sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Comentário da Lição 03 - Adoração e Dedicação - ESCOLA NO AR

4º Trimestre de 2009 - O Povo a Caminho - O Livro de Números

Comentário da Lição 03 - Adoração e Dedicação

 

Sábado, 10/10/2009 - › ADORAÇÃO E DEDICAÇÃO

INTRODUÇÃO
 
Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. II Cor. 9:7 (NVI).

Como adoramos nós a nosso Deus? Como você adora? Compreendemos realmente o que significa apresentar-se à presença de Deus? Conhecemos Àquele a quem adoramos e é Ele real para nós?

Nos dias de Jesus, uma mulher samaritana procurou entender o ato de adoração, e colocou a questão perante o Mestre: "Nossos antepassados adoravam a Deus neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o lugar onde devemos adora-lo". - João 4:20 - BLH.

O que é importante no ato de adoração: o lugar, a maneira ou Aquele a quem adoramos?

Jesus deu orientações muito importantes: "Vocês, samaritanos, não sabem o que adoram, mas nós sabemos o que adoramos ... Deus é Espírito, e por isso os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade". - Vs. 21-24. BLH.

O problema na adoração não se encontra nos ensinos de como Deus deseja ser adorado, mas na maneira de compreender esses ensinos. No entanto, o maior problema está no fato de olvidarmos de que Satanás está permanentemente ativo para corromper o ato de adoração. Para Jesus, Satanás tentou desviar o centro da adoração.

Os ensinos de Deus sobre o ato de adoração são simples e compreensíveis para qualquer ser humano e em qualquer tempo. Alguns detalhes podem ser distintos, mas a essência do ato fundamenta-se no reconhecimento da Soberania de Deus e em nossa dependência dEle, como criaturas.

Jesus declarou: o Pai quer adoradores que o adorem em ESPÍRITO e em VERDADE. Esta é a essência do ato de adoração. O lugar não é o centro do ato de adoração; o centro do ato de adoração é Aquele a quem adoramos. O lugar não é o apelo para o ato de adoração, mas a presença dAquele a quem adoramos.

Pense: "De fato o Deus Eterno está neste lugar, e eu não sabia disso". - Gên. 28:16 - BLH.

Desafio: Tire as sandálias dos pés, pois o lugar em que você está é terra santa. Ex. 3:5 (NVI).



Domingo, 11/10/2009 - › DEDICAÇÃO DO ALTAR 

Quando Adão rompeu o relacionamento estabelecido em princípios de amor, harmonia e confiança, orientando a conduta, Ele caiu em desgraça, mas não ficou fora do alcance da graça. Deus revelou a Adão o plano da salvação por meio da aliança eterna de Sua graça: Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. - Gên. 3:15

Para ensinar a Adão o processo de atuação da graça, Deus usou um método simples, mas dramático: a morte do cordeiro. No animal morto como substituto, estava a revelação da graça de Deus para o problema do pecado.

De Adão a Abraão o pecador readquiria a justiça pela fé no Salvador tipificado na morte do cordeiro. Um sistema simples, sem regulamentação, sem lei elaborada, mas claro suficiente para definir a conduta do pecador em seu procedimento para obter graça e perdão. O pecador sabia sem a menor dúvida que necessitava apresentar um cordeiro substituto quando em situação de pecado. De Abraão ao Sinai, o sistema simples perdeu-se ao longo do tempo do cativeiro. Foi abandonado e esquecido.

No Sinai, o método de justificação foi regulamentado. Veio como lei para orientar e instruir. Foi incorporado à Tora, que formou o conjunto de leis comunicadas por Deus ao povo de Israel no período acampado junto ao monte Sinai.

Para revelar ao povo de Israel a grandeza de Sua graça, Deus orientou a Moisés no procedimento da dedicação do altar, o centro de todo o serviço espiritual. Nas dádivas dos sacrifícios substitutos estava revelada a graça de Deus. No ritual solene e impressivo da dedicação do altar era destacada a santidade, a onipotência, a justiça, o amor, a misericórdia e todos os atributos perfeitos do caráter de Deus.
 

