A Confiabilidade da Palavra
As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei. Deuteronômio 29:29 |
Tem sido a obra especial de Satanás levar o homem caído a rebelar-se contra o governo de Deus, e tem tido muito sucesso em seus esforços. Ele tem procurado obscurecer a lei de Deus, a qual, em si, é bem clara. Tem manifestado especial aversão ao quarto preceito do Decálogo, porque este define o Deus vivo, o Criador dos céus e da Terra. Há um desvio dos mais claros preceitos de Jeová, para a aceitação de fábulas de ateus.
O homem ficará sem desculpa. Deus lhe deu suficientes evidências em que basear a fé, se quiser crer. Nos últimos dias a Terra quase estará destituída de verdadeira fé. Pelo mais insignificante pretexto, a Palavra de Deus será considerada indigna de confiança, ao passo que se aceitarão os argumentos humanos, embora estejam em oposição aos claros fatos das Escrituras. Homens procurarão explicar a obra da criação, que Deus nunca revelou, pelas causas naturais. Mas a ciência humana não pode descobrir com mais facilidade os segredos do Deus do Céu. [...]
Seres humanos professando serem ministros de Deus erguem a voz contra a investigação da profecia, e dizem às pessoas que as profecias, especialmente as de Daniel e Apocalipse, são obscuras e que não podemos entendê-las; contudo estas mesmas pessoas recebem avidamente as suposições dos geólogos, em contradição com o registro mosaico. Mas se aquilo que Deus revelou é tão difícil de entender, quão incoerente é aceitar meras suposições com relação àquilo que Ele não revelou! Os caminhos de Deus não são como os nossos caminhos, nem os Seus pensamentos como os nossos pensamentos. [...] Mas os homens, com o seu vão raciocínio, fazem mau uso dessas coisas que, de acordo com o desígnio de Deus, deviam levá-los a exaltá-Lo. Caem no mesmo erro do povo antediluviano – as coisas que Deus lhes deu para bênção tornaram-se maldição, pelo mau uso delas (ST, 20/3/1879).
O Sábado Preservado
Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o Céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas. Aqui [estão] [...] os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. Apocalipse 14:7, 12 |
O profeta indica a ordenança que tem estado esquecida: "Levantarás os fundamentos de muitas gerações e serás chamado Reparador de Brechas e Restaurador de Veredas para que o país se torne habitável. Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia, se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor" (Is 58:12-14).
Santificado pelo descanso e bênção do Criador, o sábado foi guardado por Adão em sua inocência no santo Éden; por Adão, depois de caído mas arrependido, quando expulso de sua feliz morada. Foi guardado por todos os patriarcas, desde Abel até o justo Noé, até Abraão, Jacó. Quando o povo escolhido esteve em cativeiro no Egito, muitos, em meio da idolatria imperante, perderam o conhecimento da lei de Deus; mas, quando o Senhor libertou Israel, proclamou-a com terrível majestade à multidão reunida, para que conhecesse a Sua vontade, e a Ele temesse e obedecesse para sempre.
Desde aquele dia até o presente, o conhecimento da lei de Deus tem-se preservado na Terra, e o sábado do quarto mandamento tem sido guardado. Posto que o "homem do pecado" conseguisse calcar a pés o santo dia de Deus, houve, contudo, mesmo no período de sua supremacia, ocultas nos lugares solitários, pessoas fiéis que lhe dispensavam honra. Desde a Reforma, alguns tem havido, em cada geração, a manterem-lhe a observância. Embora freqüentemente em meio de ignomínia e perseguição, constante testemunho tem sido dado da perpetuidade da lei de Deus e da obrigação sagrada relativa ao sábado da Criação.
Essas verdades, conforme são apresentadas no capítulo 14 de Apocalipse, em relação com "o evangelho eterno", distinguirão a igreja de Cristo ao tempo de Seu aparecimento. Pois, como resultado da tríplice mensagem, é anunciado: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" (Ap 14:12). E essa mensagem é a última a ser dada antes da vinda do Senhor. Seguindo-se imediatamente à sua proclamação, pelo profeta é visto o Filho do homem vindo em glória, para ceifar a colheita da Terra (GC, p. 452-454).
