Carta ao Pr. Natanel Rinaldi – Parte 2
A VISÃO DO MILHARAL: UMA "VÁLVULA DE ESCAPE"?
"Interessante" o fato de o senhor usar o mesmo argumento dos ateus, quando querem desmerecer o cristianismo. Muitos deles afirmam que os apóstolos "inventaram" a ressurreição de Cristo devido à grande desilusão que tiveram. E o senhor, mesmo não sendo ateu, age como um ao questionar o surgimento do adventismo por causa da visão de Edson.
Gosto muito das obras apologéticas do Dr. Norman Geisler (mesmo não concordando com várias ideias dele), especialmente do livro Não Tenho Fé Suficiente para ser ateu, onde ele refuta o tal argumento ateístico dizendo que os apóstolos (1) morreram por aquela causa e (2) foram testemunhas oculares dos fatos.
Com o adventismo aconteceu algo parecido, Pr. Rinaldi. Seria muito incoerente os pioneiros de nosso movimento (como Tiago White – para citar apenas um exemplo – que, todos os dias, após os trabalhos no campo, caminhava cerca de 30 km para enviar para outros lugares do mundo os artigos que publicada) dedicarem a vida a um ministério que não fez a diferença na vida deles (a ponto de transformá-los mesmo e os colocar aos pés de Cristo). E, é mais incoerente ainda o senhor acusar Hiram Edson de usar a visão como "válvula de escape" sendo que TIVERAM TESTEMUNHAS OCULARES dos eventos que envolveu o adventismo naquele período.
Veja que a mesma acusação que se faz ao movimento adventista "se pode" fazer ao cristianismo como um todo.
Portanto, as suas afirmações no presente tópico – e as declarações dos ateus – são irrelevantes, ilógicas e insustentáveis.
"Como aceitar essa idéia maluca de que Jesus entrou no Santo dos Santos do santuário celestial em 22 de outubro de 1844 se como Sumo Sacerdote não tinha nada que fazer no lugar santo a partir do ano 31 AD. e ficar lá retido por 1813 (31+1813= 1844)?
"Jesus entrou no Santo dos Santos do santuário celestial 40 dias depois da sua ressurreição."
Como Cristo "não tinha nada para fazer" se a função sacerdotal era (1) interceder – 1 Timóteo 2:5 e (2) julgar? (Compare Levítico 16 com João 5:22). Estude o ritual do santuário na Bíblia; perceba que em Êxodo 25:8, 40 o santuário terrestre [com suas cerimônias] passou a existir por causa de um "modelo" que foi apresentado por Deus a Moisés. A realidade do lugar santo tem que ter um cumprimento no ministério de Cristo, pastor Rinaldi. Do contrário, o sacerdócio no lugar santo do santuário terrestre não teria significado algum para o povo de Israel, que aprendia do evangelho através de tais símbolos (Hebreus 4:2).
Apresentarei um resumo:
1. O sacerdócio do Antigo Testamento apontava para o sacerdócio de Cristo no lugar santo (Hebreus 8:3-6) como nosso intercessor (1 João 2:1, 2). Se Cristo foi diretamente para o santíssimo A FIM DE MINISTRAR, em que momento da história se cumpriu a realidade do lugar santo do santuário?
2. O sumo sacerdócio do Antigo Testamento apontava para o sumo sacerdócio de Jesus, onde, além de ser nosso intercessor (Ele NUNCA o deixou de ser), acumulou a função de juiz (lembre-se que o Dia da Expiação, quando o sumo sacerdote entrava no santíssimo, era um "dia de juízo" para os hebreus). João 5:22 apresenta-nos o Salvador em Sua função judicial.
Nós adventistas não negamos que, por ocasião de Sua ida para o Céu, Cristo foi diretamente ao santíssimo. O detalhe é que Ele o foi para a "inauguração" do santuário, e, depois (quanto voltou de nosso planeta), foi para o lugar santo realizar sua obra ao lado do Pai.