Pense: Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor. - Rom. 6:23.

Desafio: No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29 ARA.



Segunda-Feira, 12/10/2009 - › COMUNHÃO COM DEUS

Para desenvolver a adoração genuína, precisa ser alimentado o desejo de comunhão: "Como a corça bramindo por águas correntes, assim minha alma está bramindo por ti, ó meu Deus! Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando voltarei a ver a face de Deus?" - Salmo 42:1 e 2 - BJ.

Quando o adorador entende que irá à presença do Deus vivo - a razão de sua vida e esperanças gloriosas, esse encontro manifesta-se em uma necessidade do ser humano que não satisfeita transforma-se em anseio angustiante - sede. Sede intensa e o desejo de satisfazê-la. É a busca da bênção.

A adoração passa a ser um encontro de dois anseios - de Deus e do homem. Nossa sede pela comunhão com o maior e melhor Amigo é plenamente satisfeita.

A adoração neste espírito culmina em felicidade: "Depois Salomão mandou o povo para casa, feliz e com coração alegre por toda a bondade que o Senhor havia mostrado a seu servo Davi a seu povo Israel. E eles abençoaram o rei". - I Reis 8:66 - BV.

Que espetáculo maravilhoso deve ter sido o retorno dos filhos de Israel aos seus lares depois de adorar. Suas vozes ecoando pelas quebradas das montanhas, e se espalhando em harmoniosas melodias pelos vales e prados floridos. Quisera ter estado lá e vivido estes momentos de glória.

Como você adora? Você sabe o que adora? A alegria da salvação transborda de teu ser em hinos de exaltação ao teu Criador?
Alegria quando se dirige para o local de adoração; alegria no desfrutar da comunhão do Deus vivo, doador generoso de todos os benefícios; alegria ao volver para casa depois de um feliz período na presença do Deus Eterno.

Pense: "Quando todas as outras vozes silenciam e em sossego esperamos perante Ele, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus. Ele nos manda: aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus. Somente assim se pode encontrar o verdadeiro descanso. E é essa a preparação eficaz para todo trabalho que se faz para Deus". - DTN. pág. 363.

Desafio: Quando a adoração é um encontro ansiado, ele traz outro elemento importante: "Fiquei muito alegre quando me co(NVI)daram, dizendo: vamos até a casa do Senhor!" - Salmo 122:1 - BV.



Terça-Feira, 13/10/2009 - › LUZ NO SANTUÁRIO 

Qual o propósito divino na criação do homem? Ele mesmo responde: A todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória, e que formei e fiz. - Is. 43:7. Ele criou o homem para a Sua glória.

Em sua peregrinação pelo deserto dirigindo-se para a terra da promessa, os israelitas sempre deveriam manter presente que eles deviam glorificar a Deus. Para manter vivo esse propósito de Deus, o candelabro permanecia acesso permanentemente no santuário, lembrando-lhes a presença de seu Criador.

Moisés desenvolveu um relacionamento de profunda intimidade com Deus, glorificando-O em todo o seu viver. Em Hebreus 11:27 é declarado que ele via a Deus. Via aquele que é i(NVI)sível.

Como pode um ser humano desenvolver relacionamento íntimo com um ser divino? Como relacionar-se com o i(NVI)sível? Leia em Pense.

Moisés tinha uma profunda intuição da presença pessoal de Deus, e isto era real para ele. Mas como? Através da mente, do pensamento.

É interessante a experiência que, quando pensamos em uma pessoa amada, a visualizamos na mente. Quando alguém pronuncia o nome da pessoa amada, nós visualizamos seu rosto. Moisés via a Jesus desta maneira.

Uma informação muito importante: Nunca lhe perdeu de vista a face. Outra experiência igualmente importante é que, quando os nossos olhos se centralizam em outro objetivo, visualizamos este objetivo, e perdemos de vista a pessoa amada.

