sexta-feira, 19 de junho de 2009

Comentário da Lição 12 – Comunidade - ESCOLA NO AR

ESCOLA NO AR

2º Trimestre de 2009 - A Caminhada Cristã

Comentário da Lição 12 – Comunidade

Sábado, 13/6/2009 - › Introdução

Como membros devemos tornar-nos uma bênção para a Igreja. Devemos indagar: o que a Igreja espera de mim, e não o que espero da Igreja. Ser cristão é ser ativo na igreja e lutar pelo crescimento numeral e espiritual da Comunidade. A Igreja é formada por pessoas atuantes.

O povo de Israel, como nação, não compreendeu a grandeza do propósito divino. Apesar de todas as oportunidades concedidas por Deus para que aceitassem o Seu plano e a Sua liderança, para iluminar o mundo com a mensagem da Sua glória, revelando o plano redentor, Israel era influenciado pelos costumes e práticas dos povos separados de Deus.

Deus está agora trabalhando com a Igreja, não é uma nação localizada, mas um povo espalhado pelo mundo, em quem trabalha para desenvolver o mesmo estilo de vida, conduta e caráter.

No Seu programa para a restauração do homem e do mundo caído, Deus envolve os homens, colocando sobre eles responsabilidades que têm como objetivo primordial desenvolver seu caráter à semelhança do divino Modelo. Duas importantes instituições constituem a base do programa divino de ação: A Igreja e a Família.

Para a Igreja cumprir ordenadamente Sua missão no mundo, o Senhor elege pessoas sobre quem coloca a responsabilidade de orientação e ensino. Outros exercem encargos e influências não menos importantes, ainda que em âmbito menor de atuação, a família. Avaliar a influência da família no fortalecimento ou enfraquecimento da missão da Igreja é algo impraticável, contudo visível. Uma Igreja formada por lares desordenados não pode exercer a influência e executar a tarefa de que é comissionada.


Pense: "Uma casa cristã bem ordenada é poderoso argumento em favor da realidade da religião cristã - argumento que o incrédulo não pode contradizer". - Lar Adv. pág. 36.

Desafio: "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz". - I Ped. 2:9.



Domingo, 14/6/2009 - › Deus quer um povo

Em Gênesis 11:1 e 2 é declarado: "A terra inteira utilizava a mesma língua e as mesmas palavras. Ora, deslocando-se para o oriente, os homens descobriram uma planície na terra de Shinear e ali habitaram". – TEB.

Nesta região, onde floresceu o grande império Babilônico, cidades começaram a ser formadas e mais cedo do que se possa imaginar, o espírito da independência de Deus voltou a dominar a mente humana. A lição do dilúvio foi esquecida em menos de 200 anos, quando os bisnetos de Noé passaram a exercer a sua influência sobre a sociedade de seus dias.

Com o tempo nasceu a idéia da construção de uma cidade com uma alta torre, para obter um nome famoso: "Depois disseram: 'Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim o nosso nome será famoso". – Gên. 11:4 – NVI.

As grandes linhas da teologia determinando a conduta agradável a Deus existem desde a eternidade. Na experiência de Abraão este procedimento é ensinado com toda a pujança e beleza espirituais. "Abraão tinha crescido em meio de superstição e paganismo." Quando o poder do pecado ameaçava escravizá-lo, o Senhor "comunicou Sua vontade a Abraão, e deu-lhe um conhecimento distinto das exigências de Sua lei, e da salvação que se realizaria por meio de Cristo". - PP. pág. 119.

Para executar o plano divino, Abraão precisava abandonar sua terra. Deus colocou diante de Abraão a oportunidade de escolha. Ele poderia aceitar ou recusar a proposta. Tinha a liberdade e o direito de assim proceder. Abraão fez a escolha e aceitou a liderança de Deus, submetendo-Lhe a sua vontade. "Partiu, pois, Abraão, como lho ordenara o Senhor". - Gên. 12:4.


Pense: "Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia". - Heb. 11:8.

Desafio: "Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim." - Gál. 2:20.



Segunda-Feira, 15/6/2009 - › O Privilégio de Pertencer

O apóstolo Paulo lembrou às igrejas de seus dias, que os ensinamentos espirituais do passado, conservavam a sua validade para o cristianismo nascente, o que significa que são válidos para a igreja através do tempo: "Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e pela consolação das Escrituras tenhamos esperança". - Rom, 15:4

Ensino profundamente significativo sobre a entrega e pertencer encontra-se em Êxodo 21:1-6 contendo orientações definidas sobre o procedimento que o israelita devia seguir em relação ao escravo, irmão de sangue. O procedimento legal determinava algumas condições que deviam ser seguidas. Estas situações encontravam seu ponto alto ao final de seis anos de serviços prestados.

