sexta-feira, 19 de junho de 2009

Lição 12 – Comunidade - Subsídios Para a Lição da Escola Sabatina

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Subsídios Para a Lição da Escola Sabatina
2º Trimestre de 2009

 

Lição 12 – Comunidade

Pastor José Orlando Silva
Mestre em Teologia Sistemática
Boa Viagem - Recife
Associação Pernambucana

Solidão e medo foram os primeiros sentimentos do homem quando caiu em pecado. "Tive medo, e me escondi" (Gn 3:10). Nossos primeiros pais se afastaram de Deus e sentiram a consequência dessa separação. Longe de Deus apareceu a primeira discórdia entre eles. Deus uniu o casal para que não estivessem sós. Foram criados para se complementarem um ao outro. O pecado trouxe a separação. Seu originador é conhecido como o diabolos, o que separa, espalha. Enquanto Deus une para formar uma comunidade, Seu inimigo objetiva separar.

"Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Is 59:2). A restauração do homem implica em trazê-lo a uma experiência de comunidade. Deus é um Ser sociável. Ele vive em comunidade. Ele não é um ser solitário. Ao criar o ser humano à Sua imagem e semelhança, o sentido da comunidade é enfatizado e comprovado.

"Os seres humanos são basicamente sociáveis. Não fomos feitos para viver sozinhos, mas em comunidade. Essa necessidade de viver em comunidade foi criada por Deus e é inerente ao nosso ser. Na vastidão da eternidade, o Deus da Bíblia sempre existiu. Ele é o único que criou o céu e a terra. Contudo, a qualidade de "único" de nosso Deus não está expressa em singularidade, mas em trindade. O Deus bíblico é apresentado nas Escrituras como uma pluralidade que é "única". Os três membros da Divindade: Pai, Filho e Espírito Santo, são três pessoas distintas, mas uma em caráter, unidade e propósito. Não entendemos a singularidade de Deus à parte da pluralidade dessa singularidade".1

O que é maravilhosamente assombroso é que Deus não desistiu da comunidade com o homem, mesmo depois do pecado. Estabeleceu a igreja, que é apresentada em íntima comunhão com Cristo como sua cabeça (Cl 1:18). Neste sentido, a Igreja surgiu como uma das unidades sociais mais importantes a que o homem pode pertencer. "A união da igreja com Cristo é vital para igreja. Porque, sem Jesus, a igreja deve existir como um clube social, ou um negócio corporativo, mas não como ekklhsia tou qeou,  "Assembleia de Deus", chamada para trabalhar e implementar Sua agenda. Ele não teria nenhuma visão, nenhuma energia, nem condições para ser igreja".2

I – Comunidade Sonhada

Deus sempre sonhou com uma comunidade peculiar com características que O representassem. Revelou esse sonho na promessa feita a Abrão. "De ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção" (Gn 12:2). Deus não desejava qualquer comunidade ou agrupamento, mas uma comunidade que surgisse de Sua bênção e fosse fundamentada no altar.

a) Comunidade Torre

Antes da promessa feita a Abrão, o inimigo suscitou uma falsa comunidade centralizada no orgulho, prepotência e na desobediência a Deus. Essa comunidade deixou marcas indeléveis do que seu autor tentou fazer na sua rebelião no Céu. Durante algum tempo, os descendentes de Noé continuaram habitando no lugar em que a arca se deteve. Surgiram a apostasia e os que desprezam as restrições da Lei de Deus.

Cão escolheu a fértil planície da terra de Sinear para se estabelecer. Ele e seus descendentes se apartaram dos princípios de Deus e, em oposição a Ele, edificaram uma cidade e uma Torre: Babel. Esta deveria ser a maravilha do mundo. Sua construção tinha por objetivo evitar que as pessoas se espalhassem, enquanto Deus havia mandado que se disseminassem pela terra. Com sua construção, pretendiam ser o centro de um grande império universal.

Era um monumento à incredulidade, porque não creram no que Deus havia dito: "Não haverá mais dilúvio para destruir a Terra" (Gn 9:11). Era um monumento de desconfiança ao concerto de Deus quando afirmou: "Porei nas nuvens o Meu arco; será por sinal da aliança entre Mim e a Terra" (Gn 9:13). Por trás da tentativa do estabelecimento dessa torre, estava uma comunidade de rebelião e incredulidade que Satanás intencionava estabelecer. Motivou a construção do monumento da torre incentivando à idolatria.

