sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Lição 7 - Expiação em símbolos – II - Lição da Escola Sabatina - Casa Publicadora Brasileira

Lição 7
8 a 15 de novembro

Expiação em símbolos – II

Lição 742008


Sábado à tarde

Ano Bíblico: At 7–9


Verso para Memorizar: "Entremos na Sua morada, adoremos ante o estrado de Seus pés" (Salmo 132:7).

Leituras da semana: Lv 16; Nm 18:1-8; Sl 28:2; 132:7; 138:2

Pensamento-chave: Examinar a obra de expiação de Cristo, revelado particularmente no serviço do santuário no Dia da Expiação.
Uma vez por ano, o santuário israelita era purificado do pecado e das impurezas de Israel, transferidos para lá pelos sacrifícios diários. A cerimônia anual representava simbolicamente o tempo em que Deus, de Seu lugar de habitação celestial, poria fim ao problema do pecado e restabeleceria todo o Universo à sua harmonia original.
Nesta semana, estudaremos não só o significado simbólico do Dia da Expiação, mas também como o santuário israelita apontava para a habitação celestial de Deus, a sala do trono do Universo.
Vamos também discutir os sacerdotes do Antigo Testamento e como sua obra de mediação prefigurava a obra de Cristo como nosso mediador e intercessor no santuário celestial.

Domingo

Ano Bíblico: At 10–12

Santuário e expiação

1. Qual era o papel do santuário na experiência e na vida dos israelitas? Êx 25:8, 22; 29:42, 43; Sl 28:2; 132:7; 138:2
O sistema israelita de sacrifícios tinha seu centro e operação dentro do santuário, a habitação terrestre de Deus. Este era o centro da vida e da santidade em Israel. Dentro daquele espaço sem igual, Deus lidava com o problema do pecado. Ele ordenou aos israelitas que construíssem um altar no pátio do santuário, e era nesse altar que o sangue dos sacrifícios era colocado a fim de fazer expiação pelo povo (Lv 17:11). O sangue, como expressão tangível de vida, pertencia a Deus, e deveria ser devolvido a Ele lá, sobre o altar.
No plano de salvação, a vida do animal representava a vida do pecador arrependido, e Deus aceitava a morte do animal inocente em lugar da morte do pecador. O altar era símbolo da presença de Deus (Sl 43:4) e, ao aceitar o sacrifício, Deus estava assumindo a responsabilidade pelo pecado da pessoa. Em outras palavras, o Senhor estava dizendo aos israelitas: "Se vocês pecaram e querem se livrar desse poder escravizante, tragam-no a Mim, ao Meu lugar de habitação, e Eu cuidarei dele. Tragam-no a Mim!" Os israelitas deixavam o santuário abençoados pelo Senhor e justificados por Sua graça (Sl 24:3-5; 118:26).
Tudo isso simbolizava a obra de Jesus, nosso Sumo Sacerdote real. O santuário celestial é a habitação de Deus dentro do cosmos, e o lugar do qual Ele governa como Rei do Universo; também é o lugar em que o problema do pecado está sendo resolvido. A cruz foi o altar em que o sacrifício foi oferecido por nós. Hoje, Deus nos diz: "Se você quiser se livrar e ser perdoado do pecado, venha ao altar de sacrifícios, onde Meu Filho pagou a penalidade dos seus pecados!"