No entanto, uma atitude do escravo alterava totalmente o procedimento legal. "Eu amo a meu senhor". O amor era esta atitude de poder transformador do procedimento legal. O relacionamento de amor mudava o relacionamento legal de obrigações do escravo para com o senhor em relacionamento de companheirismo mútuo, sem destruir as obrigações legais. No entanto, as obrigações legais perdiam seu sentido de compulsão para serem compreendidas como orientações para a conduta do relacionamento de companheirismo.

O amor do senhor atraiu o escravo e o induziu à decisão de amor para com o senhor. É importante observar que o amor do senhor movia o escravo a amar. Mas para que o procedimento legal fosse mudado, o escravo era colocado perante uma situação de escolha: entregar-se inteiramente pelo restante de sua vida para pertencer para o seu senhor.

Pense: "Antes santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações...". - I Ped. 3:15

Desafio: "Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro". - I João 4:19.



Terça-Feira, 16/6/2009 - › A Responsabilidade de Pertencer

A Igreja apresenta quatro características muito distintas: Una, santa, universal e apostólica. "Do mesmo modo, também vós, como pedras vivas, constituí-vos em um edifício espiritual, dedicai-vos a um sacerdócio santo,... a fim de que proclameis as excelências daquele que vos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa". - I Ped. 2:5 e 9. - BJ.

UNA - A igreja é formada por muitos membros, mas estes constituem um só corpo, vivendo a mesma fé e a mesma esperança. Logo, espera-se que cada membro se comprometa de viver e proclamar por conduta e preceito a fé, a esperança e as normas da igreja.

SANTA - A Igreja foi eleita por Deus e a ele pertence. Tal como Deus é santo, ela deve também ser santa. Do mesmo modo o membro assume o compromisso de santidade em toda a sua maneira de viver.

É o Espírito Santo trabalhando em nós que nos tornará semelhantes a Jesus em santidade de vida. Este ideal nunca é afastado dos filhos de Deus. "Ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus". - Lev. 20:26 – ARA.

UNIVERSAL - A Igreja não é exclusividade de uma nação ou povo. Ela é o corpo de Cristo, e Cristo não faz acepção de pessoas. Todos os homens de todas as partes são chamados para unir-se ao corpo de Cristo.

APOSTÓLICA - A Igreja tem uma missão. Disse Jesus: "Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos...". - Mat. 28:19 - BJ. A Igreja é um luzeiro neste mundo de pecado para iluminar as trevas. Cada membro, dentro da Igreja, deve refletir a luz do amor de Cristo para os outros.


Pense: "Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia". – Herb. 10:25 – NVI.

Desafio: "Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus". – Ef. 2:19 – NVI.



Quarta-Feira, 17/6/2009 - › Unidade na Diversidade

Deus nunca chama homens para o individualismo, para viver como se fossem eremitas. Todos são chamados para pertencer a um corpo universal. O que tem valor é pertencer ao corpo de Cristo. Cada membro precisa assumir as responsabilidades que sobre ele recaem como parte deste corpo.

O corpo de Cristo é formado por pessoas que O aceitam como Salvador e Senhor, de todas as nações e raças. É evidente que não há uma unidade de hábitos e práticas entre todos estes povos, mas em Cristo, na diversidade encontram a unidade de pensamento e conduta na vida cristã.

Para Israel, o Senhor deixou orientações bem definidas: "Quanto a vós, guardai as minhas leis e os meus costumes, e não pratiqueis nenhuma dessas abominações: nem o nativo, nem o migrante que mora entre vós". – Lev. 18:26 – TEB.

Nenhum costume da cultura dos povos que habitavam Canaã, devia ser aceito pelos israelitas, nem pelos gentios que se converteram ao verdadeiro Deus e aceitaram a salvação no Redentor prometido.

Para Israel, no cativeiro babilônico, Deus questionou a conduta do povo: "E vocês saberão que eu sou o Senhor, pois vocês não agiram segundo os meus decretos nem obedeceram às minhas leis, mas se conformaram aos padrões das nações ao seu redor". – Ez. 11:12 – NVI.