Além disso, nada há na Bíblia que mostre Deus ser "estático", como ensinava Aristóteles. O ministério de Jesus no lugar santo do santuário não O deixou "trancafiado" no local. E, quem disse que o trono de Deus Pai não poderia ser mudado de lugar (do santo para o santíssimo) por ocasião de 1844? Afinal, em Daniel 7:9 percebemos que o trono de Deus é móvel. Isso não é fantasia: é aceitar a Palavra de Deus como ela é (Agora o senhor pode entender o porquê de o autor de Hebreus – para eu, Paulo – pôde escrever que Cristo já estava ao lado do Pai).
Aceito os textos que citou pastor Rinaldi. Porém, discordo da forma como interpreta, sem levar em conta a profecia dos 2300 anos de Daniel 8:14 (profecia essa que os protestantes não questionavam até o século 19 em referência ao poder representado pelo chifre pequeno…), o livro de Levítico e o sermão aos Hebreus.
Unicamente outubro de 1844 dá sentido à profecia de Daniel 8 e 9. E, se não estudarmos a doutrina no contexto dos livros que mencionei, será impossível a entendermos e desfrutarmos das maravilhas que aprendemos, entre elas: a de que nosso intercessor é nosso juiz ao mesmo tempo e que, por isso, se permanecermos ao lado dEle, nossa vitória é garantida!
HEBREUS 6:19
Não deveria usar tal texto de forma dogmática para ensinar que Cristo não teve um ministério no lugar santo do santuário celestial (o senhor está tentando "demolir" parte do sagrado templo de Deus… O FATO DE HAVER UM LUGAR SANTÍSSIMO NO CÉU PRESSUPÕE A EXISTÊNCIA E IMPORTÂNCIA DO LUGAR SANTO. Lembre-se que Apocalipse 21:22 não ensina que Deus irá "destruir" algo bom que fez no Céu, mas que santuário perderá sua função salvífica, pois, todos estaremos no Céu).
A palavra véu (grego katapetasma) possui 3 significados. Por isso, não se pode dizer categoricamente que Jesus entrou diretamente no santíssimo. No Novo Testamento ela aparece seis vezes:
1. Três para se referir ao véu do templo que se rasgou quando Cristo morreu (Mateus 27:51; Marcos 15:38; Lucas 23:45);
2. Três vezes é usada no livro de Hebreus (6:19; 9:3; 10:20).
Na Septuaginta pastor Rinaldi, quando os 70 tradutores se referiram ao santuário, usaram a palavra katapetasma para descrever:
(1) A cortina que separava o lugar santo do lugar santíssimo (Êxodo 26:31,33);
(2) A cortina da porta do tabernáculo (Êxodo 26:37; 36:37; Números 3:26);
(3) A cortina de entrada do átrio (Êxodo 38:18).
Perceba pastor que não podemos fazer doutrina, com base em Hebreus 6:19, sobre "onde Cristo entrou por ocasião da ascensão dEle". Além disso, O PROPÓSITO DO AUTOR é outro: mostrar que todo o crente tem acesso direto a Cristo no Santuário. Paulo (ou outro escritor, se preferir) não está preocupado em dizer em que lugar do santuário Cristo foi ao subir aos Céus. Mesmo por que, como conhecedor de todo o ritual, sabia muito bem que a existência de um lugar santíssimo pressupõe (como afirmei) a existência do lugar santo. Isso era muito claro na mente dos hebreus.
Poderemos analisar isso com mais detalhes, noutra ocasião.
HEBREUS 9:12
Esse é outro texto muito usado – e não apenas pelo senhor – para tentar "desmerecer" a doutrina do santuário celestial. Porém, uma análise com um pouco mais de detalhes é o suficiente para demonstrar que ele dá é força ao ensinamento bíblico como pregamos.
A seguir, transcreverei uma de uma resposta que já tinha elaborada sobre Hebreus 9:12. Em alguns aspectos terei que repetir algumas coisas, pois, ao fazer o mesmo, o pastor me coloca em uma condição importante: a de explicar novamente um conceito que não é ensinado aos irmãos evangélicos.