Segunda

Ano Bíblico: At 13–15

Trabalho sacerdotal e expiação

2. Por que era necessário ter um sacerdócio operando no templo? Nm 18:1-8
O papel fundamental dos sacerdotes era ser mediadores entre Deus e o povo. Os sacerdotes representavam Deus diante do povo em seu ministério de ensino (Dt 33:10). Muito relacionado com esse papel estava o dever sacerdotal de esclarecer a vontade de Deus aos que buscavam a direção divina (Nm 27:21). Os sacerdotes também agiam como juízes no santuário. De fato, o mais elevado tribunal da terra funcionava no santuário central (Dt 17:8-13; 21:5). Eles eram especialmente responsáveis por abençoar o povo (Dt 10:8; 21:5) e representavam o povo diante de Deus. Em seu papel representativo, eles levavam consigo o povo à presença do Senhor (Êx 28:9-12, 29).
Seu papel como mediadores era particularmente visível durante o serviço diário. Eles estavam a cargo do altar das ofertas queimadas e deviam manter aceso sobre ele o fogo sagrado, removendo as cinzas e renovando a lenha (Lv 6:10-13). Eles colocavam sobre aquele altar uma oferta queimada pela manhã e outra à noite (Nm 28:3-8). Durante os serviços diários, o sumo sacerdote entrava no lugar santo para espevitar o castiçal e queimar incenso diante do Senhor (Êx 30:7, 8). Também, sempre que um israelita levava um sacrifício, os sacerdotes o sacrificavam em seu favor para fazer expiação pelo pecador (Lv 1:5-9; 4:25, 26, 34,35).
O papel de mediação do sacerdote atendia a pelo menos três propósitos principais. Primeiro, sugeria que, apesar da distância fundamental entre Deus e os seres humanos, havia um caminho para cobrir esse espaço. Segundo, revelava o desejo de Deus de estar com Seu povo. Era uma manifestação do amor de Deus, buscando uma forma de Se tornar acessível a eles, apesar de seu pecado. Terceiro, sob a perspectiva dos israelitas, o sacerdócio lhes dava acesso ao Santo de Israel e a oportunidade de serem purificados do pecado e da impureza. Os mediadores sacerdotais estavam sempre disponíveis a fim de tornar possível ao povo aproximar-se de Deus e encontrar graça e misericórdia.
Todo o sistema, evidentemente, apontava para o grande Mediador entre Deus e os seres humanos, o Servo do Senhor, Jesus Cristo.
Pela obra de Cristo, nós somos parte do "sacerdócio real" (1Pe 2:9). Qual é seu papel nesse sacerdócio? Como você pode agir como "sacerdote" para outras pessoas?

Terça

Ano Bíblico: At 16–18

Dia da Expiação: I

O ritual do Dia da Expiação ilustrava a solução final do problema do pecado, a consumação da salvação, experimentada nos serviços diários. Todo o tabernáculo devia ser purificado, os lugares Santo e Santíssimo. Eles precisavam ser purificados por causa "das impurezas dos filhos de Israel, e das suas transgressões, e de todos os seus pecados" (Lv 16:16). Esses pecados haviam sido transferidos para a habitação divina pelos sacrifícios levados pelos pecadores arrependidos. Durante o Dia da Expiação, o tabernáculo era restaurado à sua original pureza e santidade imaculada. Naquele dia, uma vez ao ano, havia um fragmento de espaço que, como no Jardim do Éden, estava livre da presença do pecado e da impureza. Essa "volta" ao Éden, celebrada no fim do ano, fornecia um novo início ao povo de Israel. Ele apontava para um novo início de proporções cósmicas (compare Dn 8:14).
3. Leia Levítico 16:16, 17, 21, 30, 33, 34. Que ênfase específica você encontra nesses versos? Os pecados de quem estavam sendo expiados naquele dia, em contraste com o ritual diário (Lv 1:1-4)?
Os textos indicam a natureza abrangente da purificação, porque o ritual estava lidando com todos os pecados de todo o povo. Era um ato corporativo, lidando com Israel como um todo. Essa era a disposição final que Deus dava ao problema do pecado em Israel para aquele ano, e prefigurava a disposição final do pecado no tempo do fim (Hb 9:28).
4. O que Deus esperava de Seu povo naquele dia? Lv 23:26-31
Por mais que o Dia da Expiação fosse um evento corporativo, envolvendo toda a nação, cada indivíduo tinha um papel a desempenhar em dar-se completamente ao Senhor. Aquele que não fosse achado descansando no Senhor e se humilhando diante dEle seria "eliminado do seu povo" (Lv 23:29, NVI). Embora pareça uma sentença severa, a lição é enfatizar a solenidade da obra de salvação. Entre outras coisas, a passagem está promovendo a perseverança na caminhada do crente com o Senhor.