A unidade na diversidade somente se torna real quando todos giram em torno de Cristo. O amor de Cristo deve envolver o membro de tal modo que seu amor se espalhe pelo mundo como ondas de amor. Unidos em torno de Cristo e refletindo o amor de Cristo, podemos transformar o mundo e alcançar a unidade pela qual Cristo orou.

Pense: "Para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste". – João 17:21 – NVI.

Desafio: "Até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo". – Ef. 4:13 – NVI.



Quinta-Feira, 18/6/2009 - › O Fundamento da Igreja: Jesus Cristo

A declaração de Pedro: - "Tu é o Cristo, Filho do Deus vivo", define que Jesus é o fundamento e o Soberano da Igreja. A Escritura traz duas palavras para definir a Soberania de Cristo: Despotes e Kürios. Despotes define a Sua soberania absoluta, atuando sem interferência ou dependência de outra pessoa. Atua por Sua própria competência, quando, como e onde quer. Em relação ao fundamento da Igreja Cristo se declara a pedra angular sobre Quem a Igreja está edificada. Este é Seu argumento final.

Kürios define a soberania de Cristo no contexto da escolha do homem em relação o plano da salvação. Kürios é o Senhor escolhido, aceito e separado pelo pecador penitente, atraído e movido pelo amor do Senhor, dando a resposta e fazendo a entrega de si mesmo e de sua vontade em inteira submissão ao Senhor. Kürios, não é o Senhor que impõe e exerce a Sua soberania de maneira independente, mas torna-se o Senhor pelo processo da escolha pelo amor. A soberania não é aceita como um ato de compulsão, mas como a submissão espontânea, fazendo a escolha. É a experiência descrita por Paulo: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim". - Gál. 2:20. É o viver de submissão pela escolha feita movido pelo amor. Cristo decididamente entronizado no coração.

Jesus explica esta entrega do coração para Ele de maneira muito clara, unindo a entrega e a pratica da justiça no relacionamento estabelecido: "Se me amardes, guardareis os meus mandamentos... Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando". - João 14:15 e 15:14.


Pense: "Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. Quem me não ama não guarda as minhas palavras; ora a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou". - João 14:23 e 24

Desafio: "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo com pedra angular". – Ef. 2:20 – NVI.



Sexta-Feira, 19/6/2009 - › Estudo Adicional

Jesus declara que o amor da entrega do coração para passar a pertencer ao corpo de Cristo e à Sua comunidade espiritual, é revelado em guardar Seus mandamentos, fazer o que Ele manda e guardar a Sua palavra. Em harmonia com as Suas declarações, quando estas decisões são tomadas pelo pecador arrependido, esta é a evidência real de que a entrega do coração foi feita. "Meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada". O amor de submissão, de entrega da vontade ao controle da vontade do Senhor é que abre a porta do coração para que Jesus entre nele e ali faça morada. O pecador passa a pertencer à comunidade de Cristo.

A entrega do coração na verdade significa a mortificação do eu, da vontade pessoal, para aceitar e submeter-se inteiramente à vontade de Jesus. Não só de Jesus, mas de Deus o Pai e também de Deus Espírito Santo. A vontade da Trindade está expressa na Palavra e na lei, que constituem o caminho da justiça de Deus para o pecador que O faz o Senhor de seu coração.

Em harmonia com este ensino das Escrituras, o plano da salvação envolve a revelação do amor do Senhor para o escravo do pecado. A graça é oferecida para o imerecido. Aceitar a graça sem nada poder oferecer significa aceitar a Cristo e assumir o compromisso responsável de submeter-se à determinações para a conduta que ensinam mudanças profundas em todo o procedimento. Este é o ensinamento de Cristo, que ordenou: "Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado". - Mat.28:19 e 20.


Pense: "Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos". - Prov. 23:26.

Desafio: "Eu protesto que cada dia morro". - I Cor. 15:31


 

Conheça o autor

 

Pr. Albino Marks
Especialista em aconselhamento familiar e profundo estudioso da Bíblia, o pastor Albino Marks já atuou como preceptor (IAP, IACS, IAE-SP); capelão (IACS e Hospital do Pênfigo); diretor geral do IAP; departamental em várias associações e na UCB.

 

www.escolanoar.org.br

FONTE: http://www.escolanoar.org.br/Novo/impressao.asp?nivel=adultos_pt&data=19/6/2009