28 de fevereiro a 7 de março |
A mensagem dos profetas |
Sábado à tarde | Ano Bíblico: Dt 11–13 |
VERSO PARA MEMORIZAR: "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes" (1 Timóteo 4:16). |
Leituras da semana: Êx 20:1-17; Lv 16; Mt 24:24-31; Rm 3:21-28; Hb 8:1, 2; 9:23
A estrutura doutrinária da Igreja Adventista do Sétimo Dia foi criada em sua maioria por um pequeno e dedicado grupo de pioneiros adventistas. Suas reuniões foram caracterizadas por intenso estudo da Bíblia e oração. Escrevendo em 1904, mais de meio século depois dos eventos, Ellen G. White ainda tinha vívidas lembranças dessas reuniões. "Muitas vezes, ficávamos reunidos até alta noite, e às vezes a noite toda, pedindo luz e estudando a Palavra" (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 206). Às vezes, quando não podiam ir além, Ellen White trazia respostas que lhe eram dadas em visão, embora ela nunca houvesse desencadeado nenhuma formulação doutrinária. As visões não eram dadas para tomar o lugar da fé, iniciativa, trabalho árduo ou estudo da Bíblia. O ponto importante a lembrar é que as doutrinas de nossa igreja são baseadas somente na Bíblia.
Prévia da semana: Por que precisamos guardar os mandamentos quando somos salvos pela graça? O que é a purificação do santuário celestial? Em que sentido o mandamento do sábado é diferente dos outros mandamentos? O que acontece na morte, e por que é importante o conhecimento do estado dos mortos? O que a Bíblia ensina sobre a maneira da segunda vinda de Cristo?
Ano Bíblico: Dt 14–17 |
Justiça pela fé
1. Qual é a sorte comum de todos os homens, e por quê? Qual é a única solução para a situação em que nos achamos? 1Rs 8:46; Rm 3:21-28; 5:12
O pecado é o maior problema que enfrentamos. Os egípcios pensavam que a morte era o maior problema da humanidade e, consequentemente, desenvolveram a arte da mumificação e construíram pirâmides enormes para preservar as múmias. Os filósofos gregos pensavam que a ignorância era o maior inimigo da verdadeira felicidade, e então, enfatizavam a educação. Mas o maior problema da humanidade é o pecado. Este destrói a felicidade e a paz mental. O pecado mata, e nenhum medicamento moderno pode curá-lo. Desde o momento em que nascemos, começamos a morrer. O único meio de cura é Jesus Cristo e a cruz. "Não há um ponto que necessite ser realçado com mais diligência, repetido com mais frequência ou estabelecido com mais firmeza na mente de todos, do que a impossibilidade de o homem caído merecer alguma coisa por suas próprias e melhores boas obras. A salvação é unicamente pela fé em Jesus Cristo" (Ellen G. White, Fé e Obras, p. 19).
De acordo com o poeta grego Homero, os navios que passavam pelo estreito de Messina corriam o perigo de chocar-se contra o rochedo Cila, de um lado, ou cair no redemoinho Caribdis, do outro. Os cristãos estão sempre em perigo de chocar-se contra o legalismo ou contra a graça barata. Os que temem que falar da certeza da salvação em Cristo leve à graça barata e à tolerância do comportamento pecaminoso destacam a importância da obediência. Os que temem que falar de obediência e vida cristã vitoriosa afaste a atenção de Cristo e leve ao legalismo enfatizam a parte de Deus na salvação.
O cristão equilibrado terá a certeza da salvação em Jesus e terá uma vida cristã vitoriosa ao mesmo tempo. As duas vão juntas como os dois lados de uma moeda. Aqueles que Deus justifica, Ele também santifica. Não podemos ter uma coisa sem a outra. Somos salvos somente pela fé, mas a fé que salva não está só; as boas obras a seguem, embora essas boas obras, mesmo feitas sob a unção do Espírito Santo, nunca nos possam justificar diante de Deus. Nossa salvação está arraigada unicamente no que Jesus fez por nós.
