecado pode ser perdoado, ao passo que quem havia pecado antes da cruz tinha que esperar pelo sucesso do sacrifício de JESUS. Aqueles precisavam aguardar o desfecho da grande batalha entre o Filho de DEUS e o demônio. Caso o primeiro perdesse, estariam também perdidos. Mas hoje nós não temos mais essa preocupação, JESUS já foi vitorioso, só precisamos aceitá-Lo como nosso Salvador.

Pois bem, vamos estudar novamente sobre o sacrifício expiatório de JESUS. Para tanto faremos uma comparação, diria, uma parábola moderna. Voltemos ao caso do Lindenberg. É de dar dó a esse rapaz, ele é produto de uma sociedade moralmente falida. Enfim, ele tornou-se um criminoso. Ele será julgado pela justiça dos homens e pela justiça divina. E há uma grande diferença entre essas duas justiças. Vamos a elas, e assim entenderemos melhor o que é a expiação.

Em primeiro lugar, na justiça da Terra não há expiação. Ou seja, o que o defensor de Lindenberg vai tentar fazer é no mínimo suavizar a pena. E se puder culpar a polícia, se puder culpar a própria Eloá, ou alguém outro, mesmo que para isso tenha que mentir, ele o fará. Sabemos disso. Na justiça dos homens os advogados tem direito a mentir e de elaborar versões falsas. Cabe a polícia criar as provas de que a versão é realmente falsa. Mas esse é geralmente o caminho para tentar escapar de uma condenação, ou pelo menos de reduzir bastante a pena. É ou não é?

Portanto o defensor do Lindenberg nada faz para que ele se arrependa e assim se torna outra pessoa. Ele também nada faz em lugar do rapaz, para pagar a pena por ele. Nem conseguiria.

Aqui está o ponto importante da expiação. JESUS, que por nós morreu na cruz, fez alguma coisa decisiva, tanto para nos livrar da pena como para nos transformar em outras pessoas, de pecadores a seres perfeitos. Aí está a tal da expiação: uma providência para que de pecadores pudéssemos ser transformados em seres puros e sem pecado, não tendo nada a pagar. Afinal, de quê adiantaria sermos todos perdoados e continuarmos pecadores eternamente? Temos que ser purificados dos pecados e também sermos, depois de puros, transformados.

Voltemos ao caso do Lindenberg. Agora não mais considerando o advogado homem ou mulher, mas o advogado JESUS. Vamos supor que o rapaz se converta a DEUS, que ele tenha sido tocado pelo ESPÍRITO SANTO, que tenha dado abertura à Sua influência, por meio de uma Bíblia, ou por algum outro meio, e que se tenha entregue a JESUS. Então ele se arrepende de tudo o que fez. Ele não quer mais fazer outra vez, mas quer ser transformado em uma pessoa diferente, uma pessoa semelhante a JESUS, em um "não pecador". Nesse caso, o seu advogado celeste vai perante DEUS O Pai, e diz algo assim: "o Lindenberg pecou, mas ele se arrependeu e quer ser transformado, quer ser santificado. Eu morri por ele, paguei pelo que ele fez. Pai, portanto perdoa-o." E assim ele é perdoado, e será salvo para a vida eterna, não importa o que tenha feito.

Veja a atuação dos dois advogados e suas diferenças. O advogado terrestre tenta criar uma versão, mesmo que falsa, para buscar assim libertar o criminoso da condenação ao passo que o advogado celeste não age assim, Ele mesmo pagou a pena, e se o pecador aceitar esse pagamento, e se arrepender do que fez de modo que possa ser transformado em outra pessoa, estará livre da pena celeste, que é a morte eterna. A pena terrestre será no entanto cumprida, pois se trata de outra justiça e ele será encarcerado por alguns longos anos.

Veja bem o seguinte: no Céu, ser condenado ou ser salvo depende da pessoa. Logo, por mais que alguém tenha errado, ainda pode ter vida eterna, e isso depende do que ela decidir diante de duas opções que DEUS lhe oferece: vida ou morte.

E onde entra a expiação em tudo isso? É o seguinte: qualquer ser humano pode ser tornado absolutamente inocente, sem pecado, pelo fato de aceitar a morte de JESUS em seu lugar. Expiação é a condição que houve para tornar outra vez um pecador puro, inocente, sem pecado, embora tenha pecado anteriormente.

Já a justiça terrestre é apenas um trapo de imundícia porque só sabe condenar o transgressor (ou pecador), ou, para tentar libertá-lo, cria explicações falsas, procura incriminar outras pessoas, procura confundir, e assim por diante. A justiça da Terra não transforma o pecador em uma pessoa pura, ela o incentiva a pecar ainda mais. Ela não expia a transgressão, ela busca, ou condenar o transgressor ou torná-lo impune. É por isso que aqui na terra vamos de mal a pior.

 

  1. Quinta-feira: Demonstração do amor de DEUS

"Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.  Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.  Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele.  Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.  Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros" (I João 4:7-11).

Hoje temos uma lição que devemos aplicar em nossa vida real. Veja bem, Lúcifer questionou o amor de DEUS. Fez isso porque tinha segundas intenções, ou seja, queria ocupar o lugar de DEUS em seu trono. Queria ser semelhante ao altíssimo.