"Satanás estava procurando levar o desdém às ofertas sacrificais que prefiguravam a morte de Cristo; e, obscurecendo-se a mente do povo pela idolatria, ele os levou a falsificar essas ofertas e a sacrificar seus próprios filhos sobre os altares de seus deuses".3 A comunidade da torre era a exaltação do orgulho, e uma tentativa de apartar de Deus a mente das gerações futuras. "Os homens, todavia, estão continuamente a prosseguir no mesmo caminho, confiando e, si mesmos e rejeitando a Lei de Deus. Há edificadores de torre em nosso tempo".4

b) A comunidade do altar

A comunidade com a qual Deus sonha é aquela centrada e com base no altar. Sem a cruz não haveria a comunidade. Sem o preço pago por Cristo não teríamos a Igreja. Toda esperança estava direcionada na cruz e em quem o altar apontava. Na verdade, o sonho de Deus, projetado na vida e história de Israel, encontra sua realização em Cristo. Onde quer que Abraão armasse a tenda, junto erigia o altar.

A comunidade estabelecida por Deus centraliza-se no altar, e tem a oração como estilo de vida. "Abraão, o amigo de Deus, dá-nos um digno exemplo. Sua vida foi de oração. Onde quer que ele armasse a tenda, junto erigia o altar, convocando todos os que faziam parte de seu acampamento para o sacrifício da manhã e da tarde. Quando a tenda era removida, o altar permanecia."5  Tivesse o povo de Deus mantido seu foco no altar, teria cumprido o propósito pelo qual Deus o chamou. Israel deveria servir de bênção para o mundo, e preparar o caminho para a vinda do Messias.

Hoje, essa comunidade do altar tem as barreiras étnicas, culturais e geográficas rompidas, pois o evangelho foi estendido a todos. Como o antigo Israel, temos o mesmo privilégio de pertencer a uma comunidade especial de crentes e, consequentemente, a mesma responsabilidade de ser instrumentos nas mãos de Deus para a realização da missão. Somente a comunidade do altar exerce sua missão e vive uma vida de sincera fraternidade e amor mútuo e sincero. Deus nos convida para essa experiência.

"No Salmo 133, Deus convida Sua igreja para participar da convivência fraternal, que observa o amor e a unidade que experimentamos quando estamos reunidos no Senhor. Somos um porque temos sido comprados, não com coisas corruptíveis como prata e ouro, mas com o precioso sangue de Cristo Jesus. Somos um porque temos nascido de novo no Espírito".6

II – Pertencer e permanecer na comunidade

Há uma grande diferença entre se envolver e se comprometer. Pertencer faz toda a diferença. Pertencer implica em se comprometer e ser parte integrante e atuante na comunidade ou grupo em que estamos inseridos. A importância de frequentar a igreja pode ser minimizada quando somos apenas um dado estatístico. Somos chamados para fazer a diferença. É necessário sair do estágio de meros expectantes para ser efetivos atuantes. O privilégio de pertencer a essa comunidade redunda em responsabilidade.

a) A importância de pertencermos a comunidade de Cristo

"Certa vez, um jovem se dirigiu a Billy Sunday, e interrogou: 'Pode-se alcançar o Céu sem ir à igreja?" "Sim, alguém poderia nadar sobre o Atlântico para ir à Europa, porém, mostraria mais sensatez se tomasse uma embarcação. Com efeito, o risco de atravessar o Atlântico a nado é tão grande quanto o risco de viver uma vida fora da comunhão da igreja."7 Diz a Palavra: "Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns;... e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima" (Hb 10:25).

Alguns argumentam que podem estar comprometidos com Deus, sem necessariamente estar comprometidos com a igreja de Deus. Acreditam que pertencer a uma comunidade é importante, mas não necessário. O próprio Cristo, com Seu exemplo, nos indica a importância de pertencermos. "Entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o Seu costume, e levantou-Se para ler" (Lc 4:16). Quem pertence tem o costume, e permanece na comunhão com Deus e Seus filhos.