Sua vida com Deus está desanimada? Não consegue as vitórias que desejaria ter? Que grande esperança você pode encontrar no fato de que é aceito somente pelo que Jesus fez por você e não por suas vitórias ou fracassos? Por que a esperança deve ajudá-lo a nunca desistir nas lutas contra o pecado e o eu? |
Ano Bíblico: Dt 18, 20 |
O santuário
2. Quais eram os serviços do santuário do Antigo Testamento, e como ilustram o plano da salvação? Hb 9:1-8
Com o serviço do santuário, Deus ofereceu uma demonstração visual que habilitava o pecador a entender o grande plano de salvação. Confissão, sacrifício, perdão, fé, reconciliação, santidade, tudo ilustrado nos serviços diário e anual do santuário terrestre.
3. Em que consiste o ministério de Jesus no santuário celestial? Hb 8:1, 2. Por que o santuário precisa ser purificado? Hb 9:23
No Antigo Testamento, o pecador obtinha o perdão pela fé no sangue reconciliador do descendente prometido (Gn 3:15), que era prefigurado no sacrifício animal do serviço do santuário. E assim como no serviço terrestre havia um Dia da Expiação, um dia de juízo, no encerramento do ano em que o santuário era purificado, assim também, no serviço do santuário celestial existe um dia de juízo anterior à segunda vinda de Cristo.
O juízo pré-advento revela ao Universo que aqueles que professaram Cristo são realmente Seus seguidores. Por assim dizer, Deus abre os livros do Céu para que todo o Universo veja que em cada caso Sua decisão é justa. Neste sentido, esse juízo explicita a justiça de Deus em salvar os que creem em Jesus (Rm 3:4).
Ano Bíblico: Dt 21–23 |
O sábado
O sábado e o casamento são as únicas instituições terrestres que nos vêm desde antes de o pecado entrar no mundo. Consequentemente, às vezes, elas são chamadas as irmãs gêmeas do Paraíso. Quando você olha para nosso mundo hoje, percebe quanto Satanás se esforçou para as deformar e tornar impuras.
4. Em que sentido o quarto mandamento é diferente dos outros? Êx 20:1-17
O quarto mandamento é, de certo modo, um mandamento de prova. Ele põe em teste a espiritualidade humana. Por lidar com o tempo, que é invisível, em lugar de objetos tangíveis, é bem apto para medir a atitude da humanidade em relação a Deus. Nossa maneira de nos sentir com relação ao sábado indica como nos sentimos em relação a Deus. É o único mandamento que uma pessoa pode transgredir e ainda ser completamente aceita como boa pessoa em qualquer sociedade cristã conservadora.
Em certo sentido, o sábado é arbitrário. Por que o sétimo dia de preferência a algum outro? É porque Deus disse isso, e só por isso. Existe muita lógica óbvia e aparente em não roubar, não matar, não cobiçar, e assim por diante. Você não tem que ser cristão para seguir esses preceitos; muitos não-cristãos fazem assim.
Mas obedecer o sábado, que não está arraigado em quaisquer fenômenos naturais, é revelar uma vontade de obedecer simplesmente porque Deus nos diz que devemos fazer isso. A guarda do sábado é um ato de fé; guardamos o sábado não porque seja socialmente aceitável, não porque seja popular, não porque se encaixe em algum ciclo natural. Não, guardamos o sábado porque Deus nos ordena e, como cristãos do Novo Testamento salvos pela graça, revelamos nossa fé pela obediência aos mandamentos de Deus (Tg 2:10, 11; 1Jo 5:2, 3; Ap 14:12).
De fato, descansando no sábado, estamos revelando ao mundo que todo esse discurso de descansar em Cristo não é só da boca para fora. Como guardadores do sábado, verdadeiramente descansamos na obra de salvação que Cristo fez por nós, não apenas diariamente, mas também de modo especial cada semana, e revelamos a plenitude de nossa certeza em Cristo descansando no sábado (veja Hb 4:1-11). A guarda do sábado é uma expressão exterior de nosso descanso em Cristo.