Creio que tal resposta também servirá para ajudar ao senhor – e a todos os leitores – a verem que não temos dúvida alguma de que Cristo nos purificou de nossos pecados (e nos purifica sempre que pecamos e vamos a Ele com confissão e arrependimento – 1 João 1:9)
Realmente, o sacrifício de Jesus foi perfeito e suficiente para pagar por nossos pecados de uma vez por todas, sem precisar que Ele morra uma segunda vez (Hebreus 9:24-28).
Mesmo assim, a expiação de Cristo na cruz é parte do processo de salvação estabelecido por Deus (Hebreus 9:14), que envolve a santificação, a Glorificação e, obviamente, o ministério sumo sacerdotal de Jesus no Santuário Celestial (como já vimos – Ler Hebreus 8:1, 2, especialmente).
Apesar de Jesus ter nos proporcionado o perdão quando morreu em nosso lugar, isto não significa que não seja necessária a realização de um juízo investigativo a fim de vindicar o caráter dos santos antes da volta dEle. Se estudarmos Daniel 7, que trata deste juízo precedente à volta de Cristo (para que Ele possa "dar a cada um segundo as suas obras" – Mateus 16:27 – é necessário que todos os casos tenham sido decididos) perceberemos que o julgamento faz parte das boas novas, pois "os santos recebem repetidamente a promessa de libertação em sintonia com o julgamento" (MAXWELL. Uma Nova Era Segundo As Profecias Do Apocalipse, 361.)
Sendo assim, esse juízo na verdade será uma bênção para o povo de Deus, além de servir para que o universo comprove que os filhos de Deus de coração aceitaram o sacrifício de Jesus continuam firmes na fé. Se alguém abandonou o Salvador, Seu sangue não poderá expiar tais pecados e, assim, terá o nome tirado do livro da vida (1 Coríntios 15:1-2; 2 Pedro 2:20-22; 1 Coríntios 9:27; 10:12, Apocalipse 3:5; Êxodo 32:32-33 – se o nome pode ser riscado do livro da vida antes da volta de Jesus, um juízo prévio foi realizado).
Deste modo, vemos que o juízo investigativo é fundamental para que todo o universo esteja informado sobre o modo de Deus lidar com o pecador (lemos sobre o interesse dos anjos no plano de salvação em 1 Pedro 1:12).
Voltemos a Hebreus 9:12. O texto pode ser mais bem traduzido (e isso não é apenas adventistas que afirmam) levando-se em conta o CONTEXTO em que se encontra no sermão aos Hebreus.
Ao invés de constar "santos dos santos" deveria estar "santuário" em Hebreus 9:12. Motivo: a palavra grega mais usada (veja: não é a única) para "santos dos santos" é hágia hagíon e não aparece nesse texto de Hebreus. Vê-se o termo ta hágia, que é melhor traduzido (repito: NESSE contexto) por "santuário". A versão Almeida, Revista e Corrigida acertadamente verteu o versículo para a seguinte maneira: "nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção."
Jesus quer dizer perante todos os anjos e seres de outros mundos durante o juízo investigativo que você e eu, pastor Rinaldi, somos dignos da salvação por que nosso cristianismo não é apenas de aparências. Nada mais que isso. Não há necessidade de temer o juízo (e desmerecer a doutrina) se estamos com o Salvador e entendemos a essência do ensinamento.
"Confesso, Leandro, que ao escrever esses versículos bíblicos dei "Glória a Deus por não ser adventista".
Não deveria fazer isso, pois, escreveu tais textos de forma descontextualizada.
Particularmente, prefiro dar glórias a Deus por TUDO o que Ele e faz na minha vida e pela conversão das pessoas. Não vejo razões para "glorificá-Lo" por não ser de um movimento religioso.
"Pergunto: há alguma elipse na minha resposta, ou queria que escrevesse todo o capítulo do livro em tela?"
Referente a sua resposta baseada no livro o Grande Conflito, nesse caso o senhor não fez uma elipse gramatical, mas, uma elipse ideológica, pois, considerou a doutrina do santuário levando-se em conta a ideia de apenas um livro da autora (e de um autor adventista), sem estudar O TÔDO. O que escrevi nas páginas anteriores pode auxiliá-lo nisso. Porém, uma pesquisa mais acurada, em livros especializados, surtirá muito mais efeito.