"Os cânticos de louvor, a oração, a palavra ministrada pelos embaixadores do Senhor, são os meios que Deus proveu para preparar um povo... para aquela reunião sublime à qual coisa alguma que contamine poderá ser admitida."8 Respirando a atmosfera da fraternidade e da comunidade de Cristo, participando dos atos de adoração celebrados no santuário, renovamos o vigor físico, moral e espiritual debilitado na árdua e consumidora luta de cada dia, durante a semana.

Há uma declaração bíblica que faz uma relação muito relevante entre a apostasia e o abandono da comunidade no que diz respeito à frequência da congregação. Vejamos: "Para que hoje quereis abandonar ao Senhor? Rebelando-vos hoje contra o Senhor, amanhã Ele Se irará contra a congregação de Israel" (Js 22:18). Os que abandonam a comunidade primeiro abandonam ao Senhor. Porque amar a Jesus é amar Seu corpo que é a igreja defeituosa e imperfeita, seu fundamento é Cristo e não homens.

Justificando-se porque não mais ia aos cultos, disse certa vez um irmão negligente a Spurgeon: "Sei que o senhor prega muito bem e o tabernáculo exerce certa atração sobre mim, mas não desejo fazer parte de sua igreja, uma vez que conheço várias pessoas que se dizem crentes e, no entanto cometem muitas falhas. Quanto a mim, hei de procurar até que possa encontrar uma igreja perfeita, da qual farei parte." "Amigo," respondeu-lhe Spurgeon, "Continue a sua procura, mas ao encontrar uma igreja perfeita, não faça parte dela, ouviu?" "Por quê?" "Porque se o senhor vier a pertencer-lhe, ela deixará de ser perfeita... Por que arruiná-la?"

Por mais imperfeita, débil e fraca que a igreja possa parecer, ela é ainda o objeto da atenção de Deus na Terra que Ele mais cuida e aprecia. Na verdade, ela é a menina dos Seus olhos (Dt 32:10; Sl 17:8; Pv 7:2).

b) A responsabilidade de pertencer

Como membros do corpo, temos uma função a desempenhar, porque todo privilégio implica responsabilidade. O povo de Deus tem deveres espirituais. O versículo central de toda a epístola aos Efésios é o versículo primeiro do capítulo 4, que se resume em uma simples frase "a vocação a que fostes chamados". Retoma o tema dos capítulos 1-3 e, num breve apelo: "rogo-vos... que andeis de modo digno", anuncia sinteticamente a ênfase dos capítulos 4–6. A conclusão é que a mais excelente vocação a que o cristão foi chamado traz consigo as mais importantes responsabilidades.

 "O verbo andar, palavra característica da segunda metade de Efésios (cf. 4:1, 17; 5:2, 8, 15), é empregado nas Escrituras para definir o curso da vida de uma pessoa (cf. 2:2, 10). Em Gênesis, por exemplo, está escrito que Enoque 'andou com Deus'. E João nos adverte que, como cristãos, devemos andar como Ele andou (1Jo 2:6). Andar 'de modo digno da vocação a que fostes chamados' (v. 1) tem o sentido de viver em harmonia com nossa vocação. A palavra vocação se refere à experiência do chamado divino pela qual todos os cristãos passam (cf. 1: 18), à santidade, ao serviço, à prática da vida cristã."9

O amor nos conduz à responsabilidade. Os que dizem que pertencem a determinada igreja e não assumem as responsabilidades, podem gostar da igreja, mas não a amam. Descubra se você gosta ou ama a igreja com esta reflexão:

Você gosta da igreja ou a ama?

Os que gostam, se esforçam por ela. Os que a amam se sacrificam por ela.
Os que gostam, sorriem com ela, e às vezes encontram motivos para criticá-la.
Os que a amam incansavelmente intercedem em oração.
Os que gostam vão à igreja pensando no que vão receber.
 
Os que a amam pensam no que podem dar.
Os que gostam raramente manifestam interesses missionários.
 
Os que a amam priorizam a missão, sacrificando-se pelos perdidos.
Os que gostam esperam tê-la para sempre aqui na Terra.
 
