Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: O Fruto do ESPÍRITO
Estudo nº 03 – Alegria
Semana de 09 a 16/01/2010
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
"...eles não são do mundo como também Eu não Sou" (João, 17:14)
Verso para memorizar: "Tenho lhes dito estas palavras para que a Minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa" (João 15:11. NVI).
- Introd. – "Bem aventurado o homem que ... se guarda de profanar o sábado" (Isa. 56:2)
Há geralmente uma certa confusão entre alegria e felicidade. Muitos entendem que alegria é um estado permanente, superior à felicidade, como na lição dessa semana. Mas temos que recorrer aos dicionários para obtermos o conceito dessas palavras. Em relação a alegria e felicidade, o que dizem alguns dicionários?
O dicionário Michaelis, sobre alegria diz ser "contentamento, júbilo, prazer moral, regozijo, divertimento, festa, acontecimento feliz.
O dicionário Priberam diz ser uma manifestação de contentamento e júbilo.
O dicionário Aurélio diz ser uma forte impressão de prazer causada pela posse de um bem real ou imaginário, pular de alegria, júbilo, contentamento, festa, divertimento.
Em sobre felicidade, o que dizem esses mesmos dicionários?
O Michaelis diz ser um estado de quem é feliz, ventura, bem-estar, contentamento, bom resultado, bom êxito, bem-aventurança.
O Priberam diz ser concurso de circunstâncias que causam ventura, estado de pessoa feliz, sorte, ventura, dita, bom êxito.
O Aurélio diz ser estado de perfeita satisfação íntima, ventura, beatitude: contentamento, grande alegria, euforia, grande satisfação, circunstância favorável, bom êxito, boa sorte.
Aristóteles já dizia que a alegria é momentânea, mas a felicidade vem de dentro, é como a esperança, uma vontade de viver, de lutar, uma paz interior. Os filósofos antigos tinham a felicidade como o alvo da vida, e a associavam geralmente com a virtude, e viam em DEUS a fonte máxima de felicidade.
Consultando a Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, de R. N. Champlin e J. M. Bentes, sob o verbete "felicidade", encontramos mais esclarecimentos interessantes. Diz que a felicidade era o alvo da vida. Bentham chegou a dizer que a felicidade precisava do amor como força motivadora. Norris concordava com teólogos cristãos ao afirmar que a verdadeira felicidade consistia em contemplar a DEUS. Kantt vinculava a virtude à felicidade. Agostinho dizia que a felicidade era o alvo da existência humana. A enciclopédia ainda aprofunda dizendo que felicidade é um conjunto grande de venturas que satisfazem a vida, incluindo a alegria. Algumas dessas venturas são: honra, bem-estar, autocontrole, coragem, liberalidade, prosperidade, atividade intelectual, atividade física, etc. O perdão, continua, é um dos fortes fatores para sermos felizes, assim como a paz interior. Os remidos são felizes porque tem esperança, e tem seus pecados perdoados. E diz mais, "ser feliz, de acordo com os dicionários, é ser abençoado, bem-aventurado, animado, afortunado, alegre, próspero, saudável, bem-sucedido, radiante, esperançoso.
Portanto, a alegria é apenas um ingrediente da felicidade, muito mais ampla. E faltando um ou noutro ingrediente, não é o caso de nos tornarmos infelizes. Por exemplo, se estamos tristes, por algum fato ocorrido, não se dá o caso de nos tornarmos infelizes. Se perdemos algo, não nos tornamos infelizes, só está faltando um ingrediente. O infeliz é aquele que principalmente perdeu a esperança para a sua vida, o significado dela, que já não percebe mais possibilidade de perdão. O antônimo de felicidade é infelicidade, um estado do qual dificilmente se sai, como ensinou JESUS em Suas bem-aventuranças. Já estar triste é um estado momentâneo e passageiro, pois os tristes podem não estar em situação de infelicidade. A tristeza, assim como a alegria, ao contrário do que a lição apresenta, é um estado decorrente de fatos, enquanto a felicidade é um estado mais permanente e mais bem fundamentado em muitos fatos e motivos íntimos, que vão desde o que crê (fator permanente) até ao que lhe acontece (fator temporário).
Ou seja, "felicidade vem de dentro. É como a esperança; uma vontade de viver, de lutar, uma paz interior. Alegria é momentânea, como dizia Aristóteles mesmo...