Isto é muito real em nossa experiência com Cristo. Quando o mundo com suas sedutoras atrações se interpõe entre nós e Cristo, perdemos de vista a sua face de amor.

Pense: "Tinha sempre presente o Senhor, e o Senhor estava sempre à sua mão direita para o ajudar. Tinha Moisés uma profunda intuição da presença pessoal de Deus... Deus lhe era real, sempre presente em seus pensamentos. Moisés era cheio de confiança em Deus porque tinha uma fé que se apropriava das bênçãos... Cria que Deus lhe regia a vida, particularmente. Moisés não só pensava em Deus; ele O via. Deus era a constante visão que tinha presente; nunca lhe perdeu de vista a face. Via a Jesus como seu Salvador, e cria que os méritos do Salvador lhe seriam imputados. - TS. II, 267 e 268.

Desafio: Tendo os olhos fixos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Heb. 12:2 (NVI).



Quarta-Feira, 14/10/2009 - › DEDICAÇÃO DOS LEVITAS PARTE 1 

Tremendas dúvidas assaltavam a mente de Davi. Quais os valores que conferem um sentido real para a vida neste mundo de pecado? Os maus vivem melhor do que os bons, por que então servir a Deus? Davi não podia entender porque os maus aparentemente vivem melhor do que os bons. Por que os que não servem a Deus prosperam e os que o servem sofrem tribulações? Até que entrei no santuário,… O teu caminho, ó Deus, está no santuário. Salmo 73:17 e 77:13 ARC.

Deus é o Soberano eterno. O Seu eterno reino da glória é o Seu eterno reino da graça. Todas as criaturas de Deus vivem no eterno reino da glória sob o eterno reino da graça. Nenhuma criatura tem vida inerente, não vive por si mesma, mas todos vivem pela eterna graça comunicada por Deus. Deus é vida, Deus é graça e a vida de Suas criaturas é dádiva de Sua graça.

Deus é amor. Também é graça. O amor e a graça são manifestações inseparáveis do caráter de Deus, tal como o são a santidade, a pureza, a perfeição, a justiça, a fidelidade, a integridade, a misericórdia…

Todas as providências para a salvação do homem caído em pecado, foram tomadas por Deus muito antes de este ser criado. Como Deus é fiel a tudo o que promete ele cumpre cada detalhe do plano já estabelecido. Todos aqueles que se perdem não são vítimas da infidelidade de Deus, mas de sua própria rejeição da fidelidade de Deus.

Assim, para o povo de Israel Deus revelou o seu eterno plano de graça nos serviços do santuário. Deus separou e consagrou os levitas para que estivessem entre Ele e o pecador executando o serviço de expiação dos pecados e revelando a Sua graça.

Pense: Porei a minha morada no meio de vós; não terei aversão a vós; caminharei no meio de vós; eu para vós serei Deus, e vós sereis para mim o povo. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos fiz sair da terra dos egípcios, para que não sejais mais seus servos; fui eu que quebrei as cangas do vosso jugo e vos fiz caminhar de cabeça erguida. Lev.26: 11-13 TEB.

Desafio: Ó profundeza da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus julgamentos e impenetráveis os seus caminhos! Quem, com efeito, conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou, ainda, quem lhe deu primeiro, para dever ser pago em troca? Pois tudo é dele, e por ele, e para ele. A ele a glória eternamente! Amém. Rom. 11:33 TEB.



Quinta-Feira, 15/10/2009 - › DEDICAÇÃO DOS LEVITAS PARTE 2 

Deus não enfrenta emergências e imprevistos. Tudo foi previsto e planejado na eternidade antes da criação do universo.

A rejeição da graça eterna acionou a eterna justiça divina. Como a justiça divina sempre é coerente e infalível, ela também está fundamentada no amor eterno: É ele o Rochedo, perfeita é sua ação, todos os seus caminhos são judiciosos; é o Deus fiel, injustiça nele não há, ele é justo e reto. Deut. 32:4 TEB.