ELLEN WHITE: A PAPISA DO ADVENTISMO?
Informe aos leitores onde ficou a cadeira papal de Ellen White; qual adventista se ajoelhou diante dela ou beijou-lhe a mão como se ela fosse representante de Deus na terra…
E, outra pergunta (entre as muitas que já lhe fiz e para as quais não obtive resposta): com base nas citações dela a seguir, ainda terá a coragem de afirmar que para nós Ellen White é "papisa", sendo que não seguimos tradições de homens? (Mateus 15:3, 9)
"A Bíblia é a única regra de fé e doutrina. E não há nada mais apropriado para vigorizar a mente e fortalecer o intelecto do que o estudo da Palavra de Deus. Não há outro livro que seja tão poderoso para elevar os pensamentos e dar vigor às faculdades como as vastas e enobrecedoras verdades da Bíblia. Se a Palavra de Deus fosse estudada como deveria ser, os homens teriam uma grandeza de entendimento, uma nobreza de caráter e uma firmeza de propósito que raramente se vêem nestes tempos." – Fundamentos da Educação Cristã, 126 (o capítulo TODO fala do valor do estudo da Bíblia).
"Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos "últimos dias"; não para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica. Assim tratou Deus com Pedro, quando estava para enviá-lo a pregar aos gentios." – Primeiros Escritos, pág. 78 (Aqui o senhor pode até mesmo entender a função profética de Ellen White para os adventistas: levar-nos à Palavra e NUNCA estar no lugar dela).
JEANINE SAUTRON: O MODELO DE ADVENTISMO PARA RINALDI
Como é infantil sua forma de vir para um debate. Acredita ser correto usar uma pessoa como referência a fim de GENERALIZAR todas as outras que fazem parte do adventismo? E como se não bastasse, o senhor faz uma acusação terrível (que, de acordo com suas próprias palavras, mereceria cadeia): "NOTA: Por que os adventistas rejeitam o pedido de profetisa Jeanine Sautron? Seria porque ela é negra?"
Esse é o "grande apologista brasileiro", caro leitor!
Vou lhe dar informações históricas de quem conhece o assunto. A seguir, um artigo do Dr. Timm (por anos foi professor de História da Igreja):
O Pretenso Dom Profético de Jeanine Sautron
a) Jeanine Sautron nasceu em 1947, na ilha francesa da Reunião, perto de Madagascar, no Oceano Índico, sendo por vários anos membro da Igreja Adventista de S. Julien, França, não muito distante de Genebra, Suíça. Foi a partir de 1985 que Jeanine começou a divulgar seus sonhos e visões através de fitas cassete e em forma transcrita. O conteúdo dessas revelações foi cuidadosamente avaliado pela Comissão da Igreja de S. Julien, pela Associação Franco-Suíça da IASD e pelo Ellen G. White Estate, da Associação Geral [Se o senhor, pastor Rinaldi, soubesse da seriedade como a igreja adventista lida com o assunto do dom profético, não teria escrito coisas tão maldosas]. Não conseguindo obter o reconhecimento oficial da denominação como profetiza verdadeira, Jeanine passou a acusar a liderança da Igreja de apostasia. Apesar de excluída da igreja em 15 de junho de 1991, Jeanine continuou divulgando seus sonhos e visões em várias línguas (francês, inglês, espanhol, português, etc.).
b) No Brasil, os assim chamados "Adventistas do Sétimo Dia, os Remanescentes" possuem sua sede nacional em Brasília, DF, e qualificam seu nome com a frase: "Não filiados a qualquer tipo de igreja adventista do 7º dia nem às suas organizações ecumênicas." Seu líder no país é Oseas Maurer, natural de São Francisco do Sul, SC, ex-ancião da IASD Central de Brasília, que aposentou-se como alto-funcionário do Banco do Brasil. Entre as publicações do movimento em português destacam-se os 2 volumes da obra Sonhos e visões de Jeanine Sautron.1 Cartazes têm sido afixados em postes de iluminação pública e muros de várias cidades brasileiras, sem qualquer autorização municipal, marcando o fechamento da porta da graça para o ano 2005 e acusando publicamente o papa de ser a besta do Apocalipse.2
c) A mensagem fundamental do movimento está baseada em uma sucessão cronológica de datas, dentre as quais se destacam as seguintes:
1888 – começou o alto clamor para a IASD;
1988 – começou o julgamento dos vivos, que durou sete anos (32 anos para a IASD e 32 anos para o mundo);
1991 – terminou o julgamento dos vivos para a IASD, que foi rejeitada e vomitada (somente 5% dos adventistas foram aprovados e pertencerão aos 144.000), e começou o alto clamor para o mundo;
2005 – fechamento da porta da graça.