Felicidade não depende da tristeza, da alegria, do desejo ou do prazer. Ela só está ali, só te sustenta em momentos difíceis e preenche seu interior. Para mim, felicidade é Deus! Não depende se você está triste, alegre, doente, são, com desejo ou com prazer. Ele está ali. É como a garantia da felicidade. A felicidade está dentro de si, se constrói e não se encontra num momento, nos bens materiais e tal... É mais ampla!"
Contudo, sempre que encontramos a DEUS, nossa alegria aumenta e amplia a felicidade, mas quando tropeçamos, e pecamos, nos entristecemos com isso, e a tristeza nos leva geralmente ao arrependimento. Quanto pecamos não nos tornamos infelizes, isso só acontece quando perdemos a esperança do perdão e da salvação.
- Primeiro dia: O mandamento para nos alegrarmos
Filipenses 4:4 diz que o cristão vive alegre sempre no Senhor. A expressão "sempre alegre" significa ser feliz, algo permanente, isto é, ter esperança fundamentada em conhecimento sólido, em promessas garantidas de algo que é supremamente bom. Em outras palavras, aqui, por enquanto pode ser ruim. Os governos daqui podem nos roubar, talvez nem confiemos neles, as pessoas podem cada dia piorar sua índole e a vida nos impor cada vez maiores ameaças. Podemos até perder a vida. Antes disso, podemos até passar por sofrimentos, perseguições e por situações difíceis. Podemos perder amigos, ter doença grave na família, e nós mesmos sermos atingidos por coisas ruins. E isso pode nos lavar a tristeza, mas não pode tirar de nós o estado permanente de felicidade que tem aqueles que confiam no Criador e no Salvador, que portanto tem esperança, um dos muitos ingredientes da felicidade.
Por que podemos nos alegrar nos mandamentos do Senhor? Bem, isso é tão simples quanto estarmos vivos. Porque esses são os mandamentos do amor, feitos para trazer alegria, não tristeza. Esses mandamentos são bons, eles, se obedecidos, melhoram nossa qualidade de vida aqui mesmo na Terra. Eles são a receita da vida superior, e sua obediência garante a permanência na salvação que CRISTO nos deu. A obediência aos mandamentos faz com que evitemos novos pecados, portanto, confirma a aceitação da intercessão de CRISTO, e ratifica de nossa parte a aceitação de Seu perdão. Somos salvos por CRISTO morto na cruz, isso é verdade, mas permaneceremos salvos obedecendo. E essa obediência é para a nossa felicidade, tanto já no presente quanto no futuro, e muito mais no futuro. Obedecer é estar em sintonia com o amor, que é DEUS, e isso só pode ser motivo de felicidade.
- Segunda-feira: A alegria em CRISTO
Duas perguntas se tornam inevitáveis agora: no que consistia a alegria de CRISTO? No que consiste a nossa alegria? Por que Ele era alegre, e por que nós somos alegres. Isso quer dizer, somos um povo feliz, como CRISTO foi. Ele teve momentos de tristeza, mas nunca foi um infeliz.
Então, vamos à primeira pergunta, porque Ele vivia alegre, era feliz? Porque veio resgatar aqueles que se haviam perdido, e estava certo da vitória, embora ela dependesse inteiramente d'Ele. Vamos supor o seguinte, que alguém tenha raptado seu filho. Isso lhe deixa triste, sem dúvida. Mas você passa a lutar incansavelmente em busca desse filho, e essa luta lhe dá alguma esperança, e a esperança impede que se torne um infeliz. Os momentos de alegria o tornam num lutador que jamais desiste, afinal, é o seu filho. No momento em que entregar os pontos, que desistir, se foi a alegria de viver, a se torna uma pessoa infeliz, sujeito a depressão.
Então, um dia desses consegue informações seguras de que seu filho está vivo. Mais esperança, e momentos de alegria. Vai atrás de pistas, a polícia ajuda. E um dia desses descobre o cativeiro, e você vai lá com os policiais, e resgata o seu filho, vivo, embora cansado e mal tratado. O resgate e o reencontro é seu motivo mais intenso de alegria. Enfim, o filho está de volta em casa.
Isso é o que aconteceu nas três parábolas do estudo de hoje. A ovelha perdida, que sabia estar perdida, mas não conseguia voltar, ficou alegre junto com seu pastor. O reencontro foi emocionante. A moeda, inconsciente de sua situação, nem sabia que estava perdida nem sabia como retornar. Ao encontrar a moeda, o seu dono ficou feliz. A moeda ilustra um pecador que nem percebe sua situação de desgraça, e vive no mundo sem saber o que é ser feliz. Mas quando é encontrado, descobre outro estilo de vida, um estilo superior, de felicidade eterna.
