domingo, 22 de março de 2009

Lição 13 - Confiança no dom profético - Lição da Escola Sabatina - Casa Publicadora Brasileira

Lição 13
21 a 28 de março

Confiança no dom profético

Lição 1312009


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Jz 20, 21


VERSO PARA MEMORIZAR: "Pôs-se Josafá em pé e disse: Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de Jerusalém! Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos Seus profetas e prosperareis" (2 Crônicas 20:20).

Leituras da semana: Sl 41:9; Is 53:4-6; Mt 23:28-31; Jo 5:39; At 10:9-16, 44-48; 17:11

Algumas pessoas estavam interessadas em se unir à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Haviam chegado a aceitar os ensinos da igreja pelo estudo da Bíblia, mas tinham perguntas sobre Ellen White. Afinal, com tantos falsos profetas e falsos mestres, eles queriam ser cuidadosos. Conhecendo e entendendo suas preocupações, o pastor lhes disse: "Isso é algo que vocês precisam concluir por conta própria, por uma convicção pessoal do Espírito Santo. Tomem tempo para ler seus escritos. Algumas coisas vão repercutir clara e imediatamente em vocês; sobre outras coisas, vocês podem ter perguntas. Mas leiam os livros vocês mesmos e então, cheguem à sua conclusão sobre eles. No fim, os escritos dela são realmente as melhores e maiores testemunhas a respeito de sua origem."

Prévia da semana: Por que a Bíblia deve ser nossa autoridade final com respeito às doutrinas? Qual é a importância do estudo da Bíblia em nossa vida hoje? O que acontece quando as pessoas ignoram a palavra profética? Que papel os milagres devem ter em estabelecer nossa fé? Por que as pessoas costumam se rebelar contra o dom profético?


Domingo

Ano Bíblico: Rute

Autoridade bíblica

1. Que paralelos você vê entre a experiência dos discípulos depois da crucifixão e os primeiros crentes do advento depois do grande desapontamento em 1844? Lc 24:13-27; At 10:9-16, 44-48

Os discípulos experimentaram seu grande desapontamento na crucifixão. Esperavam que Jesus redimisse Israel. Ao observá-Lo montar em um jumento em Jerusalém, cumprindo a profecia de Zacarias, eles ficaram certos de que Ele ia Se estabelecer como rei, expulsar os romanos e fundar o reino de Deus na Terra. Só depois de Sua morte, quando Ele lhes abriu o entendimento e eles puderam compreender as Escrituras" (Lc 24:45), foi que viram, pela primeira vez, que Ele viera com um propósito diferente. Em outras palavras, mesmo com todos aqueles anos em que Jesus esteve em seu meio, mesmo com Seu claro testemunho, eles cometiam enganos e ainda não entendiam o que as Escrituras ensinavam. Jesus lhes apontou a Bíblia, e declarou que nela eles deviam fundamentar suas convicções.

2. O que os discípulos esperavam, mesmo depois da ressurreição, mostrando que ainda mantinham ideias falsas sobre o significado de Sua vinda? At 1:6

Os primeiros crentes do advento também sofreram grande desapontamento por causa do engano de Guilherme Miller pensando que o santuário de Daniel 8:14 fosse a Terra. Assim como o estudo da Bíblia e as intervenções sobrenaturais de Deus ajudaram os discípulos a se desfazer de seus enganos, os primeiros crentes do advento também chegaram a uma nova compreensão da verdade do santuário pelo estudo das Escrituras e pela direção de Deus no ministério profético de Ellen White.

No fim, por mais útil que fosse o dom profético, nossos pioneiros estavam determinados a basear as doutrinas na Bíblia sem usar o dom profético como autoridade doutrinária.

Hoje também, a força e a certeza do que cremos como adventistas do sétimo dia devem estar baseadas unicamente na Palavra de Deus. Uma vez que estejamos certos de nossas doutrinas a partir da Bíblia, e trabalhamos sobre essa plataforma segura, podemos ter verdadeira confiança no dom profético.


Segunda

Ano Bíblico: 1Sm 1–3

Na Palavra

3. Por que os bereanos conferiam as declarações de Paulo, comparando-as com as Escrituras? Por que não confiavam cegamente nas palavras dele? At 17:11

Paulo pregou a Cristo a partir das Escrituras, mostrando que Ele era o Messias prometido. Por causa disso, os que o ouviram com mente aberta foram dirigidos a estudar as Escrituras para ver por si mesmos se essas coisas eram realmente assim. Em outras palavras, nem mesmo as palavras de Paulo eram suficientes. Elas tinham que ser confirmadas pela Bíblia.

4. O que os textos a seguir dizem sobre a importância do estudo das Escrituras? Pv 2:1-6; Is 34:16; Mt 4:4; Ap 1:3

Ellen White exaltava constantemente a Palavra de Deus e encorajava os membros da igreja a estudá-la. "Recomendo-lhe, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de fé e prática", ela escreveu em Primeiros Escritos (p. 78). Na introdução de O Grande Conflito ela escreveu: "Em Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário à salvação. As Santas Escrituras devem ser aceitas como autorizada e infalível revelação de Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa" (p. 9).