O Sábado em Família
Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que O amam e cumprem os Seus mandamentos. Deuteronômio 7:9 |
Pais, examinem as Escrituras, não sejam apenas ouvintes, mas praticantes da Palavra. Alcancem a norma de Deus na educação de seus filhos. Permitam que eles os vejam fazendo os preparativos para o sábado nos dias úteis da semana. Todos os preparativos devem ser feitos, cada conserto reparado nos seis dias da semana; a refeição para o sábado deve estar pronta no dia de preparação. É possível deixar tudo em ordem, se se tomar isso como regra.
Expliquem aos filhos esse seu procedimento e induza-os a ajudarem na preparação, a fim de observar o sábado segundo o mandamento. Levem seus filhos a considerarem o sábado deleitoso, o dia dos dias, o santo dia do Senhor, digno de honra. [...]
Na sexta-feira, a roupa das crianças [...] já deve ter sido toda preparada por suas próprias mãos sob a direção da mãe, para que possam vesti-la calmamente, sem qualquer confusão ou correria e palavras precipitadas. [...] Este é o santo dia de Deus, o dia que Ele reservou para comemorar Suas atividades criadoras, um dia que Ele abençoou e santificou. [...]
No sábado, os pais devem dedicar todo o tempo que puderem para seus filhos, tornando-o assim um deleite. Tenho visto muitas famílias em que pais, mães e outros membros mais velhos do lar se afastam das crianças mais jovens, deixando que entretenham a si mesmas do melhor modo que puderem. Depois de algum tempo, as crianças se cansam, vão para fora e se envolvem em jogos ou outro tipo de travessura. Assim o sábado não tem significado santo para eles. Quando o clima está agradável os pais podem sair com seus filhos para uma caminhada nos campos e bosques, e conversar com eles sobre as altas árvores, os arbustos e as flores, e ensinar-lhes que Deus é o Criador de todas essas coisas. Então ensinem-lhes a razão do sábado, que é comemorar as obras criadas por Deus. Após trabalhar seis dias, Ele descansou no sétimo, e abençoou e santificou o dia de Seu descanso. Desse modo, a mais proveitosa instrução pode ser dada (LUH, 14/4/1909).
Obra Contínua
E os judeus perseguiam Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. Mas Ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também. João 5:16, 17 |
Em Jerusalém, onde Jesus Se encontrava, havia muitos rabinos instruídos na lei. Ensinavam ao povo muitas de suas falsas idéias a respeito do sábado. Um grande número de pessoas vinha adorar no templo e então as idéias desses mestres eram divulgadas. Cristo desejava corrigir tais erros. Por esse motivo curou o homem em um dia de sábado e lhe ordenou que carregasse sua cama. Sabia que tal ato chamaria a atenção dos rabinos e daria a Ele a oportunidade de instruir o povo. Foi o que aconteceu. Os fariseus levaram Jesus perante o Sinédrio, o supremo conselho dos judeus, para que Se justificasse da acusação de ter violado o sábado.
O Salvador declarou que Sua ação estava em harmonia com a lei do sábado, e com a vontade e o procedimento de Deus: "Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também."
Deus trabalha incessantemente para sustentar a vida de cada criatura. Deveria Seu trabalho cessar no dia de sábado? Deveria Deus proibir o Sol de cumprir sua função de iluminar e aquecer a Terra e nutrir a vegetação no dia de sábado? [...]
Se assim fosse, o homem perderia os frutos da terra e as bênçãos que sustêm a vida. A natureza deve continuar o seu trabalho para que o homem não morra. As necessidades da vida devem ser atendidas, os doentes devem ser cuidados e supridas as necessidades dos carentes. Deus não deseja que Suas criaturas sofram horas de dor e sofrimento que podem ser aliviados no dia de sábado ou em qualquer outro dia.
O Céu jamais cessa a sua obra de fazer o bem. A lei proíbe de fazermos nosso próprio trabalho no dia do repouso de Deus. As atividades para a nossa subsistência devem cessar; nenhum trabalho para nossa satisfação pessoal ou lucro deve ser feito nesse dia. Mas o sábado não deve ser gasto em ociosidade. Como Deus cessou a Sua obra de criar e descansou no sábado, assim devemos nós também repousar de nossas atividades. Ele nos ordena colocar de lado nossas ocupações diárias e devotar a essas horas sagradas um repouso saudável, para adoração e para boas obras (VJ, p. 73, 74).