O filho pródigo, que se perdeu por vontade própria, não por descuido como foi a ovelha, sabia que estava perdido e sabia como retornar. Quando decidiu retornar já se sentiu melhor. Quando ele e o pai se avistaram, foi um momento de alegria intenso para os dois, tanto que o pai decidiu dar uma grande festa.
O que há em comum nessas ilustrações foi o resgate. Em todos eles houve motivo de alegria.
E nós? JESUS sofreu muito, mas Sua missão lhe rendeu muitas alegrias. Cada vez que um pecador se entregava a Ele, ficava contente. Até hoje é assim, ao um pecador se arrepender é motivo de júbilo no Céu, desde em DEUS até em todos os anjos. Nós temos motivos de nos alegrarmos pelo fato da salvação estar garantida. Só nos resta, da nossa parte, nos entregarmos com humildade ao nosso Salvador, que então o ESPÍRITO SANTO nos transforma e nos eleva a sermos cada vez mais semelhantes ao Altíssimo.
- Terça-feira: Alegria na obediência (João 15:11)
Nesse mundão velho e esfarrapado, obedecer é ultrapassado, denota alguém sem entendimento e sem autonomia, que não sabe ser livre. Em poucas palavras, é um pobre coitado, que é útil aos outros, não a si mesmo.
Mas pela Bíblia aprendemos que é o contrário. Dela aprendemos que a nobreza de um ser humano é obedecer. Como entender essa contradição?
Para quem é experiente em conhecer a natureza de DEUS, entender a contradição acima é bem fácil. No mundo se propagandeia a independência de idéias e de atitudes. Mas independência de quê? Pois somos cada vez mais bombardeados pela mídia do que temos que fazer. Nos insistem no que temos que vestir, que nos alimentar, como passar as horas de lazer, como nos ornamentar, como modificar o nosso corpo (silicone, tatuagens, adornos, furos, cortes, subtrações, acréscimos, etc.) o que temos que ser, onde temos que ir, o que fazer nas férias, o que fazer a noite toda, o quanto o casamento e a família são ultrapassados, o quanto crer em DEUS é algo do passado, o quanto ler a Bíblia é burrice, e assim vai. O mundo obriga as pessoas a serem aquilo que alguns espertinhos submissos a satanás querem que todos sejam, e conseguem passar a idéia de que seguindo essas quase imposições, se é livre. Sim, insistem em repetir, que seguir as determinações da mídia é ser livre. Na verdade esses são todos escravos, e nem percebem. Há até, por esses dias, uma propaganda sobre a "nova mulher", que quer ser linda, e para isso, precisa se pintar. Pois essa propaganda é até ofensiva às mulheres, pois está dizendo que elas, ao natural, são feias, coisa que não é verdade. Nos dizem que precisamos passar noitadas pulando, bebendo álcool, nos drogando, e afirmam que isso é diversão, isso é liberdade. Propagandeiam que viver feliz é separar-se do cônjuge, e deixar os filhos sem o amor dos dois. Dizem que ser feliz é o tal do amor livre, sem compromisso, coisa que não passa de um mero ato sexual vazio e sem sentido, apenas sensações momentâneas. Confundem amor com prazer, e já não sabem que amor é DEUS, e que a verdadeira felicidade não depende dessas coisas, e sim, principalmente depende de estar ligado a promessa de um futuro perfeito e eterno.
Analisando bem, os seres humanos são quase obrigados a viver segundo os interesses de outros, que os dominam o tempo todo, interesses financeiros. E por trás desses interesses financeiros, sabem o que existe? Outros interesses, os do afastamento de DEUS para adorar a satanás. O poder do dinheiro abre as portas para a adoração ao que quer ser semelhante ao Altíssimo. E as pessoas acreditam que viver assim é ser livre. Não só se tornam escravas de interesses econômicos movidos a ganância como se tornam reféns da adoração a um inimigo mortal, que caminha para a destruição e morte, e com ele vão todos os acreditarem nessa falsa liberdade.