Em certo sentido, como devemos nos "afligir" diariamente? O que significa isso? Veja Mt 16:24, 25; Rm 6:1-13; Hb 12:4


Quarta

Ano Bíblico: At 19–21

Dia da Expiação: II

5. Como era tratado o bode vivo no Dia da Expiação? Que destino se dava a esse animal, em comparação com todos os outros usados no serviço do santuário? Lv 16:20-22
O "bode vivo" (Hb azazel) não era um meio de expiação, mas um veículo pelo qual o pecado e as impurezas eram levadas ao deserto. Como sabemos isso?
Primeiro, a transferência do pecado e da impureza para esse animal acontecia depois que o sumo sacerdote terminava o trabalho da expiação no santuário. Segundo, o bode não era oferecido como sacrifício; não era sacrificado, e nenhum sangue havia disponível para expiação. Terceiro, embora ele "levasse" os pecados do povo, isso não significava que os levasse vicariamente, no sentido de um substituto, como Jesus. Neste caso, o contexto mostra que o verbo significa "levar" para outro lugar, isto é, para "o deserto" (Lv 16:22). Quando o mesmo verbo é usado para descrever a obra do Servo do Senhor, o verbo está sozinho: "levou sobre Si o pecado de muitos" (Is 53:12). Ele não os está levando para qualquer lugar, mas assumindo Ele mesmo a responsabilidade por eles e, mediante aquele ato, nos perdoando. É isso que é expiação, e não é isso que o bode vivo faz.
Ao contrário, a cerimônia do bode vivo era um rito de eliminação; em outras palavras, o bode vivo era um meio de eliminar ou remover do acampamento de Israel algo que não devia estar lá – o pecado e a impureza.
Durante o Dia da Expiação, havia uma confrontação entre o Senhor e outro poder. O bode para o Senhor representava Deus; o bode para Azazel representava o poder adversário, um demônio, a fonte original do pecado e da impureza. Enviando os pecados do povo para Azazel, através do bode, esse poder estava sendo apontado como o originador do pecado. Deus aceitava o pecado e impureza de Seu povo a fim de expiar e perdoar seus pecados, mas isso não significava que Ele era o originador do mal. O Dia da Expiação anunciava em símbolos a vitória final da santidade e pureza sobre as forças do pecado, da impureza e do mal. Antecipava o momento em que as acusações levantadas por Lúcifer no Céu serão resolvidas de uma vez por todas, e Lúcifer terá que assumir a responsabilidade por haver originado o pecado. Por esse ritual, Deus estava infundindo esperança em Seu povo, apontando para um futuro em que, pelo poder de Cristo, uma nova criação virá à existência, livre da morte e da dor, livre do poder do pecado (Ap 21:3, 4).

Quinta

Ano Bíblico: At 22 e 23

Expiação: o que é?