Uma Visão Sobre o Sábado
O sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro das tuas portas para dentro, para que o teu servo e a tua serva descansem como tu. Deuteronômio 5:14 |
Jesus estava junto à arca e, ao subirem a Ele as orações dos santos, a fumaça do incenso subia, e Ele oferecia suas orações ao Pai com o fumo do incenso.
Na arca estava o pote de ouro contendo o maná, a vara de Arão que florescera e as tábuas de pedra que se fechavam como um livro. Jesus abriu-as, e eu vi os Dez Mandamentos nelas escritos com o dedo de Deus. Numa das tábuas havia quatro mandamentos e na outra seis. Os quatro da primeira tábua eram mais brilhantes que os seis da outra. Mas o quarto, o mandamento do sábado, brilhava mais que os outros; pois o sábado foi separado para ser guardado em honra do santo nome de Deus. O santo sábado tinha aparência gloriosa – um halo de glória o circundava. [...]
E eu vi que, se Deus tivesse mudado o sábado do sétimo dia para o primeiro, Ele teria mudado a redação do mandamento do sábado, escrito nas tábuas de pedra, que estão agora na arca no lugar santíssimo do templo no Céu; e seria lido assim: O primeiro dia é o sábado do Senhor teu Deus. Mas eu vi que nele se lê da mesma maneira como foi escrito nas tábuas de pedra pelo dedo de Deus, e entregue a Moisés no Sinai: "Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus" (Êx 20:10). Vi que o santo sábado é, e será, o muro de separação entre o verdadeiro Israel de Deus e os incrédulos, e que o sábado é o grande fator que une o coração dos queridos de Deus, os expectantes santos.
Vi que Deus tinha filhos que não reconheciam o sábado e não o guardavam. Eles não haviam rejeitado a luz sobre este ponto. E ao início do tempo de angústia fomos cheios do Espírito Santo ao sairmos para proclamar o sábado mais amplamente (PE, p. 32, 33).
Adoração a Deus
Santificai os Meus sábados, pois servirão de sinal entre Mim e vós, para que saibais que Eu sou o Senhor, vosso Deus. Ezequiel 20:20 |
No capítulo 14 de Apocalipse, os homens são convidados a adorar o Criador; e a profecia revela uma classe de pessoas que, como resultado da tríplice mensagem, observam os mandamentos de Deus. Um desses mandamentos aponta diretamente para Deus como sendo o Criador. O quarto preceito declara: "O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus [...] porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou" (Êx 20:10, 11). [...]
"A importância do sábado como memória da criação consiste em conservar sempre presente o verdadeiro motivo de se render culto a Deus" – porque Ele é o Criador, e nós as Suas criaturas. "O sábado, portanto, está no fundamento mesmo do culto divino, pois ensina esta grande verdade da maneira mais impressionante, e nenhuma outra instituição faz isso. O verdadeiro fundamento para o culto divino, não meramente o daquele que se realiza no sétimo dia, mas de todo o culto, encontra-se na distinção entre o Criador e Suas criaturas. Este fato capital jamais poderá tornar-se obsoleto, e jamais deverá ser esquecido" (J. N. Andrews, História do Sábado, cap. 27).
Foi para conservar esta verdade sempre perante o espírito dos homens que Deus instituiu o sábado no Éden; e, enquanto o fato de que Ele é o nosso Criador continuar a ser razão por que O devamos adorar, permanecerá o sábado como sinal e memória disto. Se o sábado tivesse sido universalmente guardado, os pensamentos e afeições dos homens teriam sido dirigidos ao Criador como objeto de reverência e culto, jamais tendo havido idólatra, ateu, ou incrédulo.
A guarda do sábado é um sinal de lealdade para com o verdadeiro Deus, "Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas" (Ap 14:7). Segue-se que a mensagem que ordena aos homens adorar a Deus e guardar Seus mandamentos, apelará especialmente para que observemos o quarto mandamento (GC, p. 437, 438).