Mais uma vez é imperioso usar o exemplo das mulheres. Aquelas mulheres cristãs, que vivem um estilo de vida simples e saudável, que se amam e são amadas cada uma pelo seu respectivo marido, quando chegam à meia idade, e quando chegam na faixa dos 50 anos, pregam um sermão dos mais poderosos ao mundo inteiro. Sabe por quê? Porque elas são lindas, parecem bem mais novas, tem pele bonita, são saudáveis e felizes. Elas, onde estão, espalham a alegria de viver com a esperança e a certeza da vida eterna. Uma mulher assim aparenta no mínimo 10 anos mais nova. PORÉM, o que o mundo diz? Que elas não sabem aproveitar a vida!!! Os homens do mundo, com suas mulheres maltratadas, envelhecidas, insistem em dizer que sabem o que é aproveitar a vida, e sabem o que é ser livre. Será verdade?
E obedecer a DEUS, como isso é ser livre? Em primeiro lugar, obedecendo somos mais saudáveis, adoecemos menos, vivemos melhor, temos melhor relacionamento no lar, temos esperança de vida eterna com felicidade, etc. Só nisso já seria suficiente para nos sentirmos livres e felizes, não é mesmo? Mas tem mais.
Obedecer a quem, nesse caso? A DEUS, que é amor, infinitamente poderoso, e que nos ama, veja o que CRISTO fez na cruz. Ele quer nos dar o máximo de Seu poder criativo e criador, uma eternidade cheia de novidades todos os dias, cheia de alegria e felicidade. Ele mesmo, só em estar perto d'Ele, já vai ser uma experiência de uma tremenda felicidade, que hoje não se pode descrever.
Portanto, o que é obedecer nesse contexto? É ser livre, ora essa. Pois os mandamentos de DEUS não são imposições, eles são aceitos livremente, e representam a instrução de como se ama a DEUS e como se ama o próximo. Quando sabemos amar, então poderemos ser totalmente livres, para fazer tanto o bem como o mal. Quando soubermos amar de verdade, essa liberdade nos será totalmente posta diante de nós. E por termos a inteligência do amor, não iremos escolher o mal, por ele nem teremos mais interesse. Não iremos mais querer competir (veja os fanáticos em futebol, como ficam irados por gozações...), mas iremos sempre para querer servir. Nessas condições podemos ser verdadeiramente livres, pois essa lei liberta. Ela contém o princípio da liberdade, que é amar a todos. Quem ama de verdade, esse pode ser livre em tudo, pois, como DEUS também age, ele jamais irá desejar fazer qualquer coisa maldosa. O seu interesse estará voltado para a felicidade de todos, não para mesquinharias egocêntricas. Só os verdadeiramente livres são também verdadeiramente felizes.
- Quarta-feira: Alegria em tempos difíceis (João 16:33)
Nesse mundo, o que JESUS nos alertou foi que passaríamos por aflições. Todos estão sujeitos a aflições, bons e maus. Aqui todos sofrem, salvos ou perdidos. E isso não é de admirar, pois nesse mundo ocorre uma guerra de terríveis desdobramentos.
Mas não há uma garantia de proteção aos filhos de DEUS, proteção aos que seguem a JESUS? Há sim, mas, parece que não funciona em todas as ocasiões, não é assim?
Não, não é assim. Vamos entender isso melhor. Leia o que se encontra numa de nossas meditações matinais de tempos passados. Retrata a guerra em que estamos.
Cristãos Venceram em Todos os Tempos
"Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé" (I João 5:4).
"Os apóstolos edificaram sobre um firme fundamento, sobre a própria Rocha dos Séculos. Para este fundamento trouxeram eles as pedras tiradas da pedreira do mundo.
Não foi sem empecilhos que os edificadores trabalharam. Sua obra foi excessivamente dificultada pela oposição dos inimigos de Cristo. Tiveram de lutar contra o fanatismo, o preconceito, o ódio dos que estavam a construir sobre falso fundamento. ... Reis e governadores, sacerdotes e príncipes procuraram destruir o templo de Deus. Mas em face de prisões, tortura e morte, os fiéis prosseguiram na obra; e a estrutura cresceu bela e simétrica. ...
Séculos de feroz perseguição se seguiram ao estabelecimento da igreja cristã, mas nunca faltaram homens que tomassem a construção do templo divino como mais cara do que a sua própria vida. ...