Mas DEUS surpreendeu até mesmo a Lúcifer e seus anjos, e a todo os demais seres criados, superando até mesmo as expectativas dos mais fiéis aliados d'Ele. JESUS veio à Terra sacrificar-Se em lugar dos seres caídos pela desobediência. Aí temos uma lição a aprender: DEUS ama infinitamente a JESUS, e vice-versa. Esse amor que Ele dedicava a JESUS também dedicou a todos nós. Como podemos saber que foi assim? Porque Ele entregou a JESUS para ser morto por nós. E o próprio JESUS Se entregou a nós. Portanto, O Pai nos ama tanto quanto JESUS. Essa demonstração satanás jamais contestou, nem poderá fazer isso. A derrota dele foi ao ver-se obrigado a presenciar o quanto DEUS nos ama, a mesma intensidade de quanto ama a JESUS, ou Se ama a Si mesmo, e não conseguir fazer com que JESUS nos odiasse, nem mesmo por um momento.

Temos que aprender algo desse estudo. Em I João 4:7 diz: "amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de DEUS..." Assim como DEUS Se ama, como Ele ama a JESUS, a ponto de entregar JESUS a nós, assim, na mesma intensidade Ele também nos ama. Pois bem, assim devemos nos amar uns aos outros.

Começa onde a prática do amor? No lar! Um marido precisa amar a sua esposa, e ela precisa amar o seu marido. Como se faz isto? Pelo cada vez mais intenso desejo de um fazer o outro feliz. É assim que se ama. Ou seja, procurando fazer a vontade do outro no que é recomendável, e ajudando o outro a se corrigir no que não é recomendável. Esse é o grande ensinamento da lição de hoje. De nada adianta vivermos em nossas igrejas se em casa não vivemos, se não somos infelizes, ou se já não temos mais esperança de sermos alegres, porque um membro de nosso lar não sabe amar.

Se acontece isso, devem reunir-se e orar juntos. Isso é o mínimo. Pois orar juntos, e um pelo outro, faz milagres. Nesse momento satanás não está lá, e sim DEUS, que estabeleceu o casamento. Depois de orarem juntos, devem então conversar sobre seu relacionamento. Ao menor sinal de tensão, interrompe imediatamente a conversa, e outra vez, orem juntos, sempre um pelo outro. Jamais se deveria avançar um minuto para além do primeiro instante de tensão. Ou seja, não se briga, não se dá lugar ao extravasamento da ira, não se dá oportunidade da tensão se tornar em uma sucessão de acusações, para assim matar o amor. DEUS sempre pode resolver tudo, mas, isso é óbvio, Ele precisa ser bem vindo nessas horas. Se as pessoas procurarem resolver seus problemas por si, sem DEUS, Ele de fato fica fora, e seja lá o que for. Se for um casal, um deles deve tomar a iniciativa de agir assim, e os dois devem ser humildes a se submeterem, não um ao outro, e ambos deve submeter-se a DEUS. Orar juntos, sempre um pelo outro, pedindo que DEUS mantenha a atmosfera em paz, faz grandes milagres e pode resolver qualquer problema. As coisas só pioram quando tentamos resolver sem DEUS. Aí a única certeza que podemos ter é que tudo dará errado mesmo.

Uma informação boa. Aquele casal que supera uma má relação com DEUS aprende a vencer o mal. Esse casal tem a oportunidade de, a partir dessa experiência, viver em mais íntima comunhão com DEUS e sentirá uma paz e uma alegria como talvez nunca tenha experimentado. Vai ser uma experiência fantástica, e ainda por cima, serão salvos para a vida eterna.

 

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:

Façamos algumas reflexões sobre reconciliação. Esse é o alvo de todo o sistema de restauração do ser humano. A reconciliação é o restabelecimento da plena harmonia entre a humanidade e a divindade. É isso que DEUS deseja para todos. Não será assim com todos como DEUS deseja porque da parte dos seres humanos muitos preferirão manter-se ligados aos rudimentos desse mundo.

Ora, que coisa estranha e contraditória. Os mais humildes desse mundo são mais sábios que os academicamente mais capacitados e economicamente mais bem sucedidos. Estamos cada vez mais vivendo o estilo pós-moderno. Ele envolve uma forte atração por um sistema de vida que se caracteriza pelos costumes e consumismo centrado em si mesmo, mas ditado por forças que determinam os modismos da sociedade atual. As pessoas pós-modernas vêem-se como o centro das atenções. Elas preferem os atrativos do mundo. Não conseguem facilmente olhar um pouco mais adiante para visualizar as maravilhas futuras já que isso implica em abrir mão dos atrativos presentes.

Por sua vez, os mais humildes, e menos dotados em bens, tem mais facilidade em renunciar ao pouco que poderiam obter para si nesse mundo. Elas, portanto, estão em uma situação mais favorável para atender ao chamado de reconciliação de JESUS. Então é o seguinte: uns querem tudo de bom e obter o máximo proveito aqui na Terra e também alcançar a vida eterna. Pensam assim porque se vêem o centro das atenções. É um tipo de pensamento equivocado. Outros, renunciam o mundo, inclusive abrem mão daquilo que poderia abrir portas para serem tentados a continuar buscando mais atrativos do mundo. Esses posicionam-se de modo mais favorável para uma total reconciliação com o Criador.

A questão aqui é de sabedoria, não de esperteza. Os sábios submetem-se a restrições agora, no presente tempo, levando uma vida mais simples e humilde aqui, sabendo que assim estarão se colocando mais próximos de JESUS. E a vida desses, já aqui na Terra, torna-se em algo que só eles sentem e entendem: o prazer de sonhar e viver sentindo DEUS a seu lado. Não há atrativo terrestre que possa superar essa sensação, podem crer. Mas, enfim, cada um faz a sua escolha pessoal e assim desenvolve a sua experiência de vida.

 

escrito entre:   19/10/2008 a 23/10/008 - corrigido em   23/10/2008

 

Declaração do professor Sikberto R. Marks

O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

 

FONTE: www.cristovoltara.com.br