Os que a amam se preparam para estar com ela no Céu.
Os que gostam reconhecem que ela tem um dono.
 
Os que a amam vivem para o dono dela.
 
     
III – Unidade em Cristo na diversidade

Na oração sacerdotal de Cristo, em João 17, observamos como destaque o maior anseio de Cristo em relação a Sua igreja: A unidade. O clímax do Seu pedido é visto nos versos 21 a 23, do capítulo 17: "Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti. Que eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste". Se tivesse a chance de realizar um único e último pedido, você pediria o que considera mais ou o menos importante? Jesus destacou a unidade com essencial e indispensável para a continuação de Sua igreja. Poderia ter escolhido outra estratégia. Mas o que estava em pauta era a continuação do que Ele começou: O estabelecimento de Sua igreja.

"Pela diversidade dos dons e governos que Ele pôs em Sua igreja, todos alcançarão a unidade da fé. Se alguém forma seu próprio conceito no tocante à verdade bíblica, sem atentar para a opinião de seus irmãos, e justifica seu procedimento alegando que tem o direito de pensar livremente, impondo suas ideias aos outros, como poderá cumprir a oração de Cristo? E se outro e outro ainda se levantam, cada qual afirmando seu direito de crer e falar o que lhe aprouver, sem atentar para a fé comum, onde estará aquela harmonia que existe entre Cristo e Seu Pai, e para cuja existência, entre seus irmãos, Cristo orou?"10

a) O milagre da unidade

O pedido de Jesus ressalta que a unidade é um milagre. Qualquer união diferente do parâmetro apresentado por Jesus, "para que sejam um como Nós somos um", (Jo 17:22), é uma pseudo-união. Morei em um apartamento do lado do tribunal regional do trabalho e em frente da sede do sindicato dos trabalhadores. Certo dia, vi uma faixa em frente do sindicato, que dizia: "Somos unidos para vencer". Quando retornei, à tarde, observei a chegada dos líderes dos trabalhadores para uma reunião de tomada de decisões.

Chegaram animados e, quando começou a reunião, não demorou muito, só se observava um grande tumulto e discordância. A união era vista apenas na faixa. A união é um milagre. Somos diferentes. Consciente da diversidade da igreja, Cristo apresenta uma meta que só poderia ser alcançada pela ação de Deus, na vida da igreja. Cristo orou pelos discípulos, que estavam diante da iminente prova e necessitavam da unidade de pensamento e propósito para permanecer nos princípios recebidos. Pediu também pelos que viriam a crer em Seu nome, e aqui somos incluídos. Ser incluído implica em fazer parte do corpo de Cristo que é a Sua igreja. E o milagre da unidade é o que forma o corpo (Ef 5; 1Co 12).

b) O fundamento da unidade

Esse milagre da unidade da igreja tem um autor e cabeça: Cristo. Ele é a pedra, e não Pedro, como alguns interpretam. Logo após Pedro ter confessado sua fé em Jesus como Filho de Deus, o Senhor lhe disse: "Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou, mas Meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16:17, 18).

A verdade que Pedro confessou em nome de todos os discípulos é o fundamento básico da fé. A Igreja é uma fundação divina, e Cristo mesmo é "esta pedra". Pedro, ouPetros em grego significa pedra pequena, ao passo que Petra significa rocha, pedra viva, bloco sólido de pedra, rochedo. Mesmo que alguns católicos afirmem que as palavras gregas Petra e Petros eram sinônimas, nossa conclusão não depende apenas desse argumento linguístico.

O próprio apóstolo Pedro, em seus escritos, desfaz qualquer ideia de que seja ele a pedra da qual Jesus fala aqui. Em Atos 4:11, Pedro diz o seguinte acerca de Jesus:

"Ele é a pedra que veio a ser cabeça de esquina". Em sua primeira epístola, no capítulo 2, nos versos 4 a 8, Pedro menciona Jesus como pedra viva.

Ainda lemos na Palavra de Deus, citando o profeta Isaías: "Portanto, assim diz o Senhor Deus: "Eis que Eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada. "Aquele que crer não será confundido" (Is 28:16).