"O inimigo da justiça nada deixou por fazer em seu esforço para deter a obra confiada aos edificadores do Senhor. Mas Deus "não Se deixou a Si mesmo sem testemunho". Atos 14:17. Levantaram-se obreiros que com aptidão defenderam a fé uma vez entregue aos santos. A história dá testemunho da fortaleza e heroísmo desses homens. Como os apóstolos, muitos deles tombaram em seus postos, mas a construção do templo avançou firmemente. Os obreiros foram mortos, mas a obra prosseguiu. Os valdenses, João Wycliffe, Huss e Jerônimo, Martinho Lutero e Zwínglio, Cranmer, Latimer e Knox, os huguenotes, João e Carlos Wesley, e uma hoste de outros, contribuíram para o fundamento com material que permanecerá por toda a eternidade. ... Podemos olhar para os séculos que estão para trás, e veremos as pedras vivas de que é composto, brilhantes como jatos de luz em meio às trevas do erro e da superstição. Através da eternidade as jóias preciosas brilharão com brilho sempre maior, testificando do poder da verdade de Deus. (Atos dos Apóstolos, p. 596-598 e Minha consagração hoje, 325. 18 de novembro, MM 1989).
A história do pecado é uma história de guerra. E não é de se esperar que só haja baixas de um lado, do lado de satanás. DEUS tem protegido alguns de Seus filhos no passado da primeira morte, e protege hoje, mas dessa morte, não protege a todos os que ama. Esse foi o caso de Daniel na cova dos leões, para citar um exemplo. Mas nem todas as vezes Ele age assim. A proteção vem da vontade d'Ele, e pode estar certo, Ele tem um critério para decidir se vai ou se não vai proteger um de nós em alguma das muitas ocasiões de perigo fatal. Esse critério é a nossa vida eterna, e a vida eterna de pessoas vinculadas a nós. Por exemplo, se eu o você, morrer hoje, se isso libertar da perda da vida eterna amanhã, não seria inteligência por parte de DEUS permitir a nossa morte hoje? É assim que Ele pensa, pois conhece o futuro. Enfim, Ele sabe o que faz, e tudo que fizer, será por amor.
- Quinta-feira: Alegria duradoura (Hebreus 11:24 e 25)
O estudo da vida de Moisés pode nos dar sabedoria para a vida desses últimos dias nessa Terra. Esse homem de DEUS tomou decisões certas e erradas, mas, acima delas, DEUS dirigia a sua vida, pois ele o permitia.
Para começar, a mãe de Moisés o educou nos princípios de DEUS. Ela o firmou nesses princípios sabendo que com pouca idade ele seria levado ao palácio, e daí em diante, não mais ela, mas os princípios que firmou nele, deveriam servir como diretrizes da vida dele. O moço foi para o palácio, e aprendeu muitas coisas, estudou as ciências da época, tornou-se um intelectual da elite do Egito. Porém, ao mesmo tempo, nunca se afastou dos ensinamentos de sua mãe. Eis aqui a primeira lição para os pais e mães de nossos dias. Eduquem seus filhos enquanto pequenos. Bem logo estaremos sendo perseguidos, e em perseguições uma coisa é certa, separarão pais dos filhos. Então a única garantia de proteção dos filhos será a sua fé e o conhecimento que necessitarão para manter a fé. Se os pais agirem assim, outra vez se reencontrarão, quando JESUS retornar, se não for antes disso.
Moisés não se esqueceu de suas origens, nem de seu povo. Ele estava no palácio, mas no íntimo, pertencia a seu povo. Ele era um israelita, não um egípcio. E continuava firme na adoração ao DEUS de seu povo, nada a ver com os deuses do Egito. Ele estava no Egito, mas não era do Egito.
Um dia, quando em suas visitas viu um egípcio maltratando um israelita, ele sentiu a necessidade de tomar partido, e não teve dúvidas em se posicionar ao lado de seu povo, e acabou por matar o egípcio. Nisso ele errou, poderia ter pedido, naquele momento, por meio da oração, orientação do alto, para saber o que deveria fazer. Outra lição para se aprender. Nos momentos de crise é que menos lembramos de orar, mas é nesses momentos que mais necessitamos de DEUS, portanto, de orar. Principalmente quando bate a tentação, então sim, a oração é supremamente necessária. E saiba do seguinte, essas orações de pedido de socorro, DEUS as atende prontamente, às vezes antes de terminar a oração. É sempre assim.
Então Moisés fugiu em direção do deserto. Ele abandonou o Egito. Aparentemente, ele que fugiu para não ser morto, deixou o Egito por conveniência pessoal, não, como diz em Heb. 11:24 e 25, que recusou os prazeres transitórios do Egito. Afinal, ele fugiu depois de matar um egípcio, e sabia o que lhe iria acontecer por esse motivo. Mas não foi assim.