6. Que idéias estão associadas com o verbo "fazer expiação" nas passagens seguintes? Lv 4:31; 16:18, 19, 30; 17:11
Em Levítico, embora os sacerdotes oficiassem nas cerimônias de expiação como mediadores, não eram eles que expiavam o pecado. Depois que a cerimônia era executada, Deus concedia o perdão (Lv 4:26; a forma passiva do verbo implica que é Deus quem perdoa). Expiação é algo que Deus executa por Seu povo. É Ele quem faz "expiação pela terra do Seu povo" (Dt 32:43; veja também Sl 65:3; 79:9). Pela expiação, Deus permite que Seu amor flua para os pecadores.
O verbo hebraico traduzido como "fazer expiação" em Levítico (Heb. kipper) expressa a idéia de enxugar ou remover. A expiação é feita pelo tabernáculo, pelo altar, pelos chifres do altar, significando que são purificados, limpos da corrupção do pecado e da impureza. A implicação é que pela expiação, eles são restaurados à condição original, livres de corrupção. Quando esse verbo é aplicado a pecadores arrependidos, retém a idéia de purificar do pecado ou da impureza.
A purificação tem lugar pelo sangue de um animal sacrificado, e a expiação também pode expressar a idéia de resgate. O livramento de uma pessoa do pecado é feito às custas do sangue/vida da vítima sacrificada (Lv 17:11). Ela era oferecida em lugar do pecador, substituindo-o, e então, ele resgatava a vida da pessoa (veja Mt 20:28; 1Tm 2:6).
O verbo "fazer expiação" também é empregado em Levítico em diversas cerimônias, tornando impossível concluir se se refere a um único ato. Isto é, a expiação era um processo, e não algo que acontecia em um ponto único do tempo. Toda a atividade do santuário ao longo do ano era entendida como expiação; desde os sacrifícios diários (Lv 5:10) até o Dia da Expiação (Lv 16:34), e todas as cerimônias entre eles. Em outras palavras, a expiação era a totalidade da ação purificadora de Deus por Israel durante todo o ano, inclusive no ato sacrifical, a mediação do sacerdote e a disposição final do pecado e da impureza durante o Dia da Expiação. Assim, era tipificada a natureza inclusiva do trabalho de expiação que Cristo está fazendo por nós.
Só Deus poderia expiar o pecado, e foi necessária a vida de Cristo para fazer isso. O que a malignidade do pecado significa para nós? Então, por que não detestamos mais o pecado? Como a prática do pecado enfraquece nossa aversão a ele?

Sexta

Ano Bíblico: At 24–26

Estudo adicional

"Visto que Satanás é o originador do pecado, o instigador direto de todos os pecados que ocasionaram a morte do Filho de Deus, exige a justiça que Satanás sofra a punição final. A obra de Cristo para a redenção dos homens e purificação do Universo da contaminação do pecado, será encerrada pela remoção dos pecados do santuário celestial e sua deposição sobre Satanás, que cumprirá a pena final. Assim no cerimonial típico, o ciclo anual do ministério se encerrava com a purificação do santuário e confissão dos pecados sobre a cabeça do bode emissário" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 358).
"O sangue e a vida são associados como pares léxicos e, assim, entendidos como possuindo significado paralelo no... hebraico. Por causa dessa íntima associação, o sangue é considerado a fonte da vida, e porque o sangue representa vida (Gn 9:4; Dt 12:23), pode expiar por toda a vida. Visto que a vida de uma criatura está no sangue, o sangue faz expiação pela vida da pessoa. Uma vida é sacrificada em favor da outra. O derramamento do sangue substituinte no altar faz expiação, visto que o sangue da vítima inocente foi dado pela vida da pessoa que pecou" (Mark F. Rooker, The New American Commentary: Leviticus, v. 3A, p. 236).
Perguntas para consideração
  1. Recapitule o processo de expiação e purificação no santuário terrestre e então compare-o com a realidade, em que Cristo destrói nosso pecado sem nos destruir, também.
  2. Muitos acham difícil entender por que animais inocentes tinham que morrer a fim de ensinar uma lição sobre o pecado. Qual é a lição importante dessas mortes para nós? O que deve nos dizer sobre a natureza do pecado?
  3. Durante toda a semana, falamos sobre "purificar" do pecado. O que significa isso em nível prático; isto é, na vida de alguém que reivindica o sangue de Cristo? (1Jo 1:7). Que significa ser limpo do pecado?
Respostas sugestivas
Pergunta 1: Representar a habitação de Deus entre Seu povo.
Pergunta 2: Os sacerdotes serviam de mediadores entre Deus e o povo.
Pergunta 3: No Dia da Expiação, os pecados de todo o povo, simbolicamente acumulados no santuário, eram expiados.
Pergunta 4: Deveria ser um dia sagrado de exame de consciência e confissão de pecados.
Pergunta 5: Os pecados de todo o povo eram confessados sobre a cabeça do bode emissário, que então era levado ao deserto para perecer.
Pergunta 6: A expiação não era algo feito por homens, mas por Deus.



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