O Dia do Senhor
Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o Seu costume, e levantou-Se para ler. Lucas 4:16 |
Como podemos considerar a observância do primeiro dia da semana por parte da maioria dos professos cristãos, quando a Bíblia não apresenta autoridade alguma para essa mudança nos preceitos nem no exemplo de Cristo ou de Seus seguidores? Podemos considerar pelo fato de que o mundo tem seguido as tradições humanas em vez do "Assim diz o Senhor". Essa é a obra que Satanás tem sempre buscado realizar – desviar as pessoas dos mandamentos de Deus para a veneração e obediência às tradições do mundo. Através de agentes humanos ele provocou desprezo pelo sábado de Jeová, e o estigmatizou como "o velho sábado judeu".
Milhares ecoam irrefletidamente esse opróbrio, como se fosse algo marcado com grande peso de argumento; porém, perderam de vista o fato de que o povo judeu foi especialmente escolhido por Deus como guardião de Sua verdade, guardador de Sua Lei, depositário de Seus oráculos sagrados. Receberam os vivos oráculos para os transmitirem a nós. Tanto o Antigo como o Novo Testamento chegaram até nós através dos judeus. Toda promessa da Bíblia, todo raio de luz da palavra de Deus que brilha sobre nós, veio através da nação judaica.
Cristo foi o líder dos hebreus enquanto marchavam do Egito para Canaã. Em união com o Pai, Cristo proclamou a lei para os judeus entre os trovões do Sinai, e quando veio à Terra como homem, veio como descendente de Abraão. Devemos nós usar o mesmo argumento concernente à Bíblia e a Cristo, e rejeitá-los como judeus, assim como é feito ao se rejeitar o sábado do Senhor nosso Deus? A instituição do sábado é tão estritamente identificada com os judeus como o é a Bíblia, e existe a mesma razão para a rejeição tanto de um como do outro. Mas o sábado não é judeu em sua origem. Ele foi instituído no Éden antes que houvesse um povo conhecido como judeu. O sábado foi feito para toda a humanidade, e foi instituído no Éden antes da queda de Adão e Eva. O Criador o chamou de "Meu santo dia". Cristo apresentou a Si mesmo como o "Senhor do sábado" (Lc 6:5). Começando com a criação, ele é tão antigo quanto a raça humana e, tendo sido criado para os seres humanos, existirá enquanto eles existirem (ST, 12/11/1894).
O Sábado na Eternidade
E será que, de uma Festa da Lua Nova à outra e de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante Mim, diz o Senhor. Isaías 66:23 |
Jesus descansou, afinal. Findara o longo dia de vergonha e tortura. Ao introduzirem os derradeiros raios do sol poente o dia do sábado, o Filho de Deus estava em repouso, no sepulcro de José. Concluída Sua obra, as mãos cruzadas em paz, Ele descansava durante as sagradas horas do sábado.
No princípio, o Pai e o Filho repousaram no sábado após Sua obra de criação. Quando "os céus, e a Terra e todo o seu exército foram acabados" (Gn 2:1), o Criador e todos os seres celestiais se regozijaram na contemplação da gloriosa cena. "As estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam" (Jó 38:7).
Agora Jesus descansava da obra de redenção; e se bem que houvesse dor entre os que O amavam na Terra, reinou contudo alegria no Céu. Gloriosa era aos olhos dos seres celestiais a perspectiva do futuro. [...] Com esta cena se acha para sempre ligado o dia em que Jesus descansou. Pois Sua "obra é perfeita" (Dt 32:4); e "tudo quanto Deus faz durará eternamente" (Ec 3:14). Quando se der a "restauração de todas as coisas, as quais Deus falou por boca dos Seus santos profetas, desde o princípio do mundo" (At 3:21, Trad. Figueiredo), o sábado da criação, o dia em que Jesus esteve em repouso no sepulcro de José, será ainda um dia de descanso e regozijo. O Céu e a Terra se unirão em louvor, quando, "desde um sábado até ao outro" (Is 66:23), as nações dos salvos se inclinarem em jubiloso culto a Deus e ao Cordeiro.
Nos acontecimentos finais do dia da crucifixão, foi dada nova prova de cumprimento da profecia, e novo testemunho da divindade de Cristo. Quando a treva se erguera de sobre a cruz, e o Salvador soltara Seu brado agonizante, ouviu-se imediatamente outra voz, dizendo: "Verdadeiramente, este era o Filho de Deus" (Mt 27:54) (DTN, p. 769, 770).
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