d) O movimento também ensina, entre outras coisas, (1) que "a IASD tornou-se Babilônia, a partir da década de 1960, porque se uniu ao estado, ao papado, ao ecumenismo, mudou suas doutrinas, deixou o mundo entrar na igreja, adotou o pentecostalismo da Celebration Church, está usando técnicas espíritas e pagãs de programação neuro-linguísticas nas pregações e, finalmente, recusou a verdade enviada do céu a ela" através da Sra. White e da Sra. Sautron; (2) que "os remanescentes vivos devem agora se abster de todo produto animal e também do sexo…"; e (3) que Jones e Waggoner são as duas testemunhas de Apocalipse 11:3, que ressuscitarão "para pertencer aos 144.000″.
e) Os adeptos desse movimento desconhecem completamente as advertências inspiradas quanto a marcação de datas para os eventos finais (ver Mt 24:36, 42, 44; 25:13; At 1:6-7). Ellen White é clara em afirmar que "o tempo não tem sido um teste desde 1844, e nunca mais o será."3 "Deus não nos revelou o tempo em que esta mensagem será concluída, ou quando terá fim o tempo de graça."4
"Quanto mais freqüentemente se marcar um tempo definido para o segundo advento, e mais amplamente for ele ensinado, tanto mais se satisfazem os propósitos de Satanás."5
f) É inacreditável como os adeptos desse movimento não vêem qualquer dificuldade em identificar E. J. Waggoner e A. T. Jones, que morreram em apostasia6, como as duas testemunhas de Apocalipse 11:3, e como fazendo parte dos 144.000! Se eles estão qualificados a fazer parte desse grupo, por que outros apóstatas também não estariam?
Referências bibliográficas:
1 Sonhos e visões de Jeanine Sautron: mensagens completas até setembro de 1995, 2 vols. (Brasília, DF: Centro Evangelístico Sonhos e Visões, 1995).
2 Contrastar com Ellen G. White, Obreiros evangélicos, 5ª ed. (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1993), 372-380.
3 Idem, Primeiros Escritos, 3ª ed. (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1988), 75.
4 Idem, Mensagens Escolhidas, 2ª ed. (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1985), 1:191; ver também 185-192.
5 Idem, O Grande Conflito, 457.
6 Ver: E. de Oliveira, A Mão de Deus ao Leme, 194-206; George R. Knight, From 1888 to Apostasy: The Case of A. T. Jones (Washington, DC: Review and Herald, 1987).
Fonte: Alberto R. Timm, "Movimentos, Tendências e Interpretações Particulares na Igreja Adventista do Sétimo Dia do Brasil (1980-1999). Apostila de classe, pp. 18-20. Disponível em: http://www.centrowhite.org.br/textos.pdf/07/dom_profetico_jeanine.pdf
A respeito de sua "nota" (de que os Adventistas da Promessa não creem em EGW), nada tenho a ver com eles, do mesmo modo que o senhor não é culpado por alguns pentecostais (que mantêm contato comigo) afirmarem que o Espírito Santo não é Deus.
Seus "critérios" não são nada criteriosos…
"Amigo, Leandro, admiro sua atitude que reflete um tipo de amizade fingida ao chamar esse membro da Assembléia de Deus de irmão. É a característica de todo o adventista; A chamando esse senhor. de irmão, mesmo sendo , da Assembléia de Deus…É como nos diz Ubaldo Torres de Araújo. Um adventista que se presa vê motivo maior em ganhar um membro de igreja evangélica para o adventismo, do que ganhar um homem perdido sem Cristo para sua grei."