Deus criou o homem não para a queda, mas para a vida. Todavia, ele foi criado com o direito e a liberdade de escolha. Poderia escolher entre a vitória sobre o tentador mediante a orientação e assistência do poder de Deus, ou dar ouvidos ao tentador e sofrer a queda.

Deus colocou perante toda a nação de Israel o Seu plano de salvação. Não somente para eles, mas para todos os pecadores. No capítulo 20:26 de Levíticos, Deus faz uma das declarações mais lindas e profundas de Seu plano para redimir pecadores: Pertencei a mim, santos como eu sou santo, eu, o Senhor; e eu vos distingui do meio dos povos para que pertençais a mim. Todo o processo para salvar pecadores é de inteira iniciativa e competência divina, fundamentado em seu eterno amor perdoador e na Sua eterna graça justificadora. Dediquei os levitas ... e farão propiciação por eles. (Pelo povo). Num. 8:19 (NVI).

Se dúvidas espirituais nos assaltam, entremos no santuário, porque o caminho de Deus está no santuário. Ali todos os valores tem a avaliação correta. Em face de Cristo, o centro de todos os serviços e símbolos do santuário, a pérola de grande preço, tudo o mais se transforma em lixo. Todos os serviços do santuário tipificavam Cristo, a graça.

Pense: Santificai-vos, portanto, para serdes santos, pois eu sou o Senhor, vosso Deus. Observai as minhas leis e ponde-as em prática. Eu sou o Senhor, que vos santifico. Lev. 20:7 e 8 TEB.

Desafio: Porque o fim da lei é Cristo, para a justificação de todo aquele que crê. Rom. 10:4 (NVI).



Sexta-Feira, 16/10/2009 - › ESTUDO ADICIONAL 

Além do candelabro aceso no santuário, os israelitas receberam muitas outras manifestações poderosas da presença de Deus em sua jornada pelo deserto. A nuvem protetora provendo sombra durante o dia para protegê-los do sol escaldante do deserto e aquecendo o ambiente durante a noite para guardá-los do frio; o pão diário na provisão do maná; a água brotando da rocha; os libertamentos miraculosos dos inimigos, tudo lhes falava da grandeza de Deus. No entanto, muitas vezes perderam de vista seu poderoso guia e protetor.

Grande número de pessoas estão enfrentando o mesmo problema espiritual em nossos dias, por não conseguirem visualizar a Deus como suficientemente grande para satisfazer as necessidades do mundo moderno.

Aumenta cada vez mais o número de pessoas que vivem com insatisfação interior, por não conseguir desenvolver fé em Deus. Estes homens e estas mulheres não são em si mesmos maus, marginais perigosos da sociedade, mas deparam-se com o grande problema em suas mentes de não conseguir ver a Deus como alguém suficientemente grande para explicar o milagre da vida; sábio suficiente para explicar os modernos conceitos científicos; e então naturalmente, grande suficiente para merecer sua admiração e respeito para adorá-lo como o todo Onipotente.

Este problema não está atuando apenas em pessoas que nunca tiveram uma visão clara da infinita grandeza de Deus, mas já atinge muitos membros da igreja e de modo especial jovens. Com certeza estamos precisando da experiência de Pedro, quando uma onda revolta se interpôs entre ele e Jesus, perdendo-O de vista e começando a afundar no mar da Galiléia, mas clamou: Salva-me, Senhor!

Pense: Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. João 1:10 (NVI).

Desafio: Falando novamente ao povo, Jesus disse: 'Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida. João 8:12 (NVI).


 

Conheça o autor

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Pr. Albino Marks
Especialista em aconselhamento familiar e profundo estudioso da Bíblia, o pastor Albino Marks já atuou como preceptor (IAP, IACS, IAE-SP); capelão (IACS e Hospital do Pênfigo); diretor geral do IAP; departamental em várias associações e na UCB.

 

www.escolanoar.org.br

FONTE: http://www.escolanoar.org.br/Novo/impressao.asp?nivel=adultos_pt&data=16/10/2009