Por que os profetas, ao longo de toda a história, admoestaram o povo de Deus a ler e estudar a Palavra de Deus? A razão é simples: Deus "deu Sua Palavra aos homens como revelação de Si mesmo. Cada nova verdade que se divisa é uma nova revelação do caráter de seu Autor. O estudo das Escrituras é o meio divinamente ordenado para levar o homem a mais íntima comunhão com seu Criador e dar-lhe mais claro conhecimento de Sua vontade. É o meio de comunicação entre Deus e o homem" (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 69).

Os escritos de Ellen White nunca devem ser usados em lugar da Bíblia; ao contrário, ela passou a vida toda tentando levar os membros da igreja a ler a Bíblia e fazer dela a regra de fé para sua vida.

De que maneiras você pode obter mais de seu estudo da Bíblia? Como você pode tornar seu tempo com a Bíblia mais lucrativo do que é agora?


Terça

Ano Bíblico: 1Sm 4–6

Apontando para Jesus

5. Jesus disse: "Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim" (Jo 5:39). O que os textos do Antigo Testamento a seguir nos dizem sobre Jesus? Sl 16:9, 10; 41:9; Is 53:4-6; Mq 5:2

Jesus disse: "Abraão... alegrou-se por ver o Meu dia" (Jo 8:56), "Moisés... escreveu a meu respeito" (Jo 5:46), e "Davi [Me chamou] Senhor" (Mt 22:45). Ele começou Seu ministério na sinagoga em Nazaré com as palavras de Isaías: "O Espírito do Senhor Deus está sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados" (Is 61:1). Então, Jesus disse: "Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir" (Lc 4:21). Jesus sabia que o Antigo Testamento está repleto de referências a Ele. Ele era a figura central da esperança de Israel.

Os autores bíblicos, desde Moisés até o apóstolo João, dirigiram seus leitores àquele que viria primeiramente para salvar Seu povo de seus pecados (Mt 1:21) e pela segunda vez para livrá-los da presença do pecado (Ap 21:4).

Seguindo os passos dos profetas bíblicos, Ellen White apontou constantemente seu Salvador Jesus Cristo ao povo. "Qualquer que tenha sido sua vida passada, por mais desanimadoras que sejam suas circunstâncias presentes, se você for a Jesus exatamente como é, fraco, incapaz e em desespero, nosso compassivo Salvador irá grande distância ao seu encontro, e ao seu redor lançará os braços de amor e as vestes de Sua justiça" (O Maior Discurso de Cristo, p. 9). E ela aconselhou os ministros a fazer de Cristo o centro de tudo. "Introduza Cristo em cada sermão. Faça com que a preciosidade, a misericórdia e a glória de Jesus Cristo sejam contempladas até que Cristo, a esperança da glória, seja formado no homem interior" (Evangelismo, p. 186).

Ela enfatizou repetidamente que Jesus era muito real para ela. "Eu sei que meu Salvador me ama, e eu amo meu Jesus. Descanso em Seu amor, apesar de minhas imperfeições" (Manuscript Releases, v. 4, p. 245). Jesus era o centro de seu ministério. "O objetivo de todo o ministério", ela disse, "é conservar o eu fora de vistas, e deixar que Cristo apareça. A exaltação de Cristo é a grande verdade que todos os que trabalham por palavra e doutrina devem revelar" (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 155).

Esquecendo doutrina e teologia por um momento, pergunte a si mesmo: Até que ponto conheço Jesus? O que sua resposta lhe diz sobre você mesmo e sua vida espiritual? Que mudanças você precisa fazer?


Quarta

Ano Bíblico: 1Sm 7–10

O sangue dos profetas

"Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os túmulos dos justos e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas! Assim, contra vós mesmos, testificais que sois filhos dos que mataram os profetas" (Mt 23:28-31).

6. O que as palavras de Jesus dizem sobre a atitude que muitos tiveram para com os profetas? Que lição para nós mesmos podemos tirar dessas palavras?

Apesar de toda a evidência de integridade e validade do ministério de Ellen White, mesmo entre nós existem aqueles que, de certo modo, estão derramando "o sangue dos profetas". Entre nós, como no Israel antigo, existem aqueles que, de várias maneiras, sutis e às vezes nem tão sutis, estão trabalhando para destruir a confiança no ministério profético de Ellen White. Foi assim desde o início, e podemos estar certos de que também será assim até o fim.

As razões para essas atitudes variam (veja a lição de sexta-feira). Alguns elevaram seus escritos a um nível que é impróprio, e então, outros reagiram a isso, às vezes indo longe demais em resposta. Outros têm uma ideia falsa de como atua a inspiração, e porque seus escritos não se ajustam a essa compreensão, eles se rebelaram contra eles. Alguns falam, talvez, por ignorância; outros, talvez, por hostilidade mal-intencionada. Felizmente, não devemos julgar os motivos ou os corações. Simplesmente precisamos, como escreveu Pedro, "responder a todo aquele que [nos] pedir razão da esperança que há em [nós], fazendo-o, todavia, com mansidão e temor" (1Pe 3:15, 16). No fim, cada um de nós terá que fazer sua própria escolha a respeito das vozes que ouvimos e em que acreditamos.