Embora, de certo modo, o sábado seja arbitrário, quais são os benefícios tangíveis e práticos que obtemos de santificar o sábado, como Deus ordenou? O que você pode fazer para apreciar melhor os benefícios da guarda do sábado? |
Ano Bíblico: Dt 24–25 |
O estado dos mortos
5. O que os textos bíblicos seguintes nos dizem sobre a condição da humanidade na morte? Sl 146:4; Ec 9:5, 6; Jo 11:11-14; At 2:34
A inspiração ensina que só Deus é imortal (1Tm 6:16) e que, sem Deus, os seres humanos estão sujeitos à morte. Jesus ensinou que a morte é um sono que termina em uma de duas ressurreições – uma ressurreição da vida e outra ressurreição da condenação (Jo 5:28, 29). William Temple, arcebispo de Cantuária, reconheceu isso quando escreveu: "O homem não é imortal nem por natureza nem por direito; mas é capaz de receber a imortalidade, e a imortalidade lhe é oferecida pela ressurreição e a vida eterna, se ele a receber de Deus e nos termos de Deus" (Nature, Man, and God, p. 472).
6. Como devemos entender textos como Mateus 25:46 e Apocalipse 14:9-11? Eles ensinam o tormento eterno no inferno?
A noção da imortalidade humana existe em todas as religiões primitivas, animistas e politeístas. Também era um conceito importante na filosofia grega, que concebia o hades (o mundo dos mortos) como um mundo fantasmagórico, obscuro e subterrâneo em que a alma vivia uma existência sombria. Os gregos consideravam que o ser humano era composto de corpo e alma. Na morte, corpo e alma são separados, libertando-se a alma da prisão do corpo para uma existência independente.
Em Mateus 25 e Apocalipse 14, as palavras traduzidas por "eterno" e "séculos dos séculos" não significavam necessariamente sem fim. As palavras gregas aion e aionios expressam duração enquanto a natureza do objeto permite. Por exemplo, em Judas 7 nos é dito que as cidades de Sodoma e Gomorra estão sofrendo o fogo do castigo eterno (aionios). Mas 2 Pedro 2:6 diz que elas foram reduzidas a cinzas. Quando o objeto das palavras "eterno" ou "para sempre" é a vida dos remidos que receberam imortalidade, a palavra significa um tempo sem fim. Quando se refere ao castigo dos ímpios, que não recebem a imortalidade, a palavra tem o significado de um período limitado de tempo.
Desde os pregadores populares até os filmes populares, o mundo está inundado de espiritualismo (a ideia de que os mortos vivem agora em outra existência). Como nossa compreensão do estado dos mortos nos dá proteção poderosa contra esse engano terrível? |
Ano Bíblico: Dt 26–28 |
A segunda vinda
Desde o início da década de 1970, o livro A Agonia do Grande Planeta Terra, de Hal Lindsey, vendeu mais de quinze milhões de cópias. Mais recentemente, a série Deixados Para Trás, de Tim LaHaye e Jerry B. Jenkins, também vendeu milhões. Estes fatos indicam que existe uma consciência geral entre muitos cristãos de que estamos vivendo no tempo do fim.
A palavra adventista no nome de nossa igreja significa que cremos na segunda vinda de Cristo a tal ponto que faz parte de nossa identidade. Mas nossa compreensão da segunda vinda é muito diferente da defendida na série Deixados Para Trás por Hal Lindsey.
7. O que a Bíblia ensina sobre a forma da vinda de Cristo, e por que é de importância vital conhecer esse assunto? De que enganos Jesus nos advertiu com respeito à maneira de Sua vinda? Mt 24:5, 24-31; Ap 1:7
Introduzido primeiramente por John N. Darby no século 19, o conceito de que a vinda de Cristo consiste em duas fases capturou o pensamento de muitos protestantes hoje. A primeira fase supostamente envolve um arrebatamento secreto, em que todos os verdadeiros cristãos serão arrebatados com Cristo, e a segunda fase seria o aparecimento de Cristo, sete anos mais tarde, para governar a Terra por mil anos.