Ainda bem que meu amado amigo Robson Alves (e todos os evangélicos que fazem parte de meu círculo de amizades) não me consideram fingido. Ele me conhece melhor que o senhor – que não esteve presente em minha amizade com tal irmão, que beira os 10 anos. Os irmãos que acessam o blog do Na Mira sabem como sou, das verdades que defendo, das mentiras com as quais não partilho e do respeito por cada um deles. Seria muito benéfico para a sua vida espiritual dar atenção ao conselho de Jesus Cristo em Mateus 7:1-5:
"Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão."
Deveria também conhecer nossas estratégicas evangelísticas para não afirmar tamanho disparate (de que só "ganhamos membros de igrejas evangélicas"). A qual relatório da Divisão Sul-americana (Sede da Igreja para a América do Sul) o pastor teve acesso para determinar a classe religiosa das pessoas que aderem ao adventismo?
"Já expôs ao mesmo irmão Robson que Ellen Gould White nos seus dias se antecipou aos astronautas dos nossos dias visitando outros mundos siderais?"
Sim: Ele conhece bem os escritos da Sra. White e até os leu. O irmão Alves também sabe que um profeta de Deus (canônico ou não) pode se antecipar à ciência, pois, ele estudou Daniel 2, 7, 8 (surgimento dos impérios mundiais); Jó 26:7 (a Terra é suspensa sobre o nada), 28:25 (o ar tem peso), Salmo 139:12-16 (processo embrionário), etc.
E Robson não tem dificuldades em aceitar o sobrenatural, ao contrário dos ateus… O caso deles é justificável de certo modo, mas, o seu, como pastor… Fica complicado.
Por último: Robson também sabe que os habitantes dos outros mundos a quem Ellen White se referiu não são seres humanos, ainda mais pessoas desse planeta… Leia 1 Coríntios 4:9, analisando o termo grego para "mundo". E: dê atenção ao comentário de Ellen White sobre os textos que citou (Romanos 3:23; 5:12) para "comprovar" se na visão ele teve o propósito de se referir a seres humanos de nosso mundo pecaminoso:
"… Olhando para nós mesmos em busca de justiça, para encontrar a aceitação diante de Deus, olhamos para o lugar errado, "porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus". Rom. 3:23. Devemos olhar para Jesus, porque "todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na Sua própria imagem". II Cor. 3:18. Deveis encontrar vossa inteireza contemplando o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." – Fé e Obras, 108 (que bom texto para refutar sua afirmação de que os adventistas são legalistas…)
"Deus ama os anjos, sem pecado, que fazem o Seu serviço e são obedientes a todas as Suas ordens, mas Ele não lhes concede graça. Esses seres celestiais nada sabem acerca de graça; nunca tiveram dela necessidade, pois nunca pecaram. A graça é um atributo de Deus, manifestado a seres humanos imerecedores" – Nos Lugares Celestiais (Meditação Matinal de 1968), 34.
Onde se pôde ler ela falando de seres humanos não pecadores? Sua imaginação é muito fértil.
"Não encontrei ainda um adventista que iniciasse uma polêmica comigo começando pela doutrina do Juízo Investigativo."
Aos adventistas que lerem esse desafio de Rinaldi e que já debateram com ele sobre o assunto (inclusive eu, há anos), por favor, escrevam para mim, para "refrescarmos" a memória do pastor.
Estou à disposição para discutir sobre qualquer doutrina bíblica. Assim como o irmão Azenilto Brito, que já esmigalhou toda a sua argumentação, mas, que não teve as respostas dele publicadas nos sites onde publica seus artigos.
Solicitarei a ele as respostas que lhe deu sobre o assunto… Quem sabe isso também o ajude a lembrar que vários adventistas já tentaram abordar tal doutrina com o senhor.
"Digo-lhe em resposta que leio alguns dos comentaristas bíblicos citados, mas não me vejo obrigado a segui-los. Não sou um autômato. Raciocino."