Na parábola do homem prudente que construiu sua casa sobre base firme, Jesus confirmou que Ele mesmo é a rocha sobre a qual as pessoas poderão encontrar segurança perfeita e estabilidade. Em Lucas 20:17, o Senhor deixa claro diante dos incrédulos sacerdotes da Sua época o verdadeiro caráter da Sua missão: "A pedra que os construtores rejeitaram, esta veio a ser a principal pedra angular."
"Sobre o fundamento que o próprio Cristo assentara, os apóstolos construíram a igreja de Deus".11

Conclusão

O ser humano não foi criado para viver só. Deus o criou para viver em comunidade. O pecado trouxe separação, mas Cristo, a solução. O sonho de Deus foi estabelecido em Cristo ao comprar e estabelecer com Seu sangue a igreja que, embora militante, será triunfante. Pertencer a essa comunidade é um grande privilégio que redunda em responsabilidade. Se esta não for cumprida, a igreja não desempenhará seu papel. Uma igreja cujos membros não são conscientes do seu papel e se assemelha à seguinte anedota:

Era uma vez quatro membros de igreja chamados Qualquer um, Todo Mundo, Alguém e Ninguém. Cada um deles queria ser o líder na igreja, mas não estavam dispostos a servir a Deus e Sua igreja por amor, sem desejo de reconhecimento, sem fome de autoridade. Todo Mundo sabia que alguma coisa estava errada, mas quem fazia alguma coisa para acertar a situação naquela igreja? Sempre o mesmo: Ninguém! Alguém sempre andava criticando Qualquer Um; só que Todo Mundo ficava calado com medo que chegasse aos ouvidos de Alguém , e assim as coisas acabavam piorando.

Diante de todas as metáforas para igreja, destaca-se a da arca de Noé. Alguns, desanimados com os problemas que a debilitam, chegam a preferir a "tempestade lá fora". Mas quando abandonam a "arca" para enfrentar os riscos dos vendavais que sopram sobre o mundo, se excluem do "corpo de Cristo" e da comunhão com os seus membros.

 "A igreja é hoje militante. Enfrentamos agora um mundo em trevas de meia-noite, quase inteiramente entregue à idolatria. Mas aproxima-se o dia em que a batalha terá sido ferida, e ganha a vitória. A vontade de Deus deve ser feita na Terra como é no Céu".12

Nas instituições penais, o maior castigo imposto aos detentos é o confinamento individual: a solitária. Deus nos criou para a comunhão e para vivermos e crescermos em uma saudável comunidade: a Igreja, cujo idealizador é o próprio Deus. E nesta certeza, amparada pela Palavra e promessa dEle, consiste a garantia do triunfo dessa comunidade. Permaneçamos nela, rumo ao Céu.

1.    Russel Burril, Como reavivar a igreja no século 21, (Tatuí: São Paulo, Casa Publicadora Brasileira, 2005), p. 25.

2.    H. Kung, The Church (New Yorks: Image Books, 1976), pp. 301-2.

3.    Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, (Tatuí: São Paulo, Casa Publicadora Brasileira, 2000), p. 115.

4.    Idem, p. 116

5.    Ibid, p. 122 e 123.

6.    J. Hastings, Psalms 119 to Song of Solomon (20 vols; The Great Texts of the Bilble; Grand Rapids: Baker, 1976), Vol 5, p. 127.

7.    Enoch de Oliveira, Bom dia Senhor, Meditações matinais 1990 (Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1990), p. 138.

8.    Ellen G. White, Testemunhos Seletos,(Tatuí: São Paulo, Casa Publicadora Brasileira, 1999), Vol. 2, p.491.

9.    Curtis Vaughan, Efésios Comentário Bíblico, (Miami: Florida, Editora Vida, 1986), p. 103.

10.  Ellen G White, Testemunhos para Ministros, (Tatuí: São Paulo, Casa Publicadora Brasileira, 1993), p. 29,  30.

11.  Ellen G. White, Atos dos Apóstolos,(Tatuí: São Paulo, Casa Publicadora Brasileira, 1990), p. 595.

12.  Ellen G. White, Vida e Ensinos, (Tatuí: São Paulo, Casa Publicadora Brasileira, 1988), p. 229.


FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic1222009.html