segunda-feira, 19 de outubro de 2009

8) O que dizem os católicos quanto à observância do domingo pelos protestantes?

8) O que dizem os católicos quanto à observância do domingo pelos protestantes?

Albert Smith, chanceler da arquiocese de Baltimor, respondendo pelo Cardeal, numa carta datada em 10 de fevereiro de 1920, afirma:

"Se os protestantes seguissem a Bíblia, adorariam a Deus no dia de sábado. Ao guardar o domingo, estão seguindo uma lei da Igreja Católica."

"Fazemos bem em recordar aos presbiterianos, batistas, metodistas e todos os demais cristãos que a Bíblia não os aprova em nenhum lugar em sua observância do domingo. O domingo é uma instituição da Igreja Católica Romana, e aqueles que observam este dia observam um mandamento da Igreja Católica." — Priest Brady, em um discurso relatado no "Elizabeth, N. J. News", 18 de março de 1903. Grifos acrescentados.

 

Em sua obra "Plan Talk About the Protestantism of Today", Monsenhor Louis Gastonn de Ségur firma:

"Foi a Igreja Católica que, pela autoridade de Jesus Cristo, transferiu este repouso (do sábado bíblico) para o domingo em lembrança da ressurreição de nosso Senhor. Então, a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que, contra si mesmos, rendem à autoridade da Igreja (Católica)." — P. 213. Grifos acrescentados.

O Arcebispo D. Duarte Leopoldo, em "Concordância dos Santos Evangelhos", afirma:

"Se devemos repelir a tradição, e aceitar somente o que está na Bíblia, como dizem os protestantes, por que aceitam eles a santificação do domingo, o batismo de crianças e outras práticas que não constam na Escritura Sagrada?" — P. 146. Grifos acrescentados.

"Os protestantes… aceitam o domingo no lugar do sábado como dia de pública adoração após a Igreja Católica ter feito à mudança… Mas a mentalidade protestante não parece perceber que observando o domingo, está aceitando a autoridade do porta-voz da Igreja, o Papa." — Extraído de "Our Sunday Visitor", 5 de fevereiro de 1950. Grifos acrescentados.

"O protestantismo, ao descartar a autoridade da Igreja (Católica), não tem boas razões para sua teoria referente ao domingo e deve, naturalmente, guardar o Sábado como dia de descanso." — John Gilmary Shea, "American Catholic Quarterly Review", Janeiro de 1883. Grifos acrescentados.

 

Que dizer de toda essa situação vergonhosa e constrangedora?

"Nós, os Católicos, então, temos precisamente a mesma autoridade para santificar o domingo em vez do sábado, como temos, para cada outro do nosso credo, vale dizer: autoridade da Igreja… enquanto que vós os protestantes, realmente não têm nenhuma autoridade; pois não têm autoridade para ele na Bíblia (o santificar o domingo), e vós não permitis que possa haver autoridade para ele em outro lugar. Tanto vós como nós, seguimos as tradições neste assunto; mas nós as seguimos crendo que são parte da palavra de Deus e que a Igreja (Católica) tem sido divinamente nomeada guardiã e intérprete. Vós seguis a Igreja (Católica) ao mesmo tempo denunciando-a como uma guia falível e falsa, que freqüentemente tem invalidado o mandamento de Deus pela tradição." — Grifos acrescentados.

 

Burns e Oates, publicadores católicos romanos de Londres, são autores do livro "The Library of Christian Doctrine". Uma parte deste é intitulada: "Por que não guardais o dia de sábado?" e apresenta o seguinte argumento de um católico para um protestante:

"Vós me dizeis que o sábado era o repouso judaico, mas que o repouso cristão foi mudado para o domingo. Mudado! Mas por quem? Quem tem autoridade para mudar um mandamento expresso do Deus Onipotente? Quando Deus disse: 'Lembra-te do dia de sábado para o santificar', quem ousaria dizer: 'Não, podeis trabalhar e fazer qualquer tipo de coisa secular no sétimo dia; mas santificareis o primeiro dia em seu lugar.'? Esta é a pergunta mais importante, à qual não sei como podeis responder.
"Sois protestante, e afirmais seguir a Bíblia e a Bíblia apenas: e mesmo nesse importante assunto, qual seja o da observância de um dia em sete como santificado, ides contra a clara letra da Bíblia e pondes outro dia no lugar daquele que a Bíblia ordenou. O mandamento que ordena santificar o sétimo dia é um dos Dez Mandamentos; vós credes que os outros noves sejam ainda obrigatórios; quem vos deu autoridade para violar o quarto? Se quiserdes ser coerentes como vossos próprios princípios, se realmente seguis a Bíblia e ela unicamente, deveis ser capazes de apresentar alguma porção do Novo testamento na qual o quarto mandamento seja expressamente alterado."
— P. 3–4. Grifos acrescentados.

 

O Cardeal Maida, Arcebispo de Detroit, EUA, observa:

"O dia santo foi mudado do sábado para o domingo… não em virtude de qualquer instrução dada pelas Escrituras, mas por causa do sentimento de poder da própria Igreja (Católica). (…) As pessoas que pensam que as escrituras deveriam ser a única autoridade, deveriam logicamente se tornar adventistas do sétimo dia, e santificar o sábado." — Em "St. Catherine Catholic Church Sentinel", Algonac, Michigan, EUA, 21 de maio de 1995. Grifos acrescentados.