Os adventistas do sétimo dia não encontram apoio bíblico para dividir o segundo advento em um arrebatamento e um aparecimento. De acordo com o Novo Testamento, a volta de Jesus será um evento indivisível, único, literal, audível e visível (1Ts 4:16, 17; Ap 19:11-21). E, igualmente importante, Jesus nos advertiu contra falsas interpretações sobre a maneira de Sua vinda. Obviamente, Jesus sabia que o engano seria excessivo (Mt 24:24), e por isso a Palavra de Deus é tão clara sobre a maneira de Sua vinda.
Embora o transcurso de cada dia nos leve um dia mais perto da volta de Cristo, o transcurso de cada dia também faz Seu retorno parecer cada vez mais distante. Como podemos encontrar o equilíbrio entre viver na expectativa do retorno de Cristo e embarcar simplesmente na rotina da vida? |
Ano Bíblico: Dt 29–31 |
Estudo adicional
Leia Ellen G. White, O Grande Conflito: p. 551-562: "Oferece o Espiritismo Alguma Esperança?" e p. 635-652: "O Livramento dos Justos".
Durante os primeiros anos, muitos de nossos pioneiros se tornaram desequilibrados na pregação da lei. Consequentemente, escreveu Ellen White em 1890: "Como um povo, pregamos a lei até que ficamos secos como as colinas de Gilboa, que não tinham orvalho nem chuva. Devemos pregar Cristo na lei" (Review and Herald, 11 de março de 1890). Na sessão da Conferência Geral de Minneápolis, em 1888, E.J. Waggoner e A.T. Jones fizeram isso. A ênfase de sua mensagem era "afirmar a verdade de que a única maneira de se obter a justiça é por meio de uma fé viva no Cordeiro de Deus, cujo sangue foi derramado na cruz do Calvário como propiciação pelos pecados do mundo. Ninguém pode entrar no reino de Deus sem ser vestido com vestes imaculadas da justiça de Cristo. Essas vestes não podem ser compradas com prata nem ouro nem obtidas por boas obras. Essa mensagem foi uma convocação para tornar Cristo e Sua justiça o centro de toda a nossa vida e nossa pregação. Ela colocou ênfase especial na justiça pela fé como uma experiência pessoal e real, em lugar de mera teoria" (A.V. Olson, Through Crisis to Victory 1888-1901, p. 35). Waggoner também ensinava que a obediência da humanidade nunca pode satisfazer à lei de Deus, que a justiça imputada de Cristo é a única base de nossa aceitação por Deus, e que precisamos constantemente da cobertura da justiça de Cristo, não só para nossos pecados passados. Ellen White apoiou Waggoner fortemente. Ela chamou suas apresentações de "mensagem preciosa" (Testemunhos Para Ministros, p. 91).
Perguntas para consideração
Pense na ideia de que a guarda do sábado é uma expressão do descanso que temos em Cristo, de que nossa salvação está baseada em Suas obras por nós, não nas nossas próprias obras. Como essa compreensão nos ajuda a responder à acusação espúria de que, guardando o sábado, estamos negando o evangelho da graça de Deus?
Respostas sugestivas:
Pergunta 1: Todos pecaram e estão condenados à morte. A única solução é a salvação encontrada em Jesus Cristo.
Pergunta 2: Havia os serviços diários, centralizados no sacrifício de animais, e o serviço anual, no Dia da Expiação.
Pergunta 3: A purificação do santuário celestial. Porque ali estão os registros dos nossos pecados.
Pergunta 4: Ordena o descanso e celebra a criação do mundo por Deus em seis dias.
Pergunta 5: Os mortos se encontram em estado inconsciente até a ressurreição.
Pergunta 6: O castigo é eterno em seus efeitos. As Escrituras são claras em afirmar que a vida após a morte só virá mediante a ressurreição.
Pergunta 7: Cristo virá de forma visível a todos. Muitos enganos estão associados a falsas visões a respeito da vinda de Cristo.