Aqui me dirijo ao leitor, primeiramente para informar-lhe do contexto dessa citação. Mencionei vários autores evangélicos que não usam a parábola (vejam bem: PARÁBOLA) do rico e lázaro (Lucas 16:19-31) como evidência de "vida após a morte" para perguntar ao pastor Rinaldi se tais homens também deveriam ser considerados sectários. Ele não me respondeu e foi "para o outro lado da sala"…
Assim como o pastor, também sou autônomo e pensante o suficiente para ter minhas próprias convicções. Não questionei isso em sua pessoa, mas, o fato de nos acusar de sermos "hereges" por não crermos que o relato do rico e lázaro é literal. Não fuja do CENTRO daquilo que começamos a discutir, pastor Natanael.
Concordo plenamente com o que disse o autor do "História do Adventismo" (pág. 125, da edição que transcreveu) e acrescento: a doutrina do sono da alma é uma proteção contra o espiritismo. Tanto que um membro de sua denominação religiosa abordou-me em um debate da seguinte maneira: "saí de minha igreja por que vi no kardecismo mais coerência. Afinal, ambos – cristianismo e espiritismo – partilham da crença da imortalidade da alma. Apenas Kardec foi mais detalhado em sua exposição".
É pouca coisa pastor Natanael eu ter que ouvir e ler uma coisa dessas? E com ares doutorais o senhor defende a doutrina da imortalidade da alma (em seus artigos) sem a necessidade de comermos da árvore da vida! (Gênesis 3:22-24; Apocalipse 22:2) Só Deus para entender isso.
Por isso, faço minhas as palavras do professor Otoniel Mota, pastor Presbiteriano:
"A doutrina da imperecibilidade da alma não é bíblica, mas pagã. Nasceu na Grécia e propagou-se na Igreja, através de Platão, do século V em diante, graças à influência de Agostinho. A doutrina de uma natureza simples, una, indivisível, etc., não se mantém diante das concepções psicológicas modernas e da teoria da mais racional acerca da propagação do ser humano, corpo e alma" – Meu Credo Escatológico, 3.
CONCLUSÃO, PERGUNTA FINAL E PEDIDO
O senhor, pastor Rinaldi:
1. Não respondeu aos meus questionamentos;
2. Usa uma técnica "apologética" – que é a menção a outros temas – para desviar a mente dos leitores do assunto em pauta;
3. Desconhece totalmente a história do movimento adventista;
4. Não sabe da essência de nossas doutrinas;
5. Julga as pessoas sem as conhecer;
6. Lê nos textos coisas que não existem;
7. Continua fazendo elipses (mesmo que sejam ideológicas);
8. E tem um ódio dos adventistas que irá fazer muito mal as suas emoções.
Espero que em nosso próximo diálogo não leia palavras tão duras como as que escreveu. E, que baseie melhor sua argumentação em dados (contextualizados) e não em ataques pessoais – para que sua reputação de apologista não caia ainda mais…
Deixo-lhe um texto bíblico para sua reflexão, bem como para a análise de todos os leitores que acompanham a presente discussão:
"O que começa o pleito parece justo, até que vem o outro e o examina." Provérbios 18:17.
Enquanto Deus me der a vida, todas as suas acusações (e de muitos outros) serão refutadas. Ao voltar de meu Mestrado (que comecei nesse ano) continuarei um projeto que tem o objetivo de refutar TODOS os seus artigos contra os adventistas. Ainda teremos muito que "conversar"…
Agora, a pergunta final: Por que sites tão prestigiados como do CACP e do ICP não abrem aos seus leitores – que não concordam com suas crenças – o espaço para contestarem seus artigos e matérias, assim como o www.namiradaverdade.com.br ?
Por último, o pedido: atenha-se apenas aos assuntos que estão em pauta. Depois que esmiuçarmos os mesmos, aí sim poderemos seguir analisando outras questões suas. Vamos fechar o círculo para depois abrirmos um novo. Desse modo, o senhor não se desvia novamente do tema…
Meu e-mail está disponível ao pastor e a qualquer pessoa que queira obter maiores esclarecimentos: leandro.quadros@novotempo.org.br
Deus ilumine sua mente (Salmo 119:18) e, acalme seu coração (Mateus 11:28-30),
Leandro Quadros.