 

Declara o "Boletim Católico Universal":

"A Igreja (Católica) mudou a observância do sábado para o domingo pelo direito divino e a autoridade infalível concedida a ela pelo seu fundador, Jesus Cristo. O protestante, propondo a Bíblia como seu único guia de fé, não tem razão para observar o domingo. Nessa questão, os adventistas do sétimo dia são os únicos protestantes coerentes." — P. 4, de 14 de agosto de 1942. Grifos acrescentados.

 

A 22 de maio de 1934, John L. Day, de Thomaston, Ga., EUA, obteve a seguinte resposta de "The Catholic Extension Magazine" (que no cabeçalho declara ser "a maior revista católica publicada nos EUA") para uma pergunta que fez sobre a questão sábado/domingo:

"Com respeito à mudança da observância do sábado judaico para o domingo cristão, desejo chamar sua atenção para estes fatos:
"(1) Que os protestantes que aceitam a Bíblia como regra de fé e religião, devem por todos os meios retornar à observância do sábado. O fato de que não o fazem, mas, ao contrário, observam o domingo, os estultifica aos olhos de todo homem pensante.
"(2) Nós católicos não aceitamos a Bíblia como a única regra de fé. Além da Bíblia temos a Igreja viva, a autoridade da igreja como uma regra para nos guiar. Dizemos que esta igreja instituída por Cristo, para ensinar e guiar o homem através da vida, tem o direito de alterar as leis cerimoniais do Velho Testamento e daí, aceitamos sua mudança do sábado pelo domingo. Nós dizemos francamente: 'Sim, a igreja fez esta mudança, criou esta lei, tal como fez muitas outras leis; por exemplo, o jejum da sexta-feira, o celibato sacerdotal, as leis concernentes aos casamentos mistos, o regulamento dos matrimônios católicos, e um milhar de outras leis'.
"(3) Também declaramos que de todos os protestantes, os
adventistas do sétimo dia constituem o único grupo que raciocina corretamente e é coerente com seus ensinos. É sempre um bocado engraçado ver igrejas protestantes, em púlpitos e legislaturas, requerendo a observância do domingo, sobre a qual nada consta na Bíblia." — Peter R. Tramer, Editor. Grifos acrescentados.

 

Chega de citações. O que deve ser dito da situação contraditória em que o protestantismo se encontra quanto à guarda do Dia do Senhor? Eis a igreja de Cristo, chamada do catolicismo no século XVI para estabelecer-se sobre "a Bíblia, e a Bíblia somente", professando lealdade à Lei de Deus, lealdade ao "sábado" de Deus, lealdade para com a verdade divina e ainda assim observando um dia que as Escrituras não ordenam nem uma única vez, rejeitando completamente o dia que a Bíblia declara santo! Sabendo disto, a Igreja Católica Romana não tem deixado de observar a situação embaraçosa em que seus irmãos separados se encontram. Talvez nenhum comentário possa ser mais bem feito do que o do órgão oficial do Cardeal James Gibbons:

"A Igreja (Católica), mais de cem anos antes da existência de um único protestante, em virtude de sua divina missão, mudou a solenidade do dia de sábado para o domingo. (…)
"O mundo protestante em sua origem (no começo da Reforma no século dezesseis) encontrou o domingo muito fortalecido para contrariar a sua existência; foi, por essa razão, colocado sob a necessidade de aquiescer no arranjo, submetendo-se assim ao direito da igreja de mudar o dia, por mais de trezentos anos. O domingo é, por conseguinte, o reconhecido produto conseqüente da Igreja Católica como esposa do Espírito Santo, sem uma palavra de protesto do mundo protestante.
"Vejamos, agora, rapidamente, nossa segunda posição com relação à Bíblia apenas, como ensinador e guia nos assuntos de fé e moral. Este ensinador (a Bíblia) proíbe de maneira saliente qualquer mudança do dia por razões superiores. O mandamento requer um 'concerto perpétuo'. O dia ordenado pelo ensinador (a Bíblia) para ser guardado jamais o foi (o domingo), desenvolvendo-se assim uma apostasia de um princípio supostamente fixado, tão contraditório, absurdo e, conseqüentemente, tão suicida que se não pode expressar com poder da linguagem.
"Os limites da desmoralização tampouco são ainda atingidos. Longe disto. Seu pretexto de deixar o seio da Igreja Católica foi a apostasia da verdade como ensinada na Palavra escrita. Adotaram a Palavra escrita como seu único mestre, mas a abandonaram assim que fizeram esse adoção. (…) Por uma perversidade tão voluntária quão errônea, (os protestantes) aceitam o ensino da Igreja Católica em oposição direta ao claro, invariável e contínuo ensinamento de seu único Mestre no que tange à doutrina mais essencial de sua religião, realçando desse modo a circunstância na qual podem ser apropriadamente tachados como 'um escárnio, um embuste e um laço.' (…)
"A razão e o senso comum exigem a aceitação de uma outra destas alternativas: o protestantismo e a observância e santificação do sábado, ou o catolicismo e a observância e santificação do domingo. Um compromisso ou acordo é impossível."
— Em "Catholic Mirror" (Espelho Católico), de 23 de setembro de 1893. Reimpresso pelo como um folheto, "The Christian Sabbath" (O Sábado Cristão), p. 29–32. Grifos acrescentados.

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"Escute as minhas palavras e preste atenção em tudo o que vou dizer… Darei a minha opinião com franqueza; as minhas palavras serão sinceras, vindas do coração." (Jó 33:1,3)