Quinta

Ano Bíblico: 1Sm 11–13

O Dom e os milagres

"E a Sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-Lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos" (Mt 4:24).

Pense no ministério de Cristo quando Ele esteve entre nós. Vez após outra, Jesus operou milagre após milagre. Transformando água em vinho (Jo 2:1-11), alimentando os cinco mil (Mt 14:14-21), os doentes (Mt 4:24), ou ressuscitando os mortos (Jo 11:1-45), Jesus marcou Sua vida na Terra com milagres, testemunho poderoso de Seu poder divino.

7. A que autoridade Jesus recorreu para persuadir que Ele era, realmente, o Messias? Por que essa resposta é tão importante para nós, particularmente no contexto do dom profético? Lc 24:13-27

Apesar de todas as coisas miraculosas que Cristo fez enquanto esteve aqui, Ele apontou aos dois discípulos a Palavra de Deus, e só a partir da Bíblia Ele trabalhou para lhes ensinar a verdade sobre Sua morte e ressurreição e sobre o que tudo isso significava.

Esta lição não deve ser esquecida. Ao longo dos anos, houve numerosas histórias de eventos miraculosos em que o Senhor trabalhou pelo ministério de Ellen White. Algumas dessas histórias são mais facilmente conferidas que outras. De toda maneira, no fim, nossa convicção na manifestação do dom não deve repousar nas histórias de milagres e coisas assim. Embora possam ter seu lugar, a maior prova deve sempre ser a Palavra de Deus e como o dom se harmoniza com a Bíblia. Os milagres são bons, mas dificilmente representam a prova final e nada significam se os ensinos não forem bíblicos.

Como acontece com a inspiração da Bíblia, permanecem questões sobre a manifestação do dom profético na vida de Ellen White. Mas o dom fala por si mesmo e dá o melhor testemunho a respeito de si próprio. Existe pouco que nós, ou as histórias de milagres, possamos ou devamos acrescentar. Evidência mais que suficiente nos é dada para tomar uma decisão bem-fundamentada a respeito do dom, não importando as perguntas sem respostas que nós, que "vemos como em espelho, obscuramente" (1Co 13:12) ainda possamos ter.


Sexta

Ano Bíblico: 1Sm 14–16

Estudo adicional

Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 40-48: "Atitudes Para com os Testemunhos".

A oposição ou indiferença para com os escritos de Ellen G. White normalmente são resultado de: (1) deixar de ler o suficiente de seus escritos para reconhecer e entender suas instruções globais e bem equilibradas; (2) deixar de entender a relação apropriada de seus escritos para com as Escrituras; (3) deixar de reconhecer a verdadeira natureza da inspiração divina; (4) deixar de reconhecer o princípio de tempo e lugar com relação ao conselho que ela deu; (5) deixar de reconhecer que seus conselhos são relevantes ainda hoje; (6) deixar de reconhecer que embora haja evidência suficiente para convencer o honesto de coração, o Senhor não remove as oportunidades para dúvida; (7) resistência a fazer o sacrifício pessoal de algum hábito ou prática acariciada que esteja em desarmonia com os conselhos dados nos escritos de Ellen G. White.

A maior parte da oposição ao Espírito de Profecia desapareceria: (1) se as pessoas deixassem de usar alguma sentença ou parágrafo predileto como arma para agredir os outros; (2) se todos aplicassem os conselhos para si mesmos em vez de tentar aplicá-los aos outros; (3) se não a citássemos sem conhecer onde a citação se encontra (existem muitas declarações apócrifas); (4) se não discutíssemos algo que ela escreveu sem ter estudado tudo o que ela escreveu sobre um assunto em particular (o conhecimento parcial pode ser mais perigoso que nenhum conhecimento); (5) se reconhecêssemos que a falha das pessoas em seguir ou viver à altura dos conselhos que Ellen White deu não tem nada que ver com a confiabilidade das visões e instruções (Baseado em Denton E. Rebok, Crede em Seus Profetas (Ed. 1993), p. 266-268).

Respostas Sugestivas:

Pergunta 1: Nos dois casos, foi uma dolorosa experiência de desapontamento.
Pergunta 2: Que Jesus fundasse Seu reino terrestre.
Pergunta 3: Toda declaração sobre a verdade cristã precisa encontrar respaldo nas Escrituras. Por mais convincente que seja o ser humano, se não falar com base escriturística, deve ser rejeitado.
Pergunta 4: A Palavra de Deus tem mais valor que os tesouros terrestres e que o alimento físico.
Pergunta 5: Não permaneceria na sepultura; seria traído por Seus amigos; tomaria sobre Si os nossos pecados; nasceria em Belém.
Pergunta 6: Rejeitaram os profetas por causa de seus pecados. Precisamos precaver-nos contra esse pecado.
Pergunta 7: Às Escrituras. Nem mesmo a ressurreição de Jesus era mais importante do que as declarações das Escrituras para convencer os discípulos da verdade.