Em que momento Moisés tomou a decisão de não usufruir das delícias pagãs do Egito? Não foi num momento só, foi uma decisão de vida, desde a sua infância, desde que ainda estava com sua mãe. E quanto o menino entrou no palácio do Egito, ali a sua mente estava voltada para o lar de sua mãe, para o seu povo. Ele nunca se tornou um egípcio, ele nunca permitiu que as honras superassem o conceito em sua mente de que era filho dos patriarcas, e que havia uma promessa da parte de DEUS, que estava para se cumprir. Essa foi uma decisão reconfirmada em muitos momentos de sua vida, ou seja, Moisés se manteve fiel aos ensinamentos de sua mãe. DEUS viu isso, e percebeu nesse homem o futuro líder para retirar o povo da aflição. Um ato mal pensado, de morte de um egípcio, que libertou um israelita, parece ter sido o precedente da libertação de todo o povo.
E onde estava a alegria de Moisés? Em sair do palácio e fugir em direção do deserto? Não! Estava em escapar do julgamento marcial no Egito e por certo de ser morto pelo assassinato? Não! Estava em viver numa terra estranha, longe de seu povo? Não! Estava em ter-se casado com uma mulher que passou a amar? Não só! A alegria de Moisés estava em não ter negado o seu DEUS, em manter-se fiel a esse DEUS e a seu povo, em ter continuado a ser israelita e não ter-se tornado egípcio, e principalmente, em manter firme em sua mente de que em algum dia DEUS viria para libertar esse povo, e ele, junto com todos, alcançariam uma pátria superior. Isso Abraão já esperava, ele até caminhou sobre a terra prometida; seus filhos já esperavam, e Moisés, junto com muitos de seu povo, esperavam. Onde estava a essência da felicidade dessas pessoas? Em confiar no DEUS de seus pais, confiar em promessas firmes. E, Moisés principalmente, nem em sonho imaginava que seria ele o instrumento de DEUS para libertar esse povo e concretizar esse sonho.
Aqui a grande lição é sabermos que bem logo a maior de todas as promessas de DEUS se cumprirá: a segunda vinda de CRISTO. Mais um pouco de fidelidade, mais um tempinho de separação do mundo, de estarmos no Egito mas não sermos do Egito, e seremos resgatados para aquela Terra onde não só se tem vida longa, mas onde esse tem vida eterna.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
O povo de DEUS não pode ser um povo infeliz. Podemos ter momentos de tristeza, mas, seja qual for o motivo, não nos deve tornar infelizes como os abatidos. O infeliz é aquele que perdeu a esperança no futuro e sua vida é vazia, sempre preenchida ilusoriamente por momentos passageiros de alegria. São momentos muitas vezes supridos por drogas, divertimentos, prazeres transitórios, e muitas outras ilusões do mundo. O feliz, embora possa estar triste, a tristeza é passageira, mas a infelicidade é um estado de espírito de longo alcance. Ser infeliz é resultado da incapacidade de confiar em DEUS. Quem tem fé em DEUS jamais será infeliz.
Relembremos a vida de José, filho de Jacó. Ele, quanto pela força viu-se levado para longe da casa de seu pai, ficou muito triste, mas não se tornou num rapaz infeliz. Ele manteve consigo os ensinamentos de seu pai. E a esses ensinamentos se apegou de tal maneira que viveu por eles. De seu lar era o que levou junto por todos os dias de sua vida. Foram esses ensinamentos que o mantiveram ligados a promessa de que, os dias podem ser ruins, mas DEUS está junto, e que não vai perder o principal, a vida eterna. Foi o que Jacó aprendeu quando fugia, em seu sonho da escada, e foi o que ele reaprendeu na luta com DEUS, quando temia seu irmão. E tudo resultou, no final, em grande vitória. Mas dias ouve em que Jacó passou por maus bocados. Esses foram dias sem alegria, mas de tristeza, porém, nunca se tornou um infeliz. Qual a razão? Jacó nunca deixou de confiar em DEUS, cria num futuro melhor.
Assim foi a vida de José, até que foi escolhido, de dentro da prisão, para ser o governador do Egito, o homem mais poderoso abaixo de faraó. De preso direto para a glória, num mesmo dia. E eis que ele era um estrangeiro. Assim será conosco, de mortais, presos pelas circunstâncias do pecado para a glória da vida eterna.
Isso quer dizer que aqui passaremos por aflições, teremos tristezas, mas, se não deixarmos esmorecer a fé, nunca nos tornaremos homens ou mulheres infelizes.
escrito entre: 07/12/2009 a 10/12/2009 - revisado em 10